Marketing nos eventos

Close-up of business people handshaking on background of modern building

Hoje, ao invés de falar de marketing dos eventos, falarei da vantagem do marketing nos eventos, que é o que impulsiona a estratégia de aplicações empresariais em determinadas atividades de um destino. A lógica é simples: atrelamos a imagem do destino a um fator-chave que garanta a captação de turistas e gere visitação e já temos uma relação vantajosa para publicidade de marcas e serviços, o que motiva o investimento das empresas através da associação com o evento, o conhecido patrocínio.

O investimento em eventos é parte integrante do planejamento financeiro e de marketing de empresas que desejam estabilizar ou reforçar sua marca no mercado, ou para segmentos específicos.

A movimentação econômica gerada através deste tipo de parceria é um fator motivador para o segmento do turismo de eventos no país. A exemplo: de acordo com levantamento feito pela Meio & Mensagem, as confederações nacionais do ciclo olímpico da Rio 2016 receberam R$ 1,85 bilhão, apresentando dados das empresas que divulgaram valores. Somando o incentivo das marcas que não externaram números, a estimativa é de que este valor supere os R$ 2 bilhões. Desta quantia, R$ 635,25 milhões foram aplicados pelas estatais Banco do Brasil, Caixa, Correios e Petrobras.

Além disso, o Comitê Olímpico Brasileiro divulgou que assumiu o orçamento de R$ 7,4 bilhões, apresentando o valor como sendo 100% de origem da iniciativa privada.

Esses números não são em vão. Segundo a Kantar IBOPE Media, Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, mais de 10 milhões de pessoas foram impactadas pelas marcas atreladas a Rio 2016 e, deste total, cada pessoa assistiu, em média 322 comerciais de marcas associadas, durante o período dos Jogos (de 5 a 21 de agosto).

Para organizadores de eventos e profissionais do setor do turismo, o patrocínio surge também como uma oportunidade e é importante que o próprio evento transmita credibilidade para provocar interesse das marcas. O planejamento, estudo de público e análise de interesse de mercado é essencial para todas as partes envolvidas.

e-books para eventos

e-books piresConteúdo para o setor de eventos, esse é o principal objetivo da série de e-books que a Pires e Associados está colocando no mercado; já são quatro arquivos que estão disponíveis para baixar gratuitamente.

O primeiro e-book lançado pela Pires traz informações para um hotel ou resort começar a estruturar ou incrementar uma estratégia de captação de eventos. O Guia de Captação de Eventos para Hotéis e Resorts destaca a importância da coleta e organização de informações no processo de captação de eventos, apresenta orientações para os empreendimentos prepararem propostas competitivas e conquistarem mais eventos, além de incluir dicas para unir criatividade com poder de observação do mercado para superar as expectativas. O Guia traz ainda o “Check-list da captação”, com uma lista das boas práticas apresentadas no guia para facilitar o acompanhamento das ações.

Também voltado para o público da hotelaria que atua com eventos, o ebook Como os eventos podem melhorar a rentabilidade de hotéis e resorts aborda possibilidades para geração de negócios com eventos nos meios de hospedagem, ressaltando como congressos, eventos corporativos e de outros tipos contribuem para proporcionar novas fontes de receitas.  O ebook abrange também o que pode ser feito para alcançar melhores resultados. Nesse sentido, são indicados oito passos a fim de ajudar a criar as condições necessárias para aumentar as perspectivas de crescimento e continuidade de atração de eventos.

Já o ebook Boas práticas para escolher o destino-sede de eventos científicos é direcionado a diretores e executivos de sociedades científicas e entidades associativas que promovem eventos regularmente. Contem orientações para que estas entidade estruturem o processo de escolha do destino de seus eventos, com regras e cronograma.  Para evitar prejuízos, existem boas práticas para que a seleção do local certo contribua para o sucesso do evento. Determinar o que os destinos-candidatos devem apresentar e quais as regras de participação no processo, além de definir o cronograma de todas as etapas do evento são exemplos detalhados no ebook.

O quatro documento traz um Check List para escolher o local do próximo eventos técnico-científico. Aqui o profissional encontra uma lista de várias aspectos que devem ser observados para escolher o local de seu evento, com dicas práticas e indicações dos temas fundamentais nessa escolha.

