AGORA SIM: ISSO É MEDIDA DE SUCESSO NO TURISMO GLOBAL

Os gastos doa turistas estrangeiros no mundo aumentou 4% em 2018, somente nas Américas os gastos não aumentaram (apesar do número de pessoas ter crescido). Segundo um novo relatório da Organização Mundial do Turismo (OMT), em 2018, as exportações (gastos dos turistas em viagens internacionais) geradas pelo turismo internacional alcançaram US$1,7 trilhão, um aumento de 4% em relação a 2017. Esse número equivale a 29% das exportações globais de serviços e 7% das exportações totais de bens e serviços; fazendo com que o turismo internacional se consolide como um dos cinco primeiros setores a contribuir com o PIB global.

Dentro do valor atingido pelas exportações totais do turismo internacional, no ano passado, estão os gastos dos turistas nos destinos, que chegaram a US$ 1,448 bilhão, e os serviços de transporte internacional de passageiros, com US$ 256 bilhões. Ainda vale ressaltar que esse valor alcançado pelas receitas do turismo internacional representou um aumento de cerca de US$ 100 bilhões em relação ao ano anterior.

Na análise por regiões, o relatório aponta que a Ásia e o Pacífico lideraram com um crescimento de 7% nas receitas do turismo internacional, seguido pela Europa, com 5% e Américas 0%. Já o Nordeste da Ásia e a Europa Central e Oriental (ambos + 9%) foram as sub-regiões com o maior crescimento. No Brasil, em 2018, os gastos dos estrangeiros chegaram a US$  5.917 milhões, um aumento de 1,86% em relação a 2017 (Mtur, 2019). Nossa balança comercial foi negativa em US$  12.346 milhões.

Entre os maiores “gastadores” estão a França e a Rússia liderando o crescimento, com uma média de 11% cada um, seguidos pela Austrália, que registrou um aumento de 10% e ocupa a 6ª posição entre os 10 principais mercados de origem do mundo. A China, país em que os habitantes mais gastam em turismo mundial chegou a US$ 277 bilhões em gastos internacionais, enquanto os Estados Unidos, o segundo maior, US$ 144 bilhões.

No mercado internacional, de cada 5 turistas, 4 viajaram dentro de sua própria região; entendo que o foco do Brasil no mercado internacional deve combinar o aumento do volume e, principalmente, do gasto na América do Sul. Quanto aos demais países, ficar de olho nos que mais gastam e que já vem ao Brasil: EUA, França, Alemanha, Reino Unido, Canadá e Itália, por exemplo. Esse relatório mostra a importância de ter uma melhor e mais diversificada oferta de produtos e serviços no Brasil, fazer os potenciais visitantes saber o que pode ser feito por aqui, e buscar aumentar a permanência e o gasto médio dos estrangeiros. Como comentei aqui, volume não é medida de sucesso na indústria de viagens e turismo.

Dólar e vontade de viajar caminhando juntos

De acordo com dados do Banco Central, os brasileiros gastaram no exterior, nesse último mês de abril US$1,32 bilhão. O valor é 23% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado.

O aumento dos gastos dos turistas brasileiros no exterior em abril se deve ao valor do dólar durante este período, que estava em torno de R$ 3,17. No mesmo mês do ano passado, por sua vez, o dólar oscilava ao redor de R$ 3,60.

Caminhando junto ao câmbio do dólar está a intenção de viagem dos brasileiros ao exterior (veja post aqui) que, nos mês de abril, teve o índice mais alto de perspectiva de viagens internacionais do ano, com 29% das intenções.

No acumulado do ano, as despesas dos brasileiros no exterior avançaram 43%, chegando a US$ 5,79 bilhões.

Gastos dos estrangeiros no Brasil

Já os gastos dos estrangeiros no Brasil não tiveram muita variação. Ainda de acordo com os dados do BC, em abril deste ano, as receitas ficaram em US$ 417 milhões, contra US$ 475 milhões registrados no mesmo mês em 2016.

