Como riquezas naturais podem gerar negócios de longo prazo?

O segundo vídeo sobre a participação do Brasil no World Tourism Forum de Lucerne na Suiça. Vocês acham que é possível adotar medidas sustentáveis que ajudem a reduzir custo ou esses modelos podem ser mais pesados para os empresários ? Como líderes da indústria de viagens e lazer e, dependentes de recursos naturais que são nosso primeiro fator de competitividade. podem contribuir no Brasil com o debate global? Quais são as práticas de sua empresa ou organização ?

Veja o vídeo

Modelos inteligentes e sustentáveis em turismo

Amigos, cheguei hoje a Luzern, na Suiça, onde participo do World Tourism Forum Lucerne 2011. O tema do evento que vai até sexta é “Sustentabilidade em Turismo: desafios, caminhos e modelos inteligentes de negócios”.

Lideranças empresariais, entidades mundiais e estudiosos participam de diversos painéis que estarei compartilhando com vocês a partir de amanhã. Vamos começar com os desafios do setor no planeta, como ter retorno financeiro e manter a preocupação ambiental?

Lembrando que sustentabilidade tem suas dimensões ambiental, social, cultural, econômica; ou seja, trata-se de entender o turismo como uma atividade que deve ser rentável para aqueles que nele investem e trabalham, para as comunidades locais e com preservação e valorização da cultural material e imaterial dos destinos. O primeiro painel será com o novo Presidente do WTTC – World Travel & Tourism Council David Scowsill.

Convido-os a acompanhar e mais, a me enviar pequenos exemplos de práticas sustentáveis em empresas e destinos brasileiros para que eu possa compartilhar no painel que participo na sexta.

Mais receita com cliente feliz

Falamos em recente post sobre a “obstinação pelo valor”, o que também podemos chamar de excelência em serviços, ou ainda em competitividade. Esse é o grande desafio do Brasil, em especial do setor de viagens e lazer.

Volto ao tema, porque além do Relatório do Fórum Econômico Mundial, também uma recente pesquisa da Deloitte e outras análises tem sido recorrentes sobre talentos, qualidade e também sobre o potencial de crescimento do faturamento das empresas aliado ao melhor atendimento aos clientes em viagens.

Mas alguns dos novos e interessantes ingredientes que quero listar hoje vêm de um estudo da Oxford Economics (que sou admiradora pelo trabalho em turismo), buscando mostrar de onde deverão vir novas receitas e crescimento inovador no setor de viagens. E nesse caso, não só no Brasil, mas no mundo:

  • crescimento de serviços complementares ou auxiliares entre as companhias aéreas
  • aéreas e agentes de viagens devem encontrar novas tecnologias e formas de melhor interligar e agregar mais valor à experiência dos consumidores
  • agentes podem estar mais perto dos viajantes para que sua experiência seja mais customizada e suas necessidades sejam atendidas durante toda a viagem, particularmente naqueles pontos que podem ser mais vulneráveis ( e isso dependo do tipo de cliente, de seu nível de experiência e especifcidades )
  • novos tipos de consumidores serão incorporados aos milhões de viajantes, fruto das mudanças demográficas e nos mercados emergentes. Esses clientes podem ter novos comportamentos, como viajar por mais tempo, ou ainda mais tempo livre; novos serviços deverão ser incorporados à experiência da viagem
  • os novos viajantes dos mercados emergentes serão clientes com hábitos pouco conhecidos, o que vai exigir dos agentes de mercado entender e atender a esses clientes na medida que seus hábitos se tornarem mais conhecidos

Talento para o turismo na década

O turismo é uma das três atividades com maior potencial de crescimento até 2015 segundo uma pesquisa da Deloitte. O Panorama Empresarial aponta que o Brasil terá maior potencial de crescimento nas seguintes atividades:

  • Construção: 55%
  • Petróleo e Gás: 54%
  • Turismo, hotelaria e lazer: 28%

A pesquisa realizada entre empresários aponta as principais expectativas em 2011 e até 2015:

  • Desenvolver e reter talentos, ou seja, capital humano como prioridade
  • Relacionamento com clientes, consumidores, fornecedores serão interações necessárias para a eficácia dos negócios
  • Inovação e pesquisa para desenvolvimento de novos produtos
  • Investimentos em marketing e recursos humanos
  • Crescimento sustentável

Vale o comentário de que as pessoas, seus talentos e a capacidade de inovação e utilização de novas tecnologias serão fundamentais para o Brasil na década que vivemos. Desenvolvidos e aproveitados esses novos valores, teremos crescido como sociedade para maximizar os efeitos positivos que estamos vivendo.

