TURISMO VAI CRESCER MENOS ATÉ 2022. VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA ISSO?

Essas semana uma notícia aqui no portal PANROTAS me chamou a atenção, “Média de crescimento do Turismo global cairá até 2022”. Se compararmos com outros setores da economia mundial, essa informação não é tsunami, mas uma “marolinha”, parafraseando políticos do passado. Mas, sabemos, assim como o próprio exemplo parafraseado, que uma “marola” pode sim ser letal. E é daí que repito a pergunta do título. Você está preparado para isso?

Abordo esse tema aqui, pois também é papel do marketing analisar o mercado, antever problemas e buscar caminhos que façam com que as  empresas consigam evoluir, mesmo em meio a crises. A estratégia do negócio deve ser orgânica, com diretrizes sólidas, porém, adaptáveis ao movimento do mercado. Só assim empresas conseguem crescer ou passar por dificuldades.

Para melhor entendimento de quem não acessou a matéria, o Euromonitor, especialista em pesquisas de mercado, está prevendo que, até 2022, o mercado de turismo mundial cresça 14,8%, o que dá cerca de 3.7% ao ano, número menor do que os 7% de aumento de 2017. Segundo eles, furacões, terrorismo, veto de viagens para os EUA, serão os responsáveis pela queda.

Sendo assim, devemos nos preparar e entender como essa baixa no crescimento pode afetar uma economia já frágil como a brasileira. Por mais que o governo tenha anunciado em março deste ano, que deseja incentivar o setor no país e gerar 2 milhões de empregos nos próximos quatro anos, cada empresa deve ter seu próprio plano de objetivos e metas, e deve se empenhar para ser protagonista da sua própria evolução.

O Brasil é responsável por receber 0,6% de todos os viajantes do mundo, cerca de 6 milhões de pessoas em 2017, além disso, mandamos apenas 4% dos viajantes brasileiros para o exterior, números modestos para um mercado que mundialmente movimenta quase $8 tri.

Dentre os fatores que fazem com que o nosso país não seja interessante para os estrangeiros, estão pontos como segurança, infraestrutura e qualificação dos profissionais. E é aí que podemos nos sobressair para o futuro, Em um mundo que prevê uma queda no crescimento por desastres naturais, terrorismo e proibições, abre uma lacuna de viajantes que podem estar sem destinos, e o Brasil pode se beneficiar com isso.

Portanto, é muito importante que as empresas que fazer o turismo brasileiro acontecer se atente em como elas próprias podem fomentar seus negócios, além de construir relações sólidas com seus clientes, através de uma marca honesta e confiável, produtos e serviços que atendam a expectativa do consumidor, preços que sejam justos para ambos os lados e uma divulgação eficaz que alcance a praça desejada.

 

QUAL A DIFERENÇA ENTRE MARKETING, BRANDING E COMUNICAÇÃO?

Escrevo para o portal PANROTAS desde meados de março deste ano e sempre trouxe a proposta de escrever sobre o universo de Marketing, Branding e Comunicação, voltado para as empresas que fazem o turismo acontecer. Porém, ao longo do tempo, tenho percebido que as pessoas ainda confundem o que é cada coisa. O que é muito prejudicial para o desenvolvimento do mercado. Pensando nisso, resolvi escrever sobre cada item, de forma bem didática, visando esclarecer as dúvidas que chegam até mim.

Marketing: a estratégia que passa por toda a empresa

Baseado nos pilares dos 4Ps (Preço, Praça, Promoção e Público), o Marketing é uma estratégia que busca trabalhar a empresa de uma forma holística, através de pesquisa, planejamento e mensuração, visando alcançar os objetivos do negócio, que podem ser diversos. Desde a consolidação em um mercado específico, até o desenvolvimento de um novo produto ou serviço. O Marketing visa a evolução do business.

Branding: a construção de uma marca

Como resultado de um estudo de Marketing, pode vir a necessidade da construção, reconstrução ou consolidação de uma marca. Aí entra a gestão de Branding, que consiste em uma série de estudos e ações que visam construir a identidade de uma empresa, que vai muito além do visual, mas em seu comportamento. Definindo como a marca dialoga com o mercado, visando a conquista do público e não sua imposição.

Comunicação: a realização das estratégias

Após tanta construção estratégica, seja de marca ou de business, precisa existir alguma maneira de transformar isso em peças que realmente cheguem ao público. É aí que a comunicação é envolvida. Um bom plano de comunicação tangibiliza a estratégia em materiais de comunicação (banners, posts, outdoor, jingle, etc) e entrega isso em canais de comunicação (blog, revista, jornal, rádio, redes sociais, etc.).

De uma forma simples, essas são as definições. Dentro de uma organização, elas devem trabalhar de forma simultânea, pois juntas possibilitam uma atuação mais consistente e propiciam uma evolução mais acentuada dos objetivos traçados pelo planejamento de Marketing e pela gestão de Branding. Um modelo de prospecto, pode ser comprovado pelo esquema abaixo, onde, como uma pirâmide, temos as duas estratégias pelas laterais e a comunicação, como base, tangibilizando os objetivos traçados.

 

Quando as empresas de turismo vão entender o que é marketing omnichannel?

Antes de mais nada, omnichannel trata-se da convergência dos canais utilizados por uma marca, seja em uma campanha específica ou no always on. E, levando em conta que hoje o público está simultaneamente sendo impactados por diversas telas e pontos de comunicação, não pensar em campanhas de marketing convergentes é um tiro no pé.

Fora isso, é importante ressaltar também, que esse texto é para as grandes empresas que fazem o turismo em nosso país, pois as pequenas e médias, infelizmente, ainda estão utilizando as estratégias de marketing de marketing de forma muito embrionária (sei que isso pode soar agressivo, porém é a verdade e deve ser recebido como uma provocação e não um comentário detrator).

Voltando para a importância do omnichannel, vale frisar que uma campanha que não é convergente não deve nem ser chamada de campanha, e uma comunicação AON que não conversa é extremamente prejudicial para o entendimento do cliente em relação ao que a marca que expor. Isso, na prática, faz investimentos em mídia e impulsionamentos serem jogados no lixo, pois a informação chegará ao público, porém, sem a devida coerência.

Fora do Brasil, as empresas já estão criando seus planos de marketing com essa inteligência, e mais do que isso, estão trabalhando com a visão orientada a uma execução eficaz e uma mensuração minuciosa, que consiga dar indicadores cada vez mais assertivos.

A agência de viagens on-line canadense Redtag.ca é um exemplo. Ela usa dados de canais cruzados de ferramentas analíticas para acompanhar suas atividades on-line, móvel, e-mail e call center, usando os dados para identificar oportunidades de melhorar ainda mais a experiência do cliente. Uma maneira pela qual a Redtag faz isso é integrar métricas de e-mail pré-clique, com dados comportamentais do website para identificar quais pacotes de férias, atividades ou ofertas ressoam com segmentos de clientes específicos.

Enfim, pode parecer difícil repensar a estratégia de marketing para que as organizações de viagens atinjam os clientes em um conjunto organizado e coerente, mas, conseguir isso, é oferecer uma oportunidade sem precedentes de proporcionar aos consumidores uma experiência excepcional. Então, vale o esforço, que é basicamente de foco e comprometimento na construção de um plano.

Ser capaz de alcançar os viajantes por meio de tantos canais e em tantos pontos permite que os profissionais de marketing garantam que suas marcas façam parte de uma experiência de viagem que seja satisfatória, divertida e, o mais importante, memorável.