Brasileiros gastam mais lá fora, e estrangeiros gastam mais aqui

O Banco Central divulgou hoje que os gastos dos turistas brasileiros no exterior chegaram a US$ 1,4 bilhão em agosto, o que representa um crescimento de 4% em relação ao mesmo período do ano passado. No ano, a cifra já chega a US$ 14,6 bilhões e representa crescimento de 1,7% em comparação com o mesmo período de 2011 (US$ 14,3 bilhões).

Os dados apresentados pela Embratur mostraram que entre janeiro e agosto deste ano os gastos dos turistas estrangeiros no Brasil também aumentaram. Em comparação ao mesmo período de 2011 o aumento foi de 5,2%. De acordo com o Banco Central, o acumulado foi de US$ 4,55 milhões, contra os US$ 4,33 milhões deixados pelos estrangeiros nos primeiros oito meses do ano passado.

As divisas que ingressaram no país por meio de viagens internacionais, no entanto, tiveram uma queda de 7,5% em agosto – de US$ 586 milhões em 2011 para US$ 542 milhões em 2012. Mas a Embratur ressaltou que é importante lembrar a evolução da entrada de divisas por meio de viagens internacionais. De 2003 a 2011 houve um crescimento significativo, de 173% – de US$ 2,479 bilhões para US$ 6,775.

Quando comparados com os números da Organização Mundial do Turismo, OMT, que no período de 2003 a 2011 registrou um crescimento de 9,6% no fluxo de dólares do segmento de turismo, os números do Brasil se mostram bem superiores à média mundial.

O segundo semestre de 2012

O Ministério do Turismo divulgou dados da Infraero com o número de desembarques nacionais e internacionais nos aeroportos do Brasil em agosto de 2012. E os resultados mostraram que, em comparação com o mesmo mês de 2011, houve um aumento de 6,96% na movimentação doméstica, que manteve a linha de crescimento, também registrado nos outros meses deste ano.

Já os desembarques internacionais tiveram uma redução de 3,87% em comparação a agosto de 2011. As chegadas internacionais têm oscilado em 2012, com taxas de crescimento nos meses de janeiro, fevereiro, março, maio e junho, e de redução nos meses de abril, julho e agosto. Um segundo semestre que registra diminuição das viagens dos brasileiros ao exterior e também de seus gastos.

Os números mostram que é preciso continuar investindo na promoção do Brasil no exterior, promovendo não só o turismo como também a infraestrutura do país para eventos e convenções, capaz de combater a sazonalidade e contribuir com o desenvolvimento científico e tecnológico do país.  O potencial de crescimento do segmento internacional é alto, os gastos dos estrangeiros no Brasil seguem crescendo, o maior desafio é ganhar competitividade seja na qualidade de serviços, experiência dos visitantes ou nos preços. Da mesma forma, seguir estimulando o crescimento das viagens dos brasileiros dentro do país, à exemplo do que faz a Braztoa quando lidera o Turismo Week. ( Mais sobre http://www.turismoweek.com.br ).

 

Gastos internacionais: China e Rússia lideram crescimento

Segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT), entre os países que mais gastam em turismo internacional no primeiro semestre de 2012 estão a China (+30%), a Rússia (+15%), os Estados Unidos (+9%), a Alemanha (+6%) e o Canadá (+6%).

O Japão, que em 2011 teve uma redução de 11,2% em gastos internacionais, por causa do tsunami e da crise nuclear de Fukushima, também elevou seus gastos no exterior nos seis primeiros meses deste ano, registrando um crescimento de 8%. Os dados, segundo a OMT, confirmam a recuperação deste mercado, que é de extrema importância para muitos destinos, principalmente na Europa.

Já nos mercados emissores do Reino Unido, Austrália, Itália e França, o incremento dos gastos com turismo foi lento em 2012.  Em 2011 o Reino Unido, junto com o Japão, teve uma queda de -2% nos gastos em viagens ao exterior, e o fato, segundo a OMT, foi consequência do enfraquecimento da economia e da libra esterlina.

Também em 2011, os países BRIC registraram um incremento substancial nos gastos internacionais. O Brasil, por exemplo, teve um aumento de 30%, o que fez com que o país avançasse seis pontos no ranking mundial e assumisse a 12ª posição. A Índia foi o mercado emissor que mais cresceu entre os 50 países com mais gastos em turismo, com um aumento de 33%. O país avançou duas posições no ranking, ocupando agora o 22º lugar.

Tais dados reforçam a importância das promoções em outros destinos. O potencial dos mercados emissores deve estar no foco das ações de marketing de países como Brasil, que vem ocupando lugar de destaque na lista de viagens de turistas das mais distintas nacionalidades.

WTM vai discutir tendências do segmento LGBT para viagens

A World Travel Market, que acontece de 5 a 8 de novembro de 2012 em Londres, vai discutir por meio de conferências e apresentação de estudos as novas áreas de crescimento do turismo gay. O foco estará nos mercados emergentes da América Latina e nas oportunidades de negócios do segmento.

De acordo com a WTM, esse ano a feira oferecerá opções para os profissionais interessados em fazer negócios com o segmento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros), e a ideia é estabelecer novos contatos com esta área, que vem crescendo significativamente para o setor de viagens.  Em parceria com uma empresa de pesquisa de mercados, a WTM apresentará o informativo “LGTB 2020”, que vai conter dados de vários países, incluindo novos mercados como Israel, Coréia do Sul e Turquia.

Na América Latina, segundo a WTM, estão algumas das economias emergentes com maior taxa de crescimento do mundo e com imenso potencial para o segmento LGBT. A empresa de pesquisa parceira da WTM constatou que o mercado de viagens LGBT tem avançado em inúmeros aspectos nos últimos 20 anos, mas que as estruturas organizacionais que operam com esta indústria não têm acompanhado. E como o mercado está crescendo muito, é preciso estar preparado para atender o grande número de consumidores que, geralmente, têm alto poder aquisitivo e valorizam as viagens mais sofisticadas. Este público está entre os principais usuários de classe executiva das companhias aéreas.

Lideranças empresariais e governo

Em reunião realizada ontem na CNC, em Brasília, a presença dos Ministros da Casa Civil, Gleise Hoffmann, e do Turismo, Gastão Vieira, foi um passo importante no relacionamento do setor privado com o Governo brasileiro.

Sob a liderança de Alexandre Sampaio, os empresários membros da Câmara de Turismo puderam apresentar temas de interesse do turismo, que merecem atenção e atitudes por parte do governo federal. A receptividade e a disposição em colaborar foram grandes por parte dos Ministros, e prometeram a continuidade dessa conversa para o detalhamento dos projetos e a sequência de ações.

As lideranças empresariais apresentaram dados que mostram a importância da indústria de viagens e do turismo para o desenvolvimento do Brasil, particularmente na geração de empregos, entrada de divisas, crescimento do volume de visitantes e impactos no PIB. Além disso, cada segmento, como eventos, hotelaria, transportes, agências de viagens, puderem expor os principais ponto que impedem o melhor desempenho do setor.

Acredito que a colaboração do setor privado com os governos é um passo importante para melhorar a competitividade do turismo, e também para promover mudanças que permitam o desenvolvimento de negócios para empresários. Temos que cobrar a responsabilidade e mostrar a importância da econômica e as demandas do setor privado.

