5 razões para observar de perto o turismo gastronômico

Falei recentemente aqui no blog, no post Conquistando o turista pelo estômago, da inegável importância da comida na experiência da viagem e em como essa vem sendo uma tendência crescente nos últimos tempos.

A gastronomia acaba por se relacionar com diversas esferas econômicas e sociais de um lugar: agricultura, turismo rural, produção de alimentos, cultura, exportação etc. É interessante que o Turismo aborde o tema com estudos e estratégia. Retomando o assunto, que agora está sendo observado com mais foco do que antes, mas ainda sem o entusiasmo e empenho necessários, trago aqui alguns dados do setor que reforçam a indispensabilidade de atenção a esse segmento:

1. A gastronomia ocupa a terceira posição entre as principais motivações que levam turistas a viajar: seguida das razões “compras” e “lazer”,  foi o que afirmou o Informe Mundial de Turismo Gastronômico, apresentado pela Organização Mundial de Turismo (OMT). 

2. 80% dos viajantes acreditam que comer e beber ajudam na compreensão da cultura local de um destino: o dado é da World Food Travel Association (WFTA), em seu relatório Food Travel Monitor.

3. 93% dos viajantes podem ser considerados “food travellers”:  outra consideração da World Food Travel Association (WFTA) que tem por participantes do grupo todos os viajantes que participaram de uma experiência de consumo de alimentos e bebidas em estabelecimentos durante uma viagem.

4. Cerca de 70% dos viajantes que tiveram experiências gastronômicas em viagens, compram os produtos para levar pra casa: outro dado da WFTA. Para rememorar a experiência gastronômica, turistas compram itens de comida ou bebida pra levar pra casa. Mais de 60% compra com intenção de dar de presente a parentes ou amigos.

5. Um turista gasta, em média, 25% do seu orçamento em alimentação e bebida: estimar o impacto econômico do turismo de alimentos e bebidas é, sem dúvidas, uma tarefa difícil. Entretanto, de acordo com pesquisas da WFTA, um turista gasta, em média 25% do seu orçamento em alimentação e bebida (porcentagem que pode variar entre 35% em destinos onde esses itens são mais caros e 15% onde são mais baratos).

Com essa amplitude, estando relacionado a tantos outros mecanismos e diante de uma força motivadora nesse nível, por que o turismo gastronômico recebe um incentivo que não condiz à sua importância? O food travel foi bastante discutido na WTM London e o assunto carece de mais repercussão aqui no Brasil. Temos um potencial incrível de autenticidade e variedade capaz de desenvolver bastante o setor através da gastronomia.

Seguimos acompanhando.

Turismo internacional caminha para ano recorde

A demanda do Turismo tem permanecido forte ao longo de 2017, que provavelmente será um ano de recorde no turismo internacional, é o que prevê a UNWTO (OMT) com a mais recente edição do Word Tourism Barometer, o barômetro do Turismo.

Entre janeiro e agosto deste ano, destinos do mundo inteiro receberam 901 milhões de chegadas de turistas internacionais, 56 milhões a mais do que no mesmo período em 2016. A alta corresponde a um aumento de 7%, porcentagem bem maior do que a obtida em anos anteriores.

Os números dos primeiros oito meses de 2017 nos deixa otimistas em relação ao crescimento do setor no restante do ano que, segundo a OMT, deverá ser o oitavo ano consecutivo de crescimento contínuo e sólido para o turismo internacional.

O forte desempenho é confirmado pelos especialistas do mundo inteiro consultados pela Organização para firmar o Índice de Confiança, que também possui perspectivas positivas para os últimos meses do ano.

As chegadas de turistas internacionais no meses de julho e agosto, temporada de verão no hemisfério norte, totalizaram mais de 300 milhões pela primeira vez, de acordo com o relatório. Além disso, muitos destinos registraram crescimento de dois dígitos, principalmente no Mediterrâneo.

Brasil

O relatório destaca a participação do Brasil como um dos países que apresentou forte recuperação de demanda de saída com aumento de 35% nas despesas de turismo em terras internacionais.

América do Sul

De acordo com o Barômetro, a América do Sul obteve crescimento de 7%, com o Uruguay liderando a lista: o país apresentou o notável aumento de 24% nas chegadas internacionais até o mês de setembro, impulsionado pela demanda de turistas argentinos e brasileiros. A Colombia vem em seguida, com aumento de 22%. A OMT comunicou que não há dados a respeito das chegadas internacionais no Brasil para o período necessário a constar o barômetro.

Ano do Turismo Sustentável

A ONU proclamou o ano de 2017 como sendo o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento, atraindo o tema para as discussões e definições de estratégias do setor, com objetivo de firmar o gerenciamento do Turismo responsável e sustentável durante os próximos anos.