Sobre a COPA, hoje no O GLOBO

O GLOBO – RJ – ESPORTES

Calma, Fifa!

A mudança repentina de discurso do presidente da Fifa, Joseph Blatter, que no início do mês elogiou os preparativos do Brasil para a Copa de 2014 e, na segunda-feira, fez críticas severas ao planejamento brasileiro, não ficou sem resposta. Ontem, por meio de nota oficial publicada no site da CBF, o presidente do Comitê Organizador Local (COL), Ricardo Teixeira, rebateu ponto por ponto as críticas de Blatter, as quais considerou incoerentes. Surpreso com a posição do dirigente, Teixeira negou que existam problemas de governança que atravanquem as obras, confirmou que o Maracanã será entregue no prazo estipulado pela Fifa para ser usado na Copa das Confederações e esclareceu que, apesar de demandar atenção, o estádio de São Paulo não pode ser considerado carta fora do baralho para o evento-teste, em junho de 2013. Teixeira reforçou o convite para que o suíço venha ao país ver de perto o estágio das obras de construção e reforma de estádios.</div>
Entre todas as críticas, uma das que causou mais mal-estar foi a de que o COL deveria pressionar as autoridades estaduais e municipais para que estas discutissem menos sobre os estádios e viabilizassem mais rapidamente os projetos. Primeiramente, porque, segundo Teixeira, todas as esferas de poder — lideradas pelo governo federal, na figura da presidente Dilma Roussef, que tem participado amplamente do projeto Copa 2014 — estão trabalhando em conjunto, inexistindo a desarmonia de atuação sugerida por Blatter. Depois, porque o COL tem claro que interferir no trabalho de políticos não está entre suas atribuições. “Não é papel da CBF pressionar governantes, ainda mais quando não há nenhum motivo para tal. Temos contado com a participação, colaboração e interesse total de nossos parceiros no governo e trabalhamos de forma colaborativa e integrada com todas as esferas de governo, tendo a frente a presidenta Dilma Rousseff”, diz a nota. O diretor de comunicação do COL, Rodrigo Paiva, lembrou que o papel do comitê é cobrar cronogramas, garantias financeiras de construção e se certificar se os projetos de estádios estão de acordo com o padrão Fifa de qualidade.

São Paulo ainda inspira atenção
Hoje, a posição do comitê é de que, em relação à Copa do Mundo, programada para ser realizada entre 13 de junho e 13 de julho, todos os 12 estádios que receberão jogos podem ser considerados dentro do cronograma, ainda que o início das obras do Itaquerão, em São Paulo, e a Arena das Dunas, em Natal, estejam previstas para o mês de maio. O estádio de Natal, que até há bem pouco tempo era o que mais preocupava o COL, deixou de ser motivo de dor de cabeça, uma vez que o projeto já foi viabilizado economicamente. São Paulo, sim, inspira atenção. Rodrigo Paiva revelou que as reuniões com os responsáveis pela construção têm sido constantes, e que ainda estão sendo feitos ajustes no projeto para que o BNDES possa liberar a carta de crédito. Mesmo assim, não se pode descartar São Paulo como uma das sedes da Copa das Confederações.

— O prazo é enxuto, não temos muita gordura para queimar, mas, se tudo correr como vem sendo prometido, vai estar pronto — explicou o dirigente. — Já o Maracanã nunca foi problema, assim como o Beira-Rio, onde, apesar de o Inter ter demorado a arrumar um parceiro, as obras nunca pararam.