Vale lembrar que:

– o Brasil é o sexto país no mundo em termos absolutos no impacto da atividade turística sobre a economia

– o PIB direto do turismo deve crescer 7,8% em 2012 – no ano passado ele representou 3,2% do PIB

– os empregos diretos no turismo devem crescer 7,1% em 2012 – no ano passado eles eram 2,7% do total de empregos do país

– as exportações geradas pelo turismo devem crescer 11,6% em 2012, elas representaram 2,5% do total das exportações do Brasil em 2011

FONTE: WTTC – World Travel & Tourism Council

Tráfego aéreo global aumenta, mas ritmo de crescimento é lento

No Brasil mercado doméstico está aquecido

Em comparação ao mês de julho de 2011 o tráfego aéreo global cresceu 3,4% em julho deste ano. Mesmo assim, em relação aos anos anteriores o ritmo de crescimento ainda é considerado lento pelos especialistas. Segundo os dados divulgados pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês), essa desaceleração é consequência das incertezas econômicas em vários mercados.

“As companhias aéreas estão reagindo a este momento com a redução da capacidade, que tem estabilizado as taxas de ocupação, que estão relativamente altas, e apoiado os resultados positivos”, apontou o estudo da IATA, que também citou o alto preço dos combustíveis como um fator prejudicial ao crescimento.

A IATA informou que a capacidade global cresceu 3,6% em julho, e que a taxa de ocupação teve uma média de 83,1%.  “Com exceção de África, Oriente Médio e o mercado doméstico chinês, os principais destinos viram a procura cair entre Junho e Julho. No geral, o índice de procura foi superior ao registrado no ano passado, mas a tendência de crescimento ainda está abaixo do esperado. O fato, junto com o aumento dos preços do combustível, pode fazer deste segundo semestre um período difícil para a indústria do transporte aéreo”, diz a análise da associação.

Já no Brasil o mercado doméstico de passageiros transportados por quilômetros pagos, em comparação com o mesmo período de 2011, cresceu 7,86% em julho de 2012, segundo informou a Agência Nacional de Aviação Civil, (Anac). A oferta aumentou 2,06% no mês, e no acumulado do ano (de janeiro a julho e 2012) a demanda e a oferta subiram: 7,39% e 7,47%, respectivamente. A taxa de ocupação dos voos domésticos foi de 79,45 em julho deste ano, o que representou um crescimento de 5,67% em relação aos 75,18% alcançados no mesmo mês do ano passado.

Rio está entre as tarifas hoteleiras mais altas do mundo

O índice global de preços de hotéis medido pelo Hoteles.com, da Espanha, apontou que no primeiro semestre deste ano as tarifas hoteleiras tiveram um aumento médio de 4% em todo o mundo. Do total de 74 países incluídos na pesquisa, 48 tiveram alta, 22 reduziram os preços e quatro se mantiveram estáveis.

A pesquisa indica que o Rio de Janeiro está entre os destinos com as tarifas hoteleiras mais caras, só perdendo para Capri, na Itália, 239 euros. Na capital fluminense o preço médio dos hotéis cresceu 24% no período e está em torno de 210 euros, quando a média global está entre 110 e 150 euros.  O tema é polêmico,  mas deve ser discutido de forma correta e responsável porque tem grande influência na imagem do destino e do próprio Brasil. O debate também deve envolver qualidade de serviços e relação entre o produto e o seu custo, já que vivemos num mercado global e altamente competitivo, e a comparação de produtos e preços é uma realidade entre os viajantes na hora de escolher um destino.

Na classificação por país estão Seychelles, com uma média de 249 euros por quarto – um aumento 10% em relação a 2011, a Ilha Maurício, 178 euros, mais 17%, e Brasil, 166 euros, mais 11%.

Os maiores aumentos por país foram registrados na Arábia Saudita, 34% (115 euros), Emirados Árabes, 29% (153 euros), Taiwan, 25% (110 euros), Chile, 23% (114 euros) e Montenegro, 22% (82 euros).

O Camboja foi o país com os preços mais baixos, 50 euros, que representam um aumento de 3% em relação ao mesmo período do ano passado. A Bósnia, 53 euros, menos 1%, a Bulgária, 55 euros, mais 3%, o Vietnã, 58 euros, menos 7%,  a Lituânia, 61 euros, mais 5%, a Sérvia, 75 euros, menos 6%, e a Turquia, menos 6%, 91 euros.

