Parador Cambará do Sul

Coleção Casa Hotéis celebra 25 anos com novidades

Não é fácil ter um novo pico de sucesso com 25 anos de história na indústria da hospitalidade. Mas um conjunto familiar de diferentes propriedades no Rio Grande do Sul prova que é definitivamente possível: a coleção Casa Hoteis celebra 25 anos com novidades.

Em agosto último, passei uma semana entre suas duas mais recentes inaugurações: o belo Hotel Wood Gramado, aberto pouco antes da pandemia, e os casulos de “glamping” do Parador Cambará do Sul, seu grande case de sucesso nacional, inaugurados em plena pandemia (dá para acompanhar os detalhes da minha viagem todinha no meu instagram @maricampos).

A coleção Casa Hoteis– que possui ainda o Casa da Montanha, o Petit Casa da Montanha e parte do Own Time (condomínio de luxo de tempo compartilhado), todos também em Gramado – tem planos não apenas de celebrar com pompa e circunstância a data comemorativa como também de seguir expandindo seus negócios. O Parador Cambará do Sul está sendo ampliado, o Casa da Montanha ganhará novidades importantes e mais um novo hotel do grupo será inaugurado na região nos próximos anos.

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Coleção Casa Hotéis celebra 25 anos com novidades

Qualquer turista que tenha ido a Gramado nas últimas duas décadas e meia certamente passou diante do hotel Casa da Montanha. A icônica propriedade, instalada na avenida central Borges de Medeiros, tornou-se naturalmente um dos pontos turísticos da cidade: o peculiar projeto arquietônico, inspirado no argentino Llao Llao de Bariloche, e seu clássico carrossel na entrada atraem diariamente visitantes e curiosos que, em geral, param ali para algumas fotos.

Foi com o Casa da Montanha que a coleção Casa Hotéis começou. Idealizado por Jayme Prawer (da primeira fábrica de chocolates caseiros do Brasil, a gaúcha Prawer) e inaugurado em 1997, o hotel foi vendido para a família Peccin, do genro Luciano, casado com sua filha mais velha, Marlene. Luciano Peccin foi duas vezes Secretário do Turismo de Gramado e foi justamente durante suas gestões que foram criados tanto o Festival de Cinema de Gramado (um dos mais importantes da América Latina) como o Natal Luz de Gramado.

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Naquela época, o final do ano era baixa temporada na cidade; hoje, graças justamente ao Natal Luz, trata-se do período mais concorrido no destino. Foi Felipe, um dos filhos de Luciano, que, quando Secretário de Turismo, já nos anos 2000, implantou o Natal Luz que conhecemos hoje, que transforma a cidade inteira num imenso parque temático ao longo de dois meses, promovendo o maior evento do gênero no mundo.

Foi o “dedo de ouro” de Luciano Peccin que transformou o Casa Hotéis na potência da hospitalidade que é hoje. Ao Casa da Montanha, até hoje sede de um dos únicos restaurantes especializados em carnes de caça do Brasil, somaram-se em 2001 o Parador Casa da Montanha (hoje Parador Cambará do Sul), primeiro hotel de glamping do Brasil e em parte também responsável pelo desenvolvimento do turismo na região dos cânions dos Parques Nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral, e em 2004 o Vô Mario (hoje Petit Casa da Montanha), propriedade no estilo “bed & breakfast” que inovava ao aceitar animais de estimação.

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A nova leva de hospitalidade da coleção

Foi só no final de 2018 que veio o filhote mais novo da família: o Hotel Wood Gramado, que levou a Gramado uma inédita proposta de design muito contemporâneo, atmosfera completamente cosmopolita e forte apelo na chamada gastronomia “glocal” . O Wood é, de fato, uma pequena jóia da hospitalidade gaúcha: um hotel discreto, de belos interiores, cozinha caprichada e serviço muito afinado, muito diferente dos padrões de hotelaria que normalmente encontramos em Gramado.

Com apelo jovem, elegante e descontraído ao mesmo tempo, tem proposta mais sustentável e capricha ao mimar o hóspede, do impecável e farto café da manhã ao frigobar incluído nas diárias. Pessoalmente, exceto para famílias com crianças pequenas, eu não recomendaria tão efusivamente nenhum outro hotel da cidade como esse (também dá para ver detalhes do Wood no meu instagram @maricampos).

O mais recente pulo do gato da família veio justamente no período mais duro enfrentado pela hotelaria brasileira. Foi durante a pandemia que lançaram seus espetaculares “casulos” de glamping no Parador Cambará do Sul. Equipados com todo o conforto de um hotel de luxo, cada um dos sete casulos (construídos com madeira curva e em suspensão, para não agredir o solo) pode receber até dois hóspedes adultos com banheiro completo, ar condicionado, calefação, amenidades de luxo, minibar, wifi de boa qualidade e até hidromassagem ao ar livre em deck privativo.

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E a coleção Casa Hoteis celebra 25 anos com novidades também ali. O sucesso dos casulos, que ganharam rapidamente visibilidade nacional, tem sido tão grande que mais duas unidades serão entregues em breve. Aos casulos e demais tendas e chalés de glamping da enorme propriedade rodeada pela natureza da região dos Campos de Cima da Serra Gaúcha será somado, também em breve, um novo spa L’Occitane, com direito a uma bem-vinda piscina aquecida e parcialmente coberta, e mais atividades para as crianças.

No Parador, além de curtir as belezas naturais da propriedade e as delícias gastronômicas do restaurante Alma RS, é possível fazer trilhas que saem de dentro da propriedade mesmo, embarcar em tours da Coiote Adventurers aos cânions e cachoeiras da região ou em adoráveis cavalgadas lideradas pela Galopar Equestre (a cavalgada do por-do-sol, com direito a petiscos e drinks no ponto mais alto do passeio para contemplar o final de tarde é realmente imperdível). Fiz tudo isso durante meus dias por lá e você pode conferir os detalhes desses passeios no meu instagram @maricampos.

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Novidades e celebrações a caminho

A coleção Casa Hoteis celebra 25 anos com novidades e, obviamente, a família Peccin pretende comemorar o feito com pompa a circunstância. Até agosto do ano que vem serão promovidas ações culturais e de marketing, eventos especiais e uma grande campanha (“25 anos inesquecíveis”) para relembrar sua trajetória e reforçar ainda mais a marca na hospitalidade brasileira.

Além de um selo especialmente criado para a data, cada um dos quatro restaurantes dentro dos hotéis do grupo – La Caceria, Bistrô da Varanda, Wood Lounge e Alma RS – terá um prato especial comemorativo aos 25 anos, com receitas inéditas e exclusivas. Rafael Peccin, Diretor de Marketing da Coleção Casa Hotéis, destaca que diversas outras ações estão sendo planejadas, incluindo uma promoção de 25% de desconto em períodos específicos para cada hotel.

Mas a grande cereja do bolo vem agora: o hotel Casa da Montanha passará a exibir em sua fachada, todas as noites, um espetáculo de som e luzes que deve se tornar mais um importante marco turístico em Gramado. Moradores e visitantes poderão assistir, gratuita e diariamente, provavelmente a partir ainda deste mês, a emocionante perfomance comemorativa aos 25 anos de história do grupo, em pleno centro da cidade. E você está sabendo disso por aqui, por mim, em primeira mão. Para ficar definitivamente de olho!

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Pousada do Cedro

Pousada do Cedro: charme na Mantiqueira paulista

Minha receitinha prática para um par de dias de absoluto descanso ou de um final de semana para recuperar energias é sempre escapar para algum destino da Serra da Mantiqueira. Passei a infância toda indo duas vezes por ano pelo menos para o Vale do Paraíba e só de pegar a estrada para aquelas bandas já me dá certa nostalgia e aconchego. No comecinho do último julho, tive a chance de finalmente me hospedar numa adorável pousada em Santo Antônio do Pinhal. A Pousada do Cedro: charme na Mantiqueira Paulista, quase ao lado de Campos do Jordão.

São apenas dez acomodações, ali chamadas de lofts, como casinhas ou chalezinhos geminados, todas bastante próximas umas das outras – mas cada uma com algo diferente no design e no décor. Além dos lofts, a Pousada do Cedro tem também uma casa completinha para famílias e grupos de amigos – a Casa da Montanha -, geograficamente em lado oposto às demais acomodações, para garantir ainda mais privacidade e exclusividade.

Já são quase duas décadas desde a inauguração da Pousada do Cedro. Por isso mesmo, a propriedade andou passando por diferentes reformas e ajustes nos últimos anos, justamente para garantir que a pousada e suas acomodações estejam sempre adequadas – e o mais confortável possível – para o hóspede cotidiano. Dá para conferir detalhes dos meus dias todinhos por lá no meu instagram @maricampos.

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Pousada do Cedro: charme na Mantiqueira Paulista

Os dez lofts da Pousada do Cedro são todos bastante espaçosos, sempre com saleta e quarto separados, grande banheiro e deliciosas varandas. Alguns têm banheiras, outros ofurô; mas todos partilham exatamente da mesma vista panorâmica para a Serra da Mantiqueira.

É boa opção para quem quer apenas escapar e descansar (é muito silenciosa em geral, e a paisagem é sempre arrebatadora), mas também para quem quer praticar o anywhere office – a conexão à internet funcionou muito bem durante toda minha estadia. E cada pedacinho do terreno é muito bem aproveitado, para que a natureza seja sempre protagonista (os cantinhos de contemplação, com cadeiras ou espreguiçadeiras no meio da mata, são charme puro).

As áreas comuns da Pousada do Cedro incluem ainda piscina com vista panorâmica, jacuzzi ao ar livre, saunas, cantinho para massagens em meio à mata, aulas abertas de yoga aos sábados, sala de jogos. apiário, horta própria e até uma trilha que começa no próprio terreno da pousada. Tudo, é claro, com a Mantiqueira sempre à vista.

O público majoritário da pousada são casais, mas recebem também regularmente famílias com crianças a partir de 4 anos. Dos Lofts, o Cedro é o mais procurado, após ser totalmente remodelado pouco antes da pandemia. Paredes de vidro do chão ao teto, amplo living e quarto, banheiro completo com ofurô, varanda e uma deliciosa piscininha privativa.

Além dos lofts, a Pousada do Cedro conta também com uma grande Casa da Montanha, ideal para famílias e grupos de amigos. O Loft Cedro e a Casa da Montanha são os únicos que contam com room service sem custos.

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Serviço cálido e gastronomia caprichada

O serviço muito atencioso e proativo da pousada merece destaque. Check in e check out descomplicados, equipe sempre atenta e bastante flexível aos desejos do hóspede. O staff tem postura super profissional, mas sem afetação; assim a gente já se sente em casa rapidinho.

O restaurante da casa, agora tocado pelo chef Joel Cândido, é delicioso. Conta com mesas tanto no espaço interno quanto no terraço externo. Pratos muito fartos, saborosos e bem apresentados em todas as refeições, com tudo bem fresquinho e a maioria das coisas produzidas ali mesmo ou nos arredores. E está aberto também para não hóspedes, mediante reserva e disponibilidade.

O café da manhã, sempre incluído nas diárias, merece destaque. Lautamente servido até 11h da manhã, conta com serviço à la carte, com tudo sendo preparado na hora e entregue diretamente na mesa do hóspede, de acordo com as preferências pessoais. Alguns pratos e opções mudam diariamente e é tudo feito ali – inclusive o mel. Recomendo muito tomar o desjejum nas mesas externas, com a Mantiqueira se esparramando bem à nossa frente.

Para provar e repetir.

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Tartarugas Filha da Lua Pipa

Todo o charme do Filha da Lua, em Pipa, RN

Pipa, no Rio Grande do Norte, ficou definitivamente mais charmosa em dezembro de 2020. Em plena pandemia, um casal de estrangeiros apaixonado pelo Brasil resolveu inaugurar ali um hotel de charme, sustentável e cheio de propósito. Foi com prazer que finalmente fui conhecer todo o charme do Filha da Lua, em Pipa, RN, uma adorável propriedade instalada na bela Praia das Minas.

Com apenas 17 charmosos bangalôs espalhados por uma enorme área protegida frente ao mar, o Filha da Lua foi ainda mais longe: já abriu de cara com o primeiro restaurante 100% glúten free e lactose free do Rio Grande do Norte. E propõe sustentabilidade real, sem greenwashing ou enrolação, a meros 10 minutos de carro do centro do vilarejo. 