No atual momento que muito se fala em crise, a Pires está investindo neste material educativo para que através da profissionalização o setor continue em crescimento.  Com mais de 20 anos atuando com captação de eventos  a Pires está compartilhando sua experiência com os profissionais do segmento de eventos e de turismo em geral.

Confira os documentos e baixe em nosso site: Pires e Associados

Buenos Aires e marketing de eventos

eventosHá uma semana, mais de cem profissionais dos setores público e privado argentinos reuniram-se a fim de realizar um diagnóstico local a respeito do turismo de eventos. A ideia é unir estratégias para elaborar um plano inovador e colocar a cidade de Buenos Aires na rota do segmento.

Através de uma análise elaborada em conjunto, serão traçadas novas diretrizes de planejamento de marketing para a cidade, que saiu da lista das 20 cidades melhor posicionadas do mundo no Ranking ICCA 2015.

A reunião de esforços e investimentos da Argentina no turismo de negócios nos convoca a considerar ainda mais quais estratégias de marketing para este segmento temos no Brasil e que tipo de iniciativas podemos agregar ou estabelecer em nossas cidades, com objetivo de fomentar essa área.

Por aqui, o turismo de negócios é um dos maiores do setor, trazendo, aproximadamente, 25,3% dos turistas internacionais ao Brasil, de acordo com o Ministério do Turismo. Esta parcela de turistas apresenta um gasto médio diário bem maior do que o do turista de lazer: enquanto os visitantes a passeio gastam, em média, U$$ 73,77, o turista de negócios desembolsam U$$ 329,39 por dia (Mtur, 2015).

De acordo com a ICCA (International Congress and Convention Association), o Brasil estava até 2014 entre os dez primeiros países no mundo que mais sediam eventos associativos; em 2015 perdemos uma posição e estamos em 11° lugar. Apesar de as atividades ligadas a este setor terem crescido, ainda há muito o que ser feito. Receber os Jogos Olímpicos é, sem sombra de dúvidas, uma ocasião ímpar, da qual deveria ter saído uma nova estratégia de atração de eventos.

A criação de estratégias a curto e longo prazo que estimulem o desenvolvimento deste setor deve ser pauta obrigatória dos profissionais da área e das autoridades da indústria de viagens; o turismo de eventos e o de negócios possuem força inegável e são eficazes em trazer resultados positivos para a economia.

Sucesso na estratégia de Buenos Aires e das demais cidades latino-americanas. Fortalecer essas cidades é fortalecer o turismo no Brasil e no continente.

Quer saber mais sobre o que o Brasil poderia fazer para desenhar uma estratégia para o segmento de eventos ? Veja aqui: Eventos, e agora?

Eventos: e agora ?

EventosCreio que já falei sobre o tema algumas vezes aqui no blog, mas o tema é de extrema importância e ao mesmo tempo requer uma reflexão séria, e muitas atitudes.

A resposta que busco é: o que vamos fazer depois de realizar Copa do Mundo FIFA e Jogos Olímpicos em termos de eventos no Brasil ? Todos, ou a maioria dos países que realizaram megaeventos tiveram grande preocupação em estabelecer uma política de captação para eventos esportivos e associativos depois desses eventos. Os melhores eventos recentes, em minha opinião, são o Canadá e Londres.

Em nosso caso, além de não ter conhecimento sobre o que se está fazendo, ou não existir essa política, também temos perdido muito espaço no ranking ICCA e na atração de novos tipos de eventos para o Brasil. As cidades sede da Copa, diversas cidades brasileiras, e especialmente o Rio de Janeiro e São Paulo, podem atrair eventos de várias categorias e segmentos.

A captação de eventos não pode ficar ao acaso, sobretudo quando falamos de políticas federais. Uma política de atração de eventos pode ser mensurada e trazer grandes resultados para a economia do país, para as cidades e ampliar os benefícios na geração de empregos.

Se quiser saber mais sobre o tema veja o artigo publicado na Revista Turismo em Pauta 13 em Pauta da CNC.

Eventos: e a banda passando

A Copa do Mundo foi aqui. Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 serão aqui em 430 dias (nossa!!!). O Brasil já atingiu seu máximo no ranking da ICCA. Minha pergunta: para onde vai o setor de eventos de nosso país? Qual a estratégia para o setor de eventos associativos, eventos esportivos e outros tipos de eventos para um país que fez tantos investimentos em infra-estrutura turística e em equipamentos para receber todos os tipos de eventos ?