Centros de convenções aumentam receitas dos hotéis

De acordo com a edição de 2012 das Tendências na Indústria de Centros de Convenções, a média de receita dos centros dos Estados Unidos que participaram da pesquisa aumentou em 5,5% em 2011, enquanto o aumento operacional líquido foi de 8% no ano.

Embora o crescimento em receita e do lucro tenha sido uma boa notícia, o segmento de centro de conferências do setor de hospedagem continua sendo desafiado por uma série de fatores, como a dificuldade de financiamento e de capital de investimento. Além disso, o corte de gastos de governos com reuniões externas também tem sido prejudicial.

Mas no geral, há muito otimismo em relação à recuperação contínua da indústria de centros de conferências. E a expectativa é que os resultados sejam de sucesso em diferentes mercados, incluindo o Brasil.

Voluntários fazem a diferença em grandes eventos

Já está claro para os organizadores de grandes eventos, principalmente dos esportivos, que a ajuda dos voluntários é fundamental para o sucesso da empreitada. Em Londres, onde 70 mil voluntários participaram do evento, assim como em outros países que sediaram os Jogos Olímpicos, o reconhecimento a este tipo de trabalho é unânime.

E no Brasil não poderia ser diferente. A Fifa divulgou que o programa de cadastro de voluntários para a Copa do Mundo do Brasil em 2014 já recebeu mais de 30 mil inscrições, vindas de 69 países. E tudo isso nas primeiras 24 horas. No período foram registrados inscritos em 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal. O estado com maior número de candidatos é São Paulo, em segundo vem o Rio de Janeiro e em terceiro Minas Gerais.

O trabalho é interessante não só para os jovens, como a maioria acredita, mas para pessoas de todas as idades. O importante é querer fazer parte de um grande evento, ter disposição para conhecer gente de diferentes nacionalidades, entender outras culturas e, principalmente, gostar de ajudar.

Para se cadastrar o interessado deve acessar o site da Fifa – https://ems.fifa.com/Volunteer/Brazil/Login/. A expectativa da organização é conseguir sete mil voluntários para a Copa das Confederações (de 15 a 30 de junho de 2013) e 15 mil para a Copa do Mundo (começa dia 12 de junho de 2014).  Dê uma olhada e veja as regras.

Por que há poucas mulheres em cargos de liderança?

O Boston Consulting Group conduziu um estudo para responder a pergunta acima, e determinar ações que estimulem a presença feminina na liderança de empresas. Como sabemos, em comparação há alguns anos, as coisas mudaram significativamente. Mesmo que lentamente, as mulheres estão assumindo cargos importantes não só em empresas, mas na política e em vários setores. No Brasil temos o exemplo da presidente Dilma R0usseff, a primeira mulher a assumir a presidência do país.

Em outros países há mais exemplos: nos EUA tem a Sheryl Sandberg, CEO do Facebook, na Austrália tem Gail Kelly, CEO da Westpac Group, entre outros. Mas apesar das mudanças, esses casos ainda são exceção à regra, pois são poucas as executivas que chegam lá. Para o Boston Consulting Group, que realizou entrevistas com 44 empresas multinacionais espalhadas ao redor do mundo, há obstáculos individuas e sociais que impedem o progresso da carreira de mulheres. Segundo o estudo, deve haver um programa que estimule o equilíbrio entre homens e mulheres nos cargos de liderança. “É preciso criar uma base de pensamento, e uma política organizacional que facilite o acesso das mulheres”, explica o estudo.

Aproximadamente 60% das empresas consultadas estão investindo em ações para promover este equilíbrio, cerca de 70% estimulam o network de mulheres e em torno de 50% oferecem programas de treinamento para que as mulheres participem de atividades específicas, que ajudem o desenvolvimento de suas capacidades de liderança. Entre os setores que mais avançam neste incentivo às mulheres, destaca-se o financeiro. E o turismo e as outras indústrias, estão incentivando também?