Não deixe a falta de planejamento falir sua empresa

Sim, o título do artigo representa realmente o que ele quer dizer. Uma empresa  sem planejamento está fadada ao fracasso. Ok, com certeza esse assunto já foi explanado outras vezes e pode parecer óbvio. Mas, chega a ser engraçado, de forma irônica, como o óbvio não consegue ser seguido. Portanto, pensando nas pequenas e médias empresas, vou deixar alguns insights para que vocês consigam evoluir nesse sentido.

Em minha trajetória, tenho me deparado com diversos tipos de negócios e segmentos, e seus tomadores de decisão procuram a minha empresa, pois precisam de algum direcionamento estratégico, tendo em vista que não estão satisfeitos com seu desenvolvimento. E nunca é fácil implementar uma cultura de planejamento nas empresas, muitas vezes por parecer ser mais fácil deixar as coisas correrem por osmose, sem muita complicação, conforme o barco for navegando. Mas, vou dizer uma coisa, esse é o seu maior erro. Portanto, vou colocar alguns pontos para serem seguidos:

Qual o seu objetivo?

Partindo do pressuposto que você já tem clareza do seu lugar no mercado, faça uma reflexão. Em curto, médio e longo prazo, quais objetivos você quer alcançar? Onde você quer chegar com a sua empresa?

Quais as formas de alcançar esse objetivo?

Defina os caminhos necessários que você deve percorrer para alcançar esses objetivos. Quais ações você deve tomar, seja na organização da sua equipe, em sua estratégia comercial ou em seu posicionamento no mercado.

Como planejo minhas ações?

Crie um  plano de ação, defina o período que você vai atuar em cada frente (isso varia de desafio para desafio), de quem e do que você vai precisar para essa busca e insira etapas para essa evolução.

Como mensurar minha evolução?

É muito importante que existam períodos de avaliação no decorrer do projeto. Não adianta definir um plano de ação de três meses e resolver avaliar o andamento só ao final do período definido. Portanto, seguindo o exemplo trimestral, defina encontros recorrentes para avaliação do andamento com sua equipe, só assim será possível antever problemas e lapidar ações que estejam vigentes. A partir disso, ao término do plano mensure os resultados, veja se realmente os objetivos foram alcançado e passe para a próxima fase da sua atuação.

É importante lembrar que, acima de tudo, de qualquer metodologia, é preciso ter coragem para realmente seguir os caminhos traçados e ter disciplina para segui-los. É comum acontecer de tomadores de decisão não seguirem o próprio planejamento definido. Isso, além de deixar a empresa sem rumo, faz com que a equipe não confie em sua liderança.

 

COMO A NOVA ESTRATÉGIA DO TRIPADVISOR PODE INFLUENCIAR SUAS VENDAS

A notícia que vem criando grande expectativa no segmento de turismo é o anúncio de expansão do TripAdvisor, que, já era uma rede de troca de experiência e informações relacionados ao turismo, mas agora promete se consolidar como uma rede social que inclui marcas, influenciadores digitais, editores e amigos, com o intuito de proporcionar mais interação e colaboração entre os usuários.

E enquanto isso pode ser assustador para alguns, para mim, é a oportunidade de diferenciação fantástica, tanto para estabelecimentos, quanto para agentes de viagens. Afinal, se essa é uma rede colaborativa que vai visar a opinião das pessoas, nada melhor do que se tornar um formador de opinião para se tornar referência aos usuários que buscam informações relevantes.

O formato colaborativo já vem se tornando uma grande pedida já há algum tempo. Eu mesmo, no Mochilaí, meu portal de conteúdo voltado para turismo, baseio o nosso conteúdo em uma rede de colaboradores que está presente no mundo todo, compartilhando suas viagens e suas experiências conosco. Portanto, isso não é a “invenção da roda” por parte do TripAdvisor, mas com certeza, qualificar uma rede que já é consolidada, como é o caso deles, faz com que essa evolução seja, ao mesmo tempo que iminente, também, avassaladora.

E como posso me beneficiar com isso?

Há tempos venho falando aqui que o branded content está dominando o universo das marcas. E uma das estratégias de conteúdo é fazer da marca em questão e dos seus líderes, autoridades no segmento que atuam, tornando-se formadores de opinião. E é aí que a oportunidade aparece.

Se você não compartilha seu conhecimento através de conteúdo relevante, vai sempre estar um passo atrás na diferenciação com seus concorrentes. E não digo isso somente para as empresas, mas estendo aos agentes de viagens e outros profissionais que estão presentes na cadeia do turismo.