Receita do Turismo aumenta em janeiro

Neste mês de janeiro a receita cambial do Turismo fechou em alta no País, de acordo com os dados do Banco Central. Segundo apuramento, o valor dos gastos dos turistas estrangeiros no Brasil foi de US$ 664 milhões, correspondendo a um aumento de 2,17% quando comparado ao mês de janeiro de 2016.

Os números da receita desse último mês de janeiro ultrapassaram a receita cambial do mês de agosto de 2016, período em que recebemos as Olimpíadas, que foi de US$ 602 milhões.

Já a despesa cambial turística no mês de janeiro/2017 foi de US$ 1,578 bilhão, correspondendo ao aumento significativo de 87,89% quando comparado a janeiro de 2016, cuja despesa foi de US$ 840 milhões.

Mesmo com o aumento da receita cambial, quando colocamos na balança, os números do BC, vemos que ainda temos um caminho a percorrer. O Brasil tem potencial econômico de turismo maior e, ainda assim, os valores da receita representam um auxílio expressivo para a economia do País.

Seguimos observando de perto o setor.

Turismo fecha 2016 com números positivos no Brasil


O Banco Central apresentou os percentuais de despesas e receitas cambiais turísticas durante o ano de 2016. No acumulado do ano, de janeiro a dezembro, os turistas estrangeiros gastaram no Brasil US$ 6.024 bilhões, conferindo um aumento de 3,08% na receita cambial de 2016 em relação à 2015.

Este aumento se deve em grande parte pela realização da Olimpíada no Brasil. “Em termos absolutos, a contribuição gerada pela Rio 2016 foi de US$ 166 milhões, valor acrescido à receita durante a realização dos Jogos em relação ao mesmo período em 2015.

São dados que nos dão uma ideia para cálculos da contribuição, mas é impossível calcular o ganho em chegada de visitantes ao Brasil com a visibilidade das Olimpíadas. É impreciso afirmar qual seria essa variação de receita se não fosse a Rio 2016, mas é certo que ter sido sede dos Jogos Olímpicos trouxe ao Brasil um incremento substancial na receita cambial do nosso turismo, contribuindo para um resultado positivo.

Já os gastos dos brasileiros no exterior, ainda segundo dados do BC, foram de US$ 14.497 bilhões, apresentando queda de 16,48% no ano de 2016 em relação a 2015  (mais de US$ 8 bilhões a menos). Isso se deve ao momento desfavorável para o crescimento destes números devido à crise político-econômica e à variação do dólar durante o ano passado, que começou em janeiro com a moeda custando R$4,10 e variou para a faixa de R$ 3,50 apenas depois do primeiro trimestre.

Em meio às dificuldades enfrentadas elo nosso turismo, 2016, no fim das contas foi um ano positivo. O setor permanece se mostrando uma força de apoio para a economia brasileira e possui potencial para fazer mais em prol do desenvolvimento do nosso País. Seguimos fazendo o turismo e lutando pelo seu desenvolvimento: em busca de novas práticas, da melhor maneira que sabemos e sem perder nunca o otimismo.

Brasileiros voltam a gastar no exterior pelo segundo mês consecutivo

aaaaaadolarOs brasileiros continuaram a gastar no exterior no mês de novembro, conforme Banco Central divulgou na tarde desta terça-feira (20), no relatório mensal da receita e despesa cambial turística. De acordo com os dados oficiais apresentados, os gastos dos brasileiros no exterior foram de U$$ 1,20 bilhão, o que corresponde a um acréscimo de 23,93% se comparado aos números do mesmo mês em 2015. É, praticamente, o segundo mês do ano com aumento expressivo nestes dados: superando as expectativas, o mês de outubro teve o percentual de 42% de crescimento, segundo o comparativo anual. Já os meses de agosto e setembro apresentaram crescimento pouco significativo nos dados de despesa cambial.

Já os estrangeiros gastaram aqui U$$ 472 milhões, correspondendo a um percