Amazônia Pouso das Castanheiras

Pouso das Castanheiras: hospedagem imersiva na Amazônia

Viajar para a Amazônia é das experiências mais fascinantes que um viajante pode ter. Até os mais urbanos, como eu, simplesmente perdem o chão diante de tamanho arrebatamento em beleza, grandiosidade e excepcionalidade de experiências. Assim, é mesmo motivo de celebração a inauguração do Pouso das Castanheiras, nova opção de hospedagem imersiva na Amazônia brasileira.

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A charmosa nova casa, localizada à entrada do Parque Nacional de Anavilhanas, a pouco mais de duas horas de carro desde o aeroporto de Manaus, é fruto da primeira investida em hospitalidade de alto padrão de três amigos brasileiros, apaixonados pela região. Banhada pelo rio Negro, a casa em plena floresta preservada ocupa uma propriedade de cerca de 26 hectares repleta das castanheiras que lhe deram nome.

Amazônia Pouso das Castanheiras
foto: Mari Campos

Apostando na hospitalidade sustentável e no turismo regenerativo, trata-se de um espaço onde a floresta dita o ritmo das coisas – mas é o próprio viajante que define sua programação, do horário das refeições às atividades desejadas.

A ideia ali é unir a exclusividade e total privacidade da acomodação (afinal, a casa deve ser reservada por inteiro, idealmente por famílias ou grupos de amigos), sem abrir mão de amenidades de qualidade, boa mesa e serviços de hotelaria.

São três quartos pensados para 6 adultos – mas adaptáveis a um total de 8 pessoas, desde que pelo menos duas sejam crianças. As diárias funcionam com transfers desde e para Novo Airão, refeições, bebidas não alcoólicas e passeios incluídos. Tudo isso com muito conforto, segurança e completa imersão na floresta e na cultura local. E, ah!, wi-fi excelente.

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Amazônia Pouso das Castanheiras
foto: Mari Campos

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Uma casa de sonho em plena floresta

Thiago Cavalli, Thiago Fontoura e Roberto Vietri decidiram transformar sua paixão pela Amazônia e suas experiências pessoais na região e em viagens em geral em um tipo de acomodação que recebesse os hóspedes da forma mais autêntica e confortável possível. As reservas de estadia podem ser feitas diretamente com a propriedade ou através de agentes e consultores de viagem.

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As acomodações do Pouso das Castanheiras – uma suíte e dois quartos com banheiro compartilhado – têm todas camas deliciosas com dossel, ar condicionado e varanda privativa. Só não contam com armários, apenas prateleiras.

Há um amplo living, redes, sala de jantar, cozinha e um amplo deck de madeira com espreguiçadeiras que também é um constante convite para o relaxamento. Ali existe outro espaço para refeições, ao ar livre, com um charmoso carrinho-bar da década de 1970 como apoio. Tudo literalmente imerso na floresta amazônica.

Os móveis do Pouso das Castanheiras foram desenhados com exclusividade pelo arquiteto Dimitri Buriti e muito artesanato e obras de arte locais decoram cada ambiente com esmero.

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Erguida em plena mata, a propriedade equilibra sofisticação e respeito às tradições das construções locais, com uso de materiais locais e técnicas construtivas de baixo impacto. As áreas comuns não se escondem atrás de vidros hermeticamente fechados; pelo contrário, são maravilhosamente abertas para a floresta amazônica, garantindo muita luz natural e ventilação – e permitindo que sons e cheiros da floresta inundem os ambientes.

No cronograma de atividades disponíveis para os hóspedes e incluídas na hospedagem há trilhas pela floresta, visitas a comunidades locais, contemplação de igarapés e igarapós, canoagem, SUP, pôr do sol no rio, focagem noturna de animais… mas também tempo de sobra para descansar, mergulhar ou simplesmente ler um livro. Os passeios são sempre conduzidos por guias locais.

Quando a noite chega, o staff da casa acende uma linda fogueira na clareira; é um programão nos sentarmos ao redor do fogo, contemplando o céu escandalosamente estrelado. No período da seca, me contaram que a casa tem praticamente uma prainha privativa também.

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As refeições são todas preparadas pelo staff do Pouso das Castanheiras. E a experiência gastronômica por ali, no melhor estilo gastronomia de acolhimento, tem assinatura amazônica e merece mesmo menção especial. Toda refeição tem sabores e ingredientes muito frescos e realmente locais ou regionais (o tambaqui na brasa é excepcional!), inclusive no delicioso e farto café da manhã.

Não há cardápio fixo; as opções de cada refeição são discutidas previamente com os hóspedes e adaptadas conforme os gostos e restrições. E, é claro, depende também da própria sazonalidade dos ingredientes.