O Barómetro Mundial de Turismo da OMT é uma publicação regular que visa monitorar a evolução do setor. Contém três elementos permanentes: uma visão geral dos dados turísticos de curto prazo dos países de destino e do transporte aéreo, avaliação retrospectiva e prospectiva do desempenho do turismo por especialistas de todo o mundo e dados econômicos. Seguimos acompanhando.

Turismo internacional tem maior crescimento em 7 anos

Ontem, a Organização Mundial do Turismo (OMT – UNWTO) divulgou a edição de agosto de 2017 do Barômetro Mundial de Turismo, uma análise global do setor no período de janeiro até junho de 2017.

Mundialmente, o Turismo internacional teve o seu primeiro semestre mais forte desde o ano de 2010, de acordo com relatório: destinos de todo o mundo receberam 598 milhões de turistas nesses primeiros seis meses de 2017  (cerca de 36 milhões de mais do que no mesmo período de 2016, resultando um crescimento de 6%, superando a tendência dos últimos anos -cuja alta foi de 4% em 2010).

Sobre o Brasil

Ainda segundo o World Tourism Barometer, a metade de 2017 foi de recuperação para o Brasil, já que, de acordo com dados do relatório, o nosso país teve “uma forte recuperação em demanda” nesse primeiro semestre de 2017.

Outro destaque para o Brasil são as despesas dos turistas brasileiros no exterior, que cresceram 35%, após alguns anos de declínio. Possivelmente, temos esse crescimento como um reflexo da estabilidade do câmbio e baixa do dólar (que esteve pela casa dos R$ 3,06 em março deste ano), tornando os gastos no exterior mais atrativos e estimulando as viagens para fora do país.

América do Sul

Dentre as Américas, a América do Sul foi a que apresentou o maior resultado positivo, de acordo com a OMT. Em desembarques internacionais, o aumento foi de 6%, quando comparado ao primeiro semestre do ano passado

Com crescimento de dois dígitos nos números de chegadas internacionais temos o Uruguai (+ 27%), Colômbia, (+ 20%), Chile (+ 17%) e o Paraguai (+ 12%). A OMT informou que não há informações ainda sobre desembarques internacionais do Brasil e da Argentina no período de janeiro a junho de 2017.

A primeira metade do ano geralmente representa cerca de 46% das chegadas internacionais anuais totais, tendo o segundo semestre três dias a mais e incluindo a alta temporada do Hemisfério Norte meses de julho e agosto.

Em uma análise primária, é possível afirmar que o Brasil tem mostrado um crescimento saudável e um Turismo resiliente, dados os períodos de instabilidade que o setor tem atravessado. Ainda há muitos desafios a serem superados e metas a serem alcançadas, mas, globalmente falando, nosso Turismo tem caminhado relativamente bem no primeiro semestre de 2017.

Seguimos acompanhando de perto.

369 milhões de turistas pelo mundo

A UNWTO (Organização Mundial do Turismo) divulgou recentemente o World Tourism Barometer com algumas informações e dados do turismo no mundo referentes ao primeiro quadrimestre de 2017.

De acordo com o boletim, de janeiro a abril deste ano, 369 milhões de turistas internacionais desembarcaram em destinos do mundo inteiro, 6% a mais se comparado o mesmo período em 2016. Na América do Sul, a porcentagem de comparação do período está um pouco acima da média mundial, em 7%. No entanto, neste ano, sobe para 16% de alta no número de desembarques internacionais se compararmos apenas o mês e abril.

É importante lembrar que o período de janeiro a abril geralmente representa cerca de 28% do total anual e abrange a temporada de inverno do Hemisfério Norte e a temporada de verão do Hemisfério Sul, bem como o Ano Novo chinês e feriados de Páscoa.

Para a própria UNWTO os resultados dos números de desembarques de turistas internacionais no mundo são reflexo de um turismo ‘’forte” nos principais destinos e de uma ”recuperação constante” em destinos que passaram por eventos negativos em 2016.

O aumento de 21 milhões de turistas nos primeiros 4 meses de 2017 podem ser fruto de um Turismo que se consolida cada vez mais e cresce em confiabilidade. Aqui ou lá fora, continuamos acompanhando o Turismo de perto.

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Sobre turismo continental

Em meio ao desenvolvimento global do turismo internacional, estudos da Organização Mundial do Turismo – OMT, apontam que o grande fluxo de turistas internacionais, em sua maioria, viaja para países do seu próprio continente.

