internacional: quem vem pro Brasil

Os dados atualizados da ForwardKeys indicam uma progressiva recuperação do mercado internacional de viagens aéreas para o Brasil entre 1 de novembro e 12 de dezembro de 2021. No total de chegadas aéreas internacionais o Brasil entra no final do ano com -65,5% em relação ao mesmo período de 2019. Uma pequena recuperação depois de termos ficado quase 2 anos no patamar de -90% em relação a 2019.

Esse reflexo da abertura das fronteiras, do avanço da vacinação e do entusiamo do mercado global de viagens e turismo vão, aos poucos, mostrando melhoras. Sem esquecermos que alguns países europeus vivem o aumento do número de mortes e até fazem novas restrições de fronteiras.

Maiores emissores

A melhor recuperação do Brasil vem de mercados europeus, que iniciaram a abertura de fronteiras antes da Américas do Sul e do Norte. Os países que estão recuperando mais rápido os níveis de 2019 são: Portugal (-37%), Espanha (-48%), Chile (-57%), Itália (-66%) e Alemanha (-69%). Um dos mercados emissores importantes para o Brasil, a Argentina, que reabriu suas fronteiras há cerca de 1 mês, encontra-se no patamar de -81,5% em relação a novembro e dezembro de 2019; o país que representava quase 30% das chegadas internacionais ao Brasil tem hoje somente 10% de market share.

De acordo com Juan Gómez, Head de Pesquisa de Mercado da ForwardKeys, “o relaxamento das restrições para viagens de e para os Estados Unidos da América, também para os viajantes de e para o Brasil, impulsionou fortemente o número de reservas. Assim, a previsão para as chegadas internacionais ao Brasil em novembro melhora consideravelmente, com valores para as chegadas dos EUA próximos aos números de 2019, enquanto se espera que as chegadas de Portugal superem os níveis pré-pandêmicos”.

Os dados da ANAC, coletados hoje (03/11/2021) mostram a comparação do número de passageiros pagos no período de janeiro a setembro dos últimos 3 anos, conforme figura abaixo. Nos primeiros nove meses de 2021, o Brasil recebeu cerca de -62% de passageiros vindos do exterior. Seguimos acompanhando também para ver os impactos do dólar no crescimento das viagens internacionais dos brasileiros e a recuperação do turismo mundial.

Fonte: ANAC https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/dados-e-estatisticas/mercado-de-transporte-aereo/consulta-interativa/demanda-e-oferta-origem-destino. Acesso em 03 nov 2021.

digitalização no turismo: questão de sobrevivência

A disseminação e os avanços no uso de tecnologias de comunicação online e de comércio eletrônico com o advento da pandemia da Covid-19 trazem grandes desafios ao turismo global. A prioridade, no momento atual, é garantir a segurança e a confiança em viajar e melhorar a experiência dos viajantes em suas interações em cada etapa de sua jornada. 

De acordo com o estudo Digital Transformation Report, realizado pela SKIFT e a Amazon Web Services (2021), os desafios da pandemia destacaram uma necessidade para a implementação urgente de práticas digitais, o uso de ferramentas de negócios e maneiras de enfrentar o atual momento como de grande transformação digital no setor turístico. Essa transformação torna-se vital para o setor, seja na gestão das empresas, ou na jornada do viajante. E ainda mais é o uso de tecnologias que vai nos ajudar a entender o comportamento de consumo e o cenário sempre mutante e em rápida transformação.

O estudo mencionado acima, pesquisou quais serão as diretrizes dessa transformação imediata. Destacam-se os investimentos em softwares e tecnologia; a elaboração de estratégias digitais para o novo momento; a entrega de grandes experiências aos clientes em todas as etapas da viagem; a melhoria dos talentos dos colaboradores do setor e o uso de dados de forma mais efetiva e inteligente nas organizações turísticas.

