ILTM Latin America

Hotelaria anuncia novidades na ILTM Latin America 2025

A ILTM Latin America 2025, principal evento de turismo de luxo do continente, aconteceu entre 5 e 9 de maio reunindo hoteleiros e 470 marcas expositoras (27% delas estreantes no evento), além de 470 agentes e consultores de viagem vindos de 13 países diferentes (22% deles participando pela primeira vez). Com o tema Handmade in Latin America – by people, for people, 2025 trouxe a maior edição histórica da ILTM Latin America. 

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Durante o evento, a hotelaria internacional confirmou que a maioria das grandes redes vive um excepcional momento, com recordes de faturamento e diversas novas propriedades no pipeline para os próximos anos.

Inclusive na hospitalidade em alto mar, que terá diversas novas embarcações lançadas até 2034, com valor total de 14,4 bilhões de dólares e aumento de US$5,1 bilhões neste mercado).

Oceania Allura
Oceania Allura/Divulgação

Os maiores destaques deste ano ficaram por conta da Oceania Cruises, que inaugura em julho o Allura, segundo navio da classe homônima, lançada em 2023 com o belo Oceania Vista, e com a Regent Seven Seas, que trará no ano que vem o esperado Seven Seas Prestige – um “game changer” na história da armadora segundo Steve Odell, CMSO da NCLH.

O novo Allura, oitavo navio da frota da Oceania Cruises, terá capacidade para 1.200 hóspedes, 800 tripulantes, cinco restaurantes especializados (todos sempre incluídos), a exclusiva linha de amenidades Aquamar® Bath + Skincare Essentials e a excepcional proporção de um chef para cada 10 hóspedes.  Já o Seven Seas Prestige teve seu design inspirado na arquitetura clássica e renascentista revelado durante a própria ILTM e inaugurará um nova classe de navios na armadora (a primeira em 10 anos), com capacidade máxima para 822 hóspedes, novas categorias de acomodações e uma das maiores proporções de espaço por passageiro da indústria.

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Simon Mayle
Simon Mayle/Divulgação

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recordes e novidades revelados na ILTM Latin America

Dentre as novidades hoteleiras que mais fizeram sucesso na ILTM Latin America, a Tivoli Hotels & Resorts acaba de inaugurar o Tivoli Kopke Porto Gaia, às margens do Rio Douro, em Portugal, com 149 quartos e suítes, 450 m² de spa, vistas arrebatadoras e enogastronomia assinada pelo chef três estrelas Michelin Nacho Manzano. Em Lisboa, acaba de inaugurar nova instalação de arte contemporânea no lobby do Tivoli Avenida Liberdade e deu cara nova ao seu badalado SEEN Sky Bar Lisboa.

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A Preferred Hotels & Resorts anunciou a incorporação de 19 novas propriedades membros ao seu portfólio global, incluindo o brasileiro NÓR Hotel & Spa, na região de São Roque, a 45 minutos de São Paulo.

NOR Hotel e Spa
NOR Hotel e Spa, recentemente incorporado à Preferred Hotels & Resorts. Foto: Mari Campos

A Accor (cujo programa de fidelidade ALL – Accor Live Limitless ultrapassou a marca de 100 milhões de membros no mundo) confirmou que as marcas de luxo e lifestyle estão impulsionando o crescimento global da companhia e traz novidades ao Brasil, como o Sofitel Rio de Janeiro Ipanema (que reabrirá em 2026) e o Faena São Paulo, previsto para 2029. Além disso, já abriu as reservas para o Orient Express Corinthian e inaugurou o primeiro hotel da marca Orient Express no centro histórico de Roma.

A HYATT celebrou a inauguração de sua 50o. propriedade Park Hyatt, marca em franco crescimento nas Américas. Mas o mais rápido crescimento dentre as marcas de luxo do grupo é da deliciosa Unbound Collection. O grupo revelou também na feira os detalhes de seu novo hotel de luxo em Mendoza, a Casa Duhau, e confirmou o crescimento global de suas marcas de luxo, com várias aberturas nos próximos meses e anos (incluindo o primeiro hotel Park Hyatt no México; Hotel La Compañia del Valle, The Unbound Collection by Hyatt no Panamá; e Andaz Turks & Caicos).

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W Sao Paulo
W Sao Paulo. Foto: Mari Campos

A Marriott International destacou seu crescimento na América Latina e Caribe, enfatizando a importância do novo W São Paulo, aberto recentemente na Vila Olímpia, para a região. O Westin São Paulo abrirá suas portas em breve e o W Gramado está confirmado para 2028. Além do projeto em Maraey, a cerca de 45 minutos do Rio de Janeiro (com propriedades Ritz-Carlton Reserve, JW Marriott e Autograph Collection), a rede confirmou também o andamento do projeto do Westin João Pessoa.

No cenário internacional, o grande destaque da Marriott para este ano é o W Punta Cana, all-inclusive exclusivo para adultos. Louise Bang, chief sales and marketing officer da Marriott International para a região, comentou como transformar uma marca de lifestyle de luxo como a W em all inclusive pode ser uma jogada interessante: “É uma chance de termos habitués dos W Hotels conhecendo uma propriedade all inclusive, e também a oportunidade de termos habitués de all inclusive conhecendo enfim todo o potencial de um hotel da marca W, é excelente”, comentou Louise.

