Vencendo o medo de falar e se fazer notar em qualquer situação

No universo profissional, poucos desafios são tão universais quanto o medo de falar em público. Este temor, que paralisa a imensa maioria, não deve ser visto apenas como um obstáculo, mas como uma oportunidade valiosa para o crescimento pessoal e profissional. Superar esse medo é possível e necessário, especialmente quando consideramos a grande importância da comunicação eficaz em todos os momentos de nossa carreira. 

Para enfrentar e superar o medo de falar em público, trago duas dicas práticas: 

1. Aceitação da Ansiedade: É fundamental reconhecer e aceitar os sinais físicos de nervosismo. Ver esses sintomas como indicadores normais e até mesmo úteis pode transformar a forma como lidamos com o medo que nos contamina. 

2. Transformar ameaça em oportunidade: Encarar cada momento como uma chance de se destacar, mais do que uma ameaça, encare como oportunidades de visibilidade e de colaboração. 

Além de superar o medo, a importância de uma comunicação eficiente no ambiente de trabalho não pode ser subestimada. Ela é a chave para o sucesso em negociações, liderança, e colaboração em equipe. A habilidade de comunicar ideias de forma clara e persuasiva é diretamente proporcional às oportunidades de avanço e reconhecimento profissional. 

 Segundo o LinkedIn Learning, no estudo sobre as habilidades mais requisitadas dos recrutadores em 2024, a Comunicação está no alto do podium. Veja a ilustração abaixo: 

Portanto, é essencial que as pessoas busquem ativamente desenvolver suas habilidades de comunicação. Isso significa praticar regularmente, seja através de cursos, workshops ou até mesmo participação em eventos. Também envolve estar sempre atento às oportunidades de falar em público, seja em reuniões, conferências ou apresentações, transformando cada momento em um exercício prático de aprimoramento. 

Ouça o HUB TURISMO PODCAST que traz esse conteúdo em detalhes à partir de minha palestra na WTM Latin America.

Estudar técnicas de comunicação e aplicá-las consistentemente prepara os profissionais para não apenas enfrentar o medo de falar em público, mas também para se destacarem em suas carreiras. A comunicação é uma competência crítica que, uma vez dominada, abre portas para inúmeras oportunidades e colaborações enriquecedoras. 

Sobre a aviação na AMérica Latina

No coração da América Latina, a aviação está se reinventando para encarar os desafios contemporâneos e moldar um futuro promissor. A Associação Latino Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA) está à frente dessa transformação, catalisando inovações e sustentabilidade em um setor vital para o desenvolvimento econômico e a integração regional.

Os dados da ALTA revelam uma jornada de resiliência e adaptação. Em 2023, a aviação latino-americana começou a recuperar as altitudes pré-pandemia, com um aumento significativo no número de passageiros transportados. Este crescimento não apenas simboliza a recuperação do setor, mas também reflete a importância da aviação como um pilar para o turismo e a economia na região.

Contudo, o caminho para a sustentabilidade é talvez o mais desafiador e necessário. A indústria aérea está comprometida em alcançar a neutralidade de carbono até 2050, investindo em tecnologias limpas e combustíveis sustentáveis. A ALTA desempenha um papel crucial nesse aspecto, apoiando iniciativas que visam reduzir a pegada ambiental do transporte aéreo, sem comprometer sua eficácia e acessibilidade.

A América Latina, com suas vastas distâncias e topografia diversificada, depende fortemente da aviação para conectar suas comunidades e fomentar o comércio. A ALTA está consciente de que o futuro da aviação na região está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento sustentável, promovendo políticas e práticas que asseguram a prosperidade econômica aliada à responsabilidade ambiental.

Este momento é de oportunidade para repensar a aviação na América Latina. Pensar além do Brasil, pensar no Continente. Encarando desafios como os altos custos de combustível e a necessidade de maior segurança jurídica, a região está no limiar de uma nova era para o transporte aéreo. Uma era que, segundo a visão da ALTA, será marcada por inovação, eficiência e, acima de tudo, sustentabilidade. O setor está decolando em direção a um futuro onde o céu é apenas o começo de suas possibilidades infinitas.

