Novos protocolos e o papel essencial das operadoras

O turismo pós pandemia já chegou. Apesar de as pessoas ainda estarem planejando e ensaiando suas próximas rotas, o tão discutido futuro das viagens já está aqui e pode ser acompanhando pela série de protocolos de saúde e sanitários que estão sendo desenvolvidos.

O Ministério do Turismo lançou, há alguns dias, o selo “Turismo Responsável Limpo e Seguro, faça a sua parte”. Nós da Braztoa, ao lado da Abav, Abracorp, AirTkt e Clia Brasil, elaboramos um conjunto de medidas de biossegurança para que operadoras e agências de Turismo possam retomar as atividades nas lojas físicas, atendendo todas as recomendações.

Em uma recente pesquisa do Laboratório de Estudos em Sustentabilidade e Turismo da Universidade de Brasília (LETS/UnB) e o LAPSOCIAL – Laboratório de Psicologia Social, com o apoio da BRAZTOA, a segurança e a ausência de risco à saúde apareceram como quesitos primordiais para que as pessoas voltem a viajar, seguidos da vacina para Covid-19, estabilidade financeira, e controle sanitário, respectivamente.

A segurança está em primeiro lugar. E isso engloba a transparência de protocolos sanitários de todo o setor, principalmente os que envolvem a ponta dessa cadeia: as agências de viagens e operadoras de turismo, que estão na linha de frente com os clientes.

Na atividade das operadoras, esses direcionamentos são fundamentais para a retomada dos negócios. A mesma alquimia que sempre fez parte do nosso dia a dia em construir roteiros personalizados, unindo cada uma das peças que formam o quebra cabeça da experiencia perfeita, será aplicada no trabalho que faremos com todos os protocolos.

Imaginem: lidamos com aéreos, meios de hospedagem, passeios, shows, parques, transporte terrestre e marítimo, entre muitos outros. Consolidamos tudo para continuar oferecendo as melhores experiências, com o máximo de segurança, a todos os clientes.

Nossa função é muito importante, tanto pela clareza dos dados, quando pela garantia de que eles sejam compreendidos e aplicados por todos. Sim, todos. De fornecedores a clientes.

Nosso trabalho vai da tradução de todas as medidas que devem ser tomadas, desde a compra da viagem até o retorno para casa, e chega, inclusive, ao estímulo da corresponsabilidade. Afinal, de que adianta fazer um roteiro com todas as normas de segurança sanitárias se os clientes não estiverem cientes da sua parte no processo colaborativo? Sem a corresponsabilidade, a experiência não fica completa.

Esse é o ponto no qual quero chegar: agentes e operadores, vocês são essenciais para essa nova forma de viajar, para essa nova maneira de vender e fazer turismo, com muita entrega, afeto e responsabilidade. Nosso trabalho, de agora em diante, terá ainda mais valor agregado, afinal, somos especialistas em eliminar riscos, preservar pessoas e locais, e garantir experiências únicas.

O TURISMO NO BRASIL HOJE

Todo dia triste merece ser encerrado com uma boa música. Coincidentemente, a música que encerrou o dia 5 de junho era muito representativa dele.

O dia foi triste porque uma das principais e mais respeitadas empresas de turismo do Brasil suspendeu parte das suas atividades.

O dono da empresa é um senhor inglês – que do país da Rainha só guardou o (ainda forte) sotaque, pois é um brasileiro lutador como muitos de nós, que empregou muita gente, foi motor para a economia do setor, fez milhões de brasileiros viajarem ao redor do mundo e conquistarem uma inestimável experiência de vida.

Outro senhor inglês escreveu uma música que, em tradução livre, começa assim:

Me leve pra sair
Para onde houver música, pessoas
Jovens e vida
Rodando por ai
Eu nunca mais quero ir pra casa
Porque eu não tenho mais casa

Esse verso resume um pouco do que as pessoas querem agora e que o turismo faz: leva as pessoas para viverem fora do seu normal, incrementando bagagens de vida, que vão incentivar outras pessoas a buscarem experiências parecidas e fazer o mundo e negócios girarem.

Mas o turismo está parando de girar. Nenhuma outra indústria foi tão impactada pela pandemia que assola o planeta. Continuamos trabalhando e auxiliando clientes nos planos de uma retomada de viagens. Fizemos ajustes, cortes e muita economia. Fronteiras fecharam, aviões não decolaram, prateleiras de viagens foram esvaziadas.

Milhões deixaram de comprar, outros milhões cancelaram seus planos e tantos milhões tiveram de ser devolvidos aos clientes – fazendo empresas de turismo não apenas ficarem no zero, mas retrocederem a índices negativos. E chegamos a três meses de gerenciamento de crise e pedidos de socorro de quem trabalha com viagens e turismo.

Há alguns dias, houve a pá de cal: depois de anos estagnado pelo simples absurdo de existir, o IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte – de 25% voltou a ser aplicado para enviar pagamentos a fornecedores internacionais de empresas de turismo. Mesmo com anos de pedidos e provas do seu impacto no mercado.

