Paris está Parioca!

Em Paris, no mês de agosto, só da Brasil!

Parioca é um termo inventado pelo ator francês Vincent Cassel para defini-lo. Um parisiense que ama o Rio e ama Paris. Há um vídeo que pode ser encontrado no Youtube do ator explicando o termo e seu amor pela cultura popular brasileira.

Quem vê Paris nestes dias não pode deixar de pensar que a cidade  está  Parioca. Seguindo o raciocínio do Vincent Cassel eu vou mais longe e digo que a França está Francileira.

Na mídia, nos bares, em reportagens de moda, em telões e até mesmo na decoração da prefeitura da cidade de Paris, só da Brasil! A extensa cobertura  do  Figaro é um bom exemplo.  Veja algumas imagens da prefeitura, de reportagens, conheça o calendário de atividades temáticas, de espetáculos  nos links a seguir:

Prefeitura de Paris e as cores do Brasil

Desperte a brasileira que existe em você. O guia para brilhar… revista Madame Figaro *

Se você for ao Rio – Le Figaro

Brasil Olimpíadas

Agenda Cultural Brasileira em Paris – Bares e apresentações

Enquanto o Brasil e Paris vibram com J.O. 2016  esta sua escritora estará vibrando em férias familiares. Se eu não aparecer por uns dias, não estranhe, logo estarei de volta com muitas novidades.

Beijos queridos leitores e “à bientôt”.

 

Império dos sentidos

Quem esteve por aqui nas últimas semanas de 2015 pôde se deleitar com as delícias  oferecidas nos inúmeros mercados de Natal sobre os quais postei fotos anteriormente.Por toda Paris, uma profusão de odores, sabores e cores apelavam para os  sentidos dos transeuntes, convidando-os a tomar um vinho quente, comer uma especialidade local francesa ou ainda cheirar e tocar os inúmeros objetos expostos a fins comerciais.

Mas quem deixou para vir em 2016 não precisa se privar de tais prazeres, bem ao contrário! Há em Paris delicias convidativas em muitos lugares e isso, durante 365 dias ao ano.
Mesmo para quem já conhece a cidade, uma série de novos endereços merecem ser explorados. Especialmente na temporada de inverno, quando o friozinho incita a atividades internas

Museu do chocolate

Uma das mais deleitáveis visitas da cidade acontece no pouco conhecido Museu do Chocolate, situado no bairro 2 de Paris. Uma imensa coleção de artefatos e objetos antigos permite ao visitante uma completa descoberta da história do cacau através dos séculos e em diferentes continentes.
O encontro com um chefe chocolateiro e a degustação de diversos tipos de chocolates constituem o ponto alto (e mais gostoso) da visita. Um verdadeiro prazer para os olhos e o paladar.

A entrada para adultos custa 11€ e crianças 10€.

O museu organiza também ateliês em datas específicas ou sob demanda para grupos desejosos em aprender a confeccionar produtos a base de chocolate. 

Uma boutique na saída oferece a oportunidade de tomar um chocolate quente ou ainda comprar diferentes tipos de chocolates e uma profusão de produtos ligados ao saboroso artigo.

MUSEU DO PERFUME EM PARIS

Outro lugar de incontestável prazer é o Museu do Perfume, pertencente à empresa Fragonard.

Graças a uma rica e curiosa coleção de peças ligadas ao perfume e a toalete, assim como ao apoio de lindas fotos e imagens cinematográficas, o museu expõe a trajetória do perfume desde a antiguidade até os dias de hoje. 

A visita guiada em português é gratuita e deve ser obrigatoriamente reservada. Nela a guia do museu explica em detalhes os objetos e conta curiosidades sobre o perfume  e hábitos de higiene passados.

