3 pontos de atenção no marketing digital do turismo

Sim claro, sabemos da importância da presença dos produtos e serviços turísticos nas estratégias de marketing digital. Quem não quer conversar com pessoas em qualquer lugar do mundo? Aumentar a visibilidade? Melhorar a experiência do cliente? Unificar a promoção pública e privada de forma cooperada?

Algumas experiências recentes no mercado brasileiro, no entanto, mostram muitas dificuldades e desafios para que os caminhos da digitalização e uso de tecnologias nas pequenas e médias empresas e nos destinos turísticos do Brasil tenham competitividade. Ainda que existam exceções. Vamos falar de 3 pontos de atenção.

  1. ESTRATÉGIA: As empresas de pequeno porte e os destinos ainda trabalham sem um plano de negócios, sem uma estratégia definida de onde querem chegar. No caso dos destinos, até podem ter Planos de Marketing, mas que não se transformaram numa metodologia de trabalho incorporada na equipe; que sofrem mudanças sem critérios junto com as mudanças de gestão. Não ter uma estratégia é andar sem destino e sequer saber se a estrada está boa, se vai conseguir se sobrepor aos obstáculos, se terá água e comida pelo meio do caminho. Diante desse cenário, fica difícil entender o poder de transformação das tecnologias e a mudança que estas trazem em termos de equipes, ferramentas, prioridades de investimentos, etc.
  2. EQUIPES: Nas pequenas empresas, normalmente é o proprietário que cuida da gestão e do marketing. Nos órgãos públicos, pode existir a dependência das secretarias de comunicação (mais focadas na gestão pública interna) e ainda a falta de profissionais com capacitações voltadas às habilidades digitais mais básicas. O nível de conhecimento por parte das lideranças sobre tecnologias e seus benefícios pode ser insuficiente para avaliar os resultados dos investimentos em tecnologias e da digitalização do marketing. Falta ainda capacitação para habilidades básicas e apoio de treinamentos adequados.
  3. INVESTIMENTOS: Me refiro à ter no orçamento da pequena empresa ou do destino recursos direcionados aos investimentos em tecnologia e à capacitação permanente de equipe. Todas as dificuldades recentes desde 2020 com as grandes perdas financeiras e até fechamento de pequenos negócios torna esse desafio ainda maior. Os programas e movimentos voltadas à startups ou inovação no turismo ainda são restritos, e carecemos de maior divulgação e acesso a ferramentas já testadas, com custos acessíveis. Precisamos de financiamentos e grande investimento na digitalização e inserção de tecnologias no turismo nacional.

Como está esse cenário em sua empresa? Em seu destino? Você também pode acessar esse tema no podcast HUB TURISMO, abordamos outros aspectos. Acesse aqui.

TIK TOK destrona Google

O avanço do tráfego na internet foi bastante intenso em 2021, e contou com o avanço da pandemia para colocar o pé no acelerador. As escolhas feitas pelas pessoas para acesso a websites, usar a IoT (internet das coisas) e os Apps (aplicativos) acabam ditando tendências.

Mas será que o turismo está de olho nesse cenário?

A empresa Cloudfare faz um acompanhamento em tempo real das tendências do tráfego da internet, e faz uma classificação baseada em parâmetros próprios. Os domínios com maior tendência são calculados com base numa combinação de popularidade e mudança percentual nos padrões de tráfego num determinado período.

No Top Domains Ranking o Google.com (que inclui Maps, Translate, Photos, Flights, Books, and News, entre outros) terminou 2020 como líder invicto do ranking. Nesse período o TikTok.com estava apenas classificado em #7 ou #8. E 2021 chegou ao final com a subida do TIKTok como domínio mais popular do ranking.

Top 10 – Domínios mais populares (final de 2021)
1 TikTok.com
2 Google.com
3 Facebook.com
4 Microsoft.com
5 Apple.com
6 Amazon.com
7 Netflix.com
8 YouTube.com
9 Twitter.com
10 WhatsApp.com

Você, que é profissional de turismo, está usando o TikTok para suas ações de promoção e vendas ? Vamos falar mais sobre isso em breve. Ah! E tem ainda o Pinterest, tenho algumas análises muito interessantes para compartilharmos. Em breve.

Leia também: Pesquisa mostra o que querem os brasileiros em viagens

Quais 2 palavras (imagens) definem 2021 para você?

Sempre temos aquele desejo de fazer um balanço do ano, ou de estabelecer metas para o ano seguinte. Seja na vida pessoal ou profissional, especialmente nos períodos mais difíceis, sempre é importante buscar otimismo e renovar energias. Quero ouvir suas palavras aqui, seja do ponto de vista pessoal, ou do turismo, ou de qualquer aspecto que nos ajude a ver 2021 como uma lição para os desafios de 2022. Ah, pode ser uma imagem também. Aí vão as minhas palavras para 2021.

