O melhor bar de hotel do mundo

A festejada fundação Tales of the Cocktail, organização americana sem fins lucrativos que apoia, incentiva e premia bares, elegeu um bar de hotel como melhor do mundo em 2018. Não por acaso, são também bares de hotéis que ocupam os quatro primeiros lugares da edição de 2018 da lista britânica The World’s 50 Best Bars. Os dois rankings têm endereços em comum, a começar pelo campeão. O melhor do mundo em ambas as seleções é o American Bar, do Savoy Hotel, em Londres.

Atualização: Em 2019, o American Bar foi eleito o quinto melhor do mundo pela World’s Best Bars. Em 2020, ficou na 20ª posição. O primeiro lugar é de outro bar de hotel de Londres, o Connaught (vice-campeão em 2019).

Prêmios em lugar de destaque no balcão do American Bar | Foto de Carla Lencastre

Um dos primeiros hotéis de luxo de Londres, inaugurado em 1889 entre a movimentada Strand e o Rio Tâmisa, o Savoy passou por uma reforma de 220 milhões de libras na primeira década século XXI. Reabriu em 2010 sem perder suas características originais e tem cinco estrelas no prestigioso Forbes Travel Guide.

O ambiente elegante com poltronas forradas em couro escuro, luzes indiretas, fotografias em preto e branco e espelhos, e uma carta impecável com clássicos e inovações justificam o merecido sucesso do American Bar, desde 1893 no térreo do hotel. Foi ali que Harry Craddock, lendário bartender da casa, reuniu uma centena de receitas de drinques para o Savoy Cocktail Book, em 1930. Reeditado até hoje, o livro é um ícone da coquetelaria. No American Bar, drinques convive bem com a carta de vinhos, que ostenta o Pol Roger Cuvée Sir Winston Churchill, champanhe criado em homenagem ao primeiro-ministro britânico.

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Negronis no American Bar, no Savoy | Foto de Carla Lencastre

O Spirited Awards, nome do prêmio da TOTC, foi entregue no fim de julho na festeira Nova Orleans. The American Bar at The Savoy recebeu também os prêmios de melhor equipe de bar fora dos Estados Unidos e de melhor bar de hotel fora dos EUA. E ainda foi finalista de melhor carta de drinques em todo o mundo.

Leia mais: O Savoy é um dos hotéis mais mal assombrados da Inglaterra.

O primeiro lugar na categoria melhor menu na TOTC ficou com o Dandelyan, outro bar de hotel. No térreo do moderno Mondrian London, com vista para o Tâmisa, o concorrido Dandelyan é o segundo melhor do mundo no World’s 50 Best Bars (o ranking é uma versão etílica da lista The World’s 50 Best Restaurants).

Para mulheres viajando sozinha, bar de hotel é a quase certeza de poder tomar um drinque com o mesmo atendimento dedicado aos homens e sem ser importunada (programa testado e aprovado de Nova York a Tóquio, de Helsinki a Cidade do Cabo, incluindo cidades no Oriente Médio, como Dubai e Doha). Se a ideia for puxar papo, bar de hotel também é ótimo para isso.

Spencer Amereno Jr, head bartender do Frank Bar, em São Paulo | Foto de Carla Lencastre

Um bom bar atrai visitantes que estão em outros hotéis e podem conquistar moradores da cidade que ajudam a manter o movimento mesmo quando a taxa de ocupação está baixa. O campeão brasileiro nesta área em 2018 é o ótimo Frank Bar, no lobby do Maksoud Plaza, em São Paulo, comandado por Spencer Amereno Jr. e equipe. Inaugurado em 2015, o Frank estreou em 2017 na 66º posição na lista dos World’s Best Bars (foi o brasileiro mais bem colocado). Está também no recém-anunciado ranking dos dez melhores bares das Américas (fora dos EUA) do Tales of the Cocktail.

O outro bar de hotel no Brasil que faz parte do top ten Américas de 2018 do TOTC é o do Belmond Copacabana Palace, no Rio de Janeiro (leia aqui sobre um dos restaurantes do hotel carioca).