O Pouso das Castanheiras conta também com um delicioso deck sobre o rio – meu local preferido nos finais de tarde. Sentar confortavelmente ali, com pelo menos os pés na água, completamente imersa nos sons da maior floresta tropical do mundo, acompanhando a grandiosidade do rio e o longínquo vai e vem de pequenas embarcações com uma bela taça de vinho branco geladinho em mãos, com revoadas de pássaros e saltos de botos, me marcou tanto quanto os sensacionais passeios cotidianos.

Hospitalidade de primeira, com DNA 100% brasileiro. Que sorte a nossa.

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Preá

Como é o novo Carnaúba Wind House, no Preá

O que começou com uma simples vila de pescadores e depois se converteu em um pólo internacional de kitesurf pode bem estar a caminho de se tornar um dos mais importantes destinos turísticos brasileiros num futuro não tão distante. A praia do Preá, no Ceará, vizinha a Jericoacoara, acaba de ganhar mais uma propriedade voltada para o turismo de alto padrão: o Carnaúba Wind House.

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A nova propriedade do Grupo Carnaúba, que inaugurou no destino também o condomínio de luxo Vila Carnaúba e gerencia distintos projetos sociais locais, propõe o encontro de um hotel de luxo com a descontração de um dos esportes que se beneficiam dos fortes ventos da região.

Situado a cerca de meia hora do aeroporto de Jeri, na extensa praia do Preá, mundialmente reconhecido pela longa “estação de ventos” (são quase sete meses soprando!) perfeita para downwinds, o Carnaúba Wind House opera como um clube, através da venda de um título patrimonial vitalício.

Preá
foto: Mari Campos

Cada associado recebe uma quantidade pré-estipulada (dependendo do título comprado) de créditos anuais para serem usados em hospedagens flexíveis nos bangalôs de 1 a 4 suítes da propriedade. Os títulos da primeira fase valiam a partir de R$ 236 mil e, diferentemente dos modelos tradicionais de timeshare e multipropriedade, têm possibilidade de revenda e de hereditariedade.

São três tipos de títulos distintos e o modelo inicial dá direito a créditos equivalentes a duas semanas de acomodação (com 1 dormitório) no Carnaúba Wind House por ano, sem datas de bloqueio. O clube conta atualmente com mais de 200 sócios.

Mas não sócios também podem se hospedar por lá: créditos de hospedagem podem ser comprados e vendidos. Então os períodos de hospedagem não utilizados pelos associados podem ser revendidos a viajantes em geral, seja de modo direto ou através da Central de Reservas.

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Preá
foto: Mari Campos

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Como é se hospedar no novo Carnaúba Wind House

O novo Carnaúba Wind House foi pensado para praticantes do kitesurf. Mas, justamente porque muitas vezes os esportistas viajam acompanhados de gente que não se interessa pelo esporte, também oferece estrutura completa de hospedagem para viajantes em geral – inclusive para famílias viajando com crianças.

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A propriedade tem diversos bangalôs de 1 a 4 suítes, todos mobiliados como apartamentos – equipados com cozinha, Smart TV, ar-condicionado, roupa de cama e banho e demais amenidades em geral. Alguns têm piscina privativa ou varanda gourmet (mas não há água nem café cortesia). Todo hóspede recebe na chega uma simpática sandália de praia da Linus, 100% reciclável.

O projeto do arquiteto Miguel Pinto Guimarães soube usar muito bem os materiais naturais da região (com destaque para madeira e palha de carnaúba) misturados a tons que lembram as areias da região e estruturas inspiradas na arquitetura caiçara. E os bangalôs e as áreas comuns são conectados por chão de areia mesmo, como ainda acontece em várias partes do Preá.

O Carnaúba Wind House oferece aos hóspedes modelo all inclusive de equipamentos de kitesurf, com suporte técnico, transferência e downwinds organizados pela equipe do clube, compartilhado com o Rancho do Kite, logo ao lado.

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A propriedade conta também com ampla infraestrutura de lazer frente ao mar, incluindo beach club com uma deliciosa lagoa de água doce (1.800 m²), quadras de tênis/beach tennis e um impressionante Kids Camp: um kids club com áreas seca e molhada aberto até 22h.

Há ainda um ótimo restaurante, o Bora, aberto do café da manhã ao jantar (as refeições são todas cobradas à parte, inclusive o desjejum).

Localizado num ótimo trecho da praia do Preá, próximo da vila e também com fácil acesso a Barrinha, Jeri e lagoas, nos próximos meses o Carnaúba Wind House deve inaugurar spa e academia (ótimas massagens já estão disponíveis, mas por enquanto são feitas diretamente no bangalô do hóspede).

A equipe de concierges funciona tanto presencialmente quanto pelo Whatsapp, e se encarrega também de organizar passeios locais, sejam tours de UTV, quadriciclo, cavalgada, bike, SUP, canoa havaiana ou mesmo carro. Transfers in e out desde o aeroporto de Jeri também podem ser contratados com eles (ou diretamente com a empresa local Me Leva Preá, que presta esse serviço ao clube).

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Preá
foto: Mari Campos

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Projeto de desenvolvimento turístico

O Carnaúba Wind House é parte dos projetos do Grupo Carnaúba para o desenvolvimento do Preá como um destino de alto impacto positivo no turismo sustentável brasileiro. São 12000km2 em terrenos na região com 400m frente ao mar; e a ideia é manter sempre uma ocupação de baixa densidade, valorizando a natureza local.

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A nova propriedade é o primeiro clube do gênero nas Américas para praticantes do kitesurf, mas também uma opção sustentável para quem busca simplesmente o descanso em família ou um destino para trabalho remoto frente ao mar. Os arredores do Preá são repletos de dunas, lagoas e belas praias.

Os projetos do Grupo Carnaúba para o Preá envolvem também projetos sociais, como o Instituto Camboa (que já formou 130 pessoas da região em cursos técnicos), e o Vila Carnaúba, primeiro condomínio de luxo da região – e que receberá também o primeiro hotel da bandeira Anantara no Brasil (as obras da nova propriedade hoteleira devem ser iniciadas ainda esse ano).

Ali, criaram-se lotes de 600 a 6000m2 (49% deles já vendidos e com projeto pronto) e aproximadamente 5km de ciclo faixa de uma propriedade com ampla área preservada e acesso direto ao mar.

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Por enquanto, 4 casas já foram 100% entregues e outras 35 têm sua construção em andamento.  Entre as casas, há lagoas de poço artesiano com ozônio e uv, rodeadas por paisagismo que engloba todos os biomas da região – e apenas 15% do terreno total do Vila Carnaúba será ocupado por construções.

“O ‘bom e bem feito’ não precisa necessariamente ser mais caro”, diz Julio Capua, CEO do Grupo Carnaúba, que tem também outras ideias para o destino – e espera conseguir novos parceiros para as novas empreitadas. Julio está, por exemplo, levando para a região o projeto Minha Casa, Minha Vida. E está também analisando propostas para levar outros modelos de hospitalidade – inclusive um hostel – para o Preá.

O Carnaúba Wind House também está disponível para os setores de MICE e Destination Weddings e buyouts totais e parciais em geral (durante minha hospedagem no clube, em julho passado, havia dois grandes grupos de amigos comemorando aniversários no local).

Uma ótima ideia, aliás, que pode contribuir de maneira bem significativa para a sustentabilidade do Preá como destino turístico, sem depender tanto da temporada do kitesurf e atendendo nichos e públicos diversos.

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Awasi Iguazú

Review: Awasi Iguazú

As Cataratas do Iguaçu compõem uma das paisagens mais arrebatadoras do (meu) mundo. Tão incríveis que por si só já bastariam para qualquer viajante. Mas visitá-las e conhecer todas as belezas naturais do seu entorno sem dúvidas fica ainda melhor em uma propriedade que sabe como poucas se aproveitar do destino no qual está inserida. Felizmente, é esse o caso do belo Awasi Iguazú.

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O nome Awasi há anos se converteu em sinônimo não apenas de lodges lindos, imersos na natureza, como também de propriedades extremamente sustentáveis, com gastronomia e serviços impecáveis (suas outras propriedades atualmente são o Awasi Atacama e o Awasi Patagonia, ambas no Chile).

O grupo entrou recentemente em nova fase (e está prestes a converter um dos melhores hotéis do Brasil, o Ponta dos Ganchos, em sua primeira propriedade brasileira); mas o Awasi Iguazú é a prova viva de que as premissas estabelecidas na fundação dos lodges, membros Relais & Châteaux, definitivamente permanecem inalteradas.

Awasi Iguazú
foto: Mari Campos

Em abril, tive o prazer de me hospedar nesta bela propriedade argentina, instalada em Puerto Iguazú, que é, sem dúvidas, a mais exclusiva iniciativa de hospitalidade na região das Cataratas do Iguaçu. Localizado a 45 minutos de carro do aeroporto de Foz do Iguaçu, ali tudo está incluído no dia-a-dia do hóspede, incluindo um carro com guia privativo para todos os passeios.  

A viagem ao Awasi Iguazú foi organizada pela Camilla Mattar Viagens, consultoria de viagem membro Serandipians especializada em roteiros cuidadosa e autenticamente personalizados, com impecável curadoria de hotéis e lodges.

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Awasi Iguazú
Foto: Mari Campos

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Os encantos do Awasi Iguazú

Totalmente imerso na Mata Atlântica, e a curta distância do lado argentino das Cataratas do Iguaçu, o Awasi Iguazú é um lodge extremamente charmoso na Argentina com apenas 14 acomodações – todas elas em estilo chalé, como pequenas vilas privativas.

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Operando em um impecável sistema tudo incluído – tudo mesmo, dos transfers à alimentação, dos passeios ao bar aberto – , o Awasi Iguazú tem suas vilas espalhadas pela propriedade, construídas em uma encosta íngreme em meio à densa vegetação nativa anexa ao Parque Nacional Iguazú. Mas todas sempre a uma curta caminhada da casa central do lodge, onde ficam restaurante, bar e recepção.

As vilas do Awasi Iguazú são totalmente integradas à natureza ao redor, como charmosas (e muito espaçosas) casas na árvore, com direito a quarto, living, espaçosos banheiros e deck com plunge pool privativa.

A madeira escura do lado de fora dá lugar a uma decoração com cores suaves do lado de dentro, valorizando texturas, tecidos locais, obras de arte Guarani e livros e gravuras sobre a fauna, flora e história regionais.

As janelas são enormes, dando a impressão de que as frondosas árvores do lado de fora (que garantem total privacidade) estão praticamente dentro do quarto. Um detalhe adorável é o desnível entre o living e o quarto propriamente dito, garantindo que a natureza do entorno seja sempre visível, a partir de qualquer cômodo ou móvel.

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Os espaços públicos são lindos, seguindo a mesma padronagem de cores claras das vilas e repletos de peças de artesãos locais e regionais, instalações de arte, artesanato Guarani e livros, muitos livros. Há muito espaço aconchegante, interna e externamente, seja para descansar, tomar um drink ou café ou fazer suas refeições.

As áreas fechadas também contam com enormes janelas de vidro para fazer a natureza sempre protagonista e o delicioso deck externo praticamente mergulha na copa das árvores (e há sempre repelente fartamente disponível, em todo canto, para quem precisar).

No pequeno lobby diante da informal recepção, uma iniciativa adorável: deixam um enorme quebra-cabeças das Cataratas que acaba sendo montado coletivamente pelos hóspedes enquanto esperam seu guia chamar para o passeio da vez.

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Awasi Iguazú
Foto: Mari Campos

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Equipe e gastronomia de primeira

Os passeios oferecidos pelo Awasi Iguazú, aliás, são deliciosos, dos lados brasileiro e argentino das Cataratas a visitas a comunidades indígenas, trilhas, pequenos safáris fotográficos, passeios de barco, caiaque e SUP pela região. Têm duração variada e diversos níveis de dificuldade, assim todo perfil de hóspede é contemplado. E os guias são ótimos em compartilhar conhecimento de fato, inclusive em português.

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Os tours têm duração variada e diversos níveis de dificuldade, de passeios contemplativos de barco a trilhas mais puxadas, assim todo perfil de hóspede é contemplado. E os guias são ótimos em compartilhar conhecimento de fato, inclusive em português.

Mais importante ainda: se dedicam realmente a mostrar a exuberante natureza local e regional ao hóspede (algo que, infelizmente, ainda não é feito de maneira tão imersiva e eficiente nas propriedades existentes do lado brasileiro das Cataratas).

A gastronomia Relais & Chateaux é realmente excepcional, mesmo nos snacks mais simples, como meras empanadas. E tudo é sempre à la carte, feito na hora, do café da manhã ao jantar.

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A equipe afinada do Awasi Iguazú, formada majoritariamente por jovens da região, merece destaque absoluto: o treinamento cuidadoso é claro nos mínimos detalhes do dia-a-dia (como no fato de todo e qualquer membro do staff saber exatamente qual o tipo de água que você prefere beber). E o trato é sempre nominal, informal e muito cálido e atencioso, dos garçons aos barmen, do time da recepção aos guias.

Faço só duas rápidas observações relacionadas a serviço. Primeiro, senti falta da uniformidade no housekeeping. Por exemplo, no “montar” o deck externo da vila para o dia, como geralmente acontece nos lodges, colocando as almofadas e estofados das espreguiçadeiras em seus devidos lugares e preparando o local para o uso do hóspede. Vi que curiosamente faziam em algumas acomodações e em outras não (na minha não fizeram em nenhum dos dias ao longo da estadia toda).

Também senti falta de uniformidade no serviço de guias: enquanto alguns hóspedes tiveram o mesmo guia durante toda a estadia (o que considero ideal, não apenas pela fluidez dos passeios pelo vínculo criado como até para a hora das gorjetas – e que, aliás, geralmente acontece nas demais propriedades Awasi), eu passei por três guias diferentes durante a minha estadia.

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Awasi Iguazú
Foto: Mari Campos

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Tudo incluído de fato

No Awasi Iguazú, assim como nos demais lodges do grupo, tudo está incluído de fato. Os transfers ida e volta, seja para o aeroporto de Foz do Iguaçu no Brasil ou de Puerto Iguazú na Argentina, estão incluídos na estadia (ainda que apenas em horários fixos pré-estabelecidos pelo hotel, que podem não combinar exatamente com o horário do seu voo – vale ficar de olho).