As críticas de Blatter ao Brasil também foram recebidas como um ataque político a Ricardo Teixeira, que, na escolha da sede da Copa de 2022, apoiou a vitoriosa candidatura do Qatar, liderada pelo presidente da Confederação Asiática de Futebol, Mohamed bin Hamman, candidato de oposição à presidência da Fifa nas eleições de 1º de junho. Blatter, na ocasião, apoiava a candidatura dos Estados Unidos. O suíço, que deverá se reeleger para seu quarto mandato na Fifa, estaria fazendo uma retaliação ao dirigente brasileiro, líder dos blocos sul-americano e da Concacaf, que votarão juntos, mas ainda não definiram candidato, o que deve acontecer nos próximos dias.

Como estão os 12 estádios
MARACANÃ: Em recente vistoria na preseça do ministro-chefe da CGU, Jorge Hage Sobrinho, e do relator do TCU para a Copa de 2014, ministro Valmir Campelo, o governador do Rio, Sérgio Cabral, confirmou que o estádio será entregue em dezembro de 2012 e, com uma nova cobertura, estará à disposição para a Copa das Confederações, com capacidade para 76 mil pessoas, a um custo máximo de R$1,05 bi.

ITAQUERÃO (SP): Ainda estão sendo feitos ajustes no projeto para que seja possível captar carta de crédito de R$400 milhões no BNDES. O início das obras está previsto para maio, com um custo estimado de R$600 milhões. A capacidade será de 65 mil torcedores. Deve receber o jogo de abertura.

BEIRA-RIO (RS): O Internacional anunciou na semana passada que a construtora Andrade Gutierrez viabilizará financeiramente as obras do estádio, em troca da concessão de sua exploração pelos próximos 20 anos. O Beira-Rio terá capacidade ampliada para 60 mil lugares. O custo estimado é de R$270 milhões.

MINEIRÃO (MG): É considerada a obra mais avançada da Copa. Está entrando em sua terceira fase. O custo total do projeto, entre a reforma do estádio e da esplanada, é de R$743 milhões.

ARENA DA BAIXADA (PR): É um dos estádios privados do Mundial. O Atlético-PR prevê o início das obras para junho deste ano, a um custo de R$130 milhões. Serão construídos um quarto lance de arquibancada e a cobertura. O município liberou crédito de R$90 milhões para o clube paranaense. A capacidade será de 42 mil lugares.

MANÉ GARRINCHA (BSB): A demolição e o desmonte de partes da arquibancada já foram iniciados. O novo Mané Garrincha terá capacidade para 71 mil torcedores e custará R$671 milhões. O projeto inclui estacionamentos, área de apoio, vestiários e lojas.

ARENA DO PANTANAL (MS): As obras de fundações deveriam terminar em dezembro, mas foram adiadas devido às chuvas. Com arquibancadas e cobertura desmontáveis, a capacidade de 43.600 lugares poderá ser reduzida em até 30% após o Mundial. O custo previsto é de R$342 milhões.

ARENA AMAZÔNIA (AM): As obras continuam, e no momento, estão sendo instaladas as bases para a arquibancada inferior. A nova arena substituirá o Vivaldo Lima, em demolição. A capacidade será de 42.200 torcedores, a um custo de R$450 milhões.

CASTELÃO (CE): As obras no entorno começaram, mas as internas estão previstas para 31 de março. Com a reforma, o Castelão passará a ter 67.037 lugares, além de estacionamento, centro olímpico e um ginásio. O custo foi orçado em R$518,6 milhões. O Ceará pretende receber uma das semifinais da Copa.

ARENA DAS DUNAS (RN): Assim como São Paulo, é o único local onde as obras para o Mundial de 2014 ainda não começaram. O início está previsto para o mês de maio e ficará a cargo da OAS, única participante da licitação. O custo total da obra, hoje, está calculado em R$593 milhões. As arquibancadas flexíveis permitirão remover parte dos 47 mil assentos do estádio depois da Copa.

ARENA NOVA FONTE (BA): Substituirá a antiga Fonte Nova. Terá capacidade para 50.433 lugares e três aneis de arquibancada, mas como os baianos ainda mantém a esperança de substituir São Paulo na abertura da Copa, poderá ser ampliada para 65 mil. A previsão de custos é de R$590 milhões.

ARENA PERNAMBUCO (PE): A obra está na fase de terraplanagem e fundações. Localizada em São Lourenço da Mata, a 19 km de Recife, terá capacidade para 46 mil lugares e seis mil vagas para carros. Custará R$532 milhões.

