Recuperação ou Reinvenção? Os Dados Explosivos do Turismo em 2024 e as Apostas do Brasil

O ano de 2024 consolidou uma retomada contundente do turismo global, com 1,4 bilhão de chegadas internacionais, equivalendo a 99% dos níveis anteriores à pandemia. De acordo com as análises e estatísticas da Organização das Nações Unidas para o Turismo (ONU Turismo), esse avanço foi impulsionado pela forte demanda reprimida ao longo de 2020-2022, pela recuperação de mercados-chave e pela melhoria expressiva do desempenho em regiões como Ásia e Pacífico. Enquanto Oriente Médio, Europa e África já ultrapassaram os números de 2019, as Américas atingiram 97% de recuperação, destacando-se o Caribe e a América Central, que superaram os resultados pré-pandêmicos.

PANORAMA GLOBAL

O turismo internacional gerou US$ 1,6 trilhão em 2024, um aumento de 4% em relação a 2019. Esse montante reforça a importância do setor na economia global e aponta para uma retomada acima do esperado, considerando os desafios logísticos e sanitários enfrentados no início da década.

Oriente Médio: Aumento de 32% em relação a 2019, com 95 milhões de chegadas. A região se firmou não apenas como polo de negócios, mas também como destino cultural e de eventos, ampliando sua competitividade internacional.

África: Crescimento de 7% comparado a 2019, totalizando 74 milhões de chegadas. O continente tem fortalecido sua imagem baseada em biodiversidade, cultura e projetos de ecoturismo.

Europa: Com 747 milhões de chegadas, superou ligeiramente os níveis pré-pandemia. Ainda é o maior mercado mundial, beneficiado por diversificação de produtos turísticos e alta integração regional.

Américas: 213 milhões de chegadas (97% de 2019), sobretudo impulsionadas pelo bom desempenho do Caribe e América Central.

A recuperação global reflete a combinação de grande demanda reprimida e políticas pró-turismo, incluindo a flexibilização de restrições de viagem. Contudo, custos de transporte crescentes e a volatilidade geopolítica podem afetar a curva de crescimento em 2025 e além. Nesse cenário, a busca por práticas sustentáveis, compensação de carbono e redução de impactos ambientais ganha espaço, indicando que destinos com projetos sólidos de turismo responsável poderão se destacar cada vez mais.

Mostra, também, que as relações geopolíticas e o novo governo americano trazem maiores desafios para a economia global, as diferenças de blocos e, consequentemente, para as viagens pelo planeta. É ficar de olho.

AMÉRICAS

Com 213 milhões de chegadas (97% dos níveis de 2019), as Américas mantiveram um crescimento robusto de 7% em relação a 2023. O Caribe e a América Central foram os principais motores, reforçando a preferência por destinos “pé na areia” e de turismo de experiência. Em termos de receitas, Colômbia (+37%) e Canadá (+70% em receitas) lideraram os ganhos, demonstrando a força de mercados que investiram em promoção internacional e diferenciação de produtos turísticos.

Na América Latina, destinos emergentes como República Dominicana e Guatemala lideraram a recuperação, capitalizando tendências de ecoturismo e consolidando a região como polo de experiências autênticas. O Brasil, embora não detalhado diretamente nos dados da ONU Turismo, desponta com sua vasta oferta de ecoturismo e crescente interesse em práticas sustentáveis. A combinação de biodiversidade única, cultura diversificada e demanda reprimida por turismo de natureza posiciona o país como protagonista regional — mas também traz à tona a responsabilidade de garantir um equilíbrio entre desenvolvimento e preservação ambiental.

BRASIL: RECORDE HISTÓRICO E NOVAS PERSPECTIVAS

O Brasil encerrou 2024 com 6,65 milhões de turistas estrangeiros, um crescimento de 12,6% em relação a 2023 — um recorde, superando até mesmo os valores gerados durante a Copa de 2014 (US$ 6,62 bilhões nos primeiros 11 meses de 2024).

Dois terços dos turistas chegaram por via aérea, evidenciando a importância de melhorar a conectividade e ampliar rotas, ao mesmo tempo em que se discute a descarbonização do transporte aéreo ou alternativas de compensação de carbono.

