Quando as empresas de turismo vão entender o que é marketing omnichannel?

Antes de mais nada, omnichannel trata-se da convergência dos canais utilizados por uma marca, seja em uma campanha específica ou no always on. E, levando em conta que hoje o público está simultaneamente sendo impactados por diversas telas e pontos de comunicação, não pensar em campanhas de marketing convergentes é um tiro no pé.

Fora isso, é importante ressaltar também, que esse texto é para as grandes empresas que fazem o turismo em nosso país, pois as pequenas e médias, infelizmente, ainda estão utilizando as estratégias de marketing de marketing de forma muito embrionária (sei que isso pode soar agressivo, porém é a verdade e deve ser recebido como uma provocação e não um comentário detrator).

Voltando para a importância do omnichannel, vale frisar que uma campanha que não é convergente não deve nem ser chamada de campanha, e uma comunicação AON que não conversa é extremamente prejudicial para o entendimento do cliente em relação ao que a marca que expor. Isso, na prática, faz investimentos em mídia e impulsionamentos serem jogados no lixo, pois a informação chegará ao público, porém, sem a devida coerência.

Fora do Brasil, as empresas já estão criando seus planos de marketing com essa inteligência, e mais do que isso, estão trabalhando com a visão orientada a uma execução eficaz e uma mensuração minuciosa, que consiga dar indicadores cada vez mais assertivos.

A agência de viagens on-line canadense Redtag.ca é um exemplo. Ela usa dados de canais cruzados de ferramentas analíticas para acompanhar suas atividades on-line, móvel, e-mail e call center, usando os dados para identificar oportunidades de melhorar ainda mais a experiência do cliente. Uma maneira pela qual a Redtag faz isso é integrar métricas de e-mail pré-clique, com dados comportamentais do website para identificar quais pacotes de férias, atividades ou ofertas ressoam com segmentos de clientes específicos.

Enfim, pode parecer difícil repensar a estratégia de marketing para que as organizações de viagens atinjam os clientes em um conjunto organizado e coerente, mas, conseguir isso, é oferecer uma oportunidade sem precedentes de proporcionar aos consumidores uma experiência excepcional. Então, vale o esforço, que é basicamente de foco e comprometimento na construção de um plano.

Ser capaz de alcançar os viajantes por meio de tantos canais e em tantos pontos permite que os profissionais de marketing garantam que suas marcas façam parte de uma experiência de viagem que seja satisfatória, divertida e, o mais importante, memorável.

O QUE É UM BOM CONTEÚDO PARA VOCÊ, PODE NÃO SER PARA SEU CLIENTE

Hoje é muito comum encontrarmos artigos e cases que mostram o quanto é essencial trabalhar estratégias de Content Marketing ou Branded Content, ou seja, focar sua comunicação na produção de um conteúdo relevante. Enfim, como um especialista em conteúdo para marcas, claro que corroboro com esse discurso e acredito que seja essencial utilizar essas estratégias para criar relevância para as marcas e estreitar a relação com o público. Mas, é preciso tomar muito cuidado para não cometer um erro clássico. Escrever para você e não para o seu cliente.

No turismo, tenho visto diversas empresas menores, principalmente agências, que estão mais preocupadas em transformar suas timelines nas redes sociais ou seus blogs, apenas em uma sequência interminável de flyers promocionais ou oportunidades de venda. “Take it easy”, pessoal, isso deve ter um espaço em sua jornada de conversa, mas não deve ser 100% da sua comunicação.

Em outros artigos eu já expliquei o que são os territórios da marca, já falei sobre a importância de conhecer seu público, inclusive, já falei de um tema muito semelhante com o que estou abordando aqui “A eterna busca por um conteúdo relevante” . Mas, a coluna hoje vai ser muito mais orientativa, voltada mais para uma mudança de mindset na hora de criar conteúdo, do que explicando alguma técnica ou estratégia.

O meu título já diz tudo, “O que é bom conteúdo para você, pode não ser para seu cliente”. Quem me sugeriu esse tema foi meu amigo Renê Castro, que foi editor aqui da Panrotas, e segundo ele, existe essa necessidade de entendimento nas empresas de turismo. E, realmente,concordo com o meu amigo.