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Shanghai Xangai
Detalhe do Waldorf Astoria Shanghai. Foto: Mari Campos

A rede Starwood Hotels, de volta ao mercado após um longo hiato, já possui 14 hotéis da marcas Baccarat, 1Hotel e TreeHouse e tem mais de 30 no pipeline, na expectativa de abrir mais de cinco hotéis por ano no restante desta década.

A Oetker Collection anunciou a inauguração de novos hotéis St Tropez e na Toscana para os próximos anos confirmando a crescente demanda por seus hotéis, que em geral, à exceção de estações de neve, por exemplo, já não têm mais distinção entre alta e baixa temporada.

Já a Hilton Hotels teve em 2024 um ano recorde historicamente, com expectativas de crescer pelo menos 50% na América Latina nos próximos 10 anos. Após a abertura do Waldorf Astoria Osaka e do Waldorf Astoria Costa Rica, a grande expectativa agora é a reabertura do Waldorf Astoria New York no verão do hemisfério norte após 8 anos de extensas reformas (que descobriram inclusive novas colunas, paredes e mosaicos no edifício histórico).

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Simon Mayle
Simon Mayle. Foto: Mari Campos

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O mundo de olho no Brasil

Simon Mayle, diretor da ILTM Latin America, confirmou o protagonismo da hotelaria brasileira tanto entre turistas estrangeiros quanto brasileiros. “Temos muitos produtos interessantes, hotéis originais e destinos ainda pouco conhecidos”, diz Mayle. “Estrangeiros se apaixonam pela diversidade brasileira e pela joie de vivre que só o brasileiro tem”.

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Durante a ILTM Latin America 2025, o TXAI celebrou seus 25 anos de fundação e afirmou que terá 95% das acomodações renovadas até o fim do ano. O Grupo Filha da Lua anunciou a abertura da Fundação Hello Pipa, com foco na formação profissional para adultos no setor de hospitalidade e educação ambiental. A OIÁ Casa Lençóis, do TP Group, destacou seus dois novos bangalôs, os novos circuitos de trekking pelos Lençóis Maranhenses e a primeira temporada da adorável pop up OIÁ em Atins.

Detalhe do Ibiti Village, associado BLTA. Foto: Mari Campos

Camila Barreto, a CEO da BLTA (Brazilian Luxury Travel Association) destacou a importância de seus hotéis membros serem tão engajados com a sustentabilidade. “Nao há mais como se falar em luxo sem falar de sustentabilidade”, disse Camila. “A gente não pode mais simplesmente ir a um destino sem cuidar dele de fato”, completou.

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A BLTA está presente com propriedades de luxo de pequeno, médio e grande porte em 37 destinos brasileiros e, a partir de agora, só aceita novos membros que obtenham pelo menos 80% de avaliação positiva no sistema de cliente oculto. “Queremos ampliar a presença do Brasil internacionalmente. Não dá para aceitar que a gente não receba nem 7 milhões de turistas por ano no país”, explica Camila.

O foco da associação está em hotéis envolvidos na criação de experiências com suas comunidades locais, ultra personalização de serviços, conforto sem ostentação na infraestrutura, conexões afetivas e impactos sempre positivos para cada estadia. Segundo o anuário BLTA e SENAC, seus hotéis membro têm mais de 3 membros de staff para cada hóspede, 50% de ocupação média anual, 90% dos hóspedes estrangeiros provenientes dos EUA, 90% dos hóspedes nacionais vindos de São Paulo e diária média anual de R$2.909.

A ILTM Latin America já tem data para acontecer também em 2026: de 4 a 7 de maio, na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo.

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A hospitalidade diversa do Ibiti

É difícil não se encantar pelo Ibiti, em Minas Gerais. Afinal, essa deliciosa empreitada de turismo regenerativo, sem similar na hospitalidade internacional, é praticamente uma utopia transformada realidade – como bem diz a placa de madeira logo à entrada da reserva.  

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O que começou nos anos 1980 com o sonho do empresário Renato Machado de proteger os arredores do Parque Estadual de Ibitipoca, MG, hoje se converteu em um projeto de vários braços distintos – e do qual o turismo é força importante – que já ultrapassa os 6 mil hectares de área total.

Focado em projeto de rewilding, o IBITI é hoje membro da BLTA (Brazilian Luxury Travel Association) e seu Xodós do Brasil e continua expandindo não só seu território e força sócio-econômica transformadora como também sua vocação para a hospitalidade.

Inicialmente Reserva do Ibitipoca, depois Comuna do Ibitipoca até que virasse simplesmente IBITI, o projeto oferece três modelos já muito bem estruturados de hospedagem turística regenerativa. E inaugura agora a quarta vertente dessa seara hoteleira: sua primeira casa de vidro totalmente automatizada, com vistas surreais para a reserva a partir de qualquer ponto.