Insight Climático:

O Brasil carrega o desafio de equilibrar a expansão turística com a conservação de seus biomas — Amazônia, Pantanal, Mata Atlântica, Cerrado, entre outros. A crescente pressão de turistas em áreas naturais pode acarretar riscos ambientais, demandando fiscalização, limites de visitação e a adoção de protocolos de turismo responsável. Ao mesmo tempo, a proteção de ecossistemas é um ativo estratégico: uma floresta em pé ou um manguezal preservado podem gerar renda para comunidades locais e atrair turistas interessados em experiências genuinamente sustentáveis.

DESAFIOS GLOBAIS DO TURISMO: CONECTIVIDADE, POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS E VISTOS

1. Conectividade Aérea: A decisão de companhias aéreas de encerrar rotas afeta a atratividade de destinos. O caso da Ryanair em Jerez (Espanha) ilustra como tarifas excessivas ou falta de incentivos podem comprometer economias locais. No Brasil, a discutida fusão da GOL e Azul ainda vão trazer muito debate, sempre mostrando a sensibilidade do setor e a possibilidade de retirada de rotas (que já vem ocorrendo), assim como preços ainda altos.

2. Políticas dos EUA

A reeleição de Donald Trump e eventuais políticas protecionistas podem dificultar viagens e reduzir o fluxo de turistas internacionais para os EUA. Vamos acompanhar as medidas e restrições a vistos; além das barreiras de imigração e comerciais mais rigorosas, que podem afetar a demanda global, diminuindo a capacidade de gastos de viajantes e impactando destinos que dependem de conexões via Estados Unidos.

3. Exigência de Visto pela Europa para Brasileiros

A criação de vistos adiciona burocracia e custos, desencorajando potenciais viajantes, como é o caso também da Europa. Nesse caso, para destinos europeus, a redução do fluxo brasileiro implica perdas econômicas, particularmente em países onde o turismo sul-americano representa fatia relevante do mercado.

Reflexões Finais sobre o Brasil e a Agenda Climática

O turismo global avança em meio a incertezas e transformações, mas o Brasil tem a oportunidade de se destacar ao alinhar seu planejamento de longo prazo com a agenda climática. Projetos de conservação, iniciativas de turismo responsável e colaboração com comunidades locais podem servir de vitrine de inovação sustentável. O país reúne biodiversidade única e potencial de hospitalidade reconhecido mundialmente — recursos poderosos para se diferenciar num mercado competitivo e cada vez mais atento às credenciais ambientais.

Contudo, a superação dos desafios passa por políticas públicas consistentes, investimento em infraestrutura verde, formação de mão de obra especializada e parcerias entre governos, setor privado e sociedade civil. A adoção de métricas de impacto (carbono emitido, conservação de habitats, benefícios econômicos para comunidades) permitirá mensurar com precisão o sucesso de iniciativas e corrigir rotas quando necessário.

A transformação do modelo de turismo brasileiro — pautada pela responsabilidade socioambiental e pela inovação — pode ser um legado duradouro, capaz de gerar divisas e preservar os recursos naturais que fazem do país um destino tão singular. À medida que 2025 se aproxima, a urgência de colocar a sustentabilidade no centro das decisões turísticas não é apenas uma exigência de mercado, mas uma responsabilidade global.

3 Oportunidades para Alavancar o Turismo em 2025

6 de janeiro de 2025

Jeanine Pires, palestrante e especialista em turismo

Comportamento do Turista Brasileiro

A pesquisa Nexus para o Ministério do Turismo revelou que 35% dos brasileiros planejam viajar a lazer entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, uma queda de 2 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Destinos nacionais continuam predominando, com 97% dos viajantes preferindo explorar o Brasil. As regiões Nordeste (53%) e Sudeste (37%) lideram as preferências, enquanto sol e praia são os principais atrativos (54%), seguidos por ecoturismo (10%) e saúde e bem-estar (5%).

Perfil do Consumo e Planejamento

A duração média das viagens aumentou para 12 dias, e o gasto médio subiu 34%, chegando a R$ 2.514,00 em 2024. Carro próprio é o meio de transporte preferido (40%), enquanto 47% dos viajantes se hospedam em casas de amigos ou parentes. No entanto, o planejamento ainda é limitado, com muitas decisões tomadas pouco antes das viagens.