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As diárias incluem também todas as refeições (sempre à la carte e excelentes, um dos maiores destaques do hotel), bar aberto, room service, e passeios privativos diários toda manhã e tarde (ou um passeio full day por dia).

Todas as acomodações contam ainda com um completo minibar – com vinhos, cafés, chás, cervejas, bebidas não alcoólicas e petiscos – sempre incluído nas diárias. A primeira bolsa de lavanderia utilizada em qualquer momento da estadia também é 100% cortesia.

A gastronomia do Awasi Iguazú, aliás, é um de seus maiores destaques: tudo é servido cheio de sabor e com apresentação impecável, e sempre à la carte. O menu valoriza muito os ingredientes locais (tem até doce feito com a casca de árvore yacaratiá), é craque em pratos tipicamente argentinos e também reformula várias receitas tradicionais da região.

Vale destacar também a carta de vinhos, feita com ótimos vinhos argentinos de vinícolas menores, estilo boutique. A equipe do restaurante é ótima na sugestão das harmonizações e a equipe do bar é excelente na criação de coquetéis, também majoritariamente feitos com ingredientes locais ou regionais.

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Dicas extra

Durante todos os meus dias em Puerto Iguazú utilizei mais uma vez o chip para viagens internacionais da O Meu Chip, que me manteve conectada 100% do tempo, sem estresse. Há sempre pelo menos 15% de desconto na compra de qualquer chip físico ou eSIM DESSE LINK com o cupom MARICAMPOS.

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Sobre a Camilla Mattar Viagens

A viagem ao Awasi Iguazú, na Argentina, foi toda organizada pela Camilla Mattar Viagens, consultoria de viagem localizada em São Paulo membro Serandipians. Camilla e sua equipe atendem há muitos anos viajantes oriundos do Brasil inteiro, criando roteiros cuidadosa e autenticamente personalizados, com valiosa curadoria de hotéis e lodges, seja para destinos nacionais ou internacionais.

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A hospitalidade diversa do Ibiti

É difícil não se encantar pelo Ibiti, em Minas Gerais. Afinal, essa deliciosa empreitada de turismo regenerativo, sem similar na hospitalidade internacional, é praticamente uma utopia transformada realidade – como bem diz a placa de madeira logo à entrada da reserva.  

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O que começou nos anos 1980 com o sonho do empresário Renato Machado de proteger os arredores do Parque Estadual de Ibitipoca, MG, hoje se converteu em um projeto de vários braços distintos – e do qual o turismo é força importante – que já ultrapassa os 6 mil hectares de área total.

Focado em projeto de rewilding, o IBITI é hoje membro da BLTA (Brazilian Luxury Travel Association) e seu Xodós do Brasil e continua expandindo não só seu território e força sócio-econômica transformadora como também sua vocação para a hospitalidade.

Inicialmente Reserva do Ibitipoca, depois Comuna do Ibitipoca até que virasse simplesmente IBITI, o projeto oferece três modelos já muito bem estruturados de hospedagem turística regenerativa. E inaugura agora a quarta vertente dessa seara hoteleira: sua primeira casa de vidro totalmente automatizada, com vistas surreais para a reserva a partir de qualquer ponto.

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Foto: Mari Campos

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Como é se hospedar no Ibiti

Seu modelo de turismo de baixo impacto, que atua regenerando o meio ambiente, conservando fauna e flora e apoiando sócio-economicamente as comunidades locais, acontece em outras três opções distintas de hospitalidade.

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A primeira investida do Ibiti na hotelaria veio com o adorável Ibiti Engenho Lodge, até hoje a grande estrela do projeto. O casarão construído ao redor de um pátio, com distintas varandas e rodeado por montanhas verdejantes tem apenas 8 grandes suítes, cada uma com uma decoração diferente – mas sempre essencialmente mineiras.

Inaugurado ainda em 2008, suas áreas comuns têm e jeitinho de “casa de vó”, decoradas com muita brasilidade e com a natureza sempre à vista. Tem também spa, sauna e uma deliciosa jacuzzi ao ar livre.

A beleza e aconchego importam, e muito, mas nada disso se compara à calidez do serviço e à primorosa gastronomia tocada pelas “meninas do Engenho” com maestria. Do café da manhã ao almoço mais frugal, do café da tarde ao jantar de vários passos, tudo ali é simplesmente delicioso – e está incluído nas diárias. Cada garfada é uma viagem. E a equipe do lodge ainda é craque em preparar os set ups mais lindos, seja interna ou externamente, para cada refeição.

Engenho Lodge ainda administra a vizinha Casa Carlinhos, com 3 suítes, que deve ser alugada por inteiro mas tem direito de uso dos serviços do lodge.

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A segunda opção de hospedagem é o Ibiti Village, que deu nova vida a Mogol, um diminuto vilarejo de ruas de terra batida que esteve a ponto de desaparecer. Com apenas algumas dezenas de moradores permanentes, teve parte de suas casas originais reformadas e transformadas em 11 acomodações turísticas cheias de conforto.

