Todo Carnaval tem seu fim, mas esse nem começou

Todo Carnaval tem seu fim e, às vezes, ele nem começa. Inimaginável e estranho dizer isso, mas é uma dura realidade que precisa ser encarada de frente.

Cancelar as tradicionais festas que ocorrem pelos quatro cantos do Brasil foi uma ação incontestável. Isso já vinha se delineando pelo aumento dos casos de COVID19, na reta final do ano. Mas o longo feriado, que dava um respiro para as pessoas logo no início do ano, funcionando como um divisor, um pontapé inicial para que todos os planos começassem a ser colocados em prática, fez muita falta.

Para a recuperação do setor, o cancelamento do Carnaval teve um impacto enorme em todo o setor, pois ainda havia uma certa expectativa de viagens para o período, mas essa possibilidade não se concretizou.

Segundo o mais recente levantamento da BRAZTOA, para 71% das pesquisadas, a definição tardia da manutenção do feriado também contribuiu para que esse importante período para o turismo não representasse volume expressivo na comercialização das operadoras.

O resultado? Segundo o mesmo levantamento citado acima, para 76% das empresas, o carnaval representou menos de 10% das vendas do mês de janeiro. Em um panorama geral, para quase metade das pesquisadas as vendas gerais para o Carnaval não atingiriam 50% dos números de 2020. Saberemos os dados reais no nosso anuário, previsto para ser lançado em março.

Mas, vamos lá, o Carnaval já é passado. Nosso olhar agora tem que ser para a frente. Tantas indefinições nos levam a acreditar que, se os grandes feriados não foram os mesmos, quem sabe as baixas temporadas também podem nos surpreender positivamente? As pessoas continuam com muita vontade de viajar, de relaxar, conhecer novos lugares e culturas. A sensação de liberdade tem feito falta a todos.

Nosso papel nisso tudo?  Existem muitas promoções e excelentes oportunidades para quem quer se planejar com antecedência e as operadoras estão preparadas para dar toda informação e suporte necessários: desde a melhor data de compra, produtos e destinos adequados a cada perfil, regras e protocolos para uma viagem tranquila, possibilidade de reagendamento ou algum tipo de alteração na viagem.

Dá para viajar em curto prazo. Dá para comprar agora e viajar no segundo semestre, também. Ressaltamos, a todo momento, que os protocolos, adotados pelas empresas do setor e por todos os cidadãos, devem continuar sendo seguidos e que, agora, eles ganham a vacinação como importante aliada, como um excelente complemento ao conjunto de ações que propiciam um cenário no qual as pessoas se sintam cada vez mais seguras para realizar suas viagens, seja qual for o período escolhido para isso. 

Os desafios persistem, mas com foco, atitude, união e resiliência, vamos reconstruir nosso setor, tornando-o cada vez mais diversificado, forte e inspirador. O sonho do Carnaval não aconteceu, mas 2021 começa com novos caminhos sendo abertos e escolhemos sempre olhar para as oportunidades que ele nos traz.

Para 2021, desejo coragem a todos

Existe uma frase do Dalai Lama que acho muito importante: “O período de maior ganho em conhecimento e experiência é o período mais difícil da vida de alguém”. E qualquer semelhança com o que vivemos hoje não é mera coincidência.

Estamos em uma luta contínua para que essa divisão de tempo à qual estamos tão habituados realmente nos aporte ânimo e disposição para fazer de 2021 um ano de novidades e de olhar para a frente, não uma continuação de 2020.

O novo normal assusta, mas também estimula. Não dá para sermos os mesmos depois do que passamos (aliás, isso não é passado, é presente também) e nem queremos isso.

Para mim, 2021 é o ano de “arregaçar as mangas” ainda mais e absorver todas as mudanças. Viver as transformações é uma das possibilidades mais ricas que temos. Quem me conhece, sabe da minha forte ligação e longa história com viagens cuja proposta é levar cada pessoa a conhecer melhor seu interior. Inúmeras vezes, fui visitar um destino, aqui mesmo ou no exterior, sem saber o que encontraria, e voltei realmente transformado.

Penso em 2020 como uma dessas viagens. Claro, menos prazerosa do que o esperado, mas que foi capaz de nos desconstruir para que a reconstrução nos enchesse de orgulho dos resultados que fomos capazes de gerar.

Mas, agora, vem a pergunta: qual será a sua nova versão em 2021? Com certeza ela será melhorada. Eu estou moldando a minha, claro, e trabalhando de mãos dadas com um time muito competente para que a BRAZTOA 2021 seja a primeira das melhores versões da entidade.

Tivemos que tomar atitudes inéditas e necessárias, aprendemos a trabalhar lado a lado com o governo, aprendemos que a união e a coalizão ampliam a voz dos nossos pleitos. Confirmamos, na prática, que, mais do que pedir, o trabalho conjunto, mostrando, dando ideias, debatendo e indicando os melhores caminhos surte resultados mais efetivos.

Diante de um ano tão desafiador, tivemos que olhar para a entidade com novas perspectivas. Um exercício de autoconhecimento difícil, mas que nos leva diariamente a moldar nossa nova face.

Tivemos a real noção do nosso valor como entidade e entendemos que existe um vasto universo a ser explorado para o bem do turismo, do presente e do futuro dos profissionais, destinos e players desse mercado. Para o nosso próprio bem.

Essa será a BRAZTOA 2021. Essa É a BRAZTOA 2021. Ciente do seu valor, corajosa para inovar e para abrir mão de formatos que já não cabem mais no seu atual contexto.

2021 tem tudo para ser desafiadoramente promissor. Estamos certos de que o nosso objetivo de desvendar ricas experiências espalhadas pelos quatro cantos do Brasil e concretizará a cada projeto e trará grande contribuição para o Turismo e para nosso país. Em breve, contaremos mais novidades.

Ter coragem é ter o frio na barriga embalado pela força que nos impele a agir. Para 2021, desejo coragem a todos.

H de Humano – sobre as coisas que apenas as pessoas são capazes de fazer

Falta pouco mais de um mês para o fim de 2020 e vejo que o H2H (Humano para Humano) de que tanto falo nunca esteve tão em evidência como agora. Nunca fez tanto sentido como neste exato momento.

O distanciamento social e o isolamento necessário em vários momentos trouxeram certa urgência para o olho no olho, para o olhar além das aparências. Em resumo, ele exige um aprofundamento nas relações, inclusive nas comerciais que, no fim, acabam sendo muito mais que uma simples venda.

Sentir a humanização nas relações nos traz muito mais confiança e tranquilidade do que lidar apenas com máquinas, robôs ou inteligências artificias.

Precisamos entender os anseios, medos, receios e incertezas dos clientes, para transmitirmos a segurança necessária, a certeza de que ele será atendido desde a realização da compra até seu retorno seguro para casa.

Precisamos exercitar esse olho no olho para chegarmos à excelência no que oferecemos ou para, simplesmente, confortá-los e indicar os melhores caminhos. Confesso que, para mim, essa é a melhor parte do processo de aproximação, construção de relacionamento e fidelização.

Dados da mais recente pesquisa BRAZTOA mostram que novos destinos, principalmente internacionais, apresentam-se como alternativas à fronteiras fechadas e, com isso, ganharam espaço frente a destinos mais tradicionais. Isso tem grande ligação com a relação humana e próxima que mencionei acima. Identificar as reais vontades das pessoas e encontrar alternativas que as surpreendam é algo que realmente dominamos.

NÃO SEI SOBRE O FUTURO, mas isso apenas humanos podem fazer.

Existem vários tipos de humanos. Com alguns, vamos ter afinidades e com outros, não. Mas acredito que a verdade, a transparência, a dedicação e o trabalho de ter todas essas preciosas informações nas mãos, é o DNA e o trabalho do novo agente de viagens.

Os clientes já estão percebendo isso e, cada vez mais, irão reconhecer a importância dessa consultoria e valorizar o trabalho do agente de viagens.

Esse é o pontapé inicial e, a partir daí, podemos partir para outras letras:

H2H (Humano para Humano)+ Harmonia

+ Honestidade

+ H (alegrias)

+ H (esperanças)

+ H (paz)

+ H (viagens memoráveis)

+ H (boas vendas)

+ H (clientes mais felizes e reconhecendo o trabalho do agente)

E mais quantos “H” acharmos necessários. O importante é humanizar.