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Todo o charme do Filha da Lua, em Pipa, RN

Localizado em área protegida, o Filha da Lua é um ecolodge que nasceu da paixão de um casal belga pelo Brasil. Inga e Frederic D’Ansembourg compraram o terreno hoje ocupado pelo hotel pensando inicialmente em fazer ali residência privada da família. Mas o projeto cresceu e acabaram optando por criar ali uma propriedade sustentável, com restaurante focado em alimentação saudável.

Com diárias desde R$850,00 por pessoa, a propriedade associada à Serandipians/Traveller Made fica de frente para o mar, em uma região bastante sossegada e longe da badalação do balneário, e famosa também pela desova de tartarugas. Dá para ver muitos detalhes e todo o charme do Filha da Lua no feed e nos destaques “Pipa/RN” do meu instagram @maricampos.

As 17 suítes distribuídas em nove bangalôs sobre palafitas são muito espaçosas, extremamente confortáveis, românticas e rodeadas de verde.  As imensas varandas merecem destaque, mobiliadas com esmero, puro convite ao ócio. As que estão instaladas no segundo andar dos bangalôs contam ainda com banheiros ao ar livre, cama com dossel e área para refeições. 

O café da manhã, servido ao redor da piscina e de frente para o mar é um dos pontos altos do Filha da Lua. Servido à la carte, diretamente na mesa do hóspede, traz sempre produtos muito frescos e saborosos, feitos na hora. E tudo sem glúten ou lactose, incluindo pão de queijo, bolos, pães e os “queijos” da casa. Se o hóspede quiser, pode também ser servido na varanda da suíte, com todo o capricho. 

Nas demais refeições, um vasto menu que vai desde porções para compartilhar à beira da piscina a refinados pratos de cozinha local e internacional – mas sempre mantendo a proposta gluten free e lactose free. 

CONFIRA mais detalhes e valores do Filha da Lua aqui

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Sustentabilidade real na hotelaria

Todo construído de maneira sustentável, utiliza madeira de eucalipto de reflorestamento nas acomodações que foram todas erguidas sobre palafitas, para interferir o mínimo possível na delicada geografia local. 

Há uso de energia solar, estação de lixo 100% ecológica e plásticos ou produtos químicos perigosos/danosos de limpeza são sumariamente banidos. Comprando produtos de pequenos produtores locais, todo o menu do hotel é 100% glúten free e 100% lactose free – o primeiro do gênero. Utiliza somente amenidades sustentáveis e está realmente engajada com a comunidade local através de diferentes projetos, com o louvável Hello Pipa/Hello Barra, que fornece alimentação e ensina inglês gratuitamente para crianças, jovens e adultos da região. “Queremos criar uma corrente de consciência ética na hospitalidade”, diz Inga.

Vale destaque também sua Fazenda PachaMamma, que promove cultivo orgânico e regenerativo de ervas, frutas, legumes e verduras diversos através de sistemas agroflorestais e permacultura. Os alimentos produzidos ali abastecem as escolas de inglês, o hotel e também o restaurante Cicchetti Pipa, no centrinho da cidade. 

Além disso, algumas das experiências turísticas oferecidas aos hóspedes foram desenvolvidas em parceria com membros das comunidades locais, com destaque para a escola de kitesurf Kitemaster Pipa.

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Um hotel irmão a caminho

Inga e Frederic D’Ansembourg não apenas abriram ali sua primeira investida na indústria da hospitalidade com o Filha da Lua, como também fizeram de Pipa sua residência familiar em parte do ano e estão prestes a abrir o SEMPRE VIVO, seu segundo hotel na região. 

O Sempre Vivo terá o dobro da capacidade de hóspedes do Filha da Lua e terá mais foco em lifestyle, incluindo diferentes tipos de acomodação para distintos perfis de hóspedes. “O Sempre Vivo vai focar em uma audiência mais diversa, com cozinha internacional, sendo um complemento à cena hoteleira de Pipa”, explica Inga.