Ouça nosso podcast HUB TURISMO com José Ricardo Botelho, CEO da ALTA

Demanda futura de voos, já é possível com novo Painel da Dados da EMBRATUR

Em um mundo cada vez mais digitalizado, a importância de dados confiáveis e atualizados não pode ser subestimada. No setor de turismo, isso é ainda mais crítico. Dados precisos permitem que gestores públicos, operadores turísticos e empresários façam projeções mais precisas, identifiquem tendências emergentes e respondam de forma eficaz às mudanças no mercado.  

Por exemplo, saber o número exato de turistas que visitaram uma determinada região pode ajudar no planejamento de infraestruturas, como transporte e oferta de hospedagem. Além disso, dados sobre o gasto médio dos turistas podem ser cruciais para desenvolver estratégias de marketing mais eficazes. Pode, também, ser uma ferramenta eficiente para melhorar a permanência do visitante no destino. 

Planejamento de Marketing com Dados de Oferta Futura de Voos 

Ter acesso a dados sobre a oferta futura de voos é uma vantagem competitiva inestimável para o setor de turismo. Com essas informações, agências de viagens, hotéis e outros negócios relacionados podem planejar suas estratégias de marketing com maior precisão.  

Por exemplo, se os dados mostram um aumento na oferta de voos de países europeus para o Brasil nos próximos meses, isso pode ser um indicativo para focar as campanhas de marketing para atrair turistas dessas regiões. Além disso, esses dados podem ajudar na criação de pacotes turísticos sazonais ou promoções especiais, alinhados com a disponibilidade de voos. Em setembro de 2023, o Brasil tem, por semana, 1.037 voos internacionais que somam 251.212 assentos.

O lançamento do Portal de Dados Embratur representa um passo importante como ferramenta para a tomada de decisões baseada em dados da oferta atual e futura de voos. Pra quem não está habituado com um dashboard de BI (Business Intelligence), é uma boa opção para entender a oferta de voos, de onde vêm, pra onde vão. Não se esqueça de usar os filtros que lhe interessam. Olha que interessante o que podemos ver: 

1. de janeiro a julho de 2024 existe uma projeção de mais voos da América Latina e depois de Portugal, França e Itália: 

Fonte: PORTAL. Portal de Dados – Malha Aérea Internacional. Embratur.com.br. Disponível em: <https://dados.embratur.com.br/in%C3%ADcio/malha-a%C3%A9rea-internacional>. Acesso em: 15 set. 2023. 

2. que nesse período de janeiro a julho de 2024 as cidades que mais irão receber esses voos além de Guarulhos são Rio de Janeiro (17,47%), Campinas (4,28%), Florianópolis (4,12%) e Belo Horizonte (3,27%).

PORTAL. Portal de Dados – Malha Aérea Internacional. Embratur.com.br. Disponível em: <https://dados.embratur.com.br/in%C3%ADcio/malha-a%C3%A9rea-internacional>. Acesso em: 15 set. 2023.

‌ Nossa! E se você for no Painel de Chegadas de Estrangeiros?

3. De janeiro a agosto chegaram 4 milhões de visitantes, a grande maioria da Argentina, Estados Unidos, Paraguai e Chile. Mas os Argentinos e Paraguaios vieram mais por via terrestre. Alguns europeus também, será que entraram pela Argentina ?

PORTAL. Portal de Dados – Painel de Chegadas. Embratur.com.br. Disponível em: <https://dados.embratur.com.br/in%C3%ADcio/painel-de-chegadas>. Acesso em: 15 set. 2023.

4. O Painel de Receitas mostra que entre 2018 e 2023 temos meses com maior arrecadação: janeiro, julho e dezembro. E como já recuperamos as receitas em julho de 2023 em relação a 2019.

PORTAL. Portal de Dados – Painel de Receitas. Embratur.com.br. Disponível em: <https://dados.embratur.com.br/in%C3%ADcio/painel-de-receitas>. Acesso em: 15 set. 2023.