Todas as casas são diferentes entre si e foram decoradas seguindo temas diferentes – como a dedicada a Guimarães Rosa, decorada com frases e obras do genial escritor. Algumas têm cozinhas completas, outras não; algumas possuem apenas um dormitório outras acolhem famílias.

No Ibiti Village a hospedagem também acontece com pensão completa incluída, servida sempre no Yucca, o restaurante vegetariano e orgânico do vilarejo – que tem ainda escola, igreja, posto médico, café, cinema e prainha de rio. Além da inclusão de um passeio guiado por dia, os hóspedes do Village também são contemplados com algumas atividades culturais, como concertos de piano em um Steinway de jacarandá da Bahia de 1874.

CLIQUE AQUI para ver valores e disponibilidade no Ibiti Village.

Foto: Mari Campos

A terceira opção de hospitalidade é o Ibiti Remote, que conta com três acomodações privativas, todas com localizações bem remotas na reserva. Focadas em quem deseja mesmo total desconexão, o acesso a elas se dá, dependendo da acomodação, por trilha, bicicleta, a cavalo ou em veículos 4×4.

A quarta empreitada começa agora, em clima de soft opening, e deve ser oficialmente inaugurada antes do final do semestre. A primeira Casa de Vidro do Ibiti foi construída mais isolada, em uma área mais alta da montanha que acolhe o Village.

Com paredes de vidro abertas para a natureza exuberante do Ibiti, e vibe quase futurista, totalmente automatizada, ali as vistas arrebatadoras estão incluídas a partir de praticamente todo cômodo.

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Foto: Mari Campos

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Dia-a-dia entre descanso e atividades

No Ibiti, independente da acomodação escolhida, o hóspede passa dia e noite imerso na natureza. Todas as diárias no Ibiti Engenho Lodge e no Ibiti Village incluem pensão completa e um passeio guiado por dia.

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O ritmo por ali é sempre lento e silencioso, perfeito para descansar e dar um belo reset mental. Mas a oferta de atividades possíveis também é enorme, incluindo trilhas, cavalgadas, bike, visitas comunitárias, caiaque, SUP, praia de rio e diversas outras experiências.

Margeando o Parque Estadual do Ibitipoca, o território preservado pelo Ibiti é repleto de montanhas, riachos, lagos e quedas d’agua. A vegetação nativa da região divide espaço com áreas recuperadas com reflorestamento e realmente é verde a perder de vista a partir de qualquer canto.

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Não bastasse tanta beleza natural, a propriedade ainda conta com muita arte espalhada por seu território. As mais famosas são as gigantes esculturas que compõem a instalação My Big Family, da norte-americana Karen Cusolito, cuja visitação é permitida apenas aos hóspedes do projeto.

As obras, feitas em metal reciclado, reminiscentes do Burning Man, fizeram tanto sucesso nas redes sociais que já viraram também a cara do Ibiti. Com dimensões que chegam a 6 toneladas e 9 metros de altura em uma única estátua, exigiram uma logística tremenda para serem transportadas à região montanhosa – mas encontraram na Pedra do Tatu, diante de uma das mais belas vistas do Ibiti, seu repouso.

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Foto: Mari Campos

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Além da hospitalidade

A hospitalidade é apenas um dos muitos braços do Ibiti. Além dela e da preservação e regeneração ambiental que deu origem ao projeto, há também produção orgânica de alimentos na Gaia Produtos Ecológicos (inclusive café), reciclagem (o projeto tem seu próprio centro para tal), reaproveitamento (todos os resíduos orgânicos são reaproveitados ali), educação na Life School, reintrodução de animais silvestres em seu habitat original (como os muriquis-do-norte, maiores primatas das Américas).

A ideia principal é sempre que cada projeto tenha empreendedores diferentes e ajude a economia local girar melhor. A hospitalidade regenerativa é sempre o melhor caminho para fazer a indústria turística realmente girar a favor dos destinos.

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Para chegar ao Ibiti: o aeroporto mais próximo é Zona da Mata/Juiz de Fora (IZA). A partir do aeroporto, são pelo menos mais duas horas de carro até a entrada do Ibiti (com estrada de terra na parte final). Outra possibilidade é pousar diretamente na propriedade em helicóptero ou monomotor.

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Wilderness

A excelência da Wilderness na Botsuana

Uma viagem de sonho, passando por três safári camps bem diferentes entre si em três regiões bem diversas de um mesmo (fascinante) país. Foi assim a minha primeira experiência comprovando a excelência da Wilderness na Bostsuana, África.

