Hotel Casana

A hospitalidade de altíssimo padrão do hotel Casana

O turismo de luxo vive um boom de novas aberturas, inaugurações e remodelações hoteleiras desde o começo da pandemia – inclusive no Brasil. E, dentre novidades de topo tipo, melhor ou pior sucedidas neste período de idas e vindas da chamada retomada turística, é sempre um prazer imenso experimentar propriedades do setor que realmente souberam sair do óbvio e se destacar pela qualidade do serviço que oferecem. Caso, por exemplo, da hospitalidade de altíssimo padrão do hotel Casana.

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Localizado idilicamente em área quase remota da praia do Preá, arredores de Jericoacoara, CE, e inicialmente pensado para ser a casa de praia da família Furland, o Hotel Casana realmente ultrapassa o “padrão luxo” da região e oferece uma qualidade de serviço e discrição ainda pouco comum à hotelaria brasileira. Distante meros 20 minutos do aeroporto de Jericoacoara e vizinho à deliciosa praia de Barrinha, tem apenas sete enormes suítes entre jardins à beira-mar e ali a gente realmente se sente em casa. 

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A hospitalidade de altíssimo padrão do hotel casana

No final de 2022, tive a oportunidade de me hospedar alguns dias no delicioso Hotel Casana, no Ceará. Os cuidados com o hóspede já começam muito antes da estadia, com a equipe de hosts – como são conhecidos os concierges da casa – entrando em contato pessoalmente para se apresentar, anotar preferências e discutir possibilidades para que o serviço fornecido durante a hospedagem seja o mais satisfatório possível. Sem afetações de nenhum tipo e com muita calidez a cada contato, guardam nomes e preferências com rapidez, são observadores e atentos durante toda a estadia e a comunicação entre equipe é extremamente rápida e eficiente, surpreendendo frequentemente o hóspede durante a estadia – como a verdadeira hospitalidade de luxo propõe.

Na chegada ao confuso aeroporto de Jericoacoara, o motorista do hotel já me esperava, oferecendo água de côco geladinha – em garrafas de vidro, como se espera de um hotel responsável – para o trajeto de apenas vinte minutos até a entrada da propriedade. Instalada literalmente pé na areia na praia do Preá, considerada um dos melhores lugares do mundo para a prática de kitesurfing, a propriedade tem apenas sete exclusivas suítes construídas de maneira sustentável entre adoráveis jardins e rodeando as sempre tranquilas áreas comuns com seus lounges, living, restaurante, bar, salas de massagem, academia, boutique e até um mirante privativo, com vista panorâmica de Jericoacoara até Barrinha de Baixo.

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O hotel opera sempre em sistema tudo incluído, o que justifica as diárias mais altas. Ali todas as refeições são servidas em sistema à la carte  (ainda que com menu bastante enxuto e rotativo para almoço e jantar) e estão sempre incluídas, assim como snacks, bebidas não alcoólicas (inclusive mocktails), minibar e até lavanderia. A gastronomia do chef André Wunderlich e equipe vale mesmo cada garfada (incluindo sempre boas opções vegetarianas) e a adega do hotel é realmente excepcional. O extenso menu de café da manhã é puro deleite ao começar cada dia e o hóspede ainda pode solicitar snacks ao longo do dia, se desejar.

As sete suítes são todas incrivelmente espaçosas, com enormes decks mobiliados, living, quarto, área de trabalho e walk-in closet. Os imensos banheiros, com amenidades Clarins, contam com duchas interna e externa (duas delas têm também banheira e piscina privativa). O bom uso da vegetação garante razoável privacidade à maioria das vilas – mas nem todas têm vista para o mar.

Chama a atenção no excelente projeto arquitetônico do Casana algo essencial para os tempos que vivemos: todos os ambientes são extremamente bem ventilados, garantindo não apenas maior segurança sanitária aos hóspedes como também nos permitindo aproveitar a deliciosa brisa e maresia locais em absolutamente todo canto do hotel, principalmente às refeições.

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Foco no kitesurf, mas com ofertas de lazer de todo tipo

A praia em frente ao hotel infelizmente não cativa os banhistas; sem serviço e com muito vento e mar “mexido” na maior parte do ano, é paraíso para kitesurfers e acaba sendo frequentada unicamente por eles. O Casana, aliás, tem grande parte do seu atrativo aí: com proprietários apaixonados pelo Kitesurf, oferece estrutura completa para praticantes do esporte, incluindo aulas para qualquer nível, do iniciante ao mais avançado (o hotel tem campeões mundiais entre seus clientes), e também para crianças.

Para compensar, a charmosa piscina do Casana, com ótimo serviço e repelentes e filtros solares La Roche Posay gratuitamente à disposição, é sempre extremamente convidativa. E a linda e deliciosa praia de Barrinha de Baixo, perfeita para banhos de mar ou de água doce em suas lagoas, é vizinha e facilmente acessível em buggy. Tem mar mais calmo, boa estrutura para banhistas passarem o dia e dunas incríveis para conhecer e apreciar o fantástico por do sol da região lá do alto.

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A equipe de “hosts” do Casana é realmente extremamente eficiente ao propor e organizar experiências extras locais, da gastronomia ao lazer, dentro e fora do hotel. Dentro da propriedade, aliás, existem diferentes espaços especialmente criados para receber parte destas propostas, incluindo jantares românticos ao ar livre, menus degustação de oito passos servidos pessoalmente pelo chef, apresentações de grupos folclóricos locais, happy hour nos jardins e diversas outras experiências dedicadas também às crianças.

Uma atividade deliciosamente imperdível é o happy hour ao por do sol servido no topo do mirante interno do Casana. O local acomoda um lounge privativo e acompanhar o sol se por ali, com vista panorâmica de Jeri a Barrinha, espumante e petiscos, é mesmo um programão – com direito a serviço simpático, eficiente e extremamente discreto.

Com padrões tão altos de serviços e atmosfera tão exclusiva – afinal, são apenas sete suítes no total – o Hotel Casana é um dos mais procurados para buyout no Brasil, sendo frequentemente “fechado” por alguns dias ou uma semana inteira por uma mesma família ou grupo de amigos. Spoiler: ocupando atualmente apenas parte do imenso terreno que possui à beira-mar no Preá, o hotel deve acrescentar novas suítes à propriedade nos próximos anos.

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Ilhas Cayman

Novo cenário da hotelaria de alto padrão nas Ilhas Cayman

Caribe é bom e a gente gosta. A conjunção de águas mornas, turquesas e cristalinas com praias de areia clarinha dá muito samba – e fica melhor ainda, é claro, em um belo hotel. Por isso mesmo, viajei agora em novembro à região para conferir pessoalmente o novo cenário da hotelaria de alto padrão das Ilhas Cayman.

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O arquipélago – com Grand Cayman, Little Cayman e Cayman Brac – ainda é pouco frequentado por turistas brasileiros, e frequentemente associado por nós à idéia de paraíso fiscal, offshores e afins desde os anos 1980. Para americanos e britânicos, principais nacionalidades que visitam o destino, trata-se de uma das mais “redondinhas” ilhas caribenhas: boa oferta de voos internacionais diretos, belas praias, boa mesa, bons hotéis. E a cena hoteleira local vem melhorando anualmente, com novas aberturas e, principalmente, grandes reformas em propriedades já existentes que andam dando o que falar.

Grand Cayman é a principal ilha do arquipélago das Cayman Islands e concentra a maioria de seus hotéis e resorts. A maioria das propriedades foca em famílias e em turistas de alto padrão; mas há ofertas desde orçamentos um pouco mais apertados até o ultra luxo, com boas opções também para quem procura romance ou sossego. 

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Novo cenário da hotelaria de alto padrão das Ilhas Cayman

Ao longo da minha semana completa na ilha, tive a chance de visitar distintos hotéis, condos e vilas. E listo aqui os que achei mais interessantes.

🛎 Palm Heights: meu favorito de todos os que conheci. Adoraria ficar hospedada ali em uma próxima viagem. Um hotel boutique lindo, discreto, charmoso, e ao mesmo tempo pop, cheio de design, arte e bom humor nos ambientes. O café da manhã à la carte, servido em frente ao inconfundível pequeno beach club de guarda-sóis amarelos diante do mar turquesa, é ótimo; casais, celebridades querendo sossego e solo travellers são frequentes ali.

CONFIRA valores e detalhes do Palm Heights aqui.