Barreiras para Viajar e Potencial de Crescimento

A falta de condições financeiras é o principal obstáculo para 44% dos brasileiros que não viajarão neste verão. Além disso, apenas 15% desses têm planos de lazer para os próximos 12 meses, evidenciando a necessidade de estratégias que promovam viagens em períodos alternativos e acessíveis.

Oportunidades para Quem Vende Viagens no Brasil

1. Experiências Personalizadas e Ecoturismo

Tendências globais indicam que os turistas buscam experiências únicas e sustentáveis. No Brasil, destinos de ecoturismo, como Bonito e Chapada Diamantina, têm grande potencial. Empresas podem destacar práticas de sustentabilidade e criar pacotes personalizados que combinem aventura e cultura local, alinhados aos valores do público-alvo.

2. Viagens de Curtas Durações e Turismo de Proximidade

A preferência global por escapadas rápidas e “staycations” também está presente no Brasil. Destinos próximos e de fácil acesso, como cidades históricas e regiões serranas, podem ser promovidos como opções ideais para viagens de fim de semana ou feriados de 2025. Oferecer experiências exclusivas, como roteiros gastronômicos ou visitas a vinícolas, agrega valor a essas viagens.

Veja o calendário de FERIADOS 2025

3. Digitalização e Experiências Híbridas

A digitalização é essencial no turismo atual. Consumidores esperam experiências online personalizadas e interativas. Investir em tours virtuais, lives promocionais e campanhas em redes sociais, como TikTok e Instagram, atrai novos clientes. Tecnologias de inteligência artificial para atendimento e personalização de pacotes também são ferramentas indispensáveis para conquistar e fidelizar turistas.

No caso do Brasil, vamos lembrar o papel do WhatsApp nas promoções e vendas.

O Verão 2025, já bombando em janeiro, apresenta desafios e oportunidades. Para capturar o potencial do mercado, é fundamental que os profissionais de turismo adaptem suas estratégias, valorizando experiências únicas e sustentáveis, promovendo o turismo de proximidade e explorando o poder das ferramentas digitais. 

travel designer: Pra quem quer trabalhar com turismo de luxo

Tive um ótimo bate-papo com Ricardo Ferreira no meu podcast HUB TURISMO e CARREIRA sobre as novas formas de preparar profissionais para atuar no mercado de turismo de luxo no Brasil. Se preparar para ser TRAVEL DESIGNER. A escola de negócios se chama RADIX e já formou 400 alunos em 2024, com novidades para 2025. Confira o episódio em vídeo e áudio.

Do latim, raiz. A base de tudo, o alicerce necessário para que todo grande projeto floresça. Assim é com uma viagem inesquecível. Seu planejamento é o começo da melhor experiência que se pode ter. RADIX é o primeiro curso profissionalizante do setor, com o objetivo de formar profissionais travel designers, uma das carreiras mais desejadas do mercado de turismo.

programa pioneiro de Turismo de Luxo no Brasil, concebido pela colaboração das renomadas agências Latitudes, Matueté, Primetour e Teresa Perez. Após o extraordinário sucesso das primeiras turmas, estamos entusiasmados em anunciar as próximas edições do Radix.

Acesse o site da Radix ⁠aqui

Julho 2024 com -4% de chegadas globais


Em julho de 2024, o turismo internacional recuperou 96% dos níveis registrados antes da pandemia, com forte demanda na Europa e a reabertura dos mercados na Ásia e no Pacífico.

Segundo a última edição do Barômetro da ONU Turismo do Turismo Mundial, cerca de 790 milhões de turistas viajaram internacionalmente nos primeiros sete meses de 2024, aproximadamente 11% a mais do que em 2023 e apenas 4% a menos do que em 2019. Os dados mostram um bom começo neste ano, seguido de um segundo trimestre mais modesto. Os resultados estão alinhados com as projeções da ONU Turismo de plena recuperação das chegadas internacionais em 2024, apesar dos riscos econômicos e geopolíticos atuais.

O Oriente Médio continua liderando a recuperação. A recuperação atual ocorre apesar de diversos desafios econômicos e geopolíticos, o que destaca a forte demanda por viagens internacionais, assim como a eficácia de impulsionar as conexões aéreas e relaxar as restrições de visto. O aumento da conectividade aérea e a facilitação de vistos têm promovido a recuperação das viagens internacionais, e os dados mostram que, até agora, todas as regiões do mundo registraram resultados positivos neste ano.

