A resiliência do doméstico

O atual cenário de viagens domésticas e internacionais traz uma série de riscos e oportunidades para nosso setor. As projeções de estudos globais mostram uma queda média da demanda global de viagens em cerca de 57%; sendo as domésticas previstas para voltar aos índices de 2019 em 2022 e as internacionais somente em 2024 (Oxford Economics, Julho 2020). Essas projeções são uma média e existe um passo diferente em cada país e continente, além de uma recuperação geral mais lenta do que os primeiros estudos indicavam. As viagens internacionais devem cair cerca de 64% nas Américas, e no Brasil cerca de 46% esse ano.

Um relatório da Tourism Economics/ Oxford Economics, publicado em junho analisa que a resiliência da demanda por viagens está vinculada à viagens domésticas ou a mercados de curta distância. Os custos dos deslocamentos, as restrições de fronteiras e as opções de transportes, dentre outros fatores, são variáveis que influenciam essa demanda. Trazemos aqui uma análise mais detalhada sobre o Brasil diante dessas perspectivas na busca de entender novas oportunidades e identificar riscos.

A Tourism Economics mapeia dois índices e os cruza para obter uma análise, são eles: de Resiliência Doméstica (1) e o de Resiliência de Viagens Curtas (2). Baseando-se nos dados de demanda de 2019 é identificado o percentual de viagens domésticas (1) frente ao total de viagens da população, depois o percentual de viagens entre países vizinhos (2) e os dois são combinados e somados outros fatores, gerando o Índice Potencial de Viagens. No caso do Brasil, para o item 1 somos o país mais resiliente junto com EUA, China e Japão; no item 2 também estamos acima da média mundial, o que nos leva a um índice bastante alto, acima da média mundial.

O estudo cruza ainda diversas informações e mostra, com base em dados, que o Brasil tem uma grande capacidade de resiliência. Esses indicadores são, também, avaliados com os fatores que mencionamos acima, como restrições de viagens, fronteiras fechadas ou até substituição de mercados emissores devido ao cenário ainda nebuloso (aqui alguns dados sobre a situação em alguns países da América Latina).

O Brasil tem hoje uma grande oportunidade de crescer no mercado doméstico, e tem alta resiliência no próprio doméstico e nas viagens de curta distância

Transformar essas oportunidades em realidade por aqui, além de muito trabalho e cooperação, deve considerar fatores externos como a própria situação da pandemia, a crise econômica e as dificuldades por que passa o setor de turismo para enfrentar o atual momento com um longo período de recuperação pela frente. Monitorar e acompanhar a evolução de diversos fatores macro-econômicos será fundamental para seguir no caminho de estímulo a viagens.

Muitos estudos já comprovam a preferência dos brasileiros pelas viagens dentro do país no momento atual e pós-pandemia, e uma pequena parcela que mantém a vontade de ir ao exterior. As projeções de pequenas viagens regionais já iniciam em algumas regiões do país, e as empresas de turismo seguem firmes nos cuidados para viagens seguras conforme regras e protocolos bastante rígidos. Vamos acompanhando.

Férias e feriados 2020: já sugeriu algo a seu cliente?

Photo by Brooke Lark on Unsplash

Ao início de cada ano muitas pessoas costumam fazer novos planos pessoais, estabelecer metas e organizar quais serão suas prioridades. Eu então gostaria de fazer uma sugestão àqueles que vendem viagens: lembre e estimule seu cliente a colocar suas férias e outras escapadas mais rápidas nesse planejamento pessoal. Você pode enviar uma newsletter, usar suas redes sociais ou seu website, destaque sempre que as viagens são parte essencial de nossa qualidade de vida e podem fortalecer laços e melhorar o desempenho profissional. Bem, são infinitos os benefícios de uma viagem.

Aqui no Brasil ainda temos uma oportunidade de sugerir os feriados prolongados em nosso portfólio de produtos; não só dando ideia de onde as pessoas podem ir, mas também sugerindo que tipo de experiência elas podem ter de acordo com a data comemorativa no feriado, sua localização geográfica ou preferências de atividades durante os momentos de lazer. Como estamos em ano bissexto, de 366 dias, teremos 9 (nove) feriados prolongados, o dobro do ano passado; e o melhor caem em sextas, segundas, terças e quintas-feiras, confira abaixo:

Lista de feriados prolongados em 2020

25 de fevereiro (terça): Carnaval (ponto facultativo) 

10 de abril (sexta): Paixão de Cristo 

21 de abril (terça): Tiradentes 

1º de maio (sexta): Dia do Trabalhador 

11 de junho (quinta): Corpus Christi (ponto facultativo) 

7 de setembro (segunda): Dia da Independência 

12 de outubro (segunda): Dia de Nossa Senhora Aparecida 

2 de novembro (segunda): Finados 

25 de dezembro (sexta): Natal

10 de abril (sexta): Paixão de Cristo 

21 de abril (terça): Tiradentes 

1º de maio (sexta): Dia do Trabalhador 

11 de junho (quinta): Corpus Christi (ponto facultativo) 

7 de setembro (segunda): Dia da Independência 

12 de outubro (segunda): Dia de Nossa Senhora Aparecida 

2 de novembro (segunda): Finados 

25 de dezembro (sexta): Natal

Ainda, ao examinar o calendário, vi que as datas comemorativas são muitas, veja aqui, e você pode trabalhar com elas das mais diversas formas, sugerindo viagens nesses momentos especiais. Bem, as opções são muitas, agora é mão na massa e um planejamento que possa lembrar e convidar seus clientes a aproveitar esses períodos para viajar mais e colocar suas férias anuais no planejamento de 2020! Aliás. você já planejou as suas férias desse ano ?

Férias ilimitadas?

Photo by Raphaël Biscaldi on Unsplash

Você já deve ter ouvido falar em PTO, eu não sabia o que era até pouco tempo quando meu filho que trabalha da ADOBE mostrou mensagem de seu chefe autorizando uma Paid Time Off. Fui ler sobre o assunto e descobri que, apesar de não ser algo novo, as empresas estão adotando diversos tipos de períodos de férias para seus funcionários (cada vez mais). Muito comum em empresas de tecnologia, também na NETFLIX ou no SPOTIFY, também ocorrendo bastante na Inglaterra; essas férias ilimitadas são, a meu ver, uma boa reflexão para a indústria de viagens e turismo.

Qual a ideia por traz dessa política? A pessoa pode tirar tempo de folga da forma que quiser, desde que seu trabalho seja entregue no prazo; o foco está nos resultados e não nas longa horas de trabalho. Uma filosofia que vem mudando junto com as formas e relações de trabalho; em décadas anteriores quem mais trabalhava ou ficava até tarde no escritório era visto como bom funcionário, esforçado, comprometido. O comprometimento hoje está nos resultados e na busca da felicidade do talento para não perdê-lo (parece que os millennials não têm muito apego ou não ficam muito tempo na mesma empresa).

As empresas vêm vantagens em adotar políticas flexíveis de férias, sobretudo porque ajudam a reter talentos; contribuem para a felicidade, saúde e bem-estar dos funcionários; cortam custos por não gastar em outras políticas de recursos humanos e colocam o foco em boas entregas de projetos. Mas por que estou falando disso? Porque aqui pode estar uma nova forma de fazer turismo.

Na medida em que as pessoas vão tendo mais tempo livre, escapadas de poucos dias, mais momentos com família ou amigos, mais períodos de relaxamento e desligamento devem ser mais frequentes, e aí nossa indústria pode (e deve) entrar em ação. Ainda estou me debruçando sobre o assunto, e minhas primeiras reflexões vão direto ao tema: como atender esse cliente que está alguns dias fora do trabalho, talvez precise de alguma ferramenta para se conectar em algum momento e que quer aproveitar cada momento de sua experiência?

Bem, muito a refletir, aprender e avaliar, mas vou voltar ao tema por aqui por considerar que novas demandas podem vir, novos estímulos podem ser feitos para as pessoas com férias flexíveis e inovadoras formas de marketing podem ajudar a convencer as pessoas em aproveitar suas férias ilimitadas. Imagino que as empresas, cada uma de acordo com seus objetivos e visão, estão adaptando e se ajustando a esse conceito, vou ficar de olho. Você conhece experiências sobre o tema na área de turismo? Pode compartilhar conosco?

Mais sobre as políticas do NETFLIX aqui.

Os brasileiros pretendem gastar mais no verão?

Segundo uma pesquisa realizada pelo Booking.com 34% dos brasileiros pretendem gastar mais nas férias de verão. Uma porcentagem considerável, uma vez que a mesma pesquisa aponta que 60% dos brasileiros acreditam que a crise econômica vai afetar a viagem de alguma maneira.

O aumento dos gastos não deixa de ser um reflexo da predileção de boa parte dos brasileiros por essa época do ano. E, considerando que a maioria dessas viagens será realizada dentro do território nacional, a região mais beneficiada com esses gastos deverá ser a região Nordeste, que detém 60% da preferência dos viajantes como destino. Esses dados também mostram que, optando pelos destinos nacionais, os brasileiros aumentaram a possibilidade de gastos. A não necessidade de conversão da moeda, e uma provável consequente desvalorização, pode permitir mais dias de viagem e mais poder de compra.

Mas para além dos 34% citados, há um número expressivo de turistas que pretende manter o percentual de gastos ou, ainda, diminuí-los. No caso deles, existem algumas alternativas para economizar. Uma das possibilidades é a realização de viagens mais curtas. Hospedagens mais baratas também pode ser outra opção. Assim como, para os que vão viajar de avião, ficar atentos às promoções de passagens aéreas.

TURISMO WEEK NORDESTE

Começa hoje a edição da Turismo Week by Bratzoa em parceira com a CTI Nordeste.
Estamos acreditando nessa ação inédita que envolve os operadores, agentes de viagens e leva ao consumidor final diversas opções de viagens ao nordeste.
O momento é favorável, a região se fortalece com sua identidade e cada destino traz suas promoções e suas experiências específicas.
Vamos dar um gás especial nas ações de marketing digital, unificando hashtags e fortalecendo as redes sociais dos destinos e empresas do nordeste.
#partiuturismoweeknordeste #participavocetambem