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🛎 Kimpton Seafire Resort: um hotel que foi uma enorme surpresa. Foi nele que fiquei hospedada a semana toda e é MUITO diferente (leia-se também MUITO superior!) a qualquer outro hotel da bandeira. Quartos enormes todos com varanda privativa, decoração caprichada, serviço compatível com hotelaria de luxo, ótimo beach club e dois dos mais gostosos restaurantes da ilha (recomendo muito um almoço à beira-mar no Cocaloba e um belo jantar regado a tapas espanholas no Avecita). E ainda tem uma belíssima infra para crianças, incluindo seu próprio mini parque aquático.

CONFIRA valores e detalhes do Kimpton Seafire Resort aqui.

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🛎 Ritz-Carlton Grand Cayman: um clássico na ilha que acabou de concluir uma mega reforma multimilionária (mais de US$50mi para renovação completa dos ambientes). Os muitos quartos (sao mais de 350) são pequenos em geral (exceto suítes, obviamente); mas as áreas comuns são lindas e fartas, não dando jamais a impressão de ser um hotel com capacidade para mais de 700 hóspedes). Tem complexo de piscinas, beach club exclusivo, campo de golfe próprio de 9 buracos, cinco restaurantes e belos (e novos!) bares interno e externo. 

CONFIRA valores e detalhes do Ritz-Carlton Grand Cayman aqui.

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🛎 Grand Cayman Marriott Beach Resort: tem boa infraestrutura com tarifas amigáveis para os padrões da ilha. Está concluindo uma enorme reforma que lhe presenteou com um lobby multi ambientes lindo, com diferentes opções descomplicadas para comer. Os quartos devem ser todos renovados em breve e tem ainda um pequeno e charmoso spa. Mas tem uma particularidade importante, que o hóspede precisa saber antes da reserva: sua faixa de areia foi completamente varrida do mapa por um dos recentes furacões; então não tem “praia” de fato. Seu “serviço de praia” fica instalado no deck das piscinas, com acesso direto dali ao mar. 

CONFIRA aqui mais detalhes e valores do Grand Cayman Marriott Beach Resort.

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O boom dos condos e vilas de luxo

Além da cena hoteleira, que contempla de hotéis e econômicos a propriedades de luxo, de unidades independentes a grandes redes de hospitalidade, Grand Cayman tem também cada vez mais opções de vilas e “condos”.

Esse modelo de hospedagem tem feito sucesso entre grandes famílias, sobretudo aquelas em viagem multi geracional, e grandes grupos de amigos. No sistema “condo” de alto padrão, o Rum Point tem belos apartamentos de até quatro quartos em um predinho baixo de frente para o mar, em uma das “pontas da ilha”. Há serviço de praia, serviço de hotel para todas as unidades e também um pequeno restaurante para refeições rápidas e café da manhã no térreo.

No sistema “private villas”, uma bela opção é o Black Urchin, um pequeno condomínio de imensas vilas de luxo com capacidade para até 18 pessoas cada. As unidades ficam bastante próximas umas das outras, mas têm estrutura completa de lazer, grandes cozinhas completas, salões de jogos, piscinas privativas com vista para o mar, esportes aquáticos, deck próprio para passeios de barco e uma equipe de concierges 24h in loco para providenciar qualquer serviço extra desejado (tours, chefs, compras, supermercado etc).

Dá para conferir detalhes da minha viagem toda pelas Ilhas Cayman no meu instagram @maricampos.

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Durante a viagem toda, utilizei o chip internacional de celular da O Meu Chip, um dos poucos a oferecer cobertura completa de internet nas Ilhas Cayman. Funcionou perfeitamente durante toda a viagem, inclusive num dia inteiro de passeio de barco. Há chips internacionais para os mais diferentes destinos neste link e o cupom MARICAMPOS dá pelo menos 15% de desconto em qualquer um deles. 

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Scenic Eclipse

O que faz um mordomo na hotelaria contemporânea

“Com o que eu poderia abastecer seu minibar e qual tipo de travesseiro você geralmente prefere?”, me perguntou o adorável Ravin, ao me receber em minha cabine a bordo do belo iate de expedição de luxo Scenic Eclipse. Ravin, nascido nas Ilhas Maurício, foi meu mordomo e fiel escudeiro ao longo de nove deliciosos dias passados em cruzeiro entre Lima e Santiago do Chile em outubro passado – e cuidou genialmente dos detalhes da minha viagem. Assim como no Eclipse, hoje, são cada vez mais numerosos os hotéis e cruzeiros de luxo que oferecem serviço de mordomo incluído em suas acomodações. Alguns oferecem tal serviço apenas para determinados níveis de suítes. Outros, como o próprio Scenic Eclipse, os cruzeiros da Silversea ou o resort Joali Being, nas Maldivas, incluem o serviço em qualquer tipo de acomodação. Mas o que faz um mordomo na hotelaria contemporânea?

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Eis aí um profissional que é capaz de realmente abrilhantar a nossa experiência com a hospitalidade. Em geral, percebem rapidamente nossos gostos e hábitos e moldam nossa estadia para que sigam de encontro a esses padrões – e, de preferência, que excedam expectativas. Ao longo de nove dias a bordo do Scenic Eclipse, Ravin não apenas serviu com esmero e capricho meu café da manhã todos os dias, pontualmente no horário combinado, como me enchia de mimos e cuidados.

Deixei um dia para fora minhas botas sujas após um passeio e, quando voltei para a cabine, lá estavam elas lustrosas, limpas e engraxadas. Como soube que eu gosto de gin tonic, em um outro dia encontrei uma pequena amostra de gin e duas garrafinhas de água tônica me esperando sobre a mesa no final de tarde. Já tínhamos coincidentemente navegado juntos em duas outras oportunidades na armadora para a qual ele trabalhava antes e foi também divertido relembrar algumas histórias e pessoas.

Como não nascemos em Downton Abbey, nem todo mundo está familiarizado com esse tipo de função na indústria da hospitalidade. Nem sempre é simples ou óbvio saber o que podemos – e o que não podemos – pedir a um mordomo sem cruzar limites minimamente aceitáveis para este profissional. 

Além disso, ao mesmo tempo que é maravilhoso poder contar com alguém cuja prioridade durante toda a sua estadia será melhorar a qualidade da sua viagem, para algumas pessoas pode ser também desconfortável pedir a um estranho que cuide de tarefas e providências (cotidianas ou não) em seu nome.

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O que faz um mordomo na hotelaria contemporânea?

Ao delegar tarefas aos mordomos, o hóspede terá óbvias economias de tempo e energia, podendo se dedicar mais diretamente ao prazer das suas férias. Por isso, cada vez mais hotéis e armadoras de cruzeiros focados no chamado ultra luxo têm investido na contratação desses profissionais para seu quadro definitivo de funcionários.

O que faz um mordomo na hotelaria contemporânea varia muito de propriedade para propriedade. Mas, em geral, ele é o funcionário responsável – seja do hotel ou do navio – por supervisionar e personalizar a experiência geral do hóspede. Os serviços básicos podem incluir servir o café da manhã diariamente na acomodação, lembrar sobre compromissos, fazer reservas para restaurantes e serviços, fazer e desfazer malas, ajustar itinerários ou cuidar dos transfers de e para o aeroporto, por exemplo. Em muitos casos, exercem simultaneamente funções de garçom, governanta, concierge, segurança e assistente pessoal, tudo junto e misturado.

Os bons mordomos antecipam as necessidades e desejos do hóspede com eficiência e discrição. Não à toa, muitas propriedades hoje em dia já colocam os mordomos em contato com seus futuros hóspedes antes mesmo deles chegarem ao destino das férias. Em estadias mais longas, a conexão pessoal formada entre hóspede e mordomo, dado o nível extremo de personalização dos serviços, também costuma ser bastante apreciada por ambas partes.

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QUAL A DIFERENÇA ENTRE UM MORDOMO E UM CONCIERGE?

O concierge já é uma figura bastante conhecida na hotelaria de luxo – embora em outros nichos da hospitalidade muitos hóspedes ainda não entendam exatamente a função desse profissional, muitas vezes confundindo-o inclusive com o recepcionista. E como diferenciá-lo ainda por cima da figura do mordomo?

Bom, mordomos se dedicam a hóspedes específicos que lhes são determinados previamente, enquanto o concierge pode atender todos os hóspedes de uma mesma propriedade para questões específicas, como reservar um restaurante, conseguir ingressos para um jogo ou espetáculo disputado etc. O que faz um mordomo na hotelaria contemporânea exatamente é algo difícil de definir hoje em dia. Trata-se de uma função extremamente personalizada, que vai muito além de disponibilizar-se para desfazer e fazer nossas malas no check-in ou check-out.