DESAFIO

Esse ano parece ter sido mais desafiador do que o ano passado; 2020 foi mais triste. A fonte do desafio veio pelo cenário de incertezas, que mostrava a chegada das vacinas e um início de controle da pandemia. Na verdade, a reconstrução de nossas vidas tornou-se a vitória da própria sobrevivência, para muitos muito mais difícil do que para a maioria de nós. Especialmente na indústria de viagens e turismo, a palavra DESAFIO descreve a garra e a vontade de trazer a liberdade de viajar e a confiança nos profissionais que trabalham todos os dias para que as pessoas aproveitem seu tempo de lazer para recuperar relações pessoais, matar a saudade e serem felizes.

OTIMISMO

Como o otimismo é uma forma de encarar as dificuldades e a vida, sempre busco olhar as pessoas e as circunstâncias pelo lado positivo. Acredito muito que somos nós que construímos o que vem pela frente; cada um com seu papel na sociedade pode acreditar e fazer melhor. Ser otimista é acreditar, e acreditar é ter pensamento e ações construtivas. É a forma de olhar para o mundo acreditando que ele pode ser sempre um lugar melhor para todos. E o turismo traz sua parcela de colaboração. Viajar é preservar, valorizar, gerar renda. Viajar é transformador. Quem conhece o diferente aprende a respeitar a cultura do outro.

E pra você? Que palavras ou imagens definem seu 2021?

Vila Galé, por que investir e acreditar no BRasil? Podcast – 7 min

Pioneiro em investimento hoteleiro internacional no Brasil, o Grupo português Vila Galé completa 20 anos de Brasil. Ouça no podcast HUB TURISMO nosso bate-papo com Jorge Rebelo. Ele nos comenta:

1. Quais as maiores conquistas durante esses 20 anos de operação do VG no Brasil?
2. Quais são as características ou aspectos da cultura brasileira ao fazer negócios que você mais destaca?
3. Continua a investir no Brasil, o que lhe motiva tanto a acreditar no turismo brasileiro?

internacional: quem vem pro Brasil

Os dados atualizados da ForwardKeys indicam uma progressiva recuperação do mercado internacional de viagens aéreas para o Brasil entre 1 de novembro e 12 de dezembro de 2021. No total de chegadas aéreas internacionais o Brasil entra no final do ano com -65,5% em relação ao mesmo período de 2019. Uma pequena recuperação depois de termos ficado quase 2 anos no patamar de -90% em relação a 2019.

Esse reflexo da abertura das fronteiras, do avanço da vacinação e do entusiamo do mercado global de viagens e turismo vão, aos poucos, mostrando melhoras. Sem esquecermos que alguns países europeus vivem o aumento do número de mortes e até fazem novas restrições de fronteiras.

Maiores emissores

A melhor recuperação do Brasil vem de mercados europeus, que iniciaram a abertura de fronteiras antes da Américas do Sul e do Norte. Os países que estão recuperando mais rápido os níveis de 2019 são: Portugal (-37%), Espanha (-48%), Chile (-57%), Itália (-66%) e Alemanha (-69%). Um dos mercados emissores importantes para o Brasil, a Argentina, que reabriu suas fronteiras há cerca de 1 mês, encontra-se no patamar de -81,5% em relação a novembro e dezembro de 2019; o país que representava quase 30% das chegadas internacionais ao Brasil tem hoje somente 10% de market share.

De acordo com Juan Gómez, Head de Pesquisa de Mercado da ForwardKeys, “o relaxamento das restrições para viagens de e para os Estados Unidos da América, também para os viajantes de e para o Brasil, impulsionou fortemente o número de reservas. Assim, a previsão para as chegadas internacionais ao Brasil em novembro melhora consideravelmente, com valores para as chegadas dos EUA próximos aos números de 2019, enquanto se espera que as chegadas de Portugal superem os níveis pré-pandêmicos”.

Os dados da ANAC, coletados hoje (03/11/2021) mostram a comparação do número de passageiros pagos no período de janeiro a setembro dos últimos 3 anos, conforme figura abaixo. Nos primeiros nove meses de 2021, o Brasil recebeu cerca de -62% de passageiros vindos do exterior. Seguimos acompanhando também para ver os impactos do dólar no crescimento das viagens internacionais dos brasileiros e a recuperação do turismo mundial.

Fonte: ANAC https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/dados-e-estatisticas/mercado-de-transporte-aereo/consulta-interativa/demanda-e-oferta-origem-destino. Acesso em 03 nov 2021.

digitalização no turismo: questão de sobrevivência

A disseminação e os avanços no uso de tecnologias de comunicação online e de comércio eletrônico com o advento da pandemia da Covid-19 trazem grandes desafios ao turismo global. A prioridade, no momento atual, é garantir a segurança e a confiança em viajar e melhorar a experiência dos viajantes em suas interações em cada etapa de sua jornada. 