O Oriente Médio continua sendo a região que mostrou o maior crescimento em termos relativos, já que, durante os sete primeiros meses de 2024, as chegadas internacionais aumentaram 26% em comparação com os níveis registrados em 2019. A África recebeu 7% mais turistas do que nos mesmos meses de 2019. A Europa e as Américas recuperaram 99% e 97% de suas chegadas registradas antes da pandemia, respectivamente, durante esses sete meses. A Ásia e o Pacífico registraram 82% de suas chegadas turísticas alcançadas antes da pandemia (-18% em comparação com 2019), atingindo 85% em junho e 86% em julho.

De acordo com dados mensais ou trimestrais fornecidos pelos países, no primeiro semestre de 2024, um total de 67 de 120 destinos em todo o mundo havia recuperado o nível de chegadas registrado em 2019. Entre os países que apresentaram melhores resultados no período de janeiro a julho de 2024 estão Qatar (+147% em comparação com 2019), onde as chegadas mais que dobraram, Albânia (+93%), El Salvador (+81%), Arábia Saudita (+73%), República da Moldávia (+50% em junho) e Tanzânia (+49% em junho).

Em relação às receitas do turismo internacional, nos seis primeiros meses de 2024, 47 de 63 países com dados disponíveis haviam recuperado os valores registrados antes da pandemia, e muitos deles mostraram crescimento de dois dígitos em comparação com 2019 (em moedas locais e a preços atuais). Entre os países que apresentaram melhores resultados em junho e julho de 2024 estão Albânia (+128%) e Sérvia (+126%), onde as receitas mais que dobraram (em comparação com o mesmo período de 2019), seguidos por Tajiquistão (+85%), Paquistão (+76%), Montenegro (+70%), Macedônia do Norte (+60%) e Portugal (+57%). Turquia (+55%) e Colômbia (+54%) também apresentaram resultados positivos. Cabe destacar o caso da Arábia Saudita (+207%) e El Salvador (+168%), que experimentaram um crescimento extraordinário em comparação com o primeiro trimestre de 2019.

Os dados sobre os gastos por turismo internacional mostram uma forte demanda de turismo emissor entre janeiro e julho de 2024, especialmente por parte dos mercados emissores mais importantes, como os Estados Unidos (+32%), Alemanha (+38%) e o Reino Unido (+40% em março), em comparação com o mesmo período de 2019. Austrália (+34%), Canadá (+28%) e Itália (+26%) também indicaram gastos por turismo emissor consideráveis registrados em junho de 2024. Os dados limitados para a Índia mostram o notável incremento dos gastos por turismo emissor, que experimentaram um incremento de 86% no primeiro trimestre de 2024 (em comparação com o primeiro trimestre de 2019).

Os dados revisados para 2023 mostram que as receitas de exportação provenientes do turismo internacional totalizaram 1,8 trilhões de dólares dos Estados Unidos (incluindo receitas e transporte de passageiros), alcançando praticamente o mesmo nível que antes da pandemia (-1% em termos reais em comparação com 2019). O PIB proveniente diretamente do turismo também recobrou em 2023 os níveis prévios à pandemia, alcançando aproximadamente 3,4 trilhões de dólares dos Estados Unidos, o que equivale ao 3% do PIB mundial. Em 2019, o turismo contribuiu diretamente ao 4% do PIB mundial.

Tudo aponta que 2024 finalizará com resultados positivos, se bem que persistem desafios. O Índice de Confiança no Turismo de ONU Turismo mostra expectativas positivas para o último trimestre do ano, com 120 pontos para o período setembro-dezembro de 2024, embora abaixo das perspectivas para o período maio-agosto, que obtiveram 130 pontos (em uma escala de 0 a 200, onde 100 reflete que se prevêm os mesmos resultados). Aproximadamente 47% dos especialistas em turismo que participaram da pesquisa sobre a Confiança preveem melhores resultados para o setor nos quatro últimos meses de 2024, enquanto 41% preveem resultados semelhantes e 11% piores resultados. Isso reflete a normalização gradual dos resultados do turismo após um ano positivo em 2023.