Visitei pessoalmente as obras e o Sempre Vivo está mesmo ficando lindo! Com design e proposta bem diferentes do Filha da Lua, mas também de cara para o mar. A inauguração do novo hotel está prevista para julho de 2022. 

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Grandes redes estão investindo em resorts all inclusive

Nos últimos dezenove meses, muitas mudanças ocorreram na indústria da hospitalidade, provocadas pela pandemia. Além das transformações e ajustes que se fizeram necessários de 2020 para cá para que hotéis e pousadas se adequassem aos novos tempos, temos visto também a aceleração de alguns movimentos e tendências que já tinham começado no pré-pandemia. E é nesse contexto que um desses movimentos chama a atenção: grandes redes estão investindo em resorts all inclusive. E de maneira cada vez mais consistente.

Algumas das maiores redes hoteleiras do mundo, incluindo Marriott, Hyatt, Hilton e Wyndham, por exemplo, têm investido bastante nisso ultimamente. Entre 2020 e 2021, diferentes marcas hoteleiras que nunca tinham apostado nesse nicho investiram em portfólios all inclusive – tanto em rebranding de hotéis existentes como no lançamento de propriedades novinhas em folha. Mesmo redes que nunca primaram exatamente pelos padrões de serviço estão entrando nessa onda – e até o mercado de luxo quer uma fatia cada vez maior deste segmento.

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Crédito: Westin Porto de Galinhas / Divulgação

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Grandes redes estão investindo em resorts all inclusive

A Wyndham Hotels & Resorts, por exemplo, criou a marca Wyndham Alltra, a primeira do grupo inteiramente dedicada a resorts tudo incluído. Definida de maneira controversa como “upper midscale”, a nova marca se aliou à Playa Hotels and Resorts e está convertendo duas propriedades em Cancun e Playa del Carmen nas primeiras unidades da nova Wyndham Alltra – uma delas exclusiva para adultos. A rede comunicou recentemente que anúncios de novas unidades da marca all inclusive virão em breve. 

A Hilton Hotels também anunciou recentemente dois novos resorts all inclusive em seu portfólio no México. O grupo Hyatt, dono dos já populares Hyatt Zilara e Hyatt Ziva, comprou o Apple Leisure Group e, assim, adquiriu também os Secrets Resorts and Spas, famosos por seus resorts com tudo incluído em diferentes destinos.

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Foto: Marriott/Divulgação

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A Marriott, que já andava flertando com o nicho dos all inclusive há mais tempo, inaugurou nada menos que vinte novas propriedades all inclusive. E anunciou que deve abrir outras 33 (!) até 2025, incluindo um Westin All Inclusive em Porto de Galinhas (PE). O programa All-Inclusive by Marriott Bonvoy parece estar fazendo sucesso, principalmente entre turistas norte-americanos. 

O grande diferencial da Marriott é que, ao contrário de outras redes que chegam agora aos resorts tudo incluído, ela não está focando apenas nos típicos resorts de categoria turística tão comuns ao nicho. Algumas de suas novas propriedades all inclusive fazem parte do luxuoso portfólio da Autograph Collection, o que tem elevado o conceito de “tudo incluído” a outro patamar.

A longo prazo, a rede planeja incluir também marcas como W e The Ritz-Carlton no nicho all inclusive. A ideia da Marriott é deixar o clássico estereótipo dos resorts all inclusive (comida ruim, quartos caídos, buffets com filas intermináveis, drinks aguados etc) definitivamente para trás.

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Crédito: Marriott/Divulgação

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Mudança de mentalidade dos viajantes  

Depois de tanto tempo em casa durante a pandemia, retomar as viagens após completar o processo vacinal tem sido atividade repleta de desafios e inseguranças para a maioria dos turistas – principalmente se a viagem for internacional (tenho falado um pouco sobre isso também no meu Instagram @maricampos).

A maior procura por propriedades all inclusive pode muito bem estar também associada à ideia de “segurança” que ela muitas vezes traz: mais espaço nos resorts para praticar o distanciamento social, tudo organizado sob o mesmo conjunto de protocolos e regras, senso de familiaridade com os processos cotidianos e nada de surpresas financeiras na hora do check out. 