Comunicando-se direta e constantemente com o hóspede, sua função geral é fazer todo o possível para que cada passo de nossa estadia seja mais prazeroso – criando uma gama de atribuições gigante, que vai do servir o café da manhã na acomodação a arrumar no closet as roupas trazidas da lavanderia, da organização das atividades do seu dia às reservas do jantar, de zelar para que sua marca preferida de água esteja sempre disponível no minibar a alertar sobre possíveis mudanças no clima – além de tantas outras coisas. Em muitos hotéis e cruzeiros, as funções do concierge são hoje PARTE das funções de um mordomo.

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O que a gente pode – e o que não pode – pedir?

O que os hóspedes pedem aos seus mordomos na hotelaria varia muito de uma propriedade a outra – e também de um hóspede a outro. Afinal, gostos, necessidades e preferências são extremamente pessoais. Mas alguns comportamentos costumam se repetir com frequência, segundo profissionais que atuam na área. Um pedido bastante comum a mordomos de resorts, por exemplo, é reservar e preparar espreguiçadeiras na praia ou à beira das piscinas.

Conversando com os mordomos que me atenderam esse ano em diferentes viagens, eles resumiriam o que pode ou não ser pedido por um hóspede como “tudo que parece dentro dos limites razoáveis”. Dizem também que o melhor raciocínio é o seguinte: se você achar que algo pode ultrapassar essa linha do “razoável”, é porque provavelmente ultrapassa mesmo. E fazem ainda uma ressalva comum: a maneira como o hóspede faz seus pedidos faz toda a diferença no dia-a-dia dos mordomos, independentemente do tipo de pedido – e pode sim interferir no modo como os mesmos são atendidos.

Comunicação clara e eficiente é a chave do bom relacionamento com o mordomo na hotelaria contemporânea. Deixar claro de cara algumas preferências básicas – gosta de dormir até tarde, ou não quer ninguém na acomodação após 19h ou quer ter sempre leite no minibar para tomar com seu café, por exemplo – também ajuda. Quanto mais informações ele tiver sobre você, melhor para sua experiência e mais simplificado o trabalho dele. E, como em muitos hotéis hoje a comunicação entre mordomo e hóspede tem se dado por escrito, via Whatsapp ou aplicativos próprios, é bom redobrar a atenção ao tom utilizado ao se comunicar por escrito. O bom e velho “gentileza gera gentileza” nunca sai de moda, não é mesmo?

É importante notar também que cada hotel e cruzeiro pode ter seus próprios regulamentos internos sobre os horários em que tais profissionais estarão à sua disposição. Normalmente, isso é comunicado pelo próprio mordomo logo no primeiro contato pessoal, logo após o check in. É fundamental estabelecer esses acordos entre partes e respeitar os intervalos de tempo informados. No caso de um mesmo mordomo atender vários quartos, suítes ou cabines, tenha sempre em mente que eles podem não estar disponíveis imediatamente e tudo bem – afinal, você está de férias, relaxe!

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Foto: Mari Campos

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como ficam as gorjetas?

Em alguns casos, sobretudo cruzeiros de alto luxo, é comum ser explícito na reserva que as gorjetas de toda a tripulação também estão incluídas na tarifa da sua acomodação. Mas obviamente nada impede que você gratifique extraordinariamente o seu mordomo, principalmente quando seu trabalho exceder as expectativas – ou realmente fizer toda a diferença em sua experiência de férias. Afinal, gratificar funcionários é sempre a maneira mais direta de mostrar seu apreço e satisfação com o trabalho desempenhado por eles.

Mas quanto deixar? A maioria dos profissionais da área com os quais conversei acreditam ser apropriado deixar algo em torno de 5% da diária do quarto. Alguns propriedades sugerem quantias fixas em USD ou moeda local por dia. Entretanto, como sempre, esse tipo de decisão é extremamente pessoal e vai depender mesmo da eficiência do funcionário, da interferência no saldo final das suas férias e de quaisquer outros fatores que sejam importantes para você.

E vale lembrar: o feedback financeiro não é nem nunca será a única maneira de reconhecer o bom serviço de um mordomo – ou de qualquer outro funcionário da hospitalidade. Lembre-se de agradecer-lhe também verbalmente ou através de um bilhete personalizado. Elogiar o profissional à gerência do hotel ou cruzeiro ou mesmo nos questionários online de satisfação também é sempre uma ótima pedida. Se a pessoa fez a diferença nas suas férias e superou suas expectativas, nada mais justo que seja sempre devidamente recompensada.