Nesse episódio do HUB TURISMO converso com Mariana Aldrigui sobre dados e seus usos no turismo

O uso de dados deve indicar de que maneira as organizações da indústria de viagens irão aproveitar as informações coletadas de seus clientes para orientar seus processos de decisão de forma inteligente e rápida. Deve ainda, ajudar a entender qual o impacto das ferramentas de machine learning e de inteligência artificial em suas análises de dados e cenários futuros. É nessa realidade que profissionais de turismo e empresas devem estar alertas para entender e enfrentar os desafios dessa transformação digital com uso de dados e informações para a inteligência competitiva do turismo brasileiro.

big data mostra para onde os turistas irão no brasil

Esse bate-papo com Juan Gómez, especialista de insights da ForwardKeys traz informações e análises sobre o turismo doméstico brasileiro e o internacional nos próximos meses e início de 2022. Veja a importância de dados para programar ações de marketing e vendas, saiba quais os destinos brasileiros estão mais perto da recuperação e quais países já fazem buscas e reservas aéreas para o Brasil no futuro.

Sustentabilidade é discurso ou prática para sobreviver no mercado de viagens?

A European Travel Commission – ETC, entidade que congrega dos destinos turístico da Europa está sempre trazendo análises interessantes sobre inovação, competitividade e tendências no turismo. Nessa linha, divulgou hoje (15/09/2021) o documento “RECOMENDAÇÕES-CHAVE PARA INCENTIVAR PRÁTICAS DE TURISMO SUSTENTÁVEL“. O organismo destaca que os órgãos nacionais de turismo e também os locais devem pensar seriamente em criar condições para que os destinos, empresas e visitantes adotem mais práticas sustentáveis no turismo, atuando nas seguintes áreas:

  • Visão, planejamento estratégico e gerenciamento: Identificar as formas com as quais o turismo pode contribuir
    para um destino bem-sucedido, direcionando o desenvolvimento e a gestão do turismo no caminho adequado
  • Dados, pesquisa e inteligência: Geração e compartilhamento de dados sobre o comportamento do mercado, fluxos de visitantes, a pegada de carbono do turismo no destino, o ambiente de operação dos negócios, o sentimento dos residentes e o valor da contribuição do turismo para a conservação do patrimônio natural e cultural patrimônio
  • Defesa do setor e parcerias: Uso de influência e representação para encorajar as partes interessadas em todos os níveis a reconhecer o valor do turismo e a importância de uma abordagem sustentável
  • Apoio empresarial e desenvolvimento de habilidades: Desenvolver estruturas nacionais em conexão com as regionais e locais para apoiar e incentivar o desenvolvimento de habilidades, melhorar os padrões de sustentabilidade e incentivar boas práticas comerciais
  • Comunicação e marketing: Influenciar o comportamento das partes interessadas (por exemplo, fornecendo informações claras, informações e ferramentas acessíveis para orientar os consumidores a fazer escolhas sustentáveis ou ajudando
    os visitantes a entendem como reduzir os impactos de suas próprias viagens)
  • Finanças e investimento de capital: Trabalhar com governos locais e nacionais para pressionar e facilitar o acesso a financiamentos e investimentos que apóiem a implementação de um turismo sustentável.

Veja também: Motivos para viajar e se tornar uma pessoa melhor

Todas essas sugestões podem parecer longe de nossa realidade, ou ainda, parecer que não são nossa prioridade nesse momento, mas me pergunto:

  • o destino depende de recursos naturais para atrair os visitantes?
  • queremos que os turistas conheçam nossa história e cultura?
  • a experiência autêntica é um diferencial para que nosso destino ou nosso hotel não seja mais um dentre milhares?
  • nosso destino conhece os 17 objetivos do desenvolvimento sustentável?
  • estamos orientando nossos clientes a colaborar com nossas ações de práticas sustentáveis?

Vou adorar se você compartilhar aqui as práticas de sua empresa ou destino na área de sustentabilidade.

a viagem quarentena

O México, porta de entrada para viagens de quarentena, inaugura uma nova tendência de viagem. Dados da Forwardkeys, empresa espanhola que trabalha com big data e inteligência comercial, divulgados hoje (31 de agosto 2021) comprovam esse movimento.

Os últimos dados de emissão de passagens aéreas divulgados pela ForwardKeys revelam que os viajantes experientes do Brasil estão entrando em outros destinos de longo curso após passarem duas semanas em quarentena no México. Os destinos finais mais desejados são os Estados Unidos (82%), o Peru (8%) e o Panamá (6%). “Este é um caso interessante de como a demanda reprimida está encontrando novas maneiras de superar as atuais restrições de viagem nos países. Estaremos atentos para ver onde mais no mundo esta tendência está acontecendo”, diz Juan Gomez, Analista da ForwardKeys. As incertezas do atual cenário com as novas variantes, a vacinação em diferentes níveis e a expectativa de que as pessoas estejam totalmente vacinadas para voltarem às viagens internacionais nem sempre são barreiras.

Fonte: ForwardKeys, 31 de agosto de 2021.

Dados da Amadeus também indicam a continuação das viagens de brasileiros ao México. Relatório do GDS mostra Cancún e Cidade do México como o terceiro e sexto destinos nas reservas aéreas em julho e agosto. A Amadeus também indica que Cancún é o destino que mais cresceu em novas reservas à partir de setembro/21, perdurando essa tendência até o início de 2022. Outros destinos internacionais que já apresentam reservas de viagens dos brasileiros à partir de setembro até o primeiro semestre de 2022 são: Dubai, Paris, Lisboa, República Dominicana, Zurich, Maldivas, Miami e Nova Iorque.

A certeza da predominância do mercado doméstico no Brasil e no mundo mostra também os primeiros sinais de que a necessidade ou o desejo de viajar tem trazido interessantes movimentos entre países, e ao mesmo tempo alterações importantes em mercado emissores, como falamos nesse post. A abertura de algumas fronteiras para os brasileiros, como é o caso da França e da Suiça, assim como as fronteiras fechadas com os países da América do Sul tem trazido surpresas e a necessidade de monitoramento permanente para que empresas e destinos possam tomar decisões de investimentos. Cada vez mais as decisões das empresas serão direcionadas pelos movimentos de lazer e pela demanda flutuante que dança junto com os mercados e a situação da CONVID. É acompanhar.

Internacional instável e flutuante

Todos nós sabemos que, lentamente, o avanço da vacinação, os passaportes sanitários e outras ações podem começar ajudar a volta do mercado internacional. Mesmo com perspectivas ainda de médio e longo prazos ou novas variantes é importante monitorar e entender os movimentos domésticos, intra-regionais e de longo curso dos mercados emissores para o Brasil. Trago hoje os dados da ForwardKeys sobre a demanda internacional futura de viagens aéreas para o Brasil entre 16 de agosto e 26 de setembro desse ano de 2021 em comparação com 2020 e 2019 (bilhetes aéreos com reservas feitas).

A comparação correta que devemos fazer de 2021 é como 2019, basicamente por que é um ano em que não havia ainda a crise da pandemia e nos permite fazer comparações reais. O período de 16 de agosto a 26 de setembro de 2021 na comparação com o mesmo período pré-crise (2019) mostra uma queda de 83,4% no total de chegadas aéreas internacionais para o Brasil. Todas as semanas recebemos dados da ForwardKeys que nos permitem avaliar esses cenários.

Alguns mercados chamam a atenção. O primeiro deles é a Argentina, que tem hoje um share de 6% do total das chegadas aéreas internacionais ao Brasil (2021). Historicamente é o principal emissor para o Brasil, com cerca de 29% das chegadas totais de estrangeiros (cerca da metade chega por via aérea); já apresentou uma diminuição acentuada em 2019 (-22%) e ainda maior em 2020 e 2021. Estamos com fronteiras fechadas, pouquíssimos voos e restrições de viagens ainda severas; sem considerar a crise econômica que aquele país vive há alguns anos. Uma situação similar ocorre com o Uruguai, que além de ser nosso vizinho e ter uma série histórica de chegadas (cerca de 364 mil turistas por ano) também tem fronteiras fechadas e muitas restrições. O terceiro mercado também com grande queda é o Reino Unido, que temos acompanho as restrições severas até mesmo dentro da Europa. Esses três países registram uma variação negativa de 95,5% nas chegadas passadas e futuras ao Brasil na comparação com 2019 e também com 2020.

Quando olhamos para os mercados emissores para o Brasil que podemos considerar mais resilientes, ou menos piores nas chegadas aéreas, destaca-se o mercado português, aonde estamos na metade do patamar de 2019; a Espanha, que aumentou seu share de mercado em 2021 (4,5%), mas ainda com chegadas futuras até setembro no patamar de -73,4% em relação a 2019. Destaco ainda a Itália, que está a -78% de chegadas em 2021 na comparação com o período pré-crise com 4,7% de share internacional esse ano.

Esses movimentos de cada país, relacionados com diversos fatores, são essenciais para entender como o futuro do turismo receptivo internacional para o Brasil pode ser novos mercados prioritários. Também ajuda a entender o comportamento de viagens no médio e longo prazos, buscando orientar ações de marketing e vendas a um cenário bastante instável e flutuante. Acertar em políticas de atração de estrangeiros ao Brasil é hoje um desafio ainda mais complexo, que exige decisões com base em dados, fatos e evidências profissionais.

Ouça abaixo o HUB 37: episódio do podcast que fiz com Mariana Aldrigui sobre para que servem dados e informações na análise de cenários e na tomada de decisão nos negócios em turismo.

3 fatores críticos de sucesso no turismo de um país

Para entender melhor as mudanças no ambiente do turismo global e apoiar os países em suas políticas nacionais de turismo, a European Travel Commission (ETC) lançou um relatório mostrando quais são os impactos que esse tema tem no trabalho das organizações nacionais de turismo (NTOs). O estudo, que analisou várias organizações da Europa mostra grandes mudanças nos objetivos estratégicos dessas organizações, na maioria das vezes aumentando a ênfase no tema da sustentabilidade, um foco ainda maior nos interesses dos residentes dos destinos e uma atenção maior aos mercados domésticos e regionais.

As conclusões do documento mostram 7 fatores críticos para o sucesso das políticas das organizações nacionais de turismo. Exploramos 3 desses aspectos nessa coluna:

1. Direcionamento estratégico e liderança

Para que um organismo nacional de turismo possa estabelecer um direcionamento estratégico e liderar a política pública do seu país é necessária uma estratégia integrada de longo prazo, que inclua a sustentabilidade, o gerenciamento do destino e a transformação digital em suas prioridades. Essa estratégia nacional de turismo precisa ter propostas efetivas para implementar estratégias de mercados; desenvolver produtos e experiências, incluindo eventos; trabalhar com inovação e empreendedorismo; realizar a gestão dos destinos; conservar os recursos naturais e preservar seu patrimônio; priorizar aspectos locais e regionais de desenvolvimento do turismo; cuidar do acesso para e dentro do destino; lidar com a transformação digital e implementar estruturas e políticas de responsabilidades. 

Para atingir todos esses aspectos é fundamental uma clara e objetiva definição de responsabilidades e papéis para a implementação de uma estratégia nacional envolvendo todos os parceiros públicos e privados. E para que esse processo seja vitorioso é indispensável a participação de todos os envolvidos na preparação e na implementação dessa estratégia, onde todos usam seu conhecimento e ideias, maximizam o seu compromisso e facilitam a coordenação de esforços entre todos.

Leia também: 5 novas ideias do que pode mudar no turismo

2. Construção efetiva de parcerias

Esse tema fundamental aborda a importância do trabalho de cooperação e parceria com outras organizações dentro do país em nível nacional, regional e internacional. Os requisitos básicos para que as organizações nacionais de turismo consigam estabelecer e manter essa cooperação é ter uma equipe e uma liderança com talentos e perfil profissionais adequados esse processo. Essa cooperação passa por parcerias públicas e privadas em todos os níveis de forma a estabelecer e coordenar a transformação e a implementação de políticas únicas, com capacidade de operar a gestão unificada.

Para transformar parcerias em realidade são necessárias ferramentas eficientes que possibilitem o acesso a informações e dados de mercados que tragam os verdadeiros insights para a tomada de decisões; também são necessários provedores de soluções digitais inovadoras; a participação da academia; a realização de campanhas de marketing e a realização de capacitação e treinamento.

3. Transformação digital

Para que a transformação digital tenha sucesso é necessário que ela esteja em todos os aspectos e níveis da organização, já que diz respeito ao trabalho, às pessoas, aos clientes, aos serviços e produtos. Essas ferramentas devem prover sistemas e aplicativos que ajudem a organização a cumprir sua visão e seus objetivos estratégicos da forma mais eficiente possível. Devem ainda considerar todas as implicações que tem na estrutura cultura e no organograma da organização. As soluções digitais têm que ter o potencial de melhorar o custo e a efetividade das operações da entidade, particularmente no marketing e nos serviços aos visitantes.