O agradável momento termina, no entanto, em uma boutique, o que pode intimidar o visitante. Porém nas imensas salas onde estão expostos produtos da casa Fragonard, a guia dá uma aula sobre fragrâncias florais, cítricas, amadeiradas, com direito a provas e perguntas. É o momento de festa para o olfato! Tudo acompanhado por um imenso sorriso e nenhuma pressão para que você compre algo. É vero que fica difícil não comprar nada depois de um atendimento tão impecável e tentador. Eu sou testemunha disso. Mesmo porque, considero a qualidade dos produtos de beleza Fragonard superior aos da conhecida Occitane e os preços mais accessíveis.

A família Fragonard recebe grupos de turistas em sua usina em Grasse no sul da França e no Museu do Perfume em Paris. Aos sábados pela manhã, o museu oferece cursos de confecção de perfume. Além disso, a casa Fragonard  atende a milhões de clientes em suas lojas espalhadas pelo Sul da França e nas 7 lojas situadas nos pontos mais nobres de Paris, tais como o Carrossel do Louvre, a Rua Saint Honoré, a região da Opera, no Marais assim como nos aeroportos.

Paris é o império dos sentidos porque além destes, há na cidade uma série de lugares para atiça-los como, por exemplo, o restaurante Dans le Noir?, onde o cardápio surpresa é servido completamente no breu; o Museu do Erotismo; o Museu do Vinho, entre outros endereços. Humm, bons temas para novos posts.

Boa semana querido leitor(a)

Ele disse, ela disse

Estou voltando de férias e preparando um novo post, mas também tirando o atraso de inúmeras questões pendentes. Então, para não fazê-lo mais esperar querido leitor, edito esta semana um texto escrito anteriormente. Elaborei-o lendo aqui mesmo no PanRotas as ótimas crônicas do querido colega Paulo Salvador, a quem aproveito para agradecer, mais uma vez, a participação na brincadeira.

 

Conheça agora a versão masculina e feminina da mesma viagem.

 

Ele disse: o modelo histórico de se fazer turismo é como um curso de história e arquitetura. Os agentes de viagem não incluem praticamente nenhum contato com os nativos em seus roteiros.

Ela disse: Por isso o ideal é optar por passeios que incluam visita a adegas francesas, restaurantes típicos regionais e ofereçam  degustações de produtos locais.

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Foto concedida pelo Castelo de Chantilly

Ele disse: Aqui vão algumas dicas de onde e como encontrá-los (os nativos):

Não ir em Agosto: no mês de agosto toda a cidade sai de férias. As padarias fecham, as feiras ficam sem os feirantes, os pequenos restaurantes fecham, o trânsito fica um inferno, as ruas entram em obras e muitas estações do metro entram em manutenção. O que sobra são turistas e mais turistas. A cidade perde a alma.

Ela disse: Tenho amigos que vieram no mês de agosto e simplesmente adoraram a calma da cidade, pouco trânsito, metrô confortável, sem stress, espaço à vontade.

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Ele disse: Programar a viagem para a primeira semana do verão: Todos os anos, no dia 21 de Junho a França inteira comemora a chegada do verão com a “Fête de La Musique”. É o único dia que todos os músicos amadores são autorizados se apresentar na cidade. Paris vira um grande palco: em cada esquina bandas tocando, DJs performando, pessoas dançando ou uma simples soprano ensaiando. Todos os moradores saem às ruas para prestigiar a festa e os artistas.

Ela disse: 100% de acordo. Este é um ótimo momento para encontrar a população, além de tudo festiva é amigável.

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Ele disse: Nos domingos e feriados inúmeros parisienses se encontram nos parques para comer um sanduíche, beliscar lascas de queijo e bebericar uma taça de vinho rosé. Junte-se a eles!

Ela disse: Como turista vá a um parque entre a visita a um monumento e qualquer outra atração. Aproveite este momento para descansar os pés e recarregar as energias. Durante suas visitas cruzará muitos deles: Jardins de Tuleries na frente do Louvre, Champs de Mars abaixo da Torre Eiffel, o pátio inclinado na frente do Sacre-Coeur, são os mais próximos às principais atrações.