Os especialistas assinalaram que a inflação em viagens e turismo, a saber, o aumento dos preços do transporte e do alojamento, é o principal desafio que enfrenta atualmente o setor turístico, assim como a situação econômica mundial, a escassez de pessoal e os fenômenos meteorológicos extremos.

FONTE: ONU Turismo:

Você quer turistas em sua cidade? Por que?

Neste episódio, vamos explorar um dos temas mais debatidos na vibrante cidade de Barcelona: o impacto do turismo na economia local e na vida dos residentes. Esse é um problema dos destinos turísticos do Brasil? Como enfrentá-los desde já?

Sabemos que o turismo continua a ser visto como a principal fonte de riqueza para a cidade. No entanto, a percepção sobre seus benefícios e desvantagens tem mudado ao longo dos anos. Analisamos as diferenças de opinião entre moradores, empresários e lideranças destacando como esses grupos percebem a importância do turismo e os desafios enfrentados. Exploraremos os benefícios econômicos que o turismo traz e as críticas crescentes sobre os aspectos negativos, como o aumento dos preços e a ocupação de espaços públicos.

Quero muito ouvir sua opinião, como sua cidade tem vivido questões similares?

Impacto da Divulgação de Documentos do Google no Turismo e Viagens

O mundo do marketing digital está agitado depois da divulgação de milhares de documentos que revelam detalhes sobre o algoritmo de classificação do Google, conforme divulgado pela SmartTravel. Este algoritmo é crucial para a visibilidade de sites de hotéis, agências de viagens e empresas de turismo nos resultados de busca. Fontes anônimas confirmaram a autenticidade desses documentos, e o Google também confirmou a veracidade. 

As revelações sobre o algoritmo do Google são uma oportunidade para empresas de turismo e viagens melhorarem seu posicionamento. A chave está em entender e aplicar estratégias adequadas de SEO, garantindo que o conteúdo seja relevante e atualizado, proporcionando uma melhor experiência ao usuário. 

Informações Relevantes para Empresas de Turismo 

Empresas de turismo devem focar em estratégias de SEO específicas para melhorar sua visibilidade online e atrair mais visitantes. Primeiro, é essencial investir em uma pesquisa de palavras-chave eficiente para identificar termos relevantes que potenciais clientes utilizam ao buscar por serviços turísticos. Otimizar o conteúdo on-page, incluindo títulos, descrições e imagens, para garantir que essas palavras-chave estejam presentes e bem distribuídas nas páginas do site.  

Além disso, a presença digital deve ser fortalecida através da otimização de perfis em plataformas como o Google Meu Negócio. Manter informações atualizadas, coletar e responder avaliações de clientes são passos importantes para melhorar a classificação local nas buscas do Google, o que é crucial para atrair turistas que estão buscando serviços em áreas específicas. Por fim, a construção de backlinks de qualidade e a colaboração com influenciadores e blogs de viagem podem aumentar a autoridade do site e melhorar o posicionamento nos resultados de busca. 

Quais as diferenças entre o que se achava antes e depois do vazamento dos dados? 

Antes do vazamento dos documentos do Google, muitos aspectos do algoritmo de busca eram objeto de especulação e teorias entre especialistas em SEO. Acreditava-se que o volume de cliques não influenciava diretamente o ranking dos sites e que o Google não diferenciava a pontuação de cliques com base em subdomínios, domínios raiz e URLs específicas. Além disso, não havia clareza sobre a importância das atualizações de conteúdo e a influência do comportamento dos usuários na classificação dos resultados de busca. 

 Após o vazamento, foi revelado que o volume de cliques, de fato, influencia o ranking e que o Google diferencia cliques bons e ruins, além de considerar a evolução do tráfego ao longo do tempo. A documentação também expôs a importância da qualidade do site, que traz dicas que podemos aproveitar para o setor de turismo, mostra que técnicas genéricas de SEO não são igualmente eficazes para todos os tipos de sites. Além disso, foi confirmado que o Google usa dados de navegação do Chrome para melhorar a classificação dos resultados, algo que não era amplamente reconhecido antes.  

Análises sobre o Impacto do Vazamento do Algoritmo do Google no Turismo Mundial e no Brasil 

 O recente vazamento de documentos do Google, que revelou detalhes do algoritmo de busca, pode ter impactos significativos para o setor de turismo, tanto mundialmente quanto no Brasil. O entendimento mais profundo dos critérios de classificação do Google permitirá que empresas de turismo ajustem suas estratégias de SEO para melhorar a visibilidade online, aumentar o tráfego orgânico e reduzir a dependência de intermediários pagos. 

 1. Transparência e Estratégia de Conteúdo: 

   Com a revelação dos métodos do Google, empresas de turismo podem ajustar suas estratégias de conteúdo para alinhá-las melhor com os critérios de classificação. Isso inclui focar na criação de conteúdos de alta qualidade que atendam às intenções de busca dos usuários, proporcionando uma experiência de usuário superior e otimizando a navegação do site. 

2. Importância dos Dados do Usuário: 

   O uso de dados de cliques e de navegação do Chrome pelo Google para influenciar as classificações sugere que as empresas devem focar em aumentar o engajamento do usuário. Melhorar métricas como taxa de cliques (CTR) e tempo de permanência pode se tornar crucial para alcançar posições mais altas nos resultados de busca. 

3. Classificação Local e SEO Local: 

   As empresas de turismo no Brasil podem se beneficiar de uma melhor compreensão de como otimizar para classificações locais. Utilizar o Google Meu Negócio para manter informações precisas e coletar avaliações positivas pode ajudar a melhorar a visibilidade nas buscas locais, essencial para atrair turistas para destinos específicos. 

4. Adaptação às Preferências dos Usuários: 

   A documentação revelou que a experiência do usuário é um fator central para o algoritmo do Google. As empresas de turismo devem investir em sites responsivos, que oferecem uma boa experiência em dispositivos móveis, e garantir que o conteúdo esteja atualizado e relevante para manter e melhorar seu posicionamento. 

 Se quiser saber mais detalhes: 

O que aconteceu? 

 Em 13 de março, um bot automatizado publicou milhares de documentos no GitHub, incluindo elementos do algoritmo de posicionamento do Google. Esses documentos foram compartilhados com Rand Fishkin, cofundador do SparkToro e da Moz, que pediu a Mike King, CEO da iPullRank, para analisá-los. 

O que foi revelado? 

  1. Fatores usados para calcular a ordenação dos resultados 

Os documentos detalham 2.596 módulos com 14.014 atributos, sem especificar a ponderação dos elementos usados para calcular o ranking. Alguns módulos ajustam a pontuação dos resultados para promover a diversidade. 

2. Qualidade do site para turismo 

A qualidade do site é definida pelo módulo V1.Model.QualityTravelGoodSites, alterando o ranking e atuando como uma lista branca. Isso mostra que técnicas genéricas de SEO nem sempre são eficazes para o turismo. 

3. Sinais de comportamento e pessoais dos usuários 

Esses sinais incluem interações como “polegares para baixo” no YouTube, usados para detectar comportamentos negativos.  

4. Volume de cliques nos resultados de busca 

Contrário ao que o Google afirmou por anos, o volume de cliques influencia o ranking. Cliques positivos e negativos são contabilizados, afetando a classificação do site.  

5. Atualização de conteúdo 

A data do conteúdo é importante para o Google. Manter o conteúdo atualizado e coerente em todas as partes do site é crucial. 

6. Dados de navegação do Google Chrome 

O Google usa dados de navegação do Chrome para classificar resultados. Otimizar sites para Chrome e Android é essencial. 

Recomendações de Francesco Canzoniere 

1. Entenda as buscas que geram tráfego para seu site e melhore a experiência do usuário. Ferramentas: Google Analytics 4, Microsoft Clarity. 

2. Monitore a evolução do tráfego e intervenha antes de perder posicionamento. Ferramentas: Google Analytics 4, Google Search Console. 

3. Mantenha o conteúdo atualizado e coerente nas datas. 

4. Priorize Chrome e dispositivos Android para otimização. 

Fonte: CANZONIERE, Francesco, Filtración sobre el algoritmo de Google: Las claves para abordar tu nueva estrategia de SEO – Smart Travel News, Smart Travel News, disponível em: <https://www.smarttravel.news/filtracion-sobre-el-algoritmo-de-google-las-claves-para-abordar-tu-nueva-estrategia-de-seo/?utm_source=substack&utm_medium=email>. acesso em: 3 jun. 2024.