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Foto: Mari Campos

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Como é se hospedar no Ibiti

Seu modelo de turismo de baixo impacto, que atua regenerando o meio ambiente, conservando fauna e flora e apoiando sócio-economicamente as comunidades locais, acontece em outras três opções distintas de hospitalidade.

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A primeira investida do Ibiti na hotelaria veio com o adorável Ibiti Engenho Lodge, até hoje a grande estrela do projeto. O casarão construído ao redor de um pátio, com distintas varandas e rodeado por montanhas verdejantes tem apenas 8 grandes suítes, cada uma com uma decoração diferente – mas sempre essencialmente mineiras.

Inaugurado ainda em 2008, suas áreas comuns têm e jeitinho de “casa de vó”, decoradas com muita brasilidade e com a natureza sempre à vista. Tem também spa, sauna e uma deliciosa jacuzzi ao ar livre.

A beleza e aconchego importam, e muito, mas nada disso se compara à calidez do serviço e à primorosa gastronomia tocada pelas “meninas do Engenho” com maestria. Do café da manhã ao almoço mais frugal, do café da tarde ao jantar de vários passos, tudo ali é simplesmente delicioso – e está incluído nas diárias. Cada garfada é uma viagem. E a equipe do lodge ainda é craque em preparar os set ups mais lindos, seja interna ou externamente, para cada refeição.

Engenho Lodge ainda administra a vizinha Casa Carlinhos, com 3 suítes, que deve ser alugada por inteiro mas tem direito de uso dos serviços do lodge.

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A segunda opção de hospedagem é o Ibiti Village, que deu nova vida a Mogol, um diminuto vilarejo de ruas de terra batida que esteve a ponto de desaparecer. Com apenas algumas dezenas de moradores permanentes, teve parte de suas casas originais reformadas e transformadas em 11 acomodações turísticas cheias de conforto.

Todas as casas são diferentes entre si e foram decoradas seguindo temas diferentes – como a dedicada a Guimarães Rosa, decorada com frases e obras do genial escritor. Algumas têm cozinhas completas, outras não; algumas possuem apenas um dormitório outras acolhem famílias.

No Ibiti Village a hospedagem também acontece com pensão completa incluída, servida sempre no Yucca, o restaurante vegetariano e orgânico do vilarejo – que tem ainda escola, igreja, posto médico, café, cinema e prainha de rio. Além da inclusão de um passeio guiado por dia, os hóspedes do Village também são contemplados com algumas atividades culturais, como concertos de piano em um Steinway de jacarandá da Bahia de 1874.

CLIQUE AQUI para ver valores e disponibilidade no Ibiti Village.

Foto: Mari Campos

A terceira opção de hospitalidade é o Ibiti Remote, que conta com três acomodações privativas, todas com localizações bem remotas na reserva. Focadas em quem deseja mesmo total desconexão, o acesso a elas se dá, dependendo da acomodação, por trilha, bicicleta, a cavalo ou em veículos 4×4.

A quarta empreitada começa agora, em clima de soft opening, e deve ser oficialmente inaugurada antes do final do semestre. A primeira Casa de Vidro do Ibiti foi construída mais isolada, em uma área mais alta da montanha que acolhe o Village.

Com paredes de vidro abertas para a natureza exuberante do Ibiti, e vibe quase futurista, totalmente automatizada, ali as vistas arrebatadoras estão incluídas a partir de praticamente todo cômodo.

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Foto: Mari Campos

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Dia-a-dia entre descanso e atividades

No Ibiti, independente da acomodação escolhida, o hóspede passa dia e noite imerso na natureza. Todas as diárias no Ibiti Engenho Lodge e no Ibiti Village incluem pensão completa e um passeio guiado por dia.

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O ritmo por ali é sempre lento e silencioso, perfeito para descansar e dar um belo reset mental. Mas a oferta de atividades possíveis também é enorme, incluindo trilhas, cavalgadas, bike, visitas comunitárias, caiaque, SUP, praia de rio e diversas outras experiências.

Margeando o Parque Estadual do Ibitipoca, o território preservado pelo Ibiti é repleto de montanhas, riachos, lagos e quedas d’agua. A vegetação nativa da região divide espaço com áreas recuperadas com reflorestamento e realmente é verde a perder de vista a partir de qualquer canto.

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Não bastasse tanta beleza natural, a propriedade ainda conta com muita arte espalhada por seu território. As mais famosas são as gigantes esculturas que compõem a instalação My Big Family, da norte-americana Karen Cusolito, cuja visitação é permitida apenas aos hóspedes do projeto.

As obras, feitas em metal reciclado, reminiscentes do Burning Man, fizeram tanto sucesso nas redes sociais que já viraram também a cara do Ibiti. Com dimensões que chegam a 6 toneladas e 9 metros de altura em uma única estátua, exigiram uma logística tremenda para serem transportadas à região montanhosa – mas encontraram na Pedra do Tatu, diante de uma das mais belas vistas do Ibiti, seu repouso.

