Reconhecer e premiar o mérito também é boa prática

Logomarca do Prêmio Parceiro de Valor Abracorp

Carlos Prado

O mundo dos negócios não se restringe a números frios e impessoais, presentes em cálculos que medem oscilações e projetam cenários.  Por trás das operações contábeis, das cifras e dos gráficos, estão pessoas em carne e osso, que transformam talento, expertise e determinação em resultados compensadores. Em valores que extrapolam o presente para pavimentar novos caminhos rumo ao futuro.

A reflexão vem a propósito da iniciativa que instituiu o prêmio Parceiro de Valor Abracorp. Lançado em julho, durante encontro com jornalistas, objetivo é reconhecer os melhores parceiros de negócios da entidade em 2019. Faz parte do Plano Estratégico 2020 da Abracorp, que prioriza a difusão das melhores práticas empresariais. 

Cerimônia de premiação será no dia 24 de setembro de 2019, na Casa Itaim (Grupo Bisutti), a partir das 19h30, com participação dos convidados.

O certame engloba as seguintes categorias: Cia Aérea Nacional; Cia Aérea Internacional; Hotel Nacional; Hotel Internacional; Locadora Nacional; Locadora Internacional; Assistência Viagem e Transfer, além de duas categorias visando inovação e sustentabilidade no segmento MICE.

Cabe destacar a segmentação 1, 2 e 3, referente ao Aéreo internacional Américas (1); ao Aéreo internacional Europa, África e Oriente Médio (2) e ao Aéreo internacional Ásia e Pacífico (3). Os três segmentos compõem a categoria Companhia Aérea internacional, num contexto em que se verifica a importância crescente do Oriente ao mercado de viagens corporativas no Brasil. Fiquei muito bem impressionado em visita recente ao Sudeste Asiático, que tem muito a ensinar e a trocar com nosso país.

A pesquisa destinada a selecionar os vencedores do prêmio Fornecedor de Valor Abracorp está em curso durante o mês de agosto. Gestão e tabulação dos dados contam com o apoio do Centro de Pesquisa da Universidade Anhembi Morumbi, sob coordenação da professora Elizabeth Kyoko Wada. São levados em conta indicadores qualitativos de desempenho; guia de boas práticas Abracorp; competitividade comercial; eficiência e qualidade no atendimento operacional; tecnologia e inovação; diferenciação na oferta de benefícios; e atratividade de produtos.

Cursos Abracorp

Oportuno registrar que a professora Elizabeth Kyoko Wada é a representante da Universidade Anhembi Morumbi na parceria com a Abracorp, no Projeto IHC (Inovação, Habilidade e Competência). Estão programados vários cursos até novembro, nas áreas de comunicação, gestão, planejamento estratégico, oratória, finanças, clientologia, entre outras. Há turmas fechadas (apenas para profissionais das TMCs associadas) e abertas ao mercado. Vale lembrar que a capacitação é um dos sete pilares que sustentam o planejamento estratégico do Abracorp.

No fecho dessa mensagem, reitero que o prêmio Parceiro de Valor Abracorp traduz, de forma simbólica, o reconhecimento ao profissionalismo e qualidade da cadeia de fornecedores. São eles, os fornecedores, que garantem o bom andamento das principais atividades em viagens corporativas.

Acordo Mercosul-UE: vento sopra a favor da economia

Carlos Prado

A assinatura iminente do acordo esboçado, que demandou 20 anos de negociações, se consuma na iniciativa do Governo Federal de abrir a economia brasileira e, por conseguinte, abrir o mercado brasileiro para entrada de novos produtos. Isso acelera a cadeia econômica, sob todos os aspectos. 

Mas o acordo também vai intensificar a relação entre os membros do Mercosul. E, de quebra, os demais países da América do Sul, incluindo os países associados, tais como Colômbia e Chile.

Os números projetados por conta do acordo são animadores, a despeito do prazo circunscrito em 15 anos, para se alcançar a plenitude dos benefícios recíprocos entre os blocos. Segundo o governo, tratado vai aumentar em US$ 100 bilhões as exportações para o bloco, em 15 anos.

Do ponto de vista da indústria de viagens corporativas, a decisão abre um leque de possibilidades de curto, médio e longo prazo.

Uma vez batido o martelo e definido o cronograma básico da implantação do acordo, prevê-se intensificação dos investimentos na infraestrutura e na produção de bens e serviços, além de encontros e eventos internacionais entre os players envolvidos – dos fornecedores de commodities aos de manufaturados, passando pela gama de serviços especializados que será alocada.

A movimentação de pessoas é inerente a esse cenário, somada aos esforços do governo para ampliação da infraestrutura do país. Os dados do BI Abracorp indicam que, no 1º trimestre de 2019, Buenos Aires, Santiago, Cidade do México, Bogotá, Lima, Miami, Nova Iorque, Paris e Londres representaram quase 30% dos destinos internacionais vendidos pelas Travel Management Companies (TMCs) associadas.

Planejamentos estratégicos serão atualizados à luz do novo cenário; eventos específicos vão carrear investimento do meio empresarial, incluindo novas plataformas digitais e recursos de BI. Esses são exemplos que apontam para o aquecimento potencial dos negócios das nossas TMCs. E não é pra menos: juntos, Mercosul e União Europeia reúnem perto de 780 milhões de pessoas e representam cerca de 25% do PIB mundial.

O ano nem acabou e já temos boas notícias

www.abracorp.org.br

Carga tributária extorsiva, juros elevados, encargos trabalhistas absurdos, baixa qualificação profissional, sucessivas crises econômicas, corrupção endêmica, mas o empreendedor brasileiro resiste…

E é no meio deste cenário que o governo federal publica a Medida Provisória que libera 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas brasileiras. Medida que há anos tem sido sugerida pelas entidades representativas do setor de viagens e turismo, a exemplo da Abracorp. Abraçada pelo ministro Vinícius Lummertz, a MP foi assinada pelo presidente Michel Temer, com o aval de Paulo Guedes, futuro ministro da Economia do governo Bolsonaro.
Eliminar barreiras ao investimento estrangeiro no mercado de viagens e turismo constitui fato determinante para o desenvolvimento econômico do país, medida que esperamos seja sucedida por diversas outras iniciativas prometidas ou sinalizadas pelo novo governo a partir do ano que vem.
Entre elas, a atualização da Lei Geral do Turismo, a transformação da Embratur em agência de promoção turística e a recém prometida concessão de todos os aeroportos do país à operação pela iniciativa privada, são medidas necessárias e capazes de ajudar a catapultar a taxa de crescimento real do PIB brasileiro, no médio prazo.
Assim como os demais setores da economia, o mercado de viagens e turismo requer segurança jurídica, equilíbrio cambial e estabilidade política. Basta de jogar no escuro, com o público torcendo contra, sob regras ruins e que mudam a todo momento.
O desenvolvimento, nos moldes que a sociedade brasileira merece e trabalha para realizar, precisa mesmo de um ambiente de negócios que favoreça a presença de um maior número de companhias aéreas operando no mercado doméstico.
Estamos seguros de que os benefícios resultantes abrangem muito além do setor de viagens e turismo, alcançando, direta ou indiretamente, praticamente todos os ramos de atividade econômica.
Carlos Prado