Artigo escrito com uso de inteligência artificial para busca de informações e traduções. Fonte: ChatGPT, Chatgpt.com, disponível em: <https://chatgpt.com/g/g-B3hgivKK9-write-for-me/c/414e6be7-8be6-4198-9193-2ea696fee5b2>. acesso em: 3 jun. 2024.

Vencendo o medo de falar e se fazer notar em qualquer situação

No universo profissional, poucos desafios são tão universais quanto o medo de falar em público. Este temor, que paralisa a imensa maioria, não deve ser visto apenas como um obstáculo, mas como uma oportunidade valiosa para o crescimento pessoal e profissional. Superar esse medo é possível e necessário, especialmente quando consideramos a grande importância da comunicação eficaz em todos os momentos de nossa carreira. 

Para enfrentar e superar o medo de falar em público, trago duas dicas práticas: 

1. Aceitação da Ansiedade: É fundamental reconhecer e aceitar os sinais físicos de nervosismo. Ver esses sintomas como indicadores normais e até mesmo úteis pode transformar a forma como lidamos com o medo que nos contamina. 

2. Transformar ameaça em oportunidade: Encarar cada momento como uma chance de se destacar, mais do que uma ameaça, encare como oportunidades de visibilidade e de colaboração. 

Além de superar o medo, a importância de uma comunicação eficiente no ambiente de trabalho não pode ser subestimada. Ela é a chave para o sucesso em negociações, liderança, e colaboração em equipe. A habilidade de comunicar ideias de forma clara e persuasiva é diretamente proporcional às oportunidades de avanço e reconhecimento profissional. 

 Segundo o LinkedIn Learning, no estudo sobre as habilidades mais requisitadas dos recrutadores em 2024, a Comunicação está no alto do podium. Veja a ilustração abaixo: 

Portanto, é essencial que as pessoas busquem ativamente desenvolver suas habilidades de comunicação. Isso significa praticar regularmente, seja através de cursos, workshops ou até mesmo participação em eventos. Também envolve estar sempre atento às oportunidades de falar em público, seja em reuniões, conferências ou apresentações, transformando cada momento em um exercício prático de aprimoramento. 

Ouça o HUB TURISMO PODCAST que traz esse conteúdo em detalhes à partir de minha palestra na WTM Latin America.

Estudar técnicas de comunicação e aplicá-las consistentemente prepara os profissionais para não apenas enfrentar o medo de falar em público, mas também para se destacarem em suas carreiras. A comunicação é uma competência crítica que, uma vez dominada, abre portas para inúmeras oportunidades e colaborações enriquecedoras. 

Sobre a aviação na AMérica Latina

No coração da América Latina, a aviação está se reinventando para encarar os desafios contemporâneos e moldar um futuro promissor. A Associação Latino Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA) está à frente dessa transformação, catalisando inovações e sustentabilidade em um setor vital para o desenvolvimento econômico e a integração regional.

Os dados da ALTA revelam uma jornada de resiliência e adaptação. Em 2023, a aviação latino-americana começou a recuperar as altitudes pré-pandemia, com um aumento significativo no número de passageiros transportados. Este crescimento não apenas simboliza a recuperação do setor, mas também reflete a importância da aviação como um pilar para o turismo e a economia na região.

Contudo, o caminho para a sustentabilidade é talvez o mais desafiador e necessário. A indústria aérea está comprometida em alcançar a neutralidade de carbono até 2050, investindo em tecnologias limpas e combustíveis sustentáveis. A ALTA desempenha um papel crucial nesse aspecto, apoiando iniciativas que visam reduzir a pegada ambiental do transporte aéreo, sem comprometer sua eficácia e acessibilidade.

A América Latina, com suas vastas distâncias e topografia diversificada, depende fortemente da aviação para conectar suas comunidades e fomentar o comércio. A ALTA está consciente de que o futuro da aviação na região está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento sustentável, promovendo políticas e práticas que asseguram a prosperidade econômica aliada à responsabilidade ambiental.

Este momento é de oportunidade para repensar a aviação na América Latina. Pensar além do Brasil, pensar no Continente. Encarando desafios como os altos custos de combustível e a necessidade de maior segurança jurídica, a região está no limiar de uma nova era para o transporte aéreo. Uma era que, segundo a visão da ALTA, será marcada por inovação, eficiência e, acima de tudo, sustentabilidade. O setor está decolando em direção a um futuro onde o céu é apenas o começo de suas possibilidades infinitas.

