Direitos, dinheiro e respeito. A mulher “parisienne” no dia 8 de março e sempre.

Uma característica única de Paris é ser um palco constante de manifestações culturais dos mais diversos tipos. Paris é uma cidade em constante ebulição. Manifestações artísticas, musicais, arquitetônicas, plásticas, manifestações sociais e políticas preenchem o quotidiano do (a) parisiense e até mesmo o visual da cidade (como em sua arquitetura contrastante e muitas vezes fruto de legendarias polêmicas). Algumas manifestações são criativas e, no entanto, conservadoras como a famosa Fashion Week, muitas outras frequentemente revolucionárias.

O dia 8 de março não podia ser diferente.

Este ano mais do que nunca, no domínio socioeconômico, as mulheres estão exigindo direitos, dinheiro e respeito. Apesar das promessas eleitorais de François Hollande, as francesas ainda ganham 26% a menos que os franceses.

 38 associações, feministas, sindicatos, ONGs e organizações de jovens chamam para mobilização. Os organismos chamam as mulheres (e homens comprometidos com a causa) à greve neste dia 8 às 15:40 em ponto. Por que 15:40? Porque, tendo em conta a diferença de 26% entre a remuneração de mulheres e homens (de acordo com dados do Eurostat), é a hora que as mulheres param de ser pagas a cada dia, com base em um dia normal.

Outra razão para desencadear uma greve? 80% dos empregos de tempo parcial são preenchidos por mulheres.

Um protesto percorreu o trajeto da Praça da República a Ópera passando em frente de lojas de departamento, onde há um grande numéro de trabalhadoras no ramo..

Já no registro cultural o projeto da AWARE, Archives of Women Artists, Research and Exhibitions, “Où sont-elles?” ou “Onde estão elas?” promove, em associação com diversos museus, visitas guiadas por conferencistas com destaque para as obras de artistas do sexo feminino de suas coleções. Do dia 8 ao dia 12 no Museu de arte moderna Georges Pompidou, no Museu D’Orsay, no Museu de Artes Gráficas e outros. Visitas gratuitas, reservas no site. http://www.awarewomenartists.com/action/visites-a-la-decouverte-des-artistes-femmes/

La parisienne - Auguste Renoir
La parisienne – Auguste Renoir 1900

E para terminar nosso percurso pela semana e vida da mulher em Paris, a biblioteca Forney no bairro 4 expõem uma coletânea de fotos, documentos e revistas apresentando a evolução da moda feminina durante a 1ª guerra mundial. Quando os acontecimentos ditaram a condição feminina e seu papel na sociedade, levando-as às manufaturas e até a beira das trincheiras, mudando assim seus costumes e aparências externas para sempre.  A exposição fica aberta até dia 17 de junho, dando oportunidade a quem perdeu a semana da mulher em Paris de desfrutar da ocasião e da descoberta da condição, sempre evolutiva, da mulher na França.

Bibliothèque Forney
1 rue du Figuier, 75004 Paris, até 17 de junho 2017

 

 

Grupo Galeries Lafayette apresenta seu primeiro vídeo institucional

Mais de 120 anos de história resumidos em 2 minutos e 42 segundos. Trata-se de “Voyage au Coeur du Groupe Galeries Lafayette” (Viagem ao Coração do Grupo Galeries Lafayette), primeiro vídeo institucional do Grupo Galeries Lafayette. O filme, que está sendo lançado mundialmente, tem por objetivo valorizar a identidade da marca, assim como das outras empresas que o compõe. Com timing dinâmico, a produção expressa em imagens de delicada beleza o DNA vanguardista do conglomerado, que inclui a Fondation d’Entreprise Galeries Lafayette, dedicada à arte contemporânea, que será inaugurada no segundo semestre deste ano.

 

fonte: Baobá Comunicação

Alerta 47 no Louvre

Um desequilibrado atacou à machadadas um militar que trabalhava na segurança externa, sessão antiterrorista do Louvre, na área do Carrossel do Louvre. Será que isso se tornará um evento digno da mídia internacional?

Ah! Esta é ainda mais extraordinária: Ainda outro dia, dois africanos brigaram no centro de Bruxelas e um arrancou os olhos do outro!

Prova que é mais fácil tirar alguém da guerra que a guerra de alguém. Felizmente a França tem know-how e controle total desta situação. O risco zero não existe, mas o risco zero não existe nem para quem fica deitado o dia inteiro sem fazer nada, quem não se mexe temendo se machucar vai arrumar todo tipo de doença ligada ao ócio e medo.

A realidade é que a população local teme menos um atentado na França que a população brasileira teme um roubo à mão armada no seu dia a dia. Já sabemos TODOS, enquanto houver desigualdade haverão consequências desagradáveis e incontroláveis. Mas por que ninguém busca resposta para o que não sabemos?

Parece que para cada milhão de pessoas que saem da África em busca de uma situação melhor, outros 8 milhões se empobrecerão no período de um ano. Porque estamos falando em aceitar refugiados de guerra e não falamos em cessar a guerra? Cessar a venda de armas? Resolver o problema da miséria dos Africanos ninguém quer?

Porque nenhum dos países ricos e muçulmanos radicais do golfo pérsico estão aceitando estes refugiados? Não estariam estes mesmos países integristas investindo no envio massivo de potenciais pregadores de seus ideais através do mundo? O que seria uma grande injustiça para os inúmeros verdadeiros refugiados.

Voltando a falar do Louvre, foi um grande susto para quem estava por lá, felizmente a situação voltou ao normal rapidamente. O museu foi evacuado logo após o ocorrido, poucas pessoas que não puderam ser evacuadas aguardaram em local confinado e seguro. As 12h30 a circulação de pessoas se normalizou dentro do museu, permitindo aos últimos visitantes deixar o lugar. O museu indica em seu site que ficará fechado esta tarde. O militar atacado está fora de risco e o maluco integrista está sendo altamente tratado em um dos melhores hospitais de Paris.