SE O SEU MARKETING VIROU SOMENTE VENDAS, ALGO ESTÁ ERRADO

Logo em meu primeiro texto aqui na coluna Mindset, do portal PANROTAS, “BRANDING É BALELA! O QUE EU PRECISO É VENDER MAIS”, fiz uma dura crítica aos empreendedores que estavam preocupados somente com a venda e esquecem de trabalhar sua marca, achando que o conceito de branding era totalmente irrelevante.

Pois bem, seguindo nessa linha e atendendo os pedidos de alguns leitores que estão me seguindo ao longo desses meses, resolvi falar um pouco sobre outra falha que é muito comum entre os tomadores de decisão das empresas, quando falamos do departamento de marketing: achar que o objetivo principal é sempre vender mais.

Sim, qualquer empresa que visa o lucro precisa vender. É o básico. Você oferece um produto ou serviço ao mercado, vende e começa o ciclo novamente. Porém, a grande falha é se basear somente nisso para “tentar” criar os objetivos do seu departamento de Marketing.

Por mais que Vendas e Marketing sejam conceitos que andem muito próximos, quando falamos das estratégias de um departamento de Marketing estamos construindo a ideia para os clientes de que, comprar da minha empresa seja a melhor opção que ele tenha, cabendo ao departamento de Vendas, manter suas metas atualizadas e fazê-las serem cumpridas.

Portanto, ao invés de focar seus objetivos em somente venda, deve-se construir com o Marketing caminhos para vender mais, baseados em objetivos traçados que conversem diretamente com o público certo. Por exemplo: vamos aumentar nosso market share com clientes de determinado segmento. E vamos fazer isso gerando relacionamento com as empresas desse segmento através de presença em eventos e utilizando ferramentas de comunicação estrategicamente definidas.

Entenderam como uma estratégia de Marketing pode ser construída de uma maneira que resulte em vendas? A grande diferença é que, mesmo com toda a estratégia definida e com a execução bem feita, se o departamento de vendas não aproveitar o lead, todo o trabalho será jogado fora.

Mais sobre Marketing

No vídeo abaixo eu vou falar um pouco mais sobre o que é o Marketing, porém, é importante frisar que uma estratégia bem definida trabalha os 4Ps (Produto, Preço, Praça e Promoção). Para não confundir Marketing com Vendas é importante se atentar a alguns pontos.

O departamento de Marketing deve sempre trabalhar com uma avaliação crítica dos 4Ps em relação a empresa que representa.
O monitoramento dos concorrentes é importante, para ser sincero, um planejamento de Marketing vai te ajudar a se diferenciar deles.
Além disso, também vai proporcionar que você estude as evoluções do seu mercado e não fique estagnado em um mercado tão competitivo.
Dentro do Marketing existe uma grande parcela de estudo de branding para a construção de sua marca.

Enfim, agora, dê play no vídeo abaixo caso você não saiba o que são os 4Ps do Marketing e queira saber mais sobre essa estratégia tão disseminada por Kotler.

COMO GERAR CONTEÚDO PARA AS REDES SOCIAIS?

Produzir conteúdo para marcas tem sido cada vez mais necessário para tentar se diferenciar na hora de se divulgar. Já é sabido que, com a evolução dos meios de comunicação, a pessoas têm sido impactadas por diversos pontos de contato, ou seja, o consumidor que antes acompanhava as notícias pelo rádio, TV ou jornal, agora acrescenta todo o universo digital, que atua de forma muito mais rápida.

Com isso, as redes sociais aparecem como um ponto de encontro onde as pessoas se reúnem para trocar experiências e, também, pesquisar sobre os produtos e serviços que vão comprar. Pesquisas apontam que 94% das empresas brasileiras estão nas redes sociais. E é aí que entra a produção de conteúdo para marca, o branded content, como um diferencial na hora de publicizar uma ideia ou gerar engajamento de um público específico pela sua fanpage.

Não vou entrar no mérito de impulsionamentos de posts ou campanhas pagas, pois, apesar disso ser determinante, é um universo totalmente diferente do foco da minha coluna hoje. Sendo assim, o primeiro ponto que devemos deixar bem claro é que, hoje, o principal objetivo de uma fanpage não deve ser vender produtos e serviços, mas gerar engajamento e interesse do público naquela marca. Portanto, não baseie seu conteúdo em inserir posts com ofertas e preços. Isso não ajuda em nada o seu business.

A partir daí é necessário ter um planejamento de conteúdo, com os territórios que sua marca domina e com as características do seu público. Mas, vou falar disso somente no vídeo abaixo. Agora, quero dar algumas dicas e cases que vão lhe ajudar na hora de produzir um conteúdo relevante para as suas redes sociais.