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Ele disse: Passar um fim de tarde romântico na margem do Sena: Vá até a Pont Neuf, desça as escadarias até alcançar a última ponta da Ile de La Cite*. Sente-se. Veja os barcos passar quase tocando os pés na água. Beba champanhe escondido (comprar uma meia garrafa e duas tacas nas inúmeras “caves” da cidade).

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Ela disse: Outra opção romântica para admirar o Rio Sena é a Ponte das Artes (conhecida com ex-ponte dos cadeados), totalmente pedestre, bem na frente do Louvre. (Como você vê, gosto de maximizar o tempo dos visitantes). Inclusive a vista e foto da Ile de la Cité a partir deste ponto é linda. Junte-se aos artistas e estudantes que param ali para tocar música, bater um papo e ver os barquinhos passando enquanto bebem um vinho.

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Cruzeiro noturno pelo Sena foto Bateaux Parisien

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Aliás, acho um cruzeiro pelo Sena ainda mais romântico. Ao invés de olhar os barquinhos, embarque e desfrute do romantismo vendo os monumentos desfilarem à sua frente. Existe possibilidade de cruzeiro com champanhe e até mesmo com refeição.

Ele disse: Subir no topo da Torre Eiffel considero um dos maiores programas de índio parisiense: o turista paga, fica horas na fila, sobe o elevador e não vê a coisa mais bonita da cidade pois ele esta em cima dela.

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foto Oficio de Turismo de Paris

Ela disse: 100% de acordo. A não ser que você siga a dica e compre os tickets com antecedência pelo site, evitando as filas. A vista lá em cima vale a pena. Mas não merece mesmo a perda de meio dia em Paris em uma fila.

Ele disse: Não suba na Torre Eiffel: siga pela linha 6 do Metrô e desça na estação Montparnasse. Entre no edifício mais alto e feio de Paris: a Torre Montparnasse. Suba até o 56º andar e vislumbre a vista mais fantástica da cidade: ela mesma, a Torre Eiffel, com o Trocadero no fundo. No final da tarde o espetáculo é ainda mais estonteante.

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foto concedida pela Torre Montparnasse, anterior a recente reforma

Ela disse: Solicite entradas ao receptivo local.

Ele disse: Uma das coisas boas de morar na Europa é poder viver intensamente cada estação. Para mim o outono é a melhor delas. A fotografia de Paris é mais ou menos assim: a luz do dia se mistura com as folhas meio verdes-meio vermelhas. O vento sopra e elas voam por toda parte se esparramando no chão e pavimentando as ruas. Uma paisagem idílica.

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Cores de Outono em Amboise, Loire

Ela disse: Na primavera e no verão certas paisagens são surpreendentemente coloridas para pessoas que vem de um país tropical como o nosso. O hábito de colocar floreiras nas janelas ou ainda as paisagens dos jardins dentro e fora de Paris são se tirar o fôlego.

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Jardins enfeitam as casas durante toda a temporada de calor. Na foto casa de Monet, em Giverny

Ele disse: A última dica vai para hospedagem: Uma vez na vida fuja dos hotéis, alugue um estúdio (um pequeno apartamento de 30m2 inteiramente equipado) e sinta-se como um parisiense. Esse mercado é extremamente profissionalizado, a oferta é ampla, os imóveis bem decorados e sempre bem localizados.

Ela disse: Nada melhor durante férias que um hotel. Limpeza feita, cama arrumada, café da manhã logo ali. Relaxe e deixe o quotidiano de lado durante sua viagem.

 

PS * Jacques de Molay, o último templário, foi queimado vivo nesta ponta da Ile de La Cité em 1314, lançando uma praga ao Rei Felipe o Belo que acabou com a dinastia dos reis capetianos na França. O acontecimento foi tema principal da incrível saga Os Reis Malditos escrita por Maurice Druon.