Carlos Prado*
Em entrevista para CNN Brasil, o ministro Paulo Guedes defendeu a modernização do Estado. Disse que “precisamos erguer uma rampa social”; “priorizar saúde, renda e emprego para mais de 30 milhões de brasileiros excluídos” e, ainda, fundamentado por números incontestáveis, sentenciou que o “caminho da mudança se impõe como fato”. Ou seja: “as grandes fortunas individuais reprimem os lucros”; “é preciso desonerar a folha de pessoal da perversa tributação à qual está submetida”; e “expandir a base de contribuição sobre dividendos”.
Além disso, Guedes destacou outras medidas de prosperidade, tais como a implementação do novo marco regulatório do saneamento básico, com potencial de atrair cerca de R$ 600 milhões de investimentos privados e o programa de expansão da infraestrutura, com investimentos de mais R$ 260 milhões. Fez uma espécie de mea culpa pelo relativo atraso no plano de privatização de empresas públicas; lembrou que o modelo da cessão onerosa também constitui perspectiva de ganhos para a economia nacional; assim como a cabotagem de minério e gás natural.
O sucesso do capitalismo consciente, baseado em empresas conhecidas como ESG (abreviação, em inglês, de Environmental, Social and Governance, ou, em português, Governança Social e Ambiental Corporativa), aponta os caminhos da retomada do crescimento – o que vem ao encontro dos propósitos preconizados pelo Movimento Supera Turismo Brasil.
Sob essa perspectiva, a extensa cadeia produtiva do setor de viagens, eventos e turismo dispõe de força para realizar, em curto espaço de tempo, a desejada promoção de saúde, emprego e renda para milhões de pessoas, físicas e jurídicas, no país, como preconizou o entrevistado. Isso porque, a qualidade da matéria-prima turística nacional, de valor socioeconômico e ambiental extraordinário e indevidamente reconhecido, passa a obter a visibilidade devida.
O grande entrave para o Turismo desempenhar todo o seu potencial, como vetor estratégico do desenvolvimento sustentável no Brasil, sempre foi de ordem cultural. Baixa autoestima e a falsa noção de inferioridade em relação aos atrativos turísticos estrangeiros prevaleciam. Agora, com o vertiginoso crescimento do Movimento Supera Turismo Brasil, a esperança renasce.
Todos os elos do setor de viagens, eventos e turismo, unidos, oportuniza alavancar frentes de trabalho à base de incentivos voltados ao fomento do mercado doméstico. Em aliança estratégica com o setor de telecomunicação, no âmbito das Indústrias Criativas, foco na brasilidade estimula a promoção de produtos dedicados à exportação; geração de divisas e atração de investimentos em vários setores.
Autoridades econômicas públicas e empreendedores de diferentes portes e atuação em vários ramos de atividade, contamos com o engajamento de todos. Assim como o Agro, Turismo é a riqueza do Brasil – mas precisamos explorá-la de maneira sustentável. Comecemos a fortalecer o turismo regional, lembrando que Turismo é uma via de mão dupla.
Além de movimentar pessoas em viagens de lazer, intercâmbio e negócios, e movimentar mais de 50 outros setores econômicos, o Turismo agrega valor à imagem de produtos que possuem origem conhecida, adequadamente posicionada e reconhecida como marca Made in Brasil.
Prevalecendo o capitalismo consciente, o Brasil voltará a ser uma potência de prosperidade no pós-Covid-19. Tudo depende de cada um de nós conseguirmos superar entraves do radicalismo de origem ideológica; partidário e fazer prevalecer um propósito comum: o bem-estar coletivo.