NDC e Fórum Panrotas

No dia 1º de abril (terça-feira), durante o imperdível Fórum Panrotas 2014, logo após a palestra “Iata e o novo sistema New Distribuition Capabillity (NDC)” e de um sábio intervalo que está reservado para networking, haverá outro importante painel sobre infraestrutura aeroportuária, aberto pelo Ministro responsável e seguido pela apresentação de cases de sucesso consagrados no exterior.

Bastaria isso para anteciparmos os nossos sinceros parabéns à Panrotas. Porém, a programação completa do Fórum está sensacional.

E por falar em competência e na difusão das melhores práticas, reitero uma notícia já publicada no Brasil e que ganha crescente projeção internacional, desde que a ABAV Nacional aceitou o convite e passou a integrar a Aliança Global das Associações de Agências de Viagens (WTAAA), em 2012.

Outra excelente notícia vem dos bastidores, onde todos atuam unidos, contribuindo no processo de negociação e combatendo com rigor a criação de qualquer novo sistema de distribuição que possibilite prejudicar as agências de viagens, independente do mercado ou do nicho em que atuam.

Está, portanto, afastado o fantasma que assombrava os atores envolvidos, incluindo os consumidores – as pessoas físicas e jurídicas. Refiro-me à ultrapassada ameaça de que o NDC pudesse vir a ser o único sistema de distribuição do setor. Trata-se de um risco definitivamente afastado pela legislação nos Estados Unidos, após a formalização de consulta encaminhada ao departamento responsável.

Parabéns para todos que atuam de forma coesa e democrática e conquistam ampla e indispensável força associativa, obtida por meio da união e, repito, sempre de braços abertos para o diálogo franco e produtivo.

Edmar Bull

Custos X Preço X Rentabilidade

Viajar de avião é o meio de transporte mais barato. Uma passagem aérea pode ser custosa, mas proporciona, seguramente, a melhor relação custo-benefício.

Até mesmo o caminhar entre um destino e outro, em algumas circunstâncias, torna-se mais caro do que percorrer o mesmo trajeto a bordo de um avião, considerando as frequências e as rotas aéreas comerciais existentes.

Um bom exemplo, com expressiva repercussão midiática sobre o assunto, nos foi dado na semana passada, a partir de rigorosa e apurada matéria exibida na TV GloboNews, O programa Mundo S/A, ao comparar o preço e a rentabilidade da empresa aérea de bandeira com o preço e a rentabilidade das ferrovias que atendem o Canadá, ratifica esta percepção. Viajar de avião é mesmo barato.

Reza uma lenda no trade turístico também que diz: “Todo bilionário que investe na aviação comercial torna-se milionário”. A frase é de efeito, mas reflete uma realidade que pode ser observada nos balanços operacionais das empresas aéreas mundo afora, que com regularidade figuram no vermelho.

Contudo, mesmo amargando perdas, sabemos que todas as empresas aéreas são cada vez mais indispensáveis para o transporte das pessoas e de cargas.

A aviação impulsiona de maneira significativa o desenvolvimento econômico dos destinos atendidos por vôos internacionais, nacionais e regionais, que são realizados com regularidade também crescente, de acordo com as estatísticas divulgadas pela IATA e analisadas ao longo das últimas décadas.

Como potencializar os benefícios proporcionados pela aviação comercial, sem comprometer a rentabilidade setorial?

Edmar Bull

Regras desintegradas

Regras são regras e servem para ordenar procedimentos. São normas estabelecidas por quem impõe um padrão geral. 
Tais definições, entretanto, não parecem constar do dicionário das companhias aéreas, que no dia a dia criam e recriam regras por vontade própria, de maneira isolada e descolada dos bons princípios de gestão. Sem prévio aviso, as agências de viagens são bombardeadas com inexplicáveis mudanças e penalidades.
Inexplicáveis até mesmo para os profissionais que trabalham nas empresas aéreas e admitem, sem cerimônia, que precisam de mais tempo para entender as mudanças e poderem então tentar esclarecer as dúvidas que são cotidianamente apresentadas.
Em tempo real, além de alterar as regras tarifárias e variar os critérios para a imposição de multas e ADMs, as companhias aéreas também repentinamente anunciam normas para a reemissão das passagens, sem medir todas as consequências práticas.
Um bilhete origem/destino/origem, quando requer que o agente de viagens providencie uma adequação para melhor atender o cliente, simplesmente não pode ser reemitido no ambiente dos sistemas integradores. Somos obrigados a deixar sistemas amigáveis para recorrer a atalhos custosos, perdendo agilidade e transparência.
A Abracorp está, como sempre, preparada para dialogar, disposta a reduzir as penalizações e aumentar a produtividade do setor em benefício da indústria de viagens como um todo.
Edmar Bull