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Fasano Boa Vista

Grupo Fasano: excelente dobradinha à paulista

Com uma história ligada ao Brasil desde 1902, quando o italiano Vittorio Fasano imigrou e inaugurou a Brasserie Paulista, o grupo Fasano começou a investir na hotelaria em 2003, com a abertura do premiado Hotel Fasano São Paulo, idealmente instalado próximo a excelentes opções de compras, gastronomia e entretenimento na capital paulista.

Nestes quase 20 anos, a família expandiu os negócios na indústria da hospitalidade para diferentes destinos brasileiros (São Paulo, Porto Feliz, Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Belo Horizonte, Salvador e Trancoso), em Punta del Este (Uruguai) e, mais recentemente, também Nova York (EUA), com uma esperada e badalada inauguração. E, em São Paulo, o grupo Fasano propõe uma excelente dobradinha à paulista que tem sido um case de sucesso durante a pandemia.

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Tive a chance de fazer essa bela escapada – excelente tanto para quem mora na cidade ou no estado de São Paulo, como também para quem vem de bem mais longe – agora no comecinho de outubro. Durante a semana, misturei o super urbano Fasano São Paulo com o belo e bucólico Fasano Boa Vista, um verdadeiro oásis de design e conforto na zona rural de Porto Feliz, no interior de São Paulo. E voltei pra casa bem contente após ótimos dias de anywhere office.

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GRUPO FASANO: EXCELENTE DOBRADINHA À PAULISTA

Do Fasano São Paulo, propriedade muito sóbria e de décor quase masculino no coração dos Jardins (com direito a um impecável café da manhã à la carte servido no terraço do restaurante Nonno Ruggero) eu levei uma hora e meia de carro para chegar ao Fasano Boa Vista, uma hospedagem rural diferente de qualquer hotel fazenda brasileiro.

Localizado dentro dos impressionantes 12 milhões de metros quadrados da Fazenda Boa Vista, nos arredores de Porto Feliz, interior de São Paulo, o  Fasano Boa Vista divide espaço com condomínios de luxo, campos de golfe, um pequeno mall exclusivo, fazendinha, pista de triatlo, centro equestre, lagos e muito, muito verde em colinas, bosque e jardins exuberantes (a fazenda Boa Vista tem mais de 100 alqueires de mata nativa preservada).

A primeira “propriedade de campo” do grupo Fasano no Brasil acaba de chegar aos 11 anos sem desatualizar o belo projeto arquitetônico de Isay Weinfeld que mescla elegância e rusticidade na medida exata. O hotel vive agora seu melhor momento, aliás; desde o começo da pandemia, passa por um verdadeiro boom nas taxas de ocupação, em grande parte ao uso constante de ventilação e iluminação naturais em quase todos os ambientes, garantindo maior segurança para os hóspedes (apesar de infelizmente ter abolido por completo o uso de máscaras por parte do staff). 

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Fasano Boa Vista: diferente de qualquer hotel fazenda

O edifício principal do Fasano Boa Vista reúne recepção, lobby, varanda, espaço de negócios, bar, restaurante e 46 charmosas acomodações (12 delas suítes). Em todos os ambientes, sempre com muita madeira e muito verde à vista, o contato visual com a natureza local é o grande protagonista, seja através das varandas emolduradas dos quartos, da imensa varanda social do lobby e bar, ou do delicioso restaurante completamente aberto para o deck do lago principal da propriedade. O grande lobby envidraçado, aberto para a enorme varanda com vista para o lago e a fazenda, apesar de ser o verdadeiro coração da propriedade, é um verdadeiro oásis de sossego nos dias úteis.

As acomodações são todas muito espaçosas, com quarto, estação de trabalho, canto de refeições, amplo espaço para bagagens, grandes banheiros e deliciosas varandas. As suítes são duplex e têm seus cômodos distribuídos em dois andares, ganhando duas varandas; mas os quartos, apesar da área total menor, dão sensação muito maior de amplitude, com o visual externo parecendo “entrar” dentro da acomodação.