Dandelyan, o premiado bar do Mondrian London | Foto de Carla Lencastre

Como as Inspectors são fãs de bons drinques, este é um assunto ao qual voltaremos outras vezes. Inclusive para contar como é o maior concorrente do American Bar. O Dandelyan, no Mondrian London, é em tudo diferente do bar do Savoy. E ainda assim com as mesmas características que fazem um bom bar em hotel ou não: clássicos perfeitos, receitas originais, equipe afinada, atmosfera envolvente…

Leia mais: Belmond Cadogan, hotel de luxo em Londres

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Quando o hotel é o destino

Em maio passado, estiquei de Denver a Colorado Springs. Mas, desta vez, confesso que retornava a Colorado Springs sem interesse algum no destino em si; eu estava indo para lá unicamente para me hospedar no gigante The Broadmoor e tentar entender porque esse hotel é um dos mais icônicos dos Estados Unidos (como conto neste texto aqui). Quando o hotel é o destino em si mesmo é tudo diferente.

A famosa infinity pool principal do Las Ventanas al Paraiso, em Los Cabos. Foto: Mari Campos

Não foi a primeira vez que fiz isso, de viajar a um determinado destino simplesmente por um hotel: em uma das minhas idas a Los Cabos, no México, por exemplo, o destino também pouco me interessava e meu retorno à costa mexicana tinha como único propósito me hospedar no Las Ventanas al Paraíso – até hoje um dos melhores hotéis do meu mundo. Com suítes incríveis, diversas piscinas, ótimo spa e restaurantes e o mar de Cortez à nossa frente em praia praticamente privativa, o hotel não é all inclusive mas a maioria das pessoas só deixa o Las Ventanas se for a primeira vez em Los Cabos, ou se a estadia for mais longa que três noites – e mesmo um belo passeio de barco pela costa pode ser organizado pelo próprio hotel, saindo dali mesmo.

Leia mais sobre o Las Ventanas al Paraiso aqui. 

Não entenda errado, por favor: não se trata de buscar um lugar para “se isolar do mundo” nem de se afogar nas bandeiras all-inclusive. Mas algumas propriedades do mercado hoteleiro de luxo são realmente capazes de reter seus hóspedes em seus limites e fazem isso com maestria – são os “destination hotels”, o hotel que é o destino por si mesmo.

Lodges de safári na África do Sul, por exemplo, como Tintswalo, Royal Malewane, Sabi Sabi ou Thornybush, são basicamente escolhidos pelos lodges em si, pelo que representam e oferecem, e não pela reserva em que se encontram ou algo do gênero.  A gente escolhe o lodge pelo lodge e a verdade é que não “sai dele” desde o momento do check in ao check out, já que todas as refeições e passeios são organizados pelo mesmo.

Saiba mais sobre estes lodges de safári aqui. 

Uma das villas do luxuoso Jumby Bay em Antigua. Foto: Mari Campos

O mesmo acontece com muitos resorts. O belo Jumby Bay, em Antigua, um all-inclusive de alto luxo parte do portfólio da Oetker Collection, fica em uma ilhota particular de Antigua e a maioria de seus hóspedes de final de semana não sai da ilha nem por um segundo.

O hotel é o destino também para boa parte dos hóspedes de propriedades como o Four Seasons Punta Mita (México), Four Seasons Seychelles ou mesmo os brasileiros Ponta dos Ganchos, Belmond Copacabana Palace e o incrível Belmond Hotel das Cataratas (este último localizado dentro do parque nacional e literalmente a passos das quedas d’agua mais incríveis do continente americano).

LEIA MAIS sobre o Ponta dos Ganchos aqui.

Eles oferecem tantas coisas, com tanta qualidade, e estão tão integrados com a natureza que os rodeia que, mesmo não operando em sistema all-inclusive, são capazes de manter muitos de seus hóspedes em seus limites (ou utilizando produtos seus para criar experiências de viagem) em 100% do tempo. 

Não se trata aqui, de maneira nenhuma, de estimular um “turismo hoteleiro” ao invés de incentivar viajantes a desbravarem destinos. Mas, em uma época em que tudo é descartável, vale a pena viajar com o simples pretexto de que o hotel é o destino por si mesmo. E acho louvável que a excelência nos serviços e nas experiências oferecidas em suas instalações e produtos agregados sejam suficientes para transformar um hotel em um destino por si mesmo, capaz de fazer um turista atravessar um país, oceano ou continente simplesmente para ter o prazer de se hospedar ali.  Para fazer qualquer hoteleiro (ou wannabe) refletir.

Clique aqui para ler mais sobre hotelaria de luxo.

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A hotelaria e os solo travelers

Enquanto a maior parte da indústria do turismo gasta boa parte de sua energia, orçamento e tempo direcionando suas ações para casais e famílias com crianças, um outro grupo demográfico cresce vertigionosamente nos últimos anos neste setor: o de quem viaja sozinho. A hotelaria e os solo travelers estão, enfim, desenvolvendo uma relação saudável.

As pessoas viajam sozinhas pelas mais diferentes razões – inclusive pela simples vontade de passar mais tempo em sua própria companhia. E o turismo de luxo – operadores, travel advisors, hotéis – é quem tem experimentado o crescimento mais significativo neste setor nos últimos anos. 

Os números de viajantes das mais diferentes faixas etárias mas munidos de poder aquisitivo não param de crescer. E, na hotelaria, propriedades com ênfase em experiências acima de tudo saem na frente no segmento dos solo travelers. Se souberem conectar os viajantes não só ao destino como também a outros viajantes, melhor ainda.

É por isso mesmo que hotéis “de exploração” têm se destacado tanto neste mercado. No segmento do turismo de aventura de luxo, os solo travelers tiveram crescimento muito mais significativo que qualquer outro grupo. Com bala na agulha, buscam hotéis que misturem com maestria o conforto e aventura, que sejam carregados de experiências dos mais diversos tipos.

Almoço comunitário sem abrir mão do tour exclusivo em grupo pequeno. Foto: Mari Campos

A hotelaria e os solo travelers se entendem com maestria no estilo dos sul-americanos explora e Tierra, ou dos africanos Singita e similares: belíssimas acomodações, gastronomia de primeira, paisagens e experiências de viagem arrebatadoras e a chance diária de se conectar com outros viajantes, de outras partes do planeta, seja durante um tour ou safári ou nas grandes mesas comunais das refeições. 

Hotéis que façam esforços para receber bem e promover a socialização de quem viaja sozinho ganham pontos. Os hotéis da rede Kimpton, por exemplo, promovem diariamente a “social hour” no final da tarde, para que hóspedes confraternizem no lobby em torno de taças de vinho e copos de cerveja artesanal.  Espaços comuns que convidem à socialização também são muito bem vindos – o adorável The Maven Hotel, em Denver, faz isso com maestria, com restaurante, bar e café com mesas comunais abertos para o sempre animado lobby. Entrosar hóspedes em aulas de yoga e spinning e até tours em bike ou de corrida pela cidade despontam cada vez mais na hotelaria em grandes redes como Four Seasons e Shangri-la. 

E mais importante ainda para o mercado: a taxa de retorno de solo travelers é geralmente altíssima – quando encontram um operador, agente de viagens ou hotel (ou rede de hotéis) que lhe dê o tipo de experiência que procuram, os viajantes solo geralmente pedem bis. Hoteleiro que não abrir os olhos para esse segmento está perdendo (bastante) mercado.

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Copa do Mundo: os hotéis Lotte na Rússia

Apesar de ainda muito pouco conhecida dos brasileiros, a rede Lotte Hotels & Resorts é o maior grupo hoteleiro na Coréia e tem unidades espalhadas em diferentes países. O grupo asiático tem expandido seus domínios para Europa e Estados Unidos – deve chegar a um total de 40 hotéis até o final deste ano – e busca um reconhecimento mais global, a exemplo de outras redes asiáticas que já garantiram seu lugar ao sol na hotelaria de luxo, como Mandarin Oriental, Shangri-la ou Peninsula.

A ideia geral do grupo é promover um equilíbrio entre refinamento e lifestyle, garantindo excelência em serviço mas também o “twist” necessário para garantir à cada propriedade o seu próprio estilo – incluindo apostar cada vez mais em gastronomia estrelada em diversas unidades.  A rede tá marcando sua presença também durante a Copa do Mundo, com duas de suas três unidades na Rússia 100% lotadas durante todo o mundial. E com razão, já que os hotéis valem mesmo o quanto custam (e custam bem).

Meu quarto no charmoso Lote St Petersburg. Foto: Mari Campos

Em minha viagem à Rússia em março passado aproveitei para conhecer o Lotte St Petersburg e o Lotte Moscow. Os hotéis russos me chamaram a atenção por levarem estampado um selo de reconhecimento de qualidade indiscutível: ambas propriedades fazem parte do seleto portfólio da Leading Hotels of the World. 

Convidada a me hospedar no hotel da rede em São Petersburgo foi uma grata surpresa – o hotel virou queridinho da viagem russa toda. Estive ali hospedada durante todos os meus dias na cidade e não me arrependi nem um pouco da decisão (apesar de estar super acostumada a mudar de hotéis durante a estada em um mesmo destino): com 150 quartos, tem jeito de hotel boutique e serviço ultra personalizado e customizado, com funcionários que te chamam pelo nome (e uma excelente equipe de concierges). Novinho – o hotel abriu suas portas no ano passado – ocupa uma mansão histórica do século XIX em uma das mais prestigiosas localizações da cidade, a icônica St Isaac’s square, com a imensa Catedral de São Isaque quase em frente. 

O belíssimo salão de café da manhã do Lotte St Petersburg. Foto: Mari Campos

A localização é tão boa que dá pra fazer as principais atrações turísticas da cidade quase todas à pé – e mesma coisa para chegar aos restaurantes mais badalados. Os quartos são bastante espaçosos e confortáveis, com todas as facilidades tecnológicas da contemporaneidade – incluindo muitos plugs/tomadas e entradas para carregar USB. Tem um adorável spa com piscina térmica e um incrível rooftop no último andar, com vista panorâmica para a cidade – que infelizmente, por questões de meteorologia, só fica aberto nos meses mais quentes.

Mas o maior destaque do Lotte St Petersburgo fica por conta de seu café da manhã, servido num incrível salão cheio de rococó e vitrais históricos no teto. Não à toa, foi premiado como o melhor café da manhã da cidade – oferece diariamente um imenso buffet com quatro estações diferentes, além de menu de itens quentes preparados na hora. 

Detalhe do meu quarto no Lotte Moscow. Foto: Mari Campos

Já a propriedade da rede em Moscou tem perfil bem diferente.  O hotel é um dos mais tradicionais da cidade, tem 300 quartos e a gente percebe seu tamanho pelo movimento intenso (e por vezes até barulhento) no lobby. Localizado no Novinskiy Boulevard e aberto em 2010, fica afastado da Praça Vermelha e outras atrações turísticas da cidade mas o metrô está a apenas uma quadra de distância (assim como a rua Arbat, conhecida como a “rua dos Souvenirs”).   

Os quartos são bastante espaçosos, mas com decoração menos charmosa que a unidade de São Petersburgo. Por falar em tamanho, o hotel tem a maior Royal Suite de toda a Rússia, com uma área total de 490 metros quadrados – pra czar nenhum botar defeito! – e um belo spa, o Mandara Spa. Mas seu maior destaque fica por conta das suas ofertas gastronômicas: o italiano contemporâneo OVO, sob comando do chef estrelado no Michelin Carlo Gracco, e MEGUmi, um moderno japonês. O excelente café da manhã com três estações diferentes no buffet é servido diariamente no mesmo espaço físico do OVO. 

Detalhe do restaurante OVO by Carlo Gracco do Lotte Moscow. Foto: Mari Campos

Curiosidade: o nome da rede vem da personagem Charlotte, a heroína de Goethe em seu livro “Os sofrimentos do jovem Werther”, cujo apelido na obra era Lotte. 

Dá pra ler mais sobre hotéis na Rússia em geral aqui no Hotel Inspectors em posts da inspector Carla Lencastre neste e neste link. E dá pra ler mais sobre minha experiência em hotéis em São Petersburgo e Moscou neste link aqui.

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Luxo 100% australiano

Cada vez mais, a Austrália se consolida como território fértil na hotelaria de luxo, de Sydney à encantadora Tasmânia. Não bastasse a presença de grandes redes de luxo como Four Seasons e Shangri-la há bastante tempo no país (e a chegada de novas bandeiras, como já contamos aqui), os australianos sabem (e muito bem!) manejar hotéis boutique de verdade, de pequenas propriedades nos arredores de Melbourne a lodges em regiões mais remotas.

Neste cenário estrelado, é preciso destacar a atuação impecável da associação Luxury Lodges of Australia, que reúne indiscutivelmente alguns dos melhores hotéis do país, e com sotaque 100% australiano (o mais famoso internacionalmente é o pomposo Saffire Freycinet na Tasmânia, mas são hoje dezenove hotéis e lodges exclusivíssimos compondo a coleção).

Em diferentes viagens ao longínquo continente, tive a oportunidade de conhecer diferentes hotéis que fazem parte do portfólio e é realmente tarefa difícil encontrar falhas na administração dos mesmos (existem, é claro, mas são mesmo só os olhos mais exigentes que tomam nota delas).  Nesta última viagem ao país, em abril passado, tive o prazer de ser convidada a me hospedar em dois outros hotéis que são parte da estrelada coleção: o inesquecível Emirates One & Only Wolgan Valley, a cerca de 3h de carro de Sydney, e o adorável The Louise, em Barossa Valley, nos arredores de Adelaide. 

Picnic impecável entre cangurus no Wolgan Valley. Foto: Mari Campos

A propriedade no Wolgan Valley é fora de comparação, não apenas pela paisagem arrebatadora que a rodeia como pela excelência em acomodações e serviço – opera em sistema all inclusive e é (ainda) o menor One&Only em funcionamento no mundo.  O casamento das excelências em serviço e acomodações das duas bandeiras – One&Only e Luxury Lodges of Australia – dá  muito samba e resulta, não à toa, numa tremenda propriedade que anualmente leva prêmios como a melhor do país. 

Conto muitos detalhes de minha estadia lá neste texto aqui para o Estadão, mas vale destacar que, além da bela gastronomia (bem acompanhada por diversos vinhos australianos incluídos na diária), das atividades diárias incluídas, dos quartos todos em sistema vila (e enormes! sempre com piscina privativa) e da excelência também na entrega das atividades cobradas à parte, o hotel entrega mais close encounters com a vida selvagem australiana que qualquer outro (incluindo cangurus e wombats todos os dias literalmente ao redor das vilas). Um hotelaço daqueles difíceis de superar – e, extremamente bem administrado, reúne de casais em busca de sossego e romance a famílias com crianças pequenas sem nenhum stress ou ruído. 

O padrão Luxury Lodges of Australia garante instalações de primeira, serviço primoroso e gastronomia caprichada. Vistas caprichadas são também fator importantíssimo – o que dizer, por exemplo, dos apartamentos debruçados sobre a Grande Barreira do adorável Qualia, nas Whitsundays?

Piscina com vista para os vinhedos: yes, please. Foto: Mari Campos

Para quem busca romance e uma bela escapada enoturística, o The Louise é matador: um idílico lodge rodeado pelos vinhedos de Barossa Valley, uma das mais importantes regiões vinícolas do mundo (e lar de mais de uma centena de vinícolas e de restaurantes deliciosos), a apenas uma hora de carro de Adelaide. São apenas 15 luxuosas e enormes suítes, cada qual com seu terraço e total privacidade entre elas. 

O design é contemporâneo mas com detalhes de arte e design que não conflituam nem um pouco com a bucólica paisagem dos vinhedos ao redor. Banheiros enormes (com direito a ducha, banheira e chuveiro externo separados), vinho fortificado e outras amenidades cortesia e café da manhã à la carte servido todos os dias direta e romanticamente na suíte estão incluídos em todas as diárias.  O The Louise é também parte da associação Relais&Chateaux, que chancela também a alta qualidade de seu (pequeno e premiado) restaurante Appellation. 

Minha crítica ao The Louise? As atividades cobradas são extremamente overpriced – como o “café da manhã com cangurus”, que eu experimentei em abril e, na minha opinião, não vale nem um tico dos absurdos 250 dólares cobrados pelo passeio.

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