Vale lembrar que muitos resorts em diferentes destinos estão criando também suas pequenas “bolhas” de segurança ao exigir certificados de vacinação ou testes negativos de Covid-19 como condição fundamental para aceitar a reserva e efetuar o check-in.  

Não à toa, grandes redes estão investindo em resorts all inclusive cada vez mais. Seus executivos defendem que estudos recentes mostram cada vez mais viajantes, de diferentes perfis sócio-econômicos e de diferentes nacionalidades, interessados pela ideia das férias com tudo incluído

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Crédito: Marriott/Divulgação

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Até os mais jovens estão mais abertos aos resorts all inclusive

Um relatório da STR para a Marriott mostrou que mesmo no pré-pandemia a tendência de valorização dos resorts tudo incluído já existia. No primeiro semestre de 2019, hotéis all inclusive teriam gerado $7.9 bilhões em vendas, o que já representava um aumento de 20% em relação aos cinco anos anteriores.

Junto com o relatório, a Marriott também divulgou uma pesquisa online feita com norte-americanos em julho deste ano na qual 54% dos entrevistados afirmaram considerar um resort all inclusive para as próximas férias – número que salta para 70% na faixa de entrevistados entre 18 e 34 anos. No estudo, 75% dos entrevistados disseram ainda que vêm resorts tudo incluído como opções seguras para as primeiras viagens pós lockdown e 84% afirmaram dar preferência a marcas com as quais estejam familiarizados na hora de escolher a hospedagem, independente do destino.

Atingir viajantes mais jovens com propriedades all inclusive pode ser mesmo um diferencial importantíssimo para as grandes redes – inclusive a longo prazo, trabalhando bem a lealdade à marca ao longo da vida do hóspede. Vale lembrar que a Marriott é hoje não apenas a maior rede operadora de hotéis do planeta com também dona de um dos mais bem-sucedidos e utilizados programas de fidelidade da indústria da hospitalidade.

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Foco nas experiências

Mesmo hotéis que não têm planos de se tornar tudo incluído passaram a oferecer gama muito maior de serviços e experiências aos hóspedes durante a pandemia.  Pousadas, hotéis boutique, unidades de grandes redes e resorts, todos tiveram que se adaptar nos últimos dezenove meses. E o chamado “turismo de experiência” ganhou ainda mais força no mundo e no Brasil durante a pandemia. 

O Amplia Mundo e a Braztoa, por exemplo, se uniram para criar cursos destinados a pequenos negócios do turismo para que sejam capazes de criar experiências interessantes e seguras para atrair a demanda reprimida de viajantes – e têm casos hoje de membros da comunidade que aumentaram em impressionantes 1000% seu ticket médio neste ano. 

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No nicho do turismo de luxo, os hotéis Fasano são um bom exemplo do investimento pesado na criação de novas experiências para os hóspedes nestes novos tempos. Até o site do grupo foi agora remodelado para que as reservas já possam ser feitas ali mesmo com as experiências durante a estadia incluídas – reforçando a tendência de “simplificação das férias” apontada pelas pesquisas internacionais. 

O Fasano Angra, por exemplo, aproveitou os atrativos naturais e culturais da Costa Verde para apostar no turismo de experiência. Dentre as novas atividades lançadas pelo resort neste semestre estão caminhada pela Trilha do Ouro com degustação de plantas comestíveis da região, travessia de SUP pela baía de Angra, canoagem pelo manguezal e Rio Grande, piquenique personalizado no bosque e jantar privativo ao luar.

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Leia tudo que já publicamos sobre hotelaria em tempos de pandemia.

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Fazenda Santa Vitória

Fazenda Santa Vitória: fugindo do estereótipo do “hotel fazenda”

Desde a reabertura do turismo brasileiro no segundo semestre do ano passado, hotéis com grandes espaços ao ar livre têm sido especialmente procurados durante a pandemia. Muitos estão inclusive batendo recordes históricos de ocupação nos últimos meses, tão grande vem sendo a procura. É o caso da Fazenda Santa Vitória, em Queluz, SP, que vem também fugindo do estereótipo do “hotel fazenda” brasileiro.