De acordo com o estudo Digital Transformation Report, realizado pela SKIFT e a Amazon Web Services (2021), os desafios da pandemia destacaram uma necessidade para a implementação urgente de práticas digitais, o uso de ferramentas de negócios e maneiras de enfrentar o atual momento como de grande transformação digital no setor turístico. Essa transformação torna-se vital para o setor, seja na gestão das empresas, ou na jornada do viajante. E ainda mais é o uso de tecnologias que vai nos ajudar a entender o comportamento de consumo e o cenário sempre mutante e em rápida transformação.

O estudo mencionado acima, pesquisou quais serão as diretrizes dessa transformação imediata. Destacam-se os investimentos em softwares e tecnologia; a elaboração de estratégias digitais para o novo momento; a entrega de grandes experiências aos clientes em todas as etapas da viagem; a melhoria dos talentos dos colaboradores do setor e o uso de dados de forma mais efetiva e inteligente nas organizações turísticas.

Nesse episódio do HUB TURISMO converso com Mariana Aldrigui sobre dados e seus usos no turismo

O uso de dados deve indicar de que maneira as organizações da indústria de viagens irão aproveitar as informações coletadas de seus clientes para orientar seus processos de decisão de forma inteligente e rápida. Deve ainda, ajudar a entender qual o impacto das ferramentas de machine learning e de inteligência artificial em suas análises de dados e cenários futuros. É nessa realidade que profissionais de turismo e empresas devem estar alertas para entender e enfrentar os desafios dessa transformação digital com uso de dados e informações para a inteligência competitiva do turismo brasileiro.

big data mostra para onde os turistas irão no brasil

Esse bate-papo com Juan Gómez, especialista de insights da ForwardKeys traz informações e análises sobre o turismo doméstico brasileiro e o internacional nos próximos meses e início de 2022. Veja a importância de dados para programar ações de marketing e vendas, saiba quais os destinos brasileiros estão mais perto da recuperação e quais países já fazem buscas e reservas aéreas para o Brasil no futuro.

Sustentabilidade é discurso ou prática para sobreviver no mercado de viagens?

A European Travel Commission – ETC, entidade que congrega dos destinos turístico da Europa está sempre trazendo análises interessantes sobre inovação, competitividade e tendências no turismo. Nessa linha, divulgou hoje (15/09/2021) o documento “RECOMENDAÇÕES-CHAVE PARA INCENTIVAR PRÁTICAS DE TURISMO SUSTENTÁVEL“. O organismo destaca que os órgãos nacionais de turismo e também os locais devem pensar seriamente em criar condições para que os destinos, empresas e visitantes adotem mais práticas sustentáveis no turismo, atuando nas seguintes áreas:

  • Visão, planejamento estratégico e gerenciamento: Identificar as formas com as quais o turismo pode contribuir
    para um destino bem-sucedido, direcionando o desenvolvimento e a gestão do turismo no caminho adequado
  • Dados, pesquisa e inteligência: Geração e compartilhamento de dados sobre o comportamento do mercado, fluxos de visitantes, a pegada de carbono do turismo no destino, o ambiente de operação dos negócios, o sentimento dos residentes e o valor da contribuição do turismo para a conservação do patrimônio natural e cultural patrimônio
  • Defesa do setor e parcerias: Uso de influência e representação para encorajar as partes interessadas em todos os níveis a reconhecer o valor do turismo e a importância de uma abordagem sustentável
  • Apoio empresarial e desenvolvimento de habilidades: Desenvolver estruturas nacionais em conexão com as regionais e locais para apoiar e incentivar o desenvolvimento de habilidades, melhorar os padrões de sustentabilidade e incentivar boas práticas comerciais
  • Comunicação e marketing: Influenciar o comportamento das partes interessadas (por exemplo, fornecendo informações claras, informações e ferramentas acessíveis para orientar os consumidores a fazer escolhas sustentáveis ou ajudando
    os visitantes a entendem como reduzir os impactos de suas próprias viagens)
  • Finanças e investimento de capital: Trabalhar com governos locais e nacionais para pressionar e facilitar o acesso a financiamentos e investimentos que apóiem a implementação de um turismo sustentável.

Veja também: Motivos para viajar e se tornar uma pessoa melhor

Todas essas sugestões podem parecer longe de nossa realidade, ou ainda, parecer que não são nossa prioridade nesse momento, mas me pergunto:

  • o destino depende de recursos naturais para atrair os visitantes?
  • queremos que os turistas conheçam nossa história e cultura?
  • a experiência autêntica é um diferencial para que nosso destino ou nosso hotel não seja mais um dentre milhares?
  • nosso destino conhece os 17 objetivos do desenvolvimento sustentável?
  • estamos orientando nossos clientes a colaborar com nossas ações de práticas sustentáveis?

Vou adorar se você compartilhar aqui as práticas de sua empresa ou destino na área de sustentabilidade.