Ouça nosso podcast HUB TURISMO com José Ricardo Botelho, CEO da ALTA

Demanda futura de voos, já é possível com novo Painel da Dados da EMBRATUR

Em um mundo cada vez mais digitalizado, a importância de dados confiáveis e atualizados não pode ser subestimada. No setor de turismo, isso é ainda mais crítico. Dados precisos permitem que gestores públicos, operadores turísticos e empresários façam projeções mais precisas, identifiquem tendências emergentes e respondam de forma eficaz às mudanças no mercado.  

Por exemplo, saber o número exato de turistas que visitaram uma determinada região pode ajudar no planejamento de infraestruturas, como transporte e oferta de hospedagem. Além disso, dados sobre o gasto médio dos turistas podem ser cruciais para desenvolver estratégias de marketing mais eficazes. Pode, também, ser uma ferramenta eficiente para melhorar a permanência do visitante no destino. 

Planejamento de Marketing com Dados de Oferta Futura de Voos 

Ter acesso a dados sobre a oferta futura de voos é uma vantagem competitiva inestimável para o setor de turismo. Com essas informações, agências de viagens, hotéis e outros negócios relacionados podem planejar suas estratégias de marketing com maior precisão.  

Por exemplo, se os dados mostram um aumento na oferta de voos de países europeus para o Brasil nos próximos meses, isso pode ser um indicativo para focar as campanhas de marketing para atrair turistas dessas regiões. Além disso, esses dados podem ajudar na criação de pacotes turísticos sazonais ou promoções especiais, alinhados com a disponibilidade de voos. Em setembro de 2023, o Brasil tem, por semana, 1.037 voos internacionais que somam 251.212 assentos.

O lançamento do Portal de Dados Embratur representa um passo importante como ferramenta para a tomada de decisões baseada em dados da oferta atual e futura de voos. Pra quem não está habituado com um dashboard de BI (Business Intelligence), é uma boa opção para entender a oferta de voos, de onde vêm, pra onde vão. Não se esqueça de usar os filtros que lhe interessam. Olha que interessante o que podemos ver: 

1. de janeiro a julho de 2024 existe uma projeção de mais voos da América Latina e depois de Portugal, França e Itália: 

Fonte: PORTAL. Portal de Dados – Malha Aérea Internacional. Embratur.com.br. Disponível em: <https://dados.embratur.com.br/in%C3%ADcio/malha-a%C3%A9rea-internacional>. Acesso em: 15 set. 2023. 

2. que nesse período de janeiro a julho de 2024 as cidades que mais irão receber esses voos além de Guarulhos são Rio de Janeiro (17,47%), Campinas (4,28%), Florianópolis (4,12%) e Belo Horizonte (3,27%).

PORTAL. Portal de Dados – Malha Aérea Internacional. Embratur.com.br. Disponível em: <https://dados.embratur.com.br/in%C3%ADcio/malha-a%C3%A9rea-internacional>. Acesso em: 15 set. 2023.

‌ Nossa! E se você for no Painel de Chegadas de Estrangeiros?

3. De janeiro a agosto chegaram 4 milhões de visitantes, a grande maioria da Argentina, Estados Unidos, Paraguai e Chile. Mas os Argentinos e Paraguaios vieram mais por via terrestre. Alguns europeus também, será que entraram pela Argentina ?

PORTAL. Portal de Dados – Painel de Chegadas. Embratur.com.br. Disponível em: <https://dados.embratur.com.br/in%C3%ADcio/painel-de-chegadas>. Acesso em: 15 set. 2023.

4. O Painel de Receitas mostra que entre 2018 e 2023 temos meses com maior arrecadação: janeiro, julho e dezembro. E como já recuperamos as receitas em julho de 2023 em relação a 2019.

PORTAL. Portal de Dados – Painel de Receitas. Embratur.com.br. Disponível em: <https://dados.embratur.com.br/in%C3%ADcio/painel-de-receitas>. Acesso em: 15 set. 2023.

Vai lá no Painel de Dados e faz uma busca para ajudar no seu planejamento e nos conta aqui o que achou.