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Foto: Mari Campos

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Além da hospitalidade

A hospitalidade é apenas um dos muitos braços do Ibiti. Além dela e da preservação e regeneração ambiental que deu origem ao projeto, há também produção orgânica de alimentos na Gaia Produtos Ecológicos (inclusive café), reciclagem (o projeto tem seu próprio centro para tal), reaproveitamento (todos os resíduos orgânicos são reaproveitados ali), educação na Life School, reintrodução de animais silvestres em seu habitat original (como os muriquis-do-norte, maiores primatas das Américas).

A ideia principal é sempre que cada projeto tenha empreendedores diferentes e ajude a economia local girar melhor. A hospitalidade regenerativa é sempre o melhor caminho para fazer a indústria turística realmente girar a favor dos destinos.

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Para chegar ao Ibiti: o aeroporto mais próximo é Zona da Mata/Juiz de Fora (IZA). A partir do aeroporto, são pelo menos mais duas horas de carro até a entrada do Ibiti (com estrada de terra na parte final). Outra possibilidade é pousar diretamente na propriedade em helicóptero ou monomotor.

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Wilderness

A excelência da Wilderness na Botsuana

Uma viagem de sonho, passando por três safári camps bem diferentes entre si em três regiões bem diversas de um mesmo (fascinante) país. Foi assim a minha primeira experiência comprovando a excelência da Wilderness na Bostsuana, África.

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Que as maravilhas das savanas infinitas são muitas, não é novidade. Nem que há vários países diferentes no continente africano nos quais podemos ter experiências arrebatadoras de safári. Mas a Botsuana, e digo e escrevo isso há tempos, desde minha primeira visita ao país, é garantia de alguns dos melhores avistamentos de vida selvagem que você terá na sua vida.

O turismo no país respira safári e sempre soube criar lodges e camps realmente imersivos neste tipo (tão fascinante) de experiência turística. Não por acaso, foi ali mesmo que começou a história da Wilderness: em 1983, um grupo de jovens rangers africanos resolveu se unir e criar um negócio voltado para turismo sustentável no país.

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Wilderness
Foto: Mari Campos

Hoje, a Wilderness, fundada por aqueles jovens visionários, ultrapassou as fronteiras da Botsuana e é líder mundial em conservação e hospitalidade. Hoje comprometida com a preservação em 2,3 milhões de hectares africanos, espera dobrar essa área de terra protegida, chegando a mais de 5 milhões de hectares protegidos até 2030.

São mais de 60 camps/lodges sob sua bandeira, divididos em três categorias distintas (Classic, Classic+ e Premium, sempre com pensão completa, bar aberto, dois safáris diários e serviço de lavanderia), espalhados por 8 países africanos diferentes. Juntos, ocupam mais de 6 milhões de acres de terras remotas e preservadas, com os quais criam itinerários completos para férias de sonho dos mais distintos perfis de viajantes.

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Wilderness
Foto: Mari Campos

Aliás, tem hoje até sua própria companhia aérea: a WildernessAir, que, com aviõezinhos com prefixos que homenageiam distintas espécies africanas, transportam seus hóspedes entre aeroportos, lodges e camps com esmero.

Voltar ao começo de uma história tem sempre um gostinho especial. Entre uma profusão de leões, búfalos, elefantes e hipopótamos, me perdi e me encontrei no Delta do Okavango, na Depressão Mababe e na reserva Linyanti, guardando na memória momentos de beleza selvagem surreais.

E trago aqui, com prazer, uma breve review dos três camps nos quais me hospedei nesta visita mais recente à Botsuana, unidos por uma viagem linda, meticulosamente organizada pela Wilderness, que resistiu até ao cancelamento de voos internacionais.

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Wilderness
Foto: Mari Campos

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Wilderness Jao

Meu começo de viagem, mesmo com percalços de última hora, não poderia ter sido melhor: depois de passar uma noite no simpático  Grays Eden, um hotel boutique localizado a curta distância do aeroporto (com direito a gostosa piscina e ótimo restaurante), cheguei ao belíssimo Wilderness Jao.

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O Jao Camp foi o primeiro safári lodge de luxo da Botsuana. Criado no início dos anos 2000 pela família de Cathy e David Kays (que seguem à frente da administração da propriedade, agora em parceria com a Wilderness), o Wilderness Jao faz parte de uma espetacular reserva privada de 60.000 hectares no Delta do OkavangoPatrimônio Natural da Unesco, não por acaso considerado um dos melhores lugares do mundo para observação de vida selvagem.

Wilderness
Foto: Mari Campos

No finalzinho da década passada, o que era bom ficou ainda melhor: o Wilderness Jao foi reconstruído com design sustentável, materiais naturais e reciclados, e ficou ainda mais bonito do que já era. Tudo é muito amplo, com pés direitos altíssimos e paredes de vidro ou tela para garantir sempre vista panorâmica para as savanas. E com mínimo impacto no terreno.

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Elegante e extremamente sofisticado, no Wilderness Jao até as banheiras e jacuzzis presentes em cada uma das exclusivíssimas (e imensas, todas projetadas como luxuosas casas de árvore) sete acomodações têm vista infinita. E tem ainda um lindo spa, biblioteca, museu, loja e galeria, além de diversos espaços de convivência – tudo conectado por deliciosas passarelas suspensas.