Quais são as dores do seu público?

O primeiro ponto é entender quais são as dores do seu público. O que eles querem saber antes de adquirir seu produto ou serviço. Após isso, você deve explorar essas dores com o intuito de realmente saná-las. Com um conteúdo que vá além do tradicional comercial que você está acostumado, mas mostre as realizações de sua empresa. Não fique falando que você é bom, mostre, comprove isso com suas ações, seus cases de sucesso.

O seu balcão está fora do seu ponto comercial físico

Eu já ouvi muitos pequenos e médios empresários dizendo “Quando o cliente entra na minha agência eu não perco a venda”. Mesmo exemplificando uma agência, já ouvi de isso em segmentos diversos. Pois bem, entenda uma coisa de uma vez por todas, seu balcão não é mais somente esse lugar sólido que você fica ancorado tomando cafézinho. Já foi, é passado! Seu balcão agora está nas redes sociais, na sua régua de e-mail, no seu blog, ele é omnichannel. E mais, ele está presente nos eventos que você deve ir e levar o nome da sua empresa. Portanto, a relevância, veracidade e capacidade de convencimento que você tem no seu antigo balcão, o do cafézinho, devem ser transferidos para muito mais além.

VOCÊ NÃO TEM TEMPO?

Primeiro de tudo, se você jura que realmente não tem tempo, pare de mentir para si mesmo. O que você não tem é critério para organizar as suas prioridades, listar seus objetivos e focar em uma cadência de atividades que façam você conseguir desenvolver suas demandas de forma saudável. Então se pergunte. Eu realmente não tenho tempo?

Além do desabafo acima, gostaria de fazer uma crítica para as pessoas que acham “bonito” falar que estão sem tempo, que estão trabalhando muito. Parece que isso virou uma espécie de pré-requisito para os pseudos homens e mulheres de “negócios”. Uma espécie de credencial para mostrar sua importância ou o quanto se está bem sucedido. Me desculpe a franqueza, mas toda vez que eu vejo alguém se gabar da falta de tempo, ou falar como se estivesse exausto, tenho certeza que essa pessoa, ou está trabalhando errado ou não faz ideia do que está fazendo.

“Tá bom Gustavo, mas o que isso tem a ver com Marketing, Branding e Comunicação”, que foram os motivos que os trouxeram aqui. E eu respondo: tudo. Você não vai conseguir gerenciar nenhum projeto em sua vida, se não conseguir se organizar, ou melhor, priorizar seus objetivos. Portanto, achei por bem falar sobre isso aqui na Mindset e vou dar algumas dicas, em bullets. Coisas que aprendi em minha experiência como COO da INSANE Estratégia e Comunicação e como líder Estratégico do Mochilaí.

– Objetivos: tenha certo quais são seus objetivos, em todas as esferas, na sua vida, no seu ano, no mês, na semana e no seu dia. A partir deles você vai determinar seu ritmos de atuação.

– Prioridade: a partir dos seus objetivos, elenque quais são suas prioridades e busque trabalhar nelas. Sem isso você ficará perdido, atuando em demandas por ordem de chegada.

– Metas: se desafie, coloque metas e trabalhe para alcançá-las. Só assim você vai conseguir avançar em seus objetivos e transpor suas barreiras.

– Foco: hoje, facilmente perdemos a nossa atenção mas as mais diversas distrações que temos em nosso entorno: redes sociais, whatsapp, qualquer push que apareça em nosso celular, a música que vou escolher para ouvir enquanto trabalho ou meu colega que me chama para falar sobre qualquer coisa. A questão é, foque no que você se pré-dispôs a fazer, faça isso como se não houvesse amanhã.

“Time is finite, but, unlike money, time is also replenished every second” – Seth Godin : a frase desse renomado executivo e autor de livros voltados para o business – “O tempo é finito, mas, ao contrário do dinheiro, o tempo também é reabastecido a cada segundo” – portanto, sempre faça uma reavaliação do seu tempo e do que você está desenvolvendo no momento.

Enfim, além das dicas que coloquei aqui no texto, fiz um vídeo falando sobre algumas ferramentas que me ajudam na organização do meu dia-a-dia. É só dar play.