À partir dos dados divulgados pela OMT agora em dezembro, podemos ter uma visão de como fechará 2019 no turismo global, regional e nacional. Destaca-se que, apesar do crescimento entre 2018 e 2019, no período anterior (2017-2018) o crescimento mundial nas chegadas de turistas foi maior, quase o dobro, com exceção do Oriente Médio.
Entre janeiro e setembro de 2019 as chegadas internacionais cresceram 4% no mundo e 2% nas Américas. A América do Sul, que tem 2,6% do total das viagens globais, teve queda de -2,7% no período; os piores desempenhos foram no primeiro quadrimestre de 2019 com -7,8% e o mês de setembro com -3,8%. A crise econômica e eleições na Argentina e as instabilidades em outros países como Chile, Bolívia e até Brasil, impactaram o crescimento da região, devendo trazer consequências também ruins quando chegarem os dados do ano. Apesar desse cenário, as reservas aéreas devem crescer 4% segundo a FowardKeys.
Para registro e nosso planejamento de marketing para 2020, os países que mais cresceram nos gastos em suas viagens internacionais em 2019 até setembro foram: França, +10%; Itália +9%; Austrália, Canadá e EUA +6% cada e Alemanha e Reino Unido +3% cada. Os chineses gastaram menos: -4%. Vamos ficar de olho nesses emissivos que também são mercado prioritários para o Brasil.
O desempenho do Brasil em 2019 foi marcado pela diminuição dos gastos dos estrangeiros por aqui (não existem dados de chegadas ainda) e também pela diminuição dos gastos dos brasileiros no exterior. Quanto ao volume de turistas, chegadas de estrangeiros em nosso país, ocupamos o 48o. lugar em 2017 e o 50o. lugar em 2018 no ranking mundial. Em 2018 o crescimento do número de estrangeiros foi quase zero, 0,5%. Comparando com a Argentina, que ocupou o 46o. e 49o. lugar em 2017 e 2018, respectivamente, o nosso país teve um aumento de 8.8% nas chegadas internacionais em 2018. Em 2019, os desempenhos positivos de chegadas na América do Sul foram registrados na Colômbia, Equador e México.
Quando avaliamos as receitas do turismo, o Brasil ocupa o 47o lugar no ranking mundial com os gastos dos estrangeiros, e teve um crescimento de 1,9 % de 2017 para 2018. Em 2019, até setembro, as receitas também não registraram aumento significativo, 0,4%. No caso da Argentina, embora com crescimento de 3,5% em 2018, o país registra queda de -10,7% entre janeiro e setembro desse ano.
Uma análise breve de 2019 mostra que a América do Sul, e também provavelmente o Brasil registram queda e estagnação, respectivamente, nas chegadas de estrangeiros; assim como crescimento negativo ou inexpressivo nos gastos dos estrangeiros por aqui.
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