Para atingir esse nível de excelência trazendo novas expertises e talentos é preciso que exista um desenvolvimento da equipe, que sejam recrutados novos colaboradores e que feitas parcerias com outras organizações e fornecedores. Destacam-se aqui programas de informação, educação, treinamento e suporte necessários para que a estratégia da entidade seja implementada de forma vitoriosa.

PIB turismo do brasileiro cai 32,6% em 2020

Cenário global

O novo relatório do World Travel & Tourism Council, WTTC, mostra os profundos impactos sofridos pela indústria de viagens e turismo no mundo e no Brasil em 2020. Ao contrário do que ocorreu nos últimos 9 anos consecutivos, o PIB do turismo global caiu mais do que a economia em geral. A pandemia da COVID-19, em seu primeiro ano, impôs à economia global uma queda de -3.7%, enquanto o setor de turismo caiu 49,1% em 2020. Os gastos impactaram mais o setor de negócios do que o de lazer, com uma receita inferior à 2019 de -61% e -49% respectivamente. Também os gastos em viagens internacionais foram ainda menores (-69,4%) do que os realizados em viagens a lazer (-45%).

Os empregos no setor também foram amplamente afetados, com uma queda de 18,5%, o que representou a perda de 62 milhões de postos de trabalho em todo o mundo, desde pequenas até grandes empresas em vários segmentos. Esse segue sendo um tema muito sensível, já que 80% das empresas de turismo não pequenas e médias, e os auxílios dos governos nem sempre conseguem suportar a manutenção de empregos até que o setor se recupere totalmente.

O Brasil

“Menos” impactada pela crise em 2020 em seu PIB que o restante do mundo, a região das Américas sofreu mais, percentualmente, nas perdas de empregos no ano passado do que a maioria dos demais continentes (somente a África perdeu mais). Na América Latina foram 4 milhões de empregos perdidos e uma queda no PIB de -41,1% (- USD 110 bilhões).

No cenário específico do Brasil, também, o PIB do turismo mostra uma diminuição considerável, assim como a perda de postos de trabalho e a diminuição dos gastos realizados pelos viajantes na comparação com 2019. Veja os principais resultados:

  • o PIB total do turismo caiu de US$ 115,7 bilhões em 2019 para USD$ 78 bilhões em 2020 (-32,6%)
  • o PIB total do turismo representava 7,7% do PIB do Brasil em 2019 e passou a representar 5,5%
  • os gastos do turismo doméstico no Brasil caíram -35.6% em 2020
  • os gastos do turismo internacional caíram -39.1% em 2020
  • em 2020, 94,4% dos gastos realizados com a atividade de viagens em turismo vieram do turismo doméstico e 5,6% do internacional

2021 e perspectivas

Um outro estudo feito pela UNCTAD ainda existe muita diferença nos níveis de vacinação nos diversos países, com alguns já com mais de 60% da população imunizada e outros que ainda nem chegaram a 1%. Isso leva à pouca confiança nas viagens, numa maior lentidão na contenção do vírus e um cenário econômico muito deficiente. As perdas piores do que se esperava em 2021, estas devem chegar no patamar entre 1.7 a 2,4 bilhões de dólares na comparação com 2019. Segundo o estudo, as perdas no PIB do Brasil pela redução da atividade turística devem fazer o indicador cair entre 0,5 e 0,6% em 2021.

Qual o caminho ?

Olhando para esse cenário, e tendo a certeza de que o turismo é um dos grandes aliados da recuperação da economia e dos postos de trabalho no Brasil, seguimos observando a tendência de termos no turismo doméstico nossa grande fortaleza. Os menores riscos para o setor no curto e médio prazos estão na aposta das viagens dos brasileiros dentro do país e na supremacia das medidas de segurança e saúde. Empresas e governos só poderão acertar se fizerem diferente, melhor e de forma inovadora. Cooperação e coordenação são as saídas para recuperar a confiança nas viagens e trabalhar para a sobrevivência da indústria de forma sustentável. Qual o caminho para nosso setor na sua opinião ?