1 – Relevância: quando for produzir conteúdo para sua marca, procure temas ou pautas que sejam relevantes para o seu público, e não necessariamente para você.

2 – Profissionalismo: não me venha com uma arte mal feita (muitas vezes print de um folder) e com texto com erros de português. Para ser assim é melhor não ser nada. O mínimo que seu público merece é um conteúdo que não tenha erros e que seja visualmente agradável.

3 – Cadência: todo conteúdo deve obedecer jornadas de conversa que tenham uma cadência e periodicidade definida.

4 – Formatos variados: procure variar entre posts com vídeos, gifs e artes estáticas. Jamais se mantenha somente em um tipo de comunicação. Com o tempo você vai conseguir ter parâmetros de qual formato é mais interessante para o seu público.

5 – Lives e pesquisas: apesar de serem formas distintas de comunicação, tanto lives quanto pesquisas promovem uma grande interação com o público nas redes sociais e são igualmente importantes, desde que o conteúdo apresentado seja de interesse dos seus espectadores.

6 – Conteúdo diferente para cada rede social: não seja um replicador de posts em cada rede social, produza um conteúdo que seja adaptável para cada uma, pois elas têm características diferentes. Por exemplo: o Instagram foi feito totalmente para fotos e para o mobile, já o Facebook tem uma variedade maior de possibilidades, enquanto o LinkedIn é totalmente voltado para o corporativo.

Uma empresa que tem trabalhado muito bem o conteúdo nas redes sociais é a Azul Linhas Aéreas. Eu confesso que nunca voei pela empresa, mas, só de acompanhar a pessoalidade com que eles se comunicam, toda vez que vou pesquisar passagens acabo considerando a empresa.

Bom, para não me estender muito, vou encerrar o texto da coluna, com uma chamada para a nossa segunda parte, já que o nosso papo não termina aqui. No meio da nossa conversa eu disse que iria falar no vídeo sobre a organização e o planejamento do conteúdo, portanto, basta dar o play e aproveitar.

DIVERSIDADE: A TENDÊNCIA QUE É UMA REALIDADE HÁ TEMPOS

Com a crescente polarização da sociedade, ações intolerantes e ultra-nacionalistas têm se tornado frequentes e, inclusive, sendo incentivada por ações de governantes. Seguindo essa crescente, especialistas do mercado de turismo colocaram o apoio a diversidade como tendências para as marcas desse segmento, em 2018.

Tudo isso se tornou muito latente após as crescentes ondas nacionalistas vindas por algumas ações de governantes pelo mundo, como o bloqueio da entrada de algumas nacionalidades nos EUA, imposta pelo presidente Donald Trump, ou o Brexit, na Europa.

Com isso, se tornou cada vez mais importante que as marcas que fazem o turismo pelo mundo acontecer, se posicionarem de alguma maneira. E como falamos no universo do Branding – posicionamento é renúncia. A partir do momento que nos posicionamos de acordo com algum tema, ideia ou causa, assumimos um lado e renunciamos outro. E foi isso que algumas empresas como Delta Airlines, Expedia, Uber, Trip Advisor, entre outras , fizeram na questão das ações intolerantes.

Como isso acontece no Brasil

Mesmo que atualmente não temos sofrido muito com ações governamentais que sejam intolerantes com nossos visitantes, internamente, ações extremistas têm se tornado cada vez mais frequentes em nossa sociedade. Levando para o segmento de turismo, um bom exemplo é o aumento da presença do público LGBT em viagens, que, por mais que sejam um stakeholder importante para o mercado, ainda sofre com preconceito e desrespeito. Vale lembrar que o Brasil é o país que mais mata LGBTs no mundo: 1 a cada 25 horas. Atualmente, existem associações e empresas especializadas se engajando na causa, como a Câmara LGBT e a Associação Brasileira de Turismo LGBT , porém, ainda é necessário muito apoio, principalmente de marcas maiores, que eduquem o trade e a sociedade a serem, no mínimo, respeitosos.

Atue em causas que realmente acredita

Quando falamos em posicionamento de marca, temos que ser muito claros com o fato de que não se deve apoiar causas que não estão inseridas nos atributos e nem na verdade da empresa. Por exemplo: é incabível uma instituição se posicionar amigável para o público LGBT, mas na prática, seus colaboradores terem algum tipo de preconceito. Isso, com certeza ficará claro no momento da prestação do serviço e será uma experiência horrível para seu cliente.

No vídeo abaixo eu falo um pouco mais sobre o tema e reforço alguns conceitos expostos no texto. Não deixe de conferir. É só dar o play!