Vai lá no Painel de Dados e faz uma busca para ajudar no seu planejamento e nos conta aqui o que achou.

Inteligência no turismo, como é isso?

Ainda sobre o tema da digitalização do turismo, especialmente sobre o uso de dados para marketing e inteligência comercial, tive um bate-papo super esclarecedor com Jucelha Carvalho, CEO da Smart Tour.

o que é inteligência competitiva e inteligência de mercado?

Inteligência competitiva ou de mercado, são conceitos com muitas similaridades, e são diferenciados por dois aspectos principais, o foco da análise e a estratégia desejada.  A inteligência competitiva tem como objetivo avaliar de forma mais precisa a concorrência e fazer planejamento a longo prazo de forma a entender o cenário em que o turismo está inserido. Já a inteligência de mercado busca entender mais a fundo o comportamento dos consumidores em relação aos produtos e serviços turísticos. Podemos afirmar que os dois focos são importantes para a atividade turística, podem ser usados conjuntamente ou ainda com mais ênfase em um ou outro a depender dos objetivos de um destino ou de uma empresa específica.

A competitividade na atividade turística é tão forte atualmente que as organizações e empresas de ponta do setor investem cada vez mais em métodos e tecnologias que possam monitorar, entender e subsidiar esse ambiente disputado.  Os métodos e técnicas empregados utilizam a tecnologia para organizar e processar um conjunto de dados e informações que permitem fazer análises que propiciam às organizações desenvolverem uma escuta ativa e preventiva no ambiente de negócios.

O que isso muda em nosso negócio?

As grandes transformações do turismo mundial foram aceleradas a partir de 2020 com o advento da pandemia do novo Coronavírus, aumentando ainda mais as grandes mudanças que já vinham ocorrendo no comportamento dos consumidores e em seus hábitos de viagens. Pessoas ao redor do mundo ficaram mais tempo navegando nas redes sociais, aprendendo sobre novas tecnologias de comunicação online, e o comércio eletrônico vivenciou uma grande expansão para atender às necessidades das pessoas que se encontravam isoladas.  Este comportamento segue como uma tendência e uma realidade no consumo de viagens e turismo.

Todo esse cenário fez com que muitas transformações ocorressem na demanda turística global, tornando ainda mais difícil a projeção de cenários e trazendo cada vez mais a dependência de dados atualizados, informações em tempo real e estudos de demanda futura para o planejamento e a tomada de decisões dos destinos e das empresas ligadas à indústria. O uso da inteligência de mercado e da inteligência competitiva, é uma premissa para o sucesso dos destinos turísticos em todo o mundo.

Você pode ouvir mais sobre esse tema no podcast HUB TURISMO. Depois comenta aqui com a gente.

Aqui nesse post também falamos sobre esse tema, confere também.

Quantidade ou qualidade de visitantes

Sempre um debate interessante, e mais do que isso, importante para empresas e destinos turísticos: queremos mais visitantes ou mais receitas dos visitantes ? Quantidade ou qualidade?

Essa é uma reflexão que faço sempre, pois o principal objetivo de um lugar ou empresa, ou mesmo daqueles que trabalham com a indústria de viagens é que a atividade traga empregos, rendimentos, lucro; e dure muito, sempre! Recentemente falamos aqui do “Overtourism (termo usado para falar de destinos saturados de números de visitantes). Pode ser uma realidade longe do Brasil ? Não, já temos esse problema em diversos destinos.

Falamos muito em sustentabilidade também, e como funciona essa questão de ser sustentável economicamente, ambientalmente e culturalmente ? Seria incompatível com grandes volumes de visitantes ? Depende.

Depende do destino, de suas características, mas sobretudo de como é sua gestão pública e privada. De como empresários e lideranças encaram o fato de que a grande riqueza de seu negócio é justamente sua cultura (que deve ser valorizada), sua natureza (que precisa ser preservada e cuidada) e sua população (que deve ser beneficiada com a atividade no longo prazo).

Fica aqui a reflexão? E seu destino? E seu negócio? O quanto ele dura e como deve ser sua busca por clientes? Qualidade ou quantidade ?

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