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Na gastronomia, a oferta é limitada, principalmente para quem fica hospedado por mais tempo; mas a qualidade é realmente extremamente satisfatória. Existe apenas um restaurante no hotel, aberto para café da manhã, almoço e jantar. O café da manhã é servido em sistema buffet acrescido de ótimas opções quentes à la carte (é bastante recomendável sempre reservar diárias com café da manhã incluído)

O menu do almoço e do jantar, que mescla delícias italianas e brasileiras com alguns pratos internacionais, prioriza ingredientes locais, alguns deles colhidos na própria fazenda – e com uma bela adega. A grande pedida ali é optar, em qualquer refeição (se o tempo permitir), por uma das mesas instaladas sobre o deck, ao ar livre, com vista para o lago. Há dois bares – um no edifício principal, com carta especial de cachaças – e um diante da piscina. Existe ainda um outro restaurante e bar da Fazenda Boa Vista na área dos campos de golfe.

O hotel tem se esforçado para ser livrar-se dos plásticos (as amenidades ainda são individualizadas, mas plástico de cana-de-açúcar) e apenas garrafas de vidro são utilizadas em toda a propriedade. Mas infelizmente ainda cobra pelas cápsulas de café nos quartos e suítes.

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Contato intenso com a natureza

A infraestrutura de lazer do Fasano Boa Vista é felizmente bastante focada no contato do hóspede com a natureza exuberante da fazenda na qual o hotel está inserido. O lago diante do edifício principal é próprio para banho, a piscina tem vista infinita para as colinas e jardins, há diferentes trilhas e pistas para jogging, quadras esportivas, pista de triatlo, dois campos de golfe (um deles, com 18 buracos, assinado por Randall Thompson), inúmeros jardins com excelente projeto paisagístico e bicicletas para empréstimo.

Há ainda cavalgadas que podem ser contratadas com ou sem guia, uma deliciosa fazendinha para as crianças, kids club, playground e um amplo menu de experiências personalizadas à disposição do hóspede. Dentre elas, ganha destaque absoluto o impecável piquenique organizado pelo hotel e servido, com mise en scène que não deixa nenhum estereótipo passar em branco, nos gramados da propriedade, com vista para o pôr do sol. Há opções diferentes para casais, grupos de amigos ou famílias com crianças (a partir de R$250,00), todos com direito a toalhas quadriculadas, almofadas, flores e cestas de vime repletas de lanches, petiscos e doces elaborados pela cozinha do hotel.

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Aos finais de semana, um telescópio é montado no deck do restaurante, à beira do lago, e os hóspedes têm a chance de observar estrelas, lua e planetas (como Saturno e Júpiter, mais frequentemente) sob orientação de uma especialista ali mesmo – se o tempo permitir, é claro -, sem custos extras.

E o hotel ainda tem um belíssimo spa de 1400 m² com direito a vasto menu de tratamentos, jacuzzis, cromoterapia, piscinas internas, saunas, duchas especiais e até uma miniatura do Mariá Spa de Cabelo, de São Paulo.

Além dos 9 hotéis, o grupo Fasano possui também 26 restaurantes – Fasano, Gero, Parigi e Bistrot Parigi, Trattoria, Nonno Ruggero e Gero Panini -, os bares Baretto e Baretto-Londra, e a loja Selezione Fasano, com produtos de gastronomia e linha de produtos para casa.

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Hotel Toriba Campos do Jordão

Hotel Toriba se aproxima dos 80 anos com novidades

Considerado um dos mais clássicos e tradicionais de Campos do Jordão, na Mantiqueira paulista, o Hotel Toriba se aproxima dos 80 anos com novidades que buscam distintos perfis de hóspedes. De novas acomodações a novos serviços, a propriedade promete celebrar o jubileu do ano que vem mais em forma do que nunca.

Inaugurado em 1943, o hotel conta com acomodações em quartos, chalés e também nos novos e disputados “ninhos”, além de distintas e diversas áreas sociais e de lazer, dos belíssimos jardins às trilhas que saem da propriedade, da piscina aquecida ao spa L’occitane. Possui ainda academia, saunas, quadra poliesportiva, o Toriba Kids.

Na gastronomia, são quatro restaurantes diferentes: Pennacchi, Toribinha, Estação Toriba e Bonanza Grill – além do salão Panorama, onde são servidos diariamente café da manhã e chá da tarde, e dos bares Vindima, Pinho Bravo e da Piscina.

Na semana passada, tive o prazer de finalmente me hospedar em um dos novos “ninhos” do Hotel Toriba, inaugurados em plena pandemia como parte do projeto de expansão da propriedade – e focando no turista de luxo mais exigente que visita Campos do Jordão.

