COMO GERAR CONTEÚDO PARA AS REDES SOCIAIS?

Produzir conteúdo para marcas tem sido cada vez mais necessário para tentar se diferenciar na hora de se divulgar. Já é sabido que, com a evolução dos meios de comunicação, a pessoas têm sido impactadas por diversos pontos de contato, ou seja, o consumidor que antes acompanhava as notícias pelo rádio, TV ou jornal, agora acrescenta todo o universo digital, que atua de forma muito mais rápida.

Com isso, as redes sociais aparecem como um ponto de encontro onde as pessoas se reúnem para trocar experiências e, também, pesquisar sobre os produtos e serviços que vão comprar. Pesquisas apontam que 94% das empresas brasileiras estão nas redes sociais. E é aí que entra a produção de conteúdo para marca, o branded content, como um diferencial na hora de publicizar uma ideia ou gerar engajamento de um público específico pela sua fanpage.

Não vou entrar no mérito de impulsionamentos de posts ou campanhas pagas, pois, apesar disso ser determinante, é um universo totalmente diferente do foco da minha coluna hoje. Sendo assim, o primeiro ponto que devemos deixar bem claro é que, hoje, o principal objetivo de uma fanpage não deve ser vender produtos e serviços, mas gerar engajamento e interesse do público naquela marca. Portanto, não baseie seu conteúdo em inserir posts com ofertas e preços. Isso não ajuda em nada o seu business.

A partir daí é necessário ter um planejamento de conteúdo, com os territórios que sua marca domina e com as características do seu público. Mas, vou falar disso somente no vídeo abaixo. Agora, quero dar algumas dicas e cases que vão lhe ajudar na hora de produzir um conteúdo relevante para as suas redes sociais.

1 – Relevância: quando for produzir conteúdo para sua marca, procure temas ou pautas que sejam relevantes para o seu público, e não necessariamente para você.

2 – Profissionalismo: não me venha com uma arte mal feita (muitas vezes print de um folder) e com texto com erros de português. Para ser assim é melhor não ser nada. O mínimo que seu público merece é um conteúdo que não tenha erros e que seja visualmente agradável.

3 – Cadência: todo conteúdo deve obedecer jornadas de conversa que tenham uma cadência e periodicidade definida.

4 – Formatos variados: procure variar entre posts com vídeos, gifs e artes estáticas. Jamais se mantenha somente em um tipo de comunicação. Com o tempo você vai conseguir ter parâmetros de qual formato é mais interessante para o seu público.

5 – Lives e pesquisas: apesar de serem formas distintas de comunicação, tanto lives quanto pesquisas promovem uma grande interação com o público nas redes sociais e são igualmente importantes, desde que o conteúdo apresentado seja de interesse dos seus espectadores.

6 – Conteúdo diferente para cada rede social: não seja um replicador de posts em cada rede social, produza um conteúdo que seja adaptável para cada uma, pois elas têm características diferentes. Por exemplo: o Instagram foi feito totalmente para fotos e para o mobile, já o Facebook tem uma variedade maior de possibilidades, enquanto o LinkedIn é totalmente voltado para o corporativo.

Uma empresa que tem trabalhado muito bem o conteúdo nas redes sociais é a Azul Linhas Aéreas. Eu confesso que nunca voei pela empresa, mas, só de acompanhar a pessoalidade com que eles se comunicam, toda vez que vou pesquisar passagens acabo considerando a empresa.

Bom, para não me estender muito, vou encerrar o texto da coluna, com uma chamada para a nossa segunda parte, já que o nosso papo não termina aqui. No meio da nossa conversa eu disse que iria falar no vídeo sobre a organização e o planejamento do conteúdo, portanto, basta dar o play e aproveitar.

DIVERSIDADE: A TENDÊNCIA QUE É UMA REALIDADE HÁ TEMPOS

Com a crescente polarização da sociedade, ações intolerantes e ultra-nacionalistas têm se tornado frequentes e, inclusive, sendo incentivada por ações de governantes. Seguindo essa crescente, especialistas do mercado de turismo colocaram o apoio a diversidade como tendências para as marcas desse segmento, em 2018.

Tudo isso se tornou muito latente após as crescentes ondas nacionalistas vindas por algumas ações de governantes pelo mundo, como o bloqueio da entrada de algumas nacionalidades nos EUA, imposta pelo presidente Donald Trump, ou o Brexit, na Europa.

Com isso, se tornou cada vez mais importante que as marcas que fazem o turismo pelo mundo acontecer, se posicionarem de alguma maneira. E como falamos no universo do Branding – posicionamento é renúncia. A partir do momento que nos posicionamos de acordo com algum tema, ideia ou causa, assumimos um lado e renunciamos outro. E foi isso que algumas empresas como Delta Airlines, Expedia, Uber, Trip Advisor, entre outras , fizeram na questão das ações intolerantes.

Como isso acontece no Brasil

Mesmo que atualmente não temos sofrido muito com ações governamentais que sejam intolerantes com nossos visitantes, internamente, ações extremistas têm se tornado cada vez mais frequentes em nossa sociedade. Levando para o segmento de turismo, um bom exemplo é o aumento da presença do público LGBT em viagens, que, por mais que sejam um stakeholder importante para o mercado, ainda sofre com preconceito e desrespeito. Vale lembrar que o Brasil é o país que mais mata LGBTs no mundo: 1 a cada 25 horas. Atualmente, existem associações e empresas especializadas se engajando na causa, como a Câmara LGBT e a Associação Brasileira de Turismo LGBT , porém, ainda é necessário muito apoio, principalmente de marcas maiores, que eduquem o trade e a sociedade a serem, no mínimo, respeitosos.

Atue em causas que realmente acredita

Quando falamos em posicionamento de marca, temos que ser muito claros com o fato de que não se deve apoiar causas que não estão inseridas nos atributos e nem na verdade da empresa. Por exemplo: é incabível uma instituição se posicionar amigável para o público LGBT, mas na prática, seus colaboradores terem algum tipo de preconceito. Isso, com certeza ficará claro no momento da prestação do serviço e será uma experiência horrível para seu cliente.

No vídeo abaixo eu falo um pouco mais sobre o tema e reforço alguns conceitos expostos no texto. Não deixe de conferir. É só dar o play!

COMO O BRANDING AFETA A RELAÇÃO COM O MEU CLIENTE?

Já conversamos aqui na coluna Mindset sobre a importância de olhar para a marca de sua empresa. Trabalhar estratégias de Branding tem se tornado cada vez mais essencial para uma corporação e convergente com os demais direcionamentos de marketing de uma instituição. Porém, quando se fala em construção de uma marca, estamos abordando um trabalho a longo prazo e muitas vezes com resultados intangíveis, pelo menos em seu início. Isso faz com que os tomadores de decisão não consigam entender sua eficácia e acreditar em seu potencial logo de cara.

Conversando sobre a mensuração do trabalho de Marketing e, também, do de Branding com um cliente que foi professor dessas estratégias, lembro-me de uma passagem onde ele contava como apresentava-as aos alunos. Logo no primeiro dia de aula ele dizia, “Quem aqui na sala acredita em Deus?”, e sempre uma boa parcela da sala levantava a mão. Daí ele completava, “Com Marketing é a mesma coisa, acima de tudo, você precisa acreditar”.

Enfim, apesar da história ser boa, ainda mais contada por ele, que sempre foi muito caricato, não concordo muito com essa tese. Existem indicadores, KPIs e diversos relatórios que podem ajudar nessa mensuração. Por exemplo, falando especificamente de marca, uma forma de conseguir esses parâmetros é: após um tempo do trabalho já sendo executado na praça, fazer uma pesquisa de percepção de marca com seus stakeholder ou uma pesquisa de satisfação com seus clientes para saber como os atributos estão sendo aplicados pelos seus colaboradores.

Falando de clientes, vamos direto ao ponto, respondendo a pergunta central “Como o Branding afeta a relação com o meu cliente?”. Afeta em todos os sentidos, afinal, quando falamos em construção de marca estamos definindo toda a cadeia de atributos que vão refletir no direcionamento da sua relação com o público.

Um bom exemplo é a ação realizada pela companhia aérea Azul, que anunciou a assinatura da jornalista Ana Maria Braga no cardápio para voos que vão do Brasil para a Europa, para todas as classes. Essa iniciativa reforça a percepção de que a marca preza pela qualidade de seu serviço, muito além do básico de sua atuação, que é transportar pessoas. Com isso, o cliente que estiver em dúvida sobre qual empresa contratar para esse trajeto, passará a considerá-la, buscando um serviço diferenciado.

Voltando para o campo terrestre e falando com quem não consegue investir em uma grande estrela de TV para representar sua instituição. Não pensem que só com grandes ações de Branding vão afetar a relação com seu cliente. Pelo contrário, pequenos gestos ou cuidados são essenciais para tal objetivo e podem não necessitar de um grande investimento. No vídeo abaixo eu falo um pouco mais sobre isso. É só dar o play!