Portanto, seja no TripAdvisor ou em outras redes, seja um formador de opinião e compartilhe as informações relevantes com os consumidores que você quer atingir. E falando dessa nova plataforma. Sim, eles vão valorizar os influenciadores, então, torne-se um, e isso não quer dizer que você tenha que ter um canal no youtube e criar um vídeo fazendo experiências com amoeba, mas, sim, que você pode, e deve, no mínimo, organizar os temas que estão mais em pauta no seu universo de atuação, e falar sobre eles regularmente na rede, com o objetivo de ser lembrado pelos usuários que estão em busca de informações para suas viagens.

 

POR QUE SEMPRE TEMOS A IMPRESSÃO QUE O TURISMO BRASILEIRO PODE MAIS?

O Brasil é um país que tem um dos patrimônios naturais e biodiversidade mais ricos do planeta. Ao todo, nossa costa passa dos sete mil quilômetros, somos o quinto em extensão territorial, quem nos visita pode buscar praias, florestas, montanhas, megalópoles cosmopolitas, grandes eventos culturais e esportivos, ou seja, uma gama para todos os gostos. Mas, qual o motivo do nosso país ainda não estar nem entre os dez principais destinos dos turistas do mundo, segundo pesquisas da Organização Mundial do Turismo, e, muitas vezes, ser preterido pelos próprios brasileiros na hora da escolha da viagem?

A atividade turística é hoje um dos cinco setores que mais gera renda no Brasil, no ano de 2016 o Governo Federal investiu quase 60 milhões no setor. Com isso,  mais de 70 mil empregos foram gerados, alimentou o comércio regional, contribuiu para a sustentabilidade das regiões visitadas e movimentou a produção, distribuição e consumo de bens e arte locais, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas.

Porém, mesmo sendo comprovadamente uma área lucrativa e com muitas vantagens para a nossa economia, ainda precisamos evoluir muito. Segundo dados de 2017, do Fórum Econômico Mundial, de 136 países, o Brasil ocupa o 27° lugar no ranking de Competitividade Turística no Mundo. Constatar que ganhamos uma posição em relação ao estudo anterior, é um alento, porém, saber que estamos atrás de México e Malásia, além de outros países com menos atrativos turísticos, deve sim ser um sinal de alerta para o nosso segmento.

Ainda segundo a pesquisa, que é liderada pela Espanha, nós recuamos em diversos setores, vale destacar a sempre tão falada segurança, a higiene, a tecnologia e o recuo do Brasil como um ambiente para negócios.  Por mais que tenhamos melhorado em infraestrutura, grande responsável pela evolução brasileira, ainda estamos muito aquém do potencial que temos.

Os dados acima não são novidade para ninguém, a todo o momento, em meetings, eventos e feiras da área, nos deparamos com lamentações de como o Brasil poderia ser o destino mais procurado do mundo, seguido disso vêm reclamações em relação ao poder público. É aí que temos que refletir um pouco mais. Sabemos que grande parte do desenvolvimento do Turismo brasileiro depende da intervenção pública, porém, tenho certeza que a evolução do mercado deve passar pelo engajamento e comprometimento das empresas que compõem o setor.

Sobram lamentações e faltam ações efetivas dos players do setor para fomentar ideias e realizações que visem o cliente. Falta também um trabalho sério de marketing, estratégia e comunicação que atue diretamente com os stakeholders que consomem o nosso mercado, ou seja, os vários tipos de turistas que buscam as mais variadas formas de sair de seu habitat.

Tendo em vista o turista como principal agente de riqueza, pois sem ele não haveria sentido nenhum a criação de produto ou serviço turísticos, acredito que o marketing como ferramenta para o setor tem um peso fundamental, levando em conta que é uma estratégia com um conjunto de atividades que facilitam a realização de trocas entre os diversos agentes que atuam, direta ou indiretamente no mercado.

Devido ao aumento das exigências dos clientes por produtos e serviços de qualidade a preços justos,  a indústria hoteleira e os agentes de viagem precisam se adequar aos novos tempos, desenvolvendo uma gestão de marketing que garanta a satisfação do turista.

Sendo assim, por mais que tenhamos problemas em nosso setor, a relação marketing e turismo tem um vasto campo a ser desbravado, analisado, estudado e praticado. Portanto, uma gestão profissional, estratégica e eficiente é extremamente necessária para que os profissionais que fazem o turismo do Brasil não fiquem reféns do poder público, mas sejam os responsáveis pela mudança que queremos em nossos país.