Facilitação de vistos é tema central para estimular a economia e a criação de empregos no turismo.
A OMT – Organização Mundial de Turismo reafirma a importância da facilitação de vistos como forma de eliminar barreiras ao crescimento econômico mundial por meio das viagens e do turismo. Caso os vistos venham a ser eliminados ou facilitados, as economias do G20 poderiam gerar cerca de 122 milhões de viagens adicionais, trazendo para os países um valor extra em divisas de US$ 206 bilhões com os gastos desses visitantes. Além disso, cerca de cinco milhões de novos empregos poderiam ser gerados nesse cenário de melhoria dos processos de emissão de vistos.
O estudo preliminar da OMT mostra que, dos 656 milhões que visitaram os países do G20 em 2011, cerca de 110 milhões precisaram de emissão de vistos.
As melhorias nos processos de emissão de vistos poderiam ser realizadas por meio de diversas iniciativas como a utilização de informações e recursos tecnológicos; ainda o atendimento e tratamento aos turistas que buscam o serviço e acordos entre países são alguns exemplos de práticas de facilitação.
Como afirmou o Presidente da OMT, Taleb Rifai, essas medidas são iniciativas fáceis e simples frente aos grandes benefícios que seriam gerados com a eliminação das barreiras de emissão de vistos para viagens.
Acho tudo isso fantástico e imprescindível para o crescimento do turismo internacional, mas fico cada vez mais assustado diante do crescimento da competitividade do turismo exógeno diante do turismo endógeno. Nosso turismo receptivo está muito a quem de outros países com muito menos recursos naturais que o nosso, porém com recurso financeiro e intelectual pra pensar e investir no turismo com muita competência e criatividade, vede o caso dos países da Ásia e Oriente Médio que em meio a aridez desértica constroem verdadeiros oásis turísticos. Claro que temos exemplos exemplares em se tratando de Brasil, mas para um país continental, crescer de forma capenga como vem crescendo é no mínimo um estimulo as desigualdades regionais, sem falar na variação de níveis de serviço que o turista tem quando chega ao Brasil. Pra se ter uma maior noção da polarização, 80% dos das rotas que atenderão as cidades cede da copa de 2014 estão entre Rio e São Paulo, Natal praticamente não chega a 2%. Em contrapartida o Nordeste é campeão de vendas para o público Europeu, especialmente do Leste. Como o futebol tem maior popularidade na Europa o turista europeu, mesmo em crise, ainda é o de maior valor agregado como poderemos então atender essa demanda de forma satisfatória? Bem, desculpe-me ter fugido do tema, ou melhor, ter olhado pelo outro lado da moeda, mas foram questionamentos que foram surgindo e só sobre eles me convém discorrer por enquanto.