Na ponta, para os clientes, considerando tributos intermediários, significa que viagens internacionais vão ficar até 33% mais caras, e com esse aumento, é importante que todos fiquem atentos a anúncios de viagens muito baratas, pois alguém pode estar mais preocupado em vender do que garantir uma viagem segura. Esse cenário, aliado ao câmbio da moeda estrangeira, impossibilita sequer pensar em viajar pelo mundo – e também vender viagens para o mundo.

Isso, claro, também altera toda a competitividade do setor e coloca empresas físicas que pagam impostos e empregam brasileiros sob uma completa e injusta desigualdade de negócios frente a algumas empresas estrangeiras e online que não são sediadas no nosso país e, portanto, isentas das responsabilidades com empregos, impostos, etc.

Ou seja: o panorama de quem trabalha com viagens e turismo no Brasil é: não há perspectiva imediata. Estamos esperando o Governo Federal liberar linhas de crédito para ajudar parte das empresas, mas principalmente rever tributos como o IRRF de 25%, que só existe no nosso setor, para salvar todas as outras que criaram histórias de vida cuidando de brasileiros que se aventuraram ao redor do mundo. Como a empresa citada, que simplesmente não conseguiu mais fôlego.

Que o Governo Federal entenda agora, na prática e dura realidade, que estamos a caminho do fim e que precisamos de providências imediatas para evitar que inúmeras outras empresas simplesmente parem de produzir. Sem análises, sem contrapartidas, apenas agilizando decisões imediatamente.

Infelizmente, a situação remete a outro trecho da mesma música – também em tradução livre:

E se eu for atropelado
Por um ônibus de dois andares
Sofrer ao seu lado
Será um prazer e um privilégio

A todos do turismo que não têm mais fôlego empresarial, seria uma honra sofrer ao seu lado. Mas vamos e contamos com todos para lutar até a última luz no fim deste túnel.

Porque, como diz o título da música, there is a light that never goes out. E nós não queremos deixar a luz das empresas de turismo brasileiras se apagarem.

Proporcionar conhecimento pode te fazer aprender ainda mais

Quero fazer um convite para uma volta no tempo. Você consegue se lembrar de quantas vezes precisou estudar sobre determinado tema para conseguir ajudar o seu filho ou sobrinho com alguma tarefa escolar? Impressionante como uma atividade infantil nos fazia entender que, independente do quando a gente soubesse, sempre teríamos algo a aprender.

É nesse contexto que quero falar sobre a série de webinars lançada pela Braztoa no final de abril, em parceria com a UnB e a Amplia Mundo. São encontros programados para todas as terças e sextas, até o fim de maio, nos quais reunimos especialistas nacionais e internacionais para discutir novos olhares sobre o momento e analisar cenários para o futuro do turismo no pós-pandemia.

O intuito é agregar, trazer informação, inspiração, ensinar. Simplificar temas que parecem inalcançáveis e democratizá-los. Mas, para que isso saísse do papel e se tornasse uma ferramenta real, tivemos que correr atrás. Nós da Braztoa e nossos parceiros nos debruçamos em pesquisas e aprendemos não apenas sobre os temas abordados, mas descobrimos ferramentas online, aprimoramos nossos formulários de pesquisa, conhecemos pessoas novas, fizemos mais contatos do que nunca.

Em resumo: no intuito de levar conhecimento para outras pessoas, aprendemos ainda mais! Esse é um caminho sem fim. A cada webinar, uma aula. Todos saem melhores. A cada compartilhamento de conhecimento (muito comum sairmos de imersões assim já querendo passar o que aprendemos para alguém), mais saberemos sobre o tema, mais difundido dentro de nós ele estará.

Sou um grande exemplo disso. Não consigo mensurar quanto aprendi sobre política em quase um ano à frente da Braztoa. Aprendizado necessário para que eu estivesse capacitado para trabalhar pelos pleitos do setor junto ao governo e também pudesse levar um pouco do meu know how para os nossos associados e para as decisões que precisamos tomar na entidade e também no meu próprio negócio. Para terem uma ideia, são várias reuniões diárias, em diversos aplicativos, com os mais diferentes níveis hierárquicos do governo. Esse conhecimento veio de pesquisas, estudos e de muitos colegas que compartilharam suas experiências comigo e contribuíram para a minha evolução.

É isso! Usando todos os clichês possíveis, reforço: muitas coisas já mudaram e outras continuam em transição. Em constante transição. O futuro é agora e é preciso aprender e ensinar muito para poder acompanhar tamanha velocidade de acontecimentos. Muitos falam em retomada, mas já não acredito nisso e nem quero voltar para o que tínhamos antes, quero ir além. Estamos tendo uma grande oportunidade para melhorar nossas empresas e nós mesmos.

Todos precisam se reinventar. Ou melhor, já estão se reinventando. Quando digo todos, incluo a mim, incluo você e até a própria Braztoa, que está dando um show nesse quesito.

Sabendo que quanto mais pessoas estiverem conosco, melhor será, faço aqui um convite: acompanhe a nossa programação de webinars no instagram @braztoa, Fique por dentro da agenda completa e saiba como se inscrever. Chame seus amigos, parceiros de trabalho ou aquela pessoa que você acha que vai aproveitar o conteúdo. Aprenda, ensine. Informações constritivas merecem estar em constante movimento. Conhecimento traz benefícios para todas as partes. Não se esqueça disso.