Ali cada hóspede é rei: tudo está incluído e é a gente mesmo que define quando quer sair para os game drives, quando e onde quer tomar café da manhã, almoçar ou jantar. Todas as acomodações têm inclusive cozinha e enormes mesas para refeições no living – além de um farto minibar incluído na diária e reposto todos os dias.

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Nada é engessado, tudo é flexível – e entregue magistralmente, com serviço realmente impecável. Do café da manhã ao jantar, tudo é à la carte, feito na hora, com apresentação infalível. Há também um impressionante bar de vinhos, destilados e coquetéis. 

E seu entorno é, sem exageros, um pequeno Éden tomado por rios, canais, lagos, pântanos e uma fartura impressionante de vida selvagem. Até cachorros selvagens, dificilmente avistados nos safáris, vi em abundância. Além de tudo o que vi nos game drives (o lodge oferece também safáris à pé), leões e elefantes desfilaram sem pudores diante da minha varanda.

O Wilderness Jao entrega, de fato, uma experiência de safári completa. Um lodge realmente inesquecível, com um staff dos mais bem treinados e genuinamente cálidos que já conheci.

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Wilderness
Foto: Mari Campos

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Wilderness Duma Tau

Instalado na bacia do rio Linyanti, região famosa pela fartura e variedade de vida selvagem que ocupa seu território, o belo Wilderness Duma Tau Camp está rodeado de água, incluindo várias lagoas, canais e rios (sendo os principais o Kwando e o Linyanti) no arredores.

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Fiquei hospedada no Wilderness DumaTau no auge da seca de 2024 e, mesmo assim, o camp estava rodeado de fartos cursos d’agua com suas margens tomadas por animais. Manadas de elefantes atravessavam o rio logo em frente o tempo todo (a região tem a maior concentração de elefantes de toda a África) e hipopótamos se banhavam bem diante do hotel dia e noite.

Wilderness
Foto: Mari Campos

Localizado idilicamente à beira-rio, o Duma Tau (que significa “rugido do leão”, algo que ouvimos frequentemente por ali) é perfeito para quem busca uma hospedagem de safári mais tradicional, com um estilo mesclando habilmente o clássico “Out of Africa” com o contemporâneo.

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São apenas oito suítes, todas com vista rio, deliciosamente interligadas à estrutura principal por uma extensa passarela de madeira. A vegetação exuberante natural da área garante total privacidade. E o trânsito de distintas espécies animais entre elas é constante.

Wilderness
Foto: Mari Campos

Todas as espaçosas suítes em estilo tenda contam com enormes banheiros completos, walk-in closet, dormitório, hall, living e deliciosos decks com piscinas privativas voltados para o rio. Há máquinas de café, guloseimas e minibar diariamente abastecido, inclusive com vinhos e destilados – tudo incluído.

A estrutura principal é enorme, com vários lounges internos e externos em distintos níveis, inclusive à beira d’agua. As refeições são servidas nos mais diversos espaços, indoor e outdoor – incluindo jantares sob as estrelas, acompanhados por excelentes vinhos africanos.

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A gastronomia caprichada, aliás, também é destaque por ali: o café da manhã é servido em um buffet bem completo na boma logo cedo, mas quem preferir pode tomar o brunch à la carte ao voltar do safári. Tudo deliciosamente feito na hora. Almoço e jantar também são servidos à la carte e ainda são servidos sucos, chás e fingerfood antes do safári vespertino. Tudo delicioso e com apresentação impecável.

Com localização privilegiada, o Wilderness Duma Tau oferece uma gama bem variada de atividades incluídas, incluindo passeios em lanchas e barcos, seja para almoço ou happy hour ao pôr do sol, com hipopótamos, crocodilos e elefantes ao redor.

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Wilderness
Foto: Mari Campos

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Wilderness Mokete

Dentro da categoria mais simples dos camps da Wilderness (Classic), uma das inaugurações mais recentes é o Wilderness Mokete, por enquanto a única opção de hospedagem turística na reserva homônima, na região da Mababe Depression.

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Em ambiente bastante remoto e selvagem, por enquanto acessível apenas via estrada ou helicóptero, o novo camp se destaca, na verdade, por seu entorno: está rodeado por alguns dos maiores rebanhos de búfalos e dos mais extensos bandos de leões do continente africano.

Wilderness
Foto: Mari Campos

Bastante mais simples que os demais camps da Wilderness citados na Botsuana, o Wilderness Mokete serve todas as refeições no mesmo pequeno restaurante da propriedade e sempre em compactos buffets.

O design em geral também é bem mais simplificado e contido, mais funcional. Além do restaurante, as áreas públicas incluem um pequeno lounge & bar, piscina e boma. Um pequeno deck também funciona como mirante para acompanhar animais que cheguem mais próximos ao laguinho da propriedade.

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No total, são apenas nove tendas, todas com living, plunge pool privativa e um interessante teto retrátil, que pode ser utilizado fora da temporada com mais insetos e mariposas na região (quando fui, em dezembro, não era possível utilizá-lo). Não há minibar nas acomodações.

Wilderness Mokete também oferece nas estadias todas as inclusões básicas comuns a todos os camps de Wilderness: dois safáris diários, pensão completa, bar aberto e serviço de lavanderia.

