Grupo La Réserve inaugura nova propriedade na França

O grupo hoteleiro La Réserve, cujas propriedades são premiadas todos os anos entre as melhores do mundo por publicações como Condé Nast e Travel+Leisure, acaba de inaugurar uma nova propriedade de luxo na França. O novo hotel, o La Maison d’Estournel, fica em Sainte-Estèphe na região vinícola de Médoc, a pouco mais de uma hora de carro do centro de Bordeaux – e nós fomos os primeiros a conhecê-lo neste final de semana.

Como é se hospedar o La Réserve Paris, o melhor hotel da cidade segundo a Travel+Leisure

Foto: Mari Campos

Inaugurada oficialmente no último sábado, 3 de agosto, a a propriedade fica instalada em uma belíssima mansão rodeada de vinhedos. O genial Michel Reybier, proprietário dos hotéis do grupo La Réserve, transformou a casa do século XIX de Louis-Gaspard d’Estournel em uma residência dedicada ao prazer e à joie de vivre, ao lado da premiada vinícola Cos d’Estournel.

O designer Alex Michaelis criou um décor de muitíssimo bom gosto, com peças marcantes, mas sem excessos, em perfeita harmonia com o clima simples, quase rural, do entorno da propriedade (de alguns lugares dá pra ver o estuário do rio Gironde à distância, com barquinhos que parecem quase flutuar sobre os vinhedos).

A enorme área do piso térreo foi criada como uma casa mesmo, com ambientes que misturam lounge, living room, bar e restaurante, tudo meio junto e misturado – e com uma charmosa cozinha parcialmente aberta. No canto oposto à cozinha, uma charmosa biblioteca-living, marca praticamente registrada das propriedades de Reybier. Há também uma belíssima adega subterrânea que funcionará também como local especial para degustações e jantares privativos.

Diante do grande espaço lobby-restaurante há um belíssimo terraço aberto para os imensos jardins da mansão, lindamente decorados com mesas, cadeiras, sofás, poltronas e ombrelones, criando uma série de charmosos espaços seja para comer, conversar, tomar uma taça de vinho, ler ou simplesmente sentar e apreciar a paisagem.

A ideia é que os hóspedes se sintam realmente em casa e circulem livremente pelos ambientes, sem freios, podendo inclusive se servir do bar ou testar os próprios talentos na cozinha (se quiserem). Em toda parte, há serviço extremamente atencioso, atento e responsivo, mas nada invasivo.

Foto: Mari Campos

Espalhados em dois andares, os quartos se dividem em quatro categorias. Por enquanto, são apenas catorze quartos (entre 20 e 31 metros quadrados), todos decorados com extremo esmero e bom gosto – incluindo enormes banheiras, vistas panorâmicas para os arredores da casa e chuveiros instalados em box de concreto que imita os famosos barris do Médoc.

Foto: Mari Campos
Foto: Mari Campos

A Maison d’Estournel conta também com um excelente restaurante que tive o prazer de provar. O menu sazonal valoriza o terroir do Médoc e procura utilizar produtos que estejam a no máximo um raio de 150 km da propriedade – valorizando mais ainda os do seu entorno. O chef também cultiva ali seu próprio jardim orgânico, com flores, frutas, ervas, verduras e legumes de diferentes tipos. E o restaurante está aberto todos os dias também para não hóspedes para café da manhã, almoço e jantar.

Foto: Mari Campos

Belíssima propriedade, para ficar de olho. Até o ano que vem, a propriedade deve ganhar mais quartos e também piscina e spa.

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Cotton House: oásis em Barcelona

Cheguei em Barcelona na semana passada sob um calor surreal. A cidade estava mais abafada do que nunca e só de pisar na rua a gente sentia. Assim que cheguei ao balcão do Cotton House Hotel, a recepcionista disparou: “Faz muito calor lá fora, não? Prefere um copo d’agua ou uma taça de cava para refrescar enquanto faço seu check in?”.

Convidada a conhecer o hotel neste verão europeu, minha estada no hotel – que tem meros 3 anos de existência, fica na Gran Via, a três quadras do Paseig de Gràcia, e integra o seleto portfólio da Autograph Collection – foi uma mistura bem bolada de serviço atencioso e caprichado com uma informalidade acolhedora por parte do staff (todo bastante jovem, diga-se de passagem).

A piscina do último andar tem vista para o Eixample, as montanhas e a Sagrada Família. Foto: Mari Campos

A Autograph Collection, bandeira da Marriott que reúne hotéis boutique independentes em diversos cantos do planeta, se consolidou por reunir hotéis únicos, fora do comum (“exactly like nothing else”, como diz seu slogan), cheios de design, com foco em experiências singulares e extremamente conectados com o destino em que se instalaram. E o Cotton House Hotel é uma perfeita tradução dos valores da marca. 

Ocupando a antiga sede da Fundación Textil Algodonera, em um emblemático edifício do século XIX totalmente repaginado pelas mãos do designer Lázaro Rosa-Violán (um dos mais badalados da Espanha na atualidade), o hotel mistura muito bem a sofisticação contemporânea com história e funcionalidade – e valoriza muito a cidade onde está.

A escada espiral suspensa de 1957 foi preservada. Foto: Mari Campos

Vários elementos originais do edifício foram conservados, como o incrível teto da Library (a belíssima biblioteca que é puro sossego e, sem dúvidas, o cômodo mais bonito e fotografado de todo o hotel), a imponente escada de mármore de um lado, a impressionante escada espiral de 1957 do outro (suspensa pelo último andar ao invés de presa ao térreo), o delicado parquet do piso… Ao mesmo tempo, todas as facilidades contemporâneas estão lá (incluindo muitas tomadas e entradas USB nos quartos), wifi de excelente qualidade e móveis de design arrojado que dão a tônica aqui e ali nas áreas comuns. 

O passado têxtil do edifício também é honrado em uma das experiências exclusivas que o hotel oferece aos seus hóspedes: a possibilidade de confeccionar uma camisa sob medida com os alfaiates da Santa Eulalia, os mais premiados de Barcelona.

O Cotton Room tem décor muito leve e adorável terraço para o Eixample. Foto: Mari Campos

Os 83 quartos são puro sossego: todos muito luminosos, cores clarinhas, quietos, e sempre com um toque de algodão na decoração (da plantinha em si aos delicados papéis de parede de inspiração botânica) para lembrar o passado do edifício. A gente sequer tem noção de que o hotel tem esta quantidade de quartos, dado o sossego constante em todas as áreas.

Meu quarto era do tipo Cotton room (há diferentes tipos de quarto, incluindo sete suítes), que tem sempre um adorável terraço privativo olhando para o pátio do hotel e os predinhos típicos do Eixample (perfeito para tomar o primeiro cafezinho da manhã). Cama King size, poltrona, boa mesa de trabalho, Nespresso, banheiro grande com banheira e ducha, luxuosas amenidades de banho 100% naturais e mediterrâneas da marca Ortigia da Sicília e uma completíssima “amenities box” que incluía até escova de cabelos.  O meu quarto era no segundo andar e tinha mesmo vista apenas para o pátio e predinhos do entorno, mas me disseram que os quartos dos andares mais altos chegam a ver o mar. 

Detalhe do Batuar Bar e Restaurante. Foto: Mari Campos

Um importante diferencial do Cotton House em relação a outros hotéis de luxo da cidade é que seu público é essencialmente leisure. Você não vê nunca viajantes a trabalho e sim somente casais, famílias, grupos de amigos e solo travelers, todos a lazer, o que garante um ambiente o tempo todo extremamente casual e relaxado à propriedade. O staff também é sempre muito informal (apesar de chamar os hóspedes pelos nomes e ser sempre solícito), a “welcome message” no quarto é escrita com battom no espelho e a própria área dos concierges é adoravelmente chamada de Gossypium. 

Das áreas comuns, além da biblioteca e da incrível lap pool no rooftop (com vista espetacular para a cidade e a Sagrada família!), destaque para o Batuar Bar & Restaurant. É ali, tanto no belo ambiente interno quanto no charmoso pátio, que o café da manhã em estilo buffet (mas com pratos quentes à la carte) é servido todos os dias até 11h da manhã, e também funciona para almoço e jantar com cozinha Catalã contemporânea (destaque absoluto para as tapas da casa, excelentes!). Ressalva apenas para o serviço de bebidas e pratos quentes no café da manhã, que é bastante lento. Falo mais sobre o restaurante e o bar do hotel neste meu texto para o Estadão. 

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