Não vejo nenhum debate sobre a visão que temos do setor para daqui a dez anos, quais os próximos passos a seguir ? Como inovar e avançar no processo de captação de eventos ? Como podemos expandir políticas para os eventos esportivos? Por acaso estamos estudando o que fez a Inglaterra ou o Canadá para aprender com outras experiências? Ou também vamos jogar fora essa oportunidade?

O Brasil não teve estratégia de imagem para a Copa do Mundo, não tem para os Jogos Olímpicos, não sabemos quais as mensagens queremos passar para o Mundo. As pesquisa de imagem com os estrangeiros mostram EXATAMENTE a mesma coisa há 10 anos. E o setor de eventos, também vai ser espectador nesse cenário? Parece que estamos sentados na arquibancada vendo a banda passar, e que não temos nada a ver com o que está acontecendo.

O que aprendi com a Copa: 8 “Liderança em Eventos”

Ainda tentando sintetizar alguns temas interessantes sobre os benefícios da Copa do Mundo FIFA para o turismo brasileiro quero falar do segmento de eventos.

A mudança de percepção da sociedade, imprensa e diversos atores do Brasil sobre o segmento de eventos é uma oportunidade que o turismo deve aproveitar de forma inovadora. A preparação para receber os visitantes e as experiências vividas nas cidades sede e outras cidades do país foram surpreendentes; muito se aprendeu desde os aeroportos, estradas, restaurantes, hotéis, lojas, lugares de entretenimento. Provavelmente, quando as cidades receberem outros tipos de eventos esportivos ou associativos, estarão mais experientes e darão mais atenção aos fatores valorizados durante o Mundial, assim como terão mais entendimento dos benefícios que esses eventos podem trazer para seus negócios.

Como as cidades vão consolidar essa nova visão? Como os destinos vão buscar mais parceiros privados para captação de eventos? Como os destinos vão receber congressos, feiras e eventos de qualquer natureza ?

O posicionamento do Brasil no ranking da ICCA, e a realização do Mundial da FIFA, coroados com os Jogos Rio 2016 são uma carta branca para a atração de eventos internacionais de qualquer natureza para o Brasil.

Aprendi com a Copa que, tanto no Brasil, na relação da indústria de eventos com parceiros públicos e privados, e, especialmente na promoção internacional do país como sede de eventos de qualquer perfil, precisamos inovar, ser arrojados e criativos em mais cooperação e ações estratégicas.

Indústria de Eventos

Um relatório da ICCA – International Congress & Convention Association traz um perfil da evolução da indústria de eventos no mundo entre os anos de 1963 a 2o12.

Nos últimos 50 anos, o segmento que representa quase 55 mil eventos anuais mostra a diminuição market share da Europa, que tinha 72% dos eventos e hoje tem um participação de 54%. As regiões que cresceram neste período são a Ásia, que tem hoje 18% do mercado e a América Latina com 10%. Pelos critérios da entidade, a América do Norte permanece com cerca de 12% dos eventos mundiais, mesmo tendo os EUA como o primeiro país em números absolutos de eventos anuais.

Algumas características dos eventos chamam a atenção e podem colaborar com estudos para espaços de eventos em hotéis ou centros de convenções:

1. Número de participantes: cai progressivamente o número de pessoas por evento, hoje a média de participantes é de 424 pessoas; há 50 anos essa média era de 1.253 participantes. Espaços para eventos que agrupam até 500 pessoas podem realizar a grande maioria dos eventos do critério ICCA. Isso se justifica porque as áreas que mais realizam eventos com a médica, de tecnologia e ciências, se agrupam em sub temas, e portanto realizam eventos mais específicos.

2. Local de realização: Os centros de convenções são substituídos pelos espaços em hotéis, pois o tamanho dos eventos diminui e o conforto e facilidades de hospedagem, alimentação e espaços reunidos em hotéis agrupa 44% dos eventos realizados no mundo. Centros de Convenções e Universidades abrigam respectivamente 24% e 22% dos eventos realizados.

3. Duranção dos eventos: As mudanças nas relações de trabalho, tipos de eventos também fazem com que a média de dias de duração dos eventos seja atualmente de 4 dias. Essa média chegava a 6 dias, mas hoje, um melhor aproveitamento do lazer e conhecimento da região aonde o evento é realizado pode ser uma grande oportunidades para a indústria de viagens e turismo.