Localizada no Vale do Paraíba, a propriedade começou a operar como parte da indústria da hospitalidade há cerca de quatro anos e meio, após os proprietários unirem quatro fazendas adjacentes da década de 1920. 

Hoje, apesar de funcionar unicamente de 5a. a domingo e feriados, o sucesso do empreendimento tem sido tão significativo que a ocupação anda beirando os 100% frequentemente – e as reservas disponíveis são para geralmente só daqui três ou quatro meses. E a sustentabilidade de suas operações é sem dúvidas seu principal atrativo.

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Fugindo do estereótipo do “hotel fazenda” brasileiro

A Fazenda Santa Vitória vem fugindo do estereótipo do “hotel fazenda” brasileiro desde sua abertura. Ali não há imensos buffets, programação diária de atividades, monitores nem qualquer tipo de entretenimento infantil. A propriedade é assumidamente muito mais pensada para e focada em adultos do que famílias com crianças e adolescentes. 

Também não se trata de um hotel de luxo. O hóspede não deve esperar excelência em serviço, mimos nem acomodações impecáveis. A proposta ali é oferecer amplos espaços ao ar livre, em um autêntica fazenda do Vale do Paraíba, para que cada um encontre na natureza e na cultura local seu espaço e diversão.

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As 18 acomodações estão espalhadas em diferentes modelos e espaços. Optando por qualquer uma delas, o hóspede tem acesso aos mesmos espaços comuns: gramados e jardins muito bem cuidados, trilhas, riacho e até cachoeira. E também ao mesmo serviço de pensão completa. Há também quadra de tênis, salão de jogos, piscina, sauna, “caldário” – e passeios à cavalo podem ser contratados à parte (mediante pagamento).

Para curtir melhor muitos dos espaços ao ar livre, tão fundamentais hoje em dia, o hóspede muitas vezes vai ter que pegar seu próprio carro e dirigir. Há bicicletas gratuitamente disponíveis para os hóspedes, mas alguns trajetos podem ficar mais “puxados” sobre apenas duas rodas. Mesmo os meros 4km que separam a sede da cachoeira, dada a topografia do terreno (acidentado e montanhoso), são definitivamente mais factíveis de carro. 

O hotel deve ganhar um spa até o final do ano e oferece ainda a possibilidade de visita à Casa do Arado, uma casinha isolada na fazenda que, em parceria com o Instituto Arado, tenta divulgar e preservar a história e a cultura regional caipira da região. 

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fazenda santa vitória: Diferentes tipos de acomodação

As 18 acomodações disponíveis na fazenda estão divididas, da mais simples à mais luxuosa, em suítes-sede, suítes-quintal, casas do pomar e casas na montanha. As linhas gerais propõem simplicidade com arquitetura de época integrada à natureza. Todas as acomodações são operadas em diárias com pensão completa, wifi e uso de todos os espaços comuns; mas as facilidades de cada tipo de acomodação mudam bastante. 

Fiquei hospedada em uma das quatro suítes da casa sede no último feriado de Independência do Brasil; mas vale o alerta de que são de longe as menos interessantes da propriedade toda. São mais simples, antigas e pequenas, sem qualquer balcão, varanda ou contato com a natureza. Na casa sede, há constante “entra e sai” de hóspedes e funcionários o dia todo, tirando qualquer resquício de privacidade dos quartos. O som vaza com facilidade de um quarto para outro e os quartos absorvem também todo o barulho e “falação”, tanto da piscina quanto da cozinha principal (logo cedo pela manhã nesse caso, inclusive). 

A minha recomendação é escolher acomodações das suítes-quintal (que têm diferença de valor ínfima em relação às suítes-sede) em diante. Todas essas são não apenas esteticamente muito mais interessantes como também mais aconchegantes e muito mais silenciosas e privadas. As suítes quintal e as casas do pomar (estas últimas inauguradas neste 2021) ficam quase anexas à sede, ao centro lazer e ao restaurante. Já as casas na montanha ficam isoladas, com vista panorâmica para a fazenda e os arredores (mas o hóspede precisa pegar o carro na hora de ir fazer as refeições ou utilizar a infraestrutura da sede).  

Dá pra conferir detalhes de toda a minha estadia por lá em várias imagens e vídeos tanto no feed quanto nos Stories do meu instagram @maricampos, sempre atualizadinho.

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Hospitalidade sustentável

O grande atrativo da Fazenda Santa Vitória é ser um hotel verdadeiramente sustentável, com iniciativas realmente interessantes que raramente são vistas em “hotéis fazenda” brasileiros. Há práticas regenerativas importantes tanto do ponto de vista ambiental quanto cultural, social e econômico.

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A propriedade, antes voltada para exploração de madeira e pecuária extensiva, hoje promove reflorestamento e manejo sustentável da terra. A pequena criação de gado é voltada para a produção local de leite e queijo para hotel e moradores. 

A equipe do hotel é quase toda composta por membros das famílias dos empregados originais da fazenda, que ainda moram ali mesmo e tiram dali o seu sustento. E em diversos aspectos tentam resgatar/preservar as referências histórico-culturais da região (da decoração à Casa do Arado, em parceria com o Instituto Arado).

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Há também painéis solares instaladas em diferentes pontos da propriedade, o hotel já é autossuficiente energeticamente e planeja construir em breve uma pequena termoelétrica para que seja capaz de gerar energia positiva – ou seja, gerar mais energia do que consome. 

Nos quartos, as amenidades Trousseau são colocadas em grandes dispensers nas paredes. Plásticos são evitados e há água filtrada cortesia generosamente abastecendo tanto um filtro à entrada da casa da sede o dia todo quanto charmosas moringas à cabeceira da cama em todos os quartos. 

A alimentação não fica de fora: boa parte do que chega à mesa do hóspede é preparado com a produção da própria fazenda, seja da queijaria, da horta ou do pomar.

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FOCO ainda maior na gastronomia

As refeições são parte importante da experiência na Fazenda Santa Vitória e os quitutes da cozinha conduzida pelo chef Vitor Rabelo estão sempre incluídos nas diárias. A propriedade deve passar a focar ainda mais no aspecto gastronômico do hotel: até o ano que vem, deve ganhar novos espaços dedicados à gastronomia, inclusive um restaurante totalmente dedicado a carnes, instalado no haras, com vista panorâmica para o vale. 

A maioria das refeições, ainda que com menu bastante enxuto (entrada e sobremesa sempre únicas, três opções para o prato principal), é à la carte. As mesas são fixas para cada quarto/hóspede/família. Mas como os slots de horário para as refeições não são muito amplos, convém chegar cedo para pegar o restaurante mais vazio.

Os pratos são muito bem apresentados e há sempre alguma opção vegetariana no cardápio. Mas vale saber que a feijoada de todo final de semana é obrigatoriamente servida em um buffet assistido.

Eventualmente, oferece-se aos hóspedes algum tipo de degustação cortesia de produtos da região durante a estadia. Nos meus dias por lá, houve degustação de cerveja artesanal em um dos almoços e de cachaça antes de um dos jantares.

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O café da manhã merece destaque: a melhor refeição da casa é todinha preparada ali mesmo, item por item, e chega com capricho à mesa. O iogurte da casa é excelente e tem também uma das melhores granolas que já provei na vida! 

É pena que a propriedade não utilize regularmente seus muitos gramados e espaços abertos para também à hora das refeições, ainda mais durante a pandemia. Apenas dois almoços são feitos ao ar livre (um nos arredores da cachoeira e outro nos jardins da casa sede); todas as demais refeições são sempre feitas dentro do restaurante e/ou em sua varanda coberta anexa.

A Fazenda Santa Vitória vai ganhar em breve também uma queijaria completa, em parceria com o queijeiro João Laura, que vai contar inclusive com espaço dedicado para degustações e um terraço aberto.

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Serviço

A Fazenda Santa Vitória fica na cidade de Queluz, SP, quase na divisa entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Viajei para lá no meu próprio carro e achei o acesso a partir da Via Dutra muito fácil e bem sinalizado, com apenas um pequeno trecho em estrada de terra. As diárias com pensão completa valem desde R$2.200,00 para duas pessoas, incluindo café da manhã, almoço, bolo com café à tarde e jantar – sempre com água filtrada cortesia à mesa. Demais bebidas são todas cobradas à parte.

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