COMO O BRANDING AFETA A RELAÇÃO COM O MEU CLIENTE?

Já conversamos aqui na coluna Mindset sobre a importância de olhar para a marca de sua empresa. Trabalhar estratégias de Branding tem se tornado cada vez mais essencial para uma corporação e convergente com os demais direcionamentos de marketing de uma instituição. Porém, quando se fala em construção de uma marca, estamos abordando um trabalho a longo prazo e muitas vezes com resultados intangíveis, pelo menos em seu início. Isso faz com que os tomadores de decisão não consigam entender sua eficácia e acreditar em seu potencial logo de cara.

Conversando sobre a mensuração do trabalho de Marketing e, também, do de Branding com um cliente que foi professor dessas estratégias, lembro-me de uma passagem onde ele contava como apresentava-as aos alunos. Logo no primeiro dia de aula ele dizia, “Quem aqui na sala acredita em Deus?”, e sempre uma boa parcela da sala levantava a mão. Daí ele completava, “Com Marketing é a mesma coisa, acima de tudo, você precisa acreditar”.

Enfim, apesar da história ser boa, ainda mais contada por ele, que sempre foi muito caricato, não concordo muito com essa tese. Existem indicadores, KPIs e diversos relatórios que podem ajudar nessa mensuração. Por exemplo, falando especificamente de marca, uma forma de conseguir esses parâmetros é: após um tempo do trabalho já sendo executado na praça, fazer uma pesquisa de percepção de marca com seus stakeholder ou uma pesquisa de satisfação com seus clientes para saber como os atributos estão sendo aplicados pelos seus colaboradores.

Falando de clientes, vamos direto ao ponto, respondendo a pergunta central “Como o Branding afeta a relação com o meu cliente?”. Afeta em todos os sentidos, afinal, quando falamos em construção de marca estamos definindo toda a cadeia de atributos que vão refletir no direcionamento da sua relação com o público.

Um bom exemplo é a ação realizada pela companhia aérea Azul, que anunciou a assinatura da jornalista Ana Maria Braga no cardápio para voos que vão do Brasil para a Europa, para todas as classes. Essa iniciativa reforça a percepção de que a marca preza pela qualidade de seu serviço, muito além do básico de sua atuação, que é transportar pessoas. Com isso, o cliente que estiver em dúvida sobre qual empresa contratar para esse trajeto, passará a considerá-la, buscando um serviço diferenciado.

Voltando para o campo terrestre e falando com quem não consegue investir em uma grande estrela de TV para representar sua instituição. Não pensem que só com grandes ações de Branding vão afetar a relação com seu cliente. Pelo contrário, pequenos gestos ou cuidados são essenciais para tal objetivo e podem não necessitar de um grande investimento. No vídeo abaixo eu falo um pouco mais sobre isso. É só dar o play!

Stakeholder: já ouvi falar, mas nunca vi

Pensei em várias formas de começar o texto dessa semana, porém, nada representa melhor o que vamos ver aqui, como, organização do seu público-alvo. Em uma pesquisa rápida pelo Google, você pode encontrar um infinidade de textos e vídeos explicando o que significa o termo stakeholder, porém, por mais que o tema seja amplamente discutido, ainda é extremamente necessário reforçá-lo, pois as empresas continuam falhando muito em sua definição, ou pior, nem sequer buscam essa verificação.

Sem querer ser redundante em relação aos outros conteúdos existente, stakeholder é o público de interesse, ou estratégico de uma organização. Sendo mais direto, é com quem a marca tem que conversar para alcançar seus objetivos ou passar determinada mensagem. Uma instituição pode ter diversos stakeholders, desde público-interno, passando por fornecedores, até clientes, porém, esse levantamento precisa ser coerente e elencado por prioridades de seus objetivos.

Stakeholder é tudo igual?

Não, uma empresa pode ter vários stakeholder, porém, para cada desafio que exista, é necessário ter a relação de stakeholders-chave, que são todos aqueles que serão diretamente impactados pelo objetivo estratégico da instituição, campanha ou ação que será colocada em prática.

Vamos supor que você é uma agência de viagens e, dentro do seu planejamento estratégico, definiu três objetivos para o primeiro semestre. O primeiro deles é aumentar o market share. O sucesso do seu planejamento depende da realização de ações diretas para um público específico e correto. Ou seja:

Para aumentar o market share, falando de forma bem superficial, você precisar ter os melhores produtos para oferecer, então deve ter uma relação direta com operadoras que lhe ofereçam as melhores oportunidades. Paralelamente, precisa ter pontos de comunicação e uma estratégia de mídia que façam os clientes saberem que você está ativo no mercado. Para vender mais, também é necessário que seus colaboradores estejam motivados para tal. Entendeu? Sem um estudo tão aprofundado, definimos três stakeholders-chave: 1 – Operadoras 2 – Clientes 3 – Colaboradores. E para cada um devemos ter ações específicas.

Como definir seus stakeholders-chave?

“Enfim, falar é fácil, quero ver é me ajudar a definir quem são meus stakeholder” – tenho certeza que você está pensando isso. Mas, vamos lá, é claro que não vou te deixar na mão. Mas, já vou avisando, não existe receita milagrosa, mas, sim, estudo e se debruçar em dados e informações. No vídeo abaixo eu dou algumas dicas sobre como definir seus stakeholders. É só dar o play.

A eterna busca por um conteúdo relevante

Compartilhar conteúdo tem sido algo cada vez mais comum entre as marcas que desejam se destacar em seu mercado. Afinal, atualmente, toda empresa que se preze tem pelo menos presença nas redes sociais. Mas, será que estão fazendo isso certo? Você já parou para pensar se o seu público quer mesmo um post ou um e-mail desejando que ele tenha uma feliz páscoa (ou qualquer outra data comemorativa)?

A questão é a seguinte. Hoje em dia, principalmente depois do surgimento do smartphone e da facilidade do acesso à internet, as pessoas passaram a receber informações de múltiplos canais e isso fez com que as marcas precisassem se aprofundar cada vez mais no que iriam oferecer ao seu público. Ou seja, o post ou e-mail de data comemorativa passou a não ter mais vez, a não ser que isso viesse com alguma ação extremamente relevante.

Porém, ser relevante não é fácil, requer muito estudo sobre o mercado e seu grupo de stakeholders. Pode parecer muito simples, mas a premissa da comunicação é comunicar algo, sem segredo, sendo assim, é essencial passar uma informação correta e relevante, ou seja, que seja útil para quem receba a mensagem. Por exemplo: meu objetivo com esse texto é realmente mostrar para vocês que não adianta ter um volume grande de produção de conteúdo, mas resolver um problema ou tirar uma dúvida de quem vai recebê-lo.

Ser relevante é ir muito além do básico que seu público deve saber sobre o seu produto ou serviço, mas, sim, transmitir a experiência que ele vai sentir se for seu cliente. Por exemplo: em 2017, a CVC lançou a campanha “Tô de férias, tô de CVC“, como vocês puderam conferir aqui mesmo no portal Panrotas. Nela, além de uma campanha publicitária convencional, foi criado um programa de TV, apresentado pelo Mário Frias e sua esposa Juliana, onde eles viajavam por diversos lugares, ou seja, passavam para o público a sensação de um cliente da agência.

Tá, você deve estar pensando “se eu tivesse o dinheiro da CVC eu também faria isso e muito mais”. Mas, a questão de ser relevante não está diretamente ligada ao dinheiro investido, mas ao tipo de conteúdo que você produz. Em determinados casos, uma live no Facebook, onde você fala sobre as principais dúvidas que chegaram ao seu SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) na última semana, pode ser muito importante ao seu público. E isso não necessita deu um grande investimento, apenas de disposição.

Bom, no vídeo abaixo eu dou algumas dicas simples e práticas para que você comece a tentar ser mais relevante em sua produção de conteúdo. É só dar o play.