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Wilderness
Foto: Mari Campos

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Como chegar

Voei de São Paulo a Joanesburgo com a South African Airways, a mais antiga companhia aérea voando continuamente para o Brasil e o principal elo de conexão aérea entre o Brasil e a África

A SAA tem hoje duas rotas diferentes ligando Brasil (São Paulo) e África do Sul (Joanesburgo e Cidade do Cabo), nas quais voa com os novos A330-300, que trazem uma nova Classe Executiva, muito mais confortável.

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Entre África do Sul e Botsuana, voei com a simpática Airlink, sempre bastante pontual. Entre o aeroporto de Maun e os camps, voei com Wilderness Air.  

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A hospitalidade em alto mar do Crystal Symphony

No ano passado, aconteceu o esperado retorno de uma das mais importantes armadoras de cruzeiros de luxo: a Crystal Cruises finalmente retornou ao mercado, agora repaginada e sob o comando da luxuosa Abercrombie & Kent. Neste último verão europeu, tive a oportunidade de conferir pessoalmente como está funcionando essa nova fase da armadora a bordo do Crystal Symphony,

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A armadora que por mais de três décadas foi uma das mais significativas no mercado dos cruzeiros de luxo acabou falindo durante a pandemia. Mas agora retornou com tudo e trouxe de volta seus icônicos navios repaginados.

Crystal Cruises
Foto: Mari Campos

Para esse retorno aos mares, a A&K fez uma revitalização de dois navios da Crystal Cruises: o Crystal Symphony e o Crystal Serenity. Ambos passaram a ter capacidade reduzida de passageiros (pois ganharam suítes maiores e mais espaçosas) e trouxeram várias novidades a bordo, do design à gastronomia e experiências oferecidas.

Embarquei em um belo itinerário pelo Báltico, que viajou da Holanda à Suécia, passando por Alemanha, Polônia, Dinamarca, Estônia, Finlândia. E, ao longo de quase duas semanas de navegação, pude conhecer em detalhes como funciona hoje um cruzeiro com a Crystal Cruises.

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Crystal Cruises
Foto: Mari Campos

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Como é fazer um cruzeiro no Crystal Symphony

A bordo, o Crystal Symphony leva pouco mais de 600 passageiros a cada viagem. Os cruzeiros com a Crystal Cruises têm quase tudo incluído: refeições, bebidas, lanches, internet, serviço de quarto 24h, minibar…

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O novo design do Crystal Symphony mantém a linha bem old fashioned do anterior, embora tenha alguns detalhes e espaços mais contemporâneos aqui e ali, como no grande átrio central ou no restaurante Tastes.

Boa parte dos passageiros do meu cruzeiro eram clientes habituais da Crystal Cruises há muito tempo e estavam felizes em não ver mudanças tão significativas no décor em geral. As acomodações foram em boa parte renovadas e o novo décor é realmente muito bonito e elegante.

Crystal Cruises
Foto: Mari Campos

A nova fase da Crystal Cruises trouxe também uma esperada novidade a seus navios: a existência de algumas cabines individuais. Com o alto percentual de solo travellers a bordo de suas viagens, essas cabines – sem varanda, mas com vista para o mar – parecem estar fazendo sucesso.

Convém checar no ato da reserva se você está pegando uma acomodação renovada mesmo. E, no caso das suítes do deck 9, importante confirmar se não têm a varanda parcialmente afetada pelo peculiar posicionamento dos tenders do navio, que acabam bloqueando parte da vista.

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Crystal Cruises
Foto: Mari Campos

As suítes melhores do Crystal Symphony têm também incluído um ótimo serviço de mordomo dedicado, assim como diversas outras facilidades que chegam até serviços de lavanderia regular e dry cleaning durante a viagem (mas todo mundo pode usar também gratuitamente a lavanderia self- service do navio).

O navio agora tem também um novo Aurora Spa, com serviços de massagem (mas prepare o bolso, que os valores dos tratamentos são elevados), salão de beleza (ótimo) e pequenas saunas.

Para minha surpresa, há um número bastante impressionante de brasileiros no staff, atingindo os mais diversos setores – com representantes excelentes da recepção aos bares e restaurantes – um ponto bastante importante, já que tripulantes brasileiros ainda não costumam figurar em quantidades expressivas no mercado de cruzeiros de luxo.

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Crystal Cruises
Foto: Mari Campos

Os cruzeiros da Crystal Cruises infelizmente não incluem os passeios nos destinos visitados; mas oferecem cortesia de ótimos transfers, em vários horários ao longo da escala, em todos os portos do itinerário.

Há também um interessante menu de atividades diurnas e noturnas incluídas, incluindo shows, palestras, performances musicais e outras atividades esportivas e recreativas, do básico bingo/trívia a boas aulas de golfe com instrutor dedicado a bordo.

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Crystal Cruises
Foto: Mari Campos

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Como ficou a nova CRYSTAL CRUISES by ABERCROMBIE & KENT

A maioria da tripulação de antigamente da Crystal Cruises está hoje a bordo de seus renovados navios Crystal Serenity e Crystal Symphony. Assim como boa parte de seus antigos hóspedes, o que acaba criando na companhia uma média etária a bordo bastante alta.