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Ninhos em meio à natureza exuberante da Mantiqueira

A ideia principal dos “ninhos” do Hotel Toriba, como são chamados os belos chalés de vidro suspensos em meio à exuberante natureza do Bosque das Bromélias, extremamente diferentes das demais acomodações do hotel, foi criar a possibilidade do hóspede sentir-se realmente imerso à natureza – mas sem renunciar ao conforto, às comodidades da vida contemporânea e, muito menos, a altos padrões de serviço.

Desenvolvidos em aço e vidro e suspensos a cerca de 10 metros do solo por pilares que remetem aos troncos das árvores do bosque, os quatro ninhos praticamente integram as copas das árvores aos seus cômodos, com a paisagem exterior sempre à vista. Alguns deles ainda contam com um terraço ajardinado privativo na parte superior.

CLIQUE AQUI para conhecer mais detalhes e valores das diárias no Hotel Toriba.

Por enquanto, são apenas quatro acomodações desse tipo, cada uma com decoração exclusiva e diferente, e todas batizadas com nomes de pássaros facilmente avistados por ali. O projeto sustentável de Aref Farkouh, arquiteto e sócio-diretor do Hotel Toriba, privilegia o aproveitamento da luz natural em todos os ambientes, possui aquecimento por biomassa e produziu pouquíssimos resíduos construtivos. Os interiores, assinados por Júlio Rosa, incluem mobiliário brasileiro (como mesas do designer Paulo Alves), retratos da natureza local impressos em chapa metálica e ambientes compostos com design bastante “limpo” e elegante. 

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O charme do ninho Coruja

O ninho Coruja, onde fiquei hospedada, fica no mesmo corpo arquitetônico do ninho Cegonha e é o único que não conta com terraço ajardinado privativo. Construído em tons de grafite e com marcantes colunas redondas, tem muito espaço para sala, quarto, pequena sala de refeições com mini cozinha (com microondas), walk-in closet, banheiro com banheira e ducha e um belo terraço. Tudo com paredes de vidro com vista panorâmica para o bosque e as montanhas.

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As diárias incluem apenas um bom café da manhã, servido sem custos tanto no restaurante no prédio principal quanto na própria acomodação – e recomendo muito tomar o café no terraço dos quartos, com vista para o verde. E um bônus importantíssimo: todas as demais refeições também podem ser pedidas nas acomodações, sem custos extras pelo serviço no quarto – inclusive fondues do cardápio do restaurante Toribinha.

Assim, o hóspede que quiser fazer ali seu “turismo de isolamento“, nos ninhos o consegue sem problemas, com muito espaço privativo e remoto – e ainda com a imensa área ao ar livre do hotel para aproveitar trilhas, jardins, piqueniques etc.

Ainda no upside, os quartos são abastecidos diariamente com água filtrada servida como cortesia em grandes garrafas de vidro. No downside, o hotel faz muito uso de plástico em todos os setores, dos quartos aos restaurantes e, contrariando a tendência da hotelaria de luxo internacional há muitos anos, ainda cobra pelas cápsulas de café no quarto, mesmo com diárias acima dos R$1.000,00.

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HOTEL TORIBA SE APROXIMA DOS 80 ANOS COM NOVIDADES

Mas as novidades do Toriba não param por aí. Tem obras de arte novas chegando no hotel, novidades na extensa programação para as crianças e as novas experiências e acomodações o Aventoriba, o programa do Hotel Toriba que mescla expedições em meio à beleza natural da Mantiqueira (floresta, bosques, cachoeiras etc) com gastronomia e cultura. O Aventoriba conta agora também com um lodge com chalés privativos, todos com pequenas cozinhas, focados em auto-serviço.

E, dentro do projeto de expansão do hotel, focando nas acomodações voltadas para o hóspede mais exigente, tem uma novidade importante que você fica sabendo primeiro por aqui, por mim, em primeira mão! No próximo ano, será inaugurada a Expresso Toriba, uma suíte de luxo de mais de 60m², inspirada no lendário trem Expresso do Oriente.

Um antigo carro ferroviário, que pertenceu à Companhia Paulista de Estrada de Ferro, está passando por um esmerado processo de restauração e será parte da novidade, que promete movimentar ainda mais as comemorações pelos 80 anos do hotel. Para ficar de olho.

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