4. Gastos: Aumentaram os gastos dos participantes em eventos mundiais. Atualmente, a média de gasto diário com a taxa de inscrição, por pessoa é de USD 149,00 e os demais gastos, que variam de acordo com o evento, destino e outras variáveis, é de USD 678,00 por delegado, por dia. Inovação, mudanças rápidas e necessidade de atualização levam os profissionais a participar de eventos de sua categoria profissional e também contribuem para o conhecimento e a ciência.

Voltaremos com uma análise da evolução do Brasil nesse cenário.

FONTE: ICCA – A Modern History of International Association Meetings 1963-2012.

2013… 3 X 0

A contagem regressiva já marca um ano para a realização da Copa do Mundo FIFA 2014.

A seleção começa com bons sinais colocando 3 X 0 sobre o Japão. É apenas o começo, muito trabalho pela frente, mas é um ótimo começo.

A realização dos jogos nas seis cidades que realizam os jogos devem apontar aquilo que está afinado, o que precisa de melhorias e o aprendizado para que daqui há um ano os preparativos possam ser aprimorados.

Os estádios estão entregues, mesmo com ajustes a fazer e outros a finalizar até 2014.

O importante seria desde já começar a pensar em setembro de 2014, ou seja, um trabalho de captação de eventos, de planejamento para a utilização das arenas multiuso para diversos tipos de atividades depois do mundial. O turismo pode colaborar e se beneficiar nessa área, já tem mecanismos, políticas de Convention Bureaux e de alguns Estados e Municípios para a busca de todo tipo de evento.

Conhecer bem a infraestrutura de cada arena, as possibilidades de atividades e um plano de ação do turismo pode ser estratégico para as cidades e sobretudo para o setor de viagens e negócios.

E a competitividade ?

Mais uma vez ela está ligada à infraestrutura e serviços de qualidade. Temos que melhorar e perseguir melhores condições de viagens no Brasil. Fui buscar no “The Travel & Tourism Competitiveness Report 2013 do WEF – World Economic Forum os principais pilares dos países que estão no topo da lista de competividade.

A Alemanha está em segundo lugar, tem abundante lista de recursos culturais ligada ao sítios históricos Patrimônio Mundial e recebe grande número de feiras e eventos anualmente. Os preços de hotéis são muito competitvos. Não precisa lembrar que recebeu a Copa do Mundo em 2006.

A Áustria que está em terceiro lugar tem melhorado seu posicionamento devido à melhorias na infraestrutura turística, por sua atitude de grande hospitalidade em relação aos visitantes e, o mais importante segundo o relatório, por sua rica base de recursos culturais.

A Espanha lidera o pilar de recursos culturais porque tem grande número de sítios Patrimônio Mundial, recursos culturais diversos e atrai grande número de feiras e exposições. O país também tem numerosos espaços esportivos em arenas e estádios.

E para citar mais um país, busquei dados do Reino Unido. Seu posicionamento está baseado nos excelentes recursos culturais, nos numerosos sítios históricos e também pela realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2012, além do Jubileu de Diamante da Rainha Elisabeth I.

 

Plano de Marketing do Ceará

O Estado do Ceará está em fase de elaboração de seu Plano de Marketing Turístico Nacional e Internacional.

Com a realização de estudos, pesquisas e uma metodologia que irá estabelecer um plano de comunicação sobre quais os produtos serão promovidos em que mercados, o Ceará será reposiocionado como destino turístico.

O Plano de Marketing do Ceará tem dois aspectos muito importantes a saber:

O primeiro está ligado às mudanças e intervenções no desenvolvimento dos produtos turísticos do estado, como por exemplo o novo Centro de Eventos, estradas e macro-estruturas de urbanização dos destinos. Assim, o novo plano de comunicação irá mostrar um conjunto de novidades para os futuros visitantes do Ceará. Lembrando que os destinos que estão em desenvolvimento também estão em áreas não litorâneas, integrando diversos roteiros e opções de experiências para os turistas.

O segundo aspecto está ligado ao aproveitamento das oportunidades geradas pelo Mundial de Futebol de 2014. A partir de 2013, o novo plano de marketing estará sendo executado. Dessa forma, durante a realização da Copa, novas mensagens, estratégias e conteúdo sobre destinos e produtos turísticos estarão sendo levados à imprensa nacional e internacional, assim como às redes sociais.