No Brasil, esta estatística se confirma. A Argentina é, historicamente, o principal emissor de turistas internacionais para as terras brasileiras: de acordo com relatório estatístico de 2016 do Ministério do Turismo – MTur, o país foi responsável por 2,07 milhões de visitantes ao Brasil, representando 33% do total dos turistas estrangeiros que desembarcaram por aqui.

No ranking dos 5 países que mais nos visitam, apenas os Estados Unidos, segundo colocado da lista, não são da América do Sul. Seguido do país norte-americano estão o Chile, o Paraguai e o Uruguai.

Juntos, a Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai por quase 50% do fluxo de turistas estrangeiros por aqui.

A recíproca também é verdadeira. A presença de brasileiros nos países do continente também é expressiva: somos os principais viajantes internacionais na Argentina. Em 2016, a presença de brasileiros no país vizinho recuou 44% no primeiro trimestre de 2016, devido à situação econômica do Brasil, o que fez o turismo argentino avaliar a “dependência” do setor em relação aos viajantes brasileiros. Ainda assim, as relações de turismo entre os dois países, permanecem firmes e a expectativa da Argentina é que o número de turistas brasileiros aumente ainda mais: a meta é alcançar o número de 1,6 milhão até 2019.

Estamos entre os principais turistas em alguns países da América do Sul. É importante estreitar essa relação e estendê-la a outros países do continente que possuem atuação expressiva no turismo, trabalhando em investimento em ações conjuntas de publicidade, estudo de redução de impostos e ampliação de malha aérea.Temos um continente com efetivo e potencial de turismo ricos, que podem ser trabalhados a fim de gerar fortalecimento do mercado, retorno econômico e desenvolvimento mais unificado do turismo no continente. Seguimos acompanhando.

Um breve resumo do Turismo

A Organização Mundial do Turismo (OMT) divulgou o balanço dos dados do setor no ano de 2016 em todo o mundo. Mesmo antes dos números oficiais serem apresentados, quem atua na indústria, através da observação de um panorama geral e a despeito de todas as dificuldades atravessadas, já imaginava que 2016 seria um ano positivo, integralmente falando.
Pois bem, de acordo com o Barômetro da OMT o turismo mundial fechou 2016 em alta, tendo o sétimo ano consecutivo de crescimento, com 3,9% de aumento em relação ao ano anterior. Cerca de 1,235 bilhão de turistas viajaram pelo mundo em 2016, 46 milhões a mais do que em 2015.
O bom desempenho de 2016 é atribuído ao significativo crescimento do setor na Ásia-Pacífico, que teve o melhor desempenho do mundo em 2016: 8,4% de alta. O desempenho nos continentes americanos também foi uma das causas do avanço no setor no ano passado, com o dado de 4,3% acima da média mundial no número de turistas internacionais. Das Américas, a que se destacou foi a América do Sul, com 6,3% de crescimento, aumento impulsionado pela realização dos Jogos Olímpicos no Brasil.
Segundo a OMT, a estimativa é de crescimento para 2017, em torno de 3% a 4%. O que sabemos é que 2017 será um ano de transformações para o turismo, talvez mais do que 2016, ano em que o setor atravessou crises políticas, epidemias, instabilidade econômica e ondas de terrorismo. Não foi um ano fácil de superar, mas o turismo tem se mostrado resiliente até aqui e prosseguirá atuando como um apoio sólido à economia, do Brasil e do mundo.
Enquanto isso no Brasil…
Por aqui, o turismo tem sido sim, um suporte, mas poderia ser muito mais. Se há escassez de políticas de apoio ao setor e falta de prioridade frequente, os benefícios da indústria para a economia acabam minimizados. No Brasil, a demanda de vôos domésticos em 2016 caiu 5,47% em relação ao ano anterior. A oferta de assentos, por sua vez, foi a menor desde 2010. O número total de passageiros foi reduzido em 7,45% se comparado a 2015, em torno de 7 milhões de passageiros a menos.
É preciso cuidar do turismo, e com diligência.

Números do turismo no Brasil e no mundo

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(Foto: Reprodução)

Do início do ano de 2016 até o mês de setembro, tivemos,  no mundo todo, quase 1 bilhão de turistas internacionais (956 milhões, para ser mais exata). É o que divulgou a Organização Mundial de Turismo (OMT) na versão de novembro do Barômetro Mundial de Turismo. De acordo com o levantamento, o número equivale a 34 milhões de turistas a mais se comparado com o mesmo período do ano passado, conferindo um aumento de 4% de viajantes estrangeiros.

Ainda, segundo o estudo, durante esses nove meses a demanda pelo turismo internacional se manteve bem, apesar de crescer em um ritmo não tão acelerado, e teve os meses de abril, maio e junho com crescimento mais lento do que os demais trimestres.