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Que as maravilhas das savanas infinitas são muitas, não é novidade. Nem que há vários países diferentes no continente africano nos quais podemos ter experiências arrebatadoras de safári. Mas a Botsuana, e digo e escrevo isso há tempos, desde minha primeira visita ao país, é garantia de alguns dos melhores avistamentos de vida selvagem que você terá na sua vida.

O turismo no país respira safári e sempre soube criar lodges e camps realmente imersivos neste tipo (tão fascinante) de experiência turística. Não por acaso, foi ali mesmo que começou a história da Wilderness: em 1983, um grupo de jovens rangers africanos resolveu se unir e criar um negócio voltado para turismo sustentável no país.

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Wilderness
Foto: Mari Campos

Hoje, a Wilderness, fundada por aqueles jovens visionários, ultrapassou as fronteiras da Botsuana e é líder mundial em conservação e hospitalidade. Hoje comprometida com a preservação em 2,3 milhões de hectares africanos, espera dobrar essa área de terra protegida, chegando a mais de 5 milhões de hectares protegidos até 2030.

São mais de 60 camps/lodges sob sua bandeira, divididos em três categorias distintas (Classic, Classic+ e Premium, sempre com pensão completa, bar aberto, dois safáris diários e serviço de lavanderia), espalhados por 8 países africanos diferentes. Juntos, ocupam mais de 6 milhões de acres de terras remotas e preservadas, com os quais criam itinerários completos para férias de sonho dos mais distintos perfis de viajantes.

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Wilderness
Foto: Mari Campos

Aliás, tem hoje até sua própria companhia aérea: a WildernessAir, que, com aviõezinhos com prefixos que homenageiam distintas espécies africanas, transportam seus hóspedes entre aeroportos, lodges e camps com esmero.

Voltar ao começo de uma história tem sempre um gostinho especial. Entre uma profusão de leões, búfalos, elefantes e hipopótamos, me perdi e me encontrei no Delta do Okavango, na Depressão Mababe e na reserva Linyanti, guardando na memória momentos de beleza selvagem surreais.

E trago aqui, com prazer, uma breve review dos três camps nos quais me hospedei nesta visita mais recente à Botsuana, unidos por uma viagem linda, meticulosamente organizada pela Wilderness, que resistiu até ao cancelamento de voos internacionais.

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Wilderness
Foto: Mari Campos

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Wilderness Jao

Meu começo de viagem, mesmo com percalços de última hora, não poderia ter sido melhor: depois de passar uma noite no simpático  Grays Eden, um hotel boutique localizado a curta distância do aeroporto (com direito a gostosa piscina e ótimo restaurante), cheguei ao belíssimo Wilderness Jao.

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O Jao Camp foi o primeiro safári lodge de luxo da Botsuana. Criado no início dos anos 2000 pela família de Cathy e David Kays (que seguem à frente da administração da propriedade, agora em parceria com a Wilderness), o Wilderness Jao faz parte de uma espetacular reserva privada de 60.000 hectares no Delta do OkavangoPatrimônio Natural da Unesco, não por acaso considerado um dos melhores lugares do mundo para observação de vida selvagem.

Wilderness
Foto: Mari Campos

No finalzinho da década passada, o que era bom ficou ainda melhor: o Wilderness Jao foi reconstruído com design sustentável, materiais naturais e reciclados, e ficou ainda mais bonito do que já era. Tudo é muito amplo, com pés direitos altíssimos e paredes de vidro ou tela para garantir sempre vista panorâmica para as savanas. E com mínimo impacto no terreno.

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Elegante e extremamente sofisticado, no Wilderness Jao até as banheiras e jacuzzis presentes em cada uma das exclusivíssimas (e imensas, todas projetadas como luxuosas casas de árvore) sete acomodações têm vista infinita. E tem ainda um lindo spa, biblioteca, museu, loja e galeria, além de diversos espaços de convivência – tudo conectado por deliciosas passarelas suspensas.

Ali cada hóspede é rei: tudo está incluído e é a gente mesmo que define quando quer sair para os game drives, quando e onde quer tomar café da manhã, almoçar ou jantar. Todas as acomodações têm inclusive cozinha e enormes mesas para refeições no living – além de um farto minibar incluído na diária e reposto todos os dias.

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Nada é engessado, tudo é flexível – e entregue magistralmente, com serviço realmente impecável. Do café da manhã ao jantar, tudo é à la carte, feito na hora, com apresentação infalível. Há também um impressionante bar de vinhos, destilados e coquetéis. 

E seu entorno é, sem exageros, um pequeno Éden tomado por rios, canais, lagos, pântanos e uma fartura impressionante de vida selvagem. Até cachorros selvagens, dificilmente avistados nos safáris, vi em abundância. Além de tudo o que vi nos game drives (o lodge oferece também safáris à pé), leões e elefantes desfilaram sem pudores diante da minha varanda.

O Wilderness Jao entrega, de fato, uma experiência de safári completa. Um lodge realmente inesquecível, com um staff dos mais bem treinados e genuinamente cálidos que já conheci.