Tendências 2011 em nossa casa

Esse ano só consegui estar presente ao segundo dia do Fórum Panrotas. Presenciei altíssimo nível de informações e debate e, também, inovação de conteúdo e organização.

A diversidade de temas e a preocupação em trazer aos participantes assuntos de seu dia a dia são uma forma de manter o evento atual e atrativo aos empresários e gestores sempre ávidos por aprender e trocar experiências. Concorrentes estão lado a lado falando sobre o negócio e fazendo projeções que só podem trazer benefícios para todos.

A impecável organização e o atraente conteúdo estão aliados a detalhes inovadores, como foi a ação a TAP. Parabéns!

A criatividade, inovação e preocupação em trazer o debate útil e sincero estão marcando as edições do Fórum. A audiência de qualidade e cativa também marcam a maturidade e mobilização do setor de viagens ao turismo rumo à qualidade e a um futuro mais competitivo.

Sim, amei o twitter ao vivo! É uma maneira de trazer a audiência e aqueles que não podem estar presentes para um ambiente rico em idéias e participativo.

E o turismo em 2011

Durante a Feira de Turismo de Berlim – ITB, o World Travel Monitor, instrumento da IPK que estuda cerca de 60 mercados emissores de turismo no mundo divulgou as perspectivas para o crescimento da indústria de viagens e turismo para 2011.

Após confirmar uma recuperação do turismo mundial em 2010 com um crescimento de 7% após uma queda de 4% em 2009, os dados mostram que o setor acompanha o ritmo da economia mundial, mostrando diferentes ritmos de crescimento em distintas regiões do planeta.

Para 2011, o IPK espera um crescimento da ordem média de 3 a 4%. O chamado “novo mundo” composto pelos mercados emergentes a demanda de turismo deverá crescer em ritmo mais acelerado: 10% na Ásia, 7% na África e 5% na América Latina. O “velho mundo” está ainda em fase de recuperação e deverá apresentar taxas modestas de crescimento em torno de 2%.

Mais importante para uma análise dos mercados será a mudança de comportamento dos viajantes. A previsão é de um aumento das viagens em baixa estação e um aumento das reservas e comprar pela internet. As mídias sociais e os smart phones serão importantes fontes de informação e vão ser ferramentas  essenciais durante viagens.


Futebol, samba e caipirinha

Muito tem se falado e opinado sobre a impacto dos grandes eventos esportivos na economia e no desenvolvimento do Brasil para essa década. Ainda muito vai se falar dos desafios, e dos prazos e das obras. Ótimo, vamos acompanhar, afinal é a nossa reputação que está em jogo.

E é exatamente de nossa reputação, de nossa imagem que quero falar. Desde 2003 até 2010, nas andanças pelo mundo a promover o Brasil, posso afirmar que os últimos 3 ou 4 anos nos elevaram a um outro patamar de interesse, curiosidade e nos colocaram “na moda”.

O impacto da visibilidade de mídia que os eventos de 2014 e 2016 irão trazer ao Brasil serão imensos. Se já vivemos um momento de crescimento interno e de maior exposição mundial, podem ter certeza: vamos pra vitrine principal entre 2012 e 2016.

Mas queremos só entrar na moda e depois ficar “fora de moda’ ? Os eventos esportivos por si só não irão promover o Brasil como nação. É preciso que sejamos vistos como o país do futebol, do samba e da cultura maravilhosa. Queremos ser vistos como o país da caipirinha que todos adoram e do maravilhoso e diverso carnaval. O país das belezas naturais e, o melhor, o país onde a alegria do povo é o maior atrativo.

Passar por 2016 significa mais que isso. É preciso mostrar que nos preocupamos, atuamos e contribuímos com os grandes de temas de interesse do planeta.

Dentre as mensagens que vamos passar ao mundo precisam estar aquelas que vão nos ajudar a mudar a percepção do planeta sobre nós, mostrar como fazemos a diferença. O Brasil da EMBRAPA, do etanol, da teconologia de ponta. O Brasil que cresce vencendo a pobreza. Dos produtos e serviços de qualidade, das entregas nos prazos e dos compromissos entregues.

O Brasil do brasileiro que vai fazer uma grande festa, e chega na hora !