É impressionante como alguns segmentos do nosso setor avançaram na utilização de recursos tecnológicos, enquanto outros patinam.
De acordo com o site oficial da www.iata.org.br, o primeiro BSP foi instalado no Japão em março de 1971. Desde então o programa foi adotado pela África do Sul e Itália, de onde se expandiu por toda a Europa. Canadá e México, na América do Norte, possuem BSP’s operando. Nos anos mais recentes tem havido um grande desenvolvimento de BSP’s na Ásia e Américas Central e do Sul. Nesta última, Argentina, Colômbia, Equador e Venezuela têm BSP’s em atividade e, desde 1991, os BSP’s do Brasil e Chile iniciaram suas operações.
Em outras palavras, há mais de duas décadas a aviação comercial no Brasil, a exemplo do que ocorre pelo mundo, adotou o BSP – Billing and Settlement Plan para racionalizar a distribuição do produto oferecido pelas empresas aéreas por meio das agências de viagens. Do mesmo modo, a gestão de viagens corporativas evolui, desenvolvendo e integrando sistemas capazes de propiciar aos clientes informações valiosas, enriquecidas com dados obtidos a partir dos meios eletrônicos de pagamento.
Na prática, a difusão do uso rotineiro dos cartões de crédito corporativos virtuais, do tipo EBTA, ou não, das bandeiras Amex, Master Card, Visa, entre outras, proporciona a edição de relatórios gerenciais com níveis de detalhamento indispensáveis. Cada cliente pode monitora e avaliar o montante dos investimentos realizados em tempo real; por centro de custo; empresa aérea; datas de emissão e de embarque; rotas e destinos, entre outras variáveis que compõem as soluções de BI – Business Intelligence.
E como está a hotelaria? Seria adequado criar uma espécie de BSP para o segmento evoluir? Quais são os reais entraves que impedem integrar os sistemas de reservas de hospedagem aos meios eletrônicos de pagamento, majoritariamente adotados no exterior? Como superar o atraso?
Esperemos que o 55º Conotel (Congresso Nacional de Hotéis), que será realizado nos próximos dias 25, 26 e 27 de março, por iniciativa de entidades como ABIH, FBHA, FOHB e Resorts Brasil, tragam respostas que recuperem o tempo perdido e resultem no efetivo desenvolvimento.