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Wilderness
Foto: Mari Campos

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Wilderness Duma Tau

Instalado na bacia do rio Linyanti, região famosa pela fartura e variedade de vida selvagem que ocupa seu território, o belo Wilderness Duma Tau Camp está rodeado de água, incluindo várias lagoas, canais e rios (sendo os principais o Kwando e o Linyanti) no arredores.

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Fiquei hospedada no Wilderness DumaTau no auge da seca de 2024 e, mesmo assim, o camp estava rodeado de fartos cursos d’agua com suas margens tomadas por animais. Manadas de elefantes atravessavam o rio logo em frente o tempo todo (a região tem a maior concentração de elefantes de toda a África) e hipopótamos se banhavam bem diante do hotel dia e noite.

Wilderness
Foto: Mari Campos

Localizado idilicamente à beira-rio, o Duma Tau (que significa “rugido do leão”, algo que ouvimos frequentemente por ali) é perfeito para quem busca uma hospedagem de safári mais tradicional, com um estilo mesclando habilmente o clássico “Out of Africa” com o contemporâneo.

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São apenas oito suítes, todas com vista rio, deliciosamente interligadas à estrutura principal por uma extensa passarela de madeira. A vegetação exuberante natural da área garante total privacidade. E o trânsito de distintas espécies animais entre elas é constante.

Wilderness
Foto: Mari Campos

Todas as espaçosas suítes em estilo tenda contam com enormes banheiros completos, walk-in closet, dormitório, hall, living e deliciosos decks com piscinas privativas voltados para o rio. Há máquinas de café, guloseimas e minibar diariamente abastecido, inclusive com vinhos e destilados – tudo incluído.

A estrutura principal é enorme, com vários lounges internos e externos em distintos níveis, inclusive à beira d’agua. As refeições são servidas nos mais diversos espaços, indoor e outdoor – incluindo jantares sob as estrelas, acompanhados por excelentes vinhos africanos.

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A gastronomia caprichada, aliás, também é destaque por ali: o café da manhã é servido em um buffet bem completo na boma logo cedo, mas quem preferir pode tomar o brunch à la carte ao voltar do safári. Tudo deliciosamente feito na hora. Almoço e jantar também são servidos à la carte e ainda são servidos sucos, chás e fingerfood antes do safári vespertino. Tudo delicioso e com apresentação impecável.

Com localização privilegiada, o Wilderness Duma Tau oferece uma gama bem variada de atividades incluídas, incluindo passeios em lanchas e barcos, seja para almoço ou happy hour ao pôr do sol, com hipopótamos, crocodilos e elefantes ao redor.

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Wilderness
Foto: Mari Campos

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Wilderness Mokete

Dentro da categoria mais simples dos camps da Wilderness (Classic), uma das inaugurações mais recentes é o Wilderness Mokete, por enquanto a única opção de hospedagem turística na reserva homônima, na região da Mababe Depression.

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Em ambiente bastante remoto e selvagem, por enquanto acessível apenas via estrada ou helicóptero, o novo camp se destaca, na verdade, por seu entorno: está rodeado por alguns dos maiores rebanhos de búfalos e dos mais extensos bandos de leões do continente africano.

Wilderness
Foto: Mari Campos

Bastante mais simples que os demais camps da Wilderness citados na Botsuana, o Wilderness Mokete serve todas as refeições no mesmo pequeno restaurante da propriedade e sempre em compactos buffets.

O design em geral também é bem mais simplificado e contido, mais funcional. Além do restaurante, as áreas públicas incluem um pequeno lounge & bar, piscina e boma. Um pequeno deck também funciona como mirante para acompanhar animais que cheguem mais próximos ao laguinho da propriedade.

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No total, são apenas nove tendas, todas com living, plunge pool privativa e um interessante teto retrátil, que pode ser utilizado fora da temporada com mais insetos e mariposas na região (quando fui, em dezembro, não era possível utilizá-lo). Não há minibar nas acomodações.

Wilderness Mokete também oferece nas estadias todas as inclusões básicas comuns a todos os camps de Wilderness: dois safáris diários, pensão completa, bar aberto e serviço de lavanderia.

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Wilderness
Foto: Mari Campos

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Como chegar

Voei de São Paulo a Joanesburgo com a South African Airways, a mais antiga companhia aérea voando continuamente para o Brasil e o principal elo de conexão aérea entre o Brasil e a África

A SAA tem hoje duas rotas diferentes ligando Brasil (São Paulo) e África do Sul (Joanesburgo e Cidade do Cabo), nas quais voa com os novos A330-300, que trazem uma nova Classe Executiva, muito mais confortável.

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Entre África do Sul e Botsuana, voei com a simpática Airlink, sempre bastante pontual. Entre o aeroporto de Maun e os camps, voei com Wilderness Air.  

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