Maio trouxe uma pauta muito particular. Estamos convivendo com catástrofes, tivemos uma conquista importante no Projeto do Perse e analisamos o que entregamos em abril já com vistas para maio.
Começando pelo Perse, depois de uma longa jornada, a Receita Federal publicou a Instrução Normativa RFB nº 2.195, que regulamenta o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos. O benefício fiscal estabelece uma alíquota de 0% nos tributos como PIS/Pasep, Cofins, CSLL e IRPJ sobre a receita e o resultado das empresas do setor de eventos, sendo que, corretamente, as agências também fazem parte desse universo.
Pela relevância, esse tema foi pauta de nossa Reunião de Associados Abracorp, que ocorreu no dia 23 de maio, no Grand Mercure Ibirapuera, em São Paulo. Na oportunidade também falamos do mercado e dos nossos desafios. Para enfrentá-los, apresentei meu plano de ação, dando continuidade à agenda que estamos perseguindo ao longo dos últimos anos. No centro de tudo está o objetivo maior de nossos propósitos que é empoderar o associado e toda a cadeia ao nosso redor.
Sobre o mercado para quem olha de fora entende que está em franca recuperação. Em abril, o setor de viagens corporativas faturou R$ 1,2 bilhão. No ano passado, o faturamento foi R$ 1,067 bi e em 2019 o mês ficou em R$ 1,057 bi.
Um salto maior nesses números demonstra que o faturamento esconde uma outra realidade. O número de transações ainda está muito aquém do registrado em 2019, ou seja, esse faturamento é fruto, somente, da inflação dos 11 itens que analisamos no nosso BI.
Os destaques continuam sendo locação de veículos, serviços aéreos, hotéis e rodoviário. Olhando para as transações notamos que há uma nova ordem no cliente corporativo. Seus hábitos estão mudando e a gestão de sua agenda também.
Por fim, e não menos importante (muito pelo contrário), há um registro importante sobre os relatos dos nossos associados sobre o engajamento de suas equipes nos dramáticos acontecimentos no Rio Grande do Sul. Cada um, ao seu modo, criou um plano de contingência e de solidariedade para socorrer as vítimas desse desastre. Esse trabalho continua e não tem data para acabar.
Maio está terminando e já chegamos no meio do ano. Há ainda uma boa jornada pela frente.
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ABRACORP: OS DEESAFIOS CONTINUAM
Estamos chegando ao final do primeiro mês da nova presidência da Abracorp. E como passou rápido.
Compartilho com vocês que a nossa agenda para este biênio já está posta. A gestão da Abracorp tem se caracterizado pelo fortalecimento e empoderamento das Agências, impulsionados nos últimos anos.
Entendemos que esse caminho está pautado em três pontos fundamentais: o diálogo com os clientes, aprimorando ainda mais o Client Advisory Board, o rigor com sustentabilidade e governança, e o conhecimento do mercado por intermédio de nosso Business Intelligence.
Para cada um destes pilares, temos um extenso plano de ação para consolidá-los dentro de nossos desafiadores propósitos.
Iniciaremos nossa agenda com uma imersão em nossas associadas, e os convidaremos a engajarem com as ações da associação, principalmente por meio dos grupos de trabalho de Recursos Humanos, Tecnologia e Eventos, que serão os grandes norteadores das demandas para nossos projetos.
No curtíssimo prazo, continuaremos mobilizados na manutenção do Perse, sem o qual retrocederemos nossos negócios para o infeliz período da Pandemia e, ainda entre os temas prioritários, estão os contatos de relacionamento com nossos parceiros. Nosso objetivo é a construção de uma agenda ampla, que abrace todos os interesses e que movimente o crescimento do mercado.
Isso é o que está posto. O biênio promete.
CHEGOU A VEZ DO PERSE
por Humberto Machado, diretor-executivo Abracorp
No final da semana passada, realizamos a Reunião de Associados da Abracorp, parte relevante do nosso processo de Governança. É nesse momento que alinhamos a agenda do Conselho de Administração com o grupo, ao mesmo tempo que abrimos espaços para parceiros falarem diretamente com os agentes de mercado sobre suas perspectivas e estratégias.
Nessa primeira reunião do ano contamos com a participação da Latam, nossa parceiro de valor, e com a Rede Atlantica, patrocinadora do encontro.
Foi uma abertura de agenda e o tema que centralizou nossas atenções foi a Medida Provisória (MP) 1.202 que trata do conjunto ações com o objetivo de promover o aumento de tributação. Nessa iniciativa está a revogação do PERSE e a reoneração da folha de salários/pagamentos das empresas.
A avaliação dos participantes foi unânime: a queda do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos é um risco que pode gerar uma quebradeira geral no setor. Lembro que estamos falando de postos de trabalho, de investimentos e de crescimento, que serão interrompidos sumariamente, com essa simples canetada.
Dados do IBGE e do Ministério da Previdência e do Trabalho que mostram que os setores de eventos culturais, entretenimento e turismo emergiram como os maiores geradores de empregos do Brasil em 2023. No saldo acumulado entre janeiro e outubro do ano passado, testemunhamos um notável crescimento de 46,6%, um feito verdadeiramente extraordinário, muito superior a outras categorias, como a agropecuária e a construção civil que registraram decréscimo de 9,1% e 12,4%, respectivamente.
O Governo está mexendo em um setor que representa 6,4% do PIB. Isso demonstra um preocupante desconhecimento sobre a importância do setor para a economia brasileira. Para quem não sabe, movimentamos mais de R$ 550 bilhões (WTTC,2022), fomentando uma cadeia com 571 atividades econômicas.
Sendo assim, este tema é claramente relevante e merece mais cuidado e atenção, principalmente quando comparamos o volume de transações ocorridas no setor de eventos. Segundos nosso estudos, 2023 encolheu 32% quando comparado a 2019.