Greves e movimentos sociais na França essa semana

Muita busca no blog sobre greves e movimentos sociais na França essa semana. E eu justamente desta vez decidi não dar destaque para o evento que ocorreu dia 7 de março, pensando que o leitor já não aguentava mais o tema. Essa história da reforma da previdência começou aqui em 2020, lembra?

No entanto, tenho como consolo por não haver mencionado à você leitor o movimento social do dia 7 de março o fato de que nunca é tarde demais para anunciar uma greve francesa.

De fato, desde o dia 7 de março, vários setores seguem em sistema de greve renovável, ou seja continuam em greve completa (como as sempre combativas refinarias µ%£ùà¤@! ) ou parcial (como os transportes SNCF e RATP µ%£ùà¤@!), coletores de lixo, zonas portuárias…  

Transportes terrestres

Segundo o site c’estlagreve a companhia de transportes RATP informa sobre melhorias em seus serviços, mas anuncia simultaneamente uma outra paralisação dia 15 de março.

O site da RATP, por sua vez, convida seus utilizadores a trabalharem a partir de suas casas se possível.

Conheça a situação em tempo real da RATP seguindo o link.

Manifestações

O próximo dia de grande manifestação por toda a França será neste sábado dia 11 de março.

Além das grandes manifestações nos dias estipulados pelos sindicatos, vários pequenos movimentos isolados, como obstrução de estradas ou acessos a edifícios tais como zonas de aeroportos, ocorrem esporadicamente.

Transporte aéreo

A Direção-Geral da Aviação Civil (DGAC) francesa exigiu esta quarta-feira que as companhias aéreas abdiquem 20 a 30% dos seus voos de quinta e sexta-feira, tal como nos dois dias anteriores, por causa da greve dos controladores de tráfego aéreo contrários à reforma da previdência.

O aeroporto de Paris-Charles-de-Gaulle está 20% menos de voos e Orly 30%. Passageiros vindo do Brasil com conexão em cidades como Madri e Lisboa podem ter seus voos cancelados.

Dia a dia complicado

Com greves renováveis ninguém sabe o que fica e não fica aberto, inclusive os monumentos e locais de visitas turísticas.

Apesar das notícias alarmantes, os visitantes têm muitas opções e alternativas. Parques, jardins, pequenos e charmosos museus, restaurantes e cafés, igrejas, lojas e edifícios históricos, táxis e Ubers (enquanto esses encontrarem gasolina)…

Já para o francês, nem sempre é fácil atravessar esse quotidiano conturbado.  Mas se tem algo sagrado para francês é aposentadoria.

Os sindicatos anunciaram 3,5 milhões de manifestantes na França na terça-feira, 7 de março, desejam aproveitar desse sucesso. Pedem ao Governo que retire a sua lei de reforma da previdência, que permitirá, entre outras medidas, aumentar a idade legal da aposentadoria de 62 para 64 anos.

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Silvia Helena

Após breves passagens pela Faculdade Metodista de São Bernardo e Belas Artes de São Paulo, aos 18 anos fui estudar no Canadá, onde vivi durante 23 anos. Lá me formei em História da Arte pela Universidade de Montréal, estudei turismo no Collège Lasalle de Montréal e no Institut de Tourisme et Hôtellerie du Québec. Comecei minha carreira na área trabalhando em Cuba. Durante os anos vividos no Canadá, entre outras coisas, fui guia de circuitos pela costa leste e abri minha primeira agência de receptivo para brasileiros. Há 18 anos um vento forte bateu nas velas da minha vida me conduzindo até França. Atualmente escrevo de Paris, onde vivo e trabalho dirigindo a empresa de receptivo, LA BELLE VIE.

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