Nos resultados regionais, a América do Sul obteve o melhor resultado das Américas, com aumento de 7% na chegada de turistas internacionais, seguida pela América Central, que obteve aumento de 6% e, por último, Caribe e América do Norte, ambos com crescimento de 4%.

O Brasil, juntamente com alguns países como Irlanda, México e Portugal, destacou-se pelo crescimento entre 8% e 9% nas receitas com chegadas de turistas durantes os nove primeiros meses de 2016. Para a OMT, a projeção é otimista para as Américas neste último trimestre  do ano e ainda mais positiva para o ano que vem.

A expectativa é, durante todo o ano de 2016, tenha-se um aumento de 5% de visitantes internacionais mundo afora, em comparação ao ano de 2015. Ainda assim, a OMT traz a assertiva de que, apesar de resistente, o setor de turismo é muito sensível, podendo sofrer alterações diante de riscos reais ou de percepção ampliada. “Nenhum destino é imune”, eis uma grande verdade. Continuamos acompanhando.

Mais turistas estrangeiros pelo mundo

arrivalpostO número de turistas desembarcando em destinos internacionais cresceu todo o  mundo, é o que confirma o Barômetro da Organização Mundial do Turismo, a OMT. De acordo com o  levantamento, o total de desembarque de turistas estrangeiros foi de 561 milhões, determinando um aumento de 4%, ou seja, de 21 milhões,  no número de chegadas internacionais no primeiro semestre de 2016, em relação ao mesmo período no ano passado.

Os dados são de valor para economistas do setor e profissionais do turismo, visto que, nos últimos anos, os números de chegadas de turistas internacionais obtidos no primeiro semestre têm representado cerca de 46% da soma total do ano.

Na América do Sul, o aumento foi de 6% e, dos países sulamericanos, o Paraguai é o de maior destaque com um crescimento extraordinário de 56% de desembarques de turistas internacionais (considerando o período de janeiro a maio deste anos em relação ao mesmo em 2015). A redução da força do turismo internacional na Argentina é atribuída à fraca demanda de turistas brasileiros no país neste primeiro semestre. O estudo não informa dados específicos do Brasil, mas cita os Jogos Olímpicos como um evento que irá reforçar os dados anuais do turismo por aqui.

A projeção, ainda segundo a pesquisa, é de aumento de 3,5% a 4,5% no número de desembarque de turistas internacionais no mundo todo, para o ano de 2016 em relação a 2015. A longo prazo, a expectativa é de que estes números cresçam ainda mais nos próximos anos, com média de 3,8% ao ano, até 2020.

Resiliência é a palavra que tem definido a indústria do turismo nos últimos tempos, e a própria OMT usa o termo para definir o setor. No Brasil, vemos com ainda mais evidência essa capacidade de recuperação ao presenciar a travessia do nosso Turismo por um difícil período de instabilidade econômica. Cabe a nós profissionais, extrairmos o máximo de benefícios que esta resiliência proporciona, transformando esse atributo em estratégias e planos de fomento.

Câmbio direciona fluxos mundiais

3d illustration: Land and a group of suitcases. To take a vacation rental

Novos dados da OMT mostram os efeitos da valorização do dólar americano sobre o turismo mundial.

A OMT divulgou os resultados dos gastos dos viajantes mundiais em 2015, que aumentaram 3,6%, quando as chegadas de turistas cresceram 4,4%. A importância da atividade turística na economia global mostra que a indústria é responsável por 7% do total das exportações do planeta. São US$ 4 bilhões por dia que os viajantes deixam nos destinos ao redor do mundo.

A marca da variação cambial não ficou somente aqui pelo Brasil, chegou à Europa, que viu sua moeda se desvalorizar 20%, e também à Rússia, com desvalorização do rubro de 60% (!!!!). Os gastos dos brasileiros no exterior caíram 32% em 2015, e esse ano já mostram uma queda de 43,21% nos primeiros meses do ano.

O câmbio ainda permanece um dos grandes drives do turismo em 2016, colocando as mudanças de fluxos turísticos, as novas direções das viagens e o tamanho dos mercados à mercê de fatores externos ao centro da atividade turística. Essa que se mostra resiliente e capaz de se recuperar durante as crises.

Por aqui, entre maio e outubro de 2016, a pesquisa de intenção de viagens do Mtur aponta queda nas viagens, pequena recuperação na vontade de ir ao exterior, mas direciona 80% dos fluxos de brasileiros para seu próprio país. A preferência é o nordeste (47,5%(, seguido do sudeste (24,5%) e do sul (15,1%).