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Para mim, o maior destaque da nova fase da Crystal Cruises é a gastronomia a bordo. São seis opções de restaurantes incluídas nos cruzeiros do Crystal Symphony, com distintos tipos de culinária. E ainda tem um impecável serviço de chá da tarde diariamente.

Vale saber que duas das opções – o excelente Umi Uma by Nobu, o primeiro restaurante do chef Nobu Matsushita em alto mar, e a charmosa Osteria d’Ovidio – não abrem para almoço e estão disponíveis para o hóspede jantar uma única vez ao longo da viagem.

Crystal Cruises
Foto: Mari Campos

Além dos restaurantes, há ainda um café, uma sorveteria e o bom menu do serviço de quarto, disponível 24 horas por dia. E tudo é realmente muito saboroso e bem apresentado. Meus preferidos foram o Umi Uma (seja no restaurante propriamente ou no delicioso sushi bar) e o restaurante principal, Riverside, sempre à la carte e sempre perfeito.

Uma novidade muito bem-vinda: a Crystal Cruises anunciou que em breve passará a oferecer também esperadas filiais do badalado restaurante BEEFBAR a bordo de seus navios – uma adição que certamente fará o maior sucesso (e fará uma importante diferença em variedade gastronômica e de espaços para os cruzeiros mais longos)

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Crystal Cruises
Foto: Mari Campos

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O que vem por aí na Crystal Cruises

O retorno da Crystal Cruises, agora adquirida pela operadora de turismo de luxo Abercrombie & Kent Travel Group, deu tão certo neste primeiro ano que a armadora já está pronta para expandir sua frota.

Os planos da companhia são de lançar nada menos que quatro novos navios até 2029, incluindo dois esperados navios de expedição – um dos segmentos que mais cresce na indústria de cruzeiros.

Os roteiros da Crystal Cruises pela Europa têm ótimas tarifas a partir de US$ 3.800 por hóspede. A armadora opera também, com seus dois navios, itinerários em diversos outros cantos do planeta – inclusive disputados “world cruises”. O World Cruise 2025, aliás, terá escalas no Brasil.,

É possível conferir seus itinerários até 2026 no site da Crystal.

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Crystal Cruises
Foto: Mari Campos

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Para embarcar no cruzeiro, voei a Amsterdã via Londres em classe executiva com a LATAM Airlines, na Premium Business da companhia, com assentos que reclinam até 180°, acesso direto de todos os assentos ao corredor da aeronave, amenidades de qualidade e ótima gastronomia brasileira.

Pré e pós cruzeiro no Crystal Symphony, fiquei hospedada no belo e premiado Hotel De L’Europe, membro The Leading Hotels of the World em Amsterdã, e no Radisson Collection Stockholm Strand, em Estocolmo.

Durante toda a viagem pelo Báltico, passando por diversas cidades em 7 países, usei novamente um chip internacional de celular para ficar 100% do tempo conectada, em modo ilimitado. Um mesmo chip para toda a viagem, sem stress, e sempre conectada. São diversos tipos de chips e eSIMs disponíveis – e você tem sempre pelo menos 15% de desconto em qualquer um deles com o cupom MARICAMPOS neste link aqui.

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Silver Ray Silversea

Silversea inaugura novo navio Silver Ray em Lisboa

A armadora de cruzeiros de ultra luxo Silversea acaba de inaugurar oficialmente o Silver Ray, seu mais novo navio e o segundo da inovadora Classe Nova. A cerimônia de inauguração e batismo do navio aconteceu na quarta-feira, 12 de junho, em Lisboa, durante um cruzeiro apenas para convidados, com itinerário entre Portugal e o sul da Espanha

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No dia 15 de junho o Silver Ray recebe seus primeiros hóspedes regulares e dá inicio à sua primeira temporada, focando nos próximos meses em cruzeiros pelo Mediterrâneo.  O novo navio deve fazer sua primeira travessia oceânica apenas no final do ano.

A esperada chegada do belo Silver Ray – embarcação gêmea do Silver Nova, que começou a navegar no ano passado e foi oficialmente inaugurado em janeiro último – dá continuidade a um ano marcante para a armadora.

Neste 2024, a Silversea, grande pioneira e até hoje líder em cruzeiros de ultraluxo e de expedição, comemora seu 30o. aniversário de fundação. “Com a chegada do Silver Ray reforçamos nosso compromisso de oferecer as melhores experiências em viagens de ultraluxo e de expedição com a Silversea”, disse Jason Liberty, presidente e CEO do grupo Royal Caribbean. A armadora foi adquirida pelo grupo em 2018.

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Da esquerda para a direita, Peter Greenberg, Alessandro Zanello, Josefina Olascoaga, Jason Liberty e Bert Hernandez (Silversea)

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Silversea inaugura o novo Silver Ray em Lisboa

A cerimônia de batismo e inauguração oficial do Silver Ray contou com a presença de jornalistas, agentes e consultores de viagem de diversos países – e tive o prazer de ser a única jornalista brasileira convidada para o “shakedown” do novo navio. 

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A cerimônia, capitaneada pelo jornalista americano Peter Greenberg, contou também com algumas performances musicais, incluindo uma adorável apresentação do hino nacional de Portugal feita por um coro de crianças lisboetas.

A inauguração oficial do Silver Ray foi feita por Jason Liberty, presidente e CEO do Royal Caribbean Group, e Bert Hernandez, o novo presidente da Silversea. Hernandez, que já leva 20 anos trabalhando com a Royal Caribbean, assumiu a presidência da armadora em abril último, após a saída de Barbara Muckermann.

foto: Mari Campos

Bert, que já morou alguns anos em São Paulo no começo de sua carreira, disse ter encontrado o emprego dos sonhos. “Qualquer pessoa que esteja nesse negocio, que acompanha o setor de cruzeiros, tem que respeitar a Silversea por tudo que a armadora fez e como transformou esse setor”, me disse Hernandez durante a viagem.

A doutora Josefina Olascoaga, cientista oceânica argentina e professora de ciências oceânicas na Universidade de Miami, foi escolhida como madrinha do novo navio e fez as honras da casa, lançando a garrafa de champanhe contra o casco do navio, como prega a tradição marítima.

O evento de inauguração teve a cerimônia seguida por um jantar de gala, shows e festividades em distintos decks do navio.

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A garrafa de champagne se rompe contra o casco do navio durante o batismo do Silver Ray (Silversea)

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Cheio de luz

O Silver Ray passa agora a ser comandado pelo capitão Alessandro Zanello, que também celebra um marco especial neste 2024: seu jubileu de 25 anos na Silversea

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O novo navio é o mais caro já construído pela armadora – e também um dos dois maiores, deixando claros os novos rumos pretendidos nesta nova fase da Silversea após a aquisição pela Royal Caribbean.

Os dois navios da Classe Nova estão juntos acelerando bastante o processo da armadora em atrair uma demografia mais jovem de hóspedes. Os navios de expedição da Silversea também estão introduzindo a marca para hóspedes muito mais jovens.

Com capacidade para 728 passageiros e tripulação de 544 membros, o Silver Ray tem o mesmo revolucionário design assimétrico do Silver Nova (incluindo elogiadas piscina e jacuzzi de borda infinita), que parece ter se convertido atualmente em uma tendência no setor.

Promovendo itinerários em sistema tudo incluído (transfers, refeições, bar aberto, excursões em terra, wifi, room service, minibar, gorjetas etc), oferece dez bares (todos com menus próprios e exclusivos de coquetéis), oito restaurantes (com destaque para o La Dame, comandando pelo chef Jean Luc Robanel, duas estrelas Michelin)., um belíssimo OTIVM Spa e 100% suítes com varanda e mordomo dedicado.

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foto: Mari Campos

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O navio mais sustentável de seu segmento

O Silver Ray se junta ao Silver Nova como os dois dos navios de cruzeiro com maior eficiência energética já construídos. O próprio design do Silver Ray e de sua popa já reduz por si só o consumo energético e aumenta significativamente sua eficiência. O novo navio tem zero emissões em portos equipados para abastecimento elétrico.

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“O Silver Nova e o Silver Ray poderiam ser mais eficientes financeiramente? Poderiam, provavelmente. Mas não era essa nossa prioridade”, disse Bert Hernandez. “O que queríamos era entregar ao mercado de cruzeiros algo incrível, único e icônico, e chegamos lá”.

98% dos espaços públicos do Silver Ray têm muita luz natural e há mais espaços externos que em qualquer outro navio da Silversea. São 3600 m2 de área apenas no pool deck, o que daria mais de 6m2 por pessoa, mesmo se todos os 728 passageiros da ocupação máxima do navio estivessem lá ao mesmo tempo.

O novo design horizontal e assimétrico não apenas trouxe muito mais espaço e luminosidade aos espaços dos passageiros, mas mudou também muita coisa para a tripulação e a própria lógica do funcionamento do navio.

Novos espaços foram criados também para o staff, incluindo sauna, lounge com cadeiras de massagem e outras áreas sociais. “A academia da tripulação neste navio é melhor que a academia dos hóspedes na maioria dos navios”, acredita o capitão Zanello.

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foto: Mari Campos

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30 anos de história

Em três décadas de história, os navios da Silversea já receberam quase 800.000 hóspedes desde o lançamento do Silver Cloud, em 1994. E vêm sempre na vanguarda do setor, “setting the bar” para o mercado dos cruzeiros de luxo como um todo.

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Os navios da Silversea™ – Silver Ray℠,Silver Nova®,Silver Dawn℠,Silver Shadow®,Silver Whisper®, Silver Spirit®,Silver Muse®, Silver Moon℠, Silver Endeavour℠, Silver Origin®, Silver Wind® e Silver Cloud® – abrangem todos os continentes em seus itinerários. 

O Royal Caribbean Group acaba também de anunciar um “loyalty match” entre os programas de fidelidade de suas distintas armadoras. Assim, passageiros frequentes de uma passarão a usufruir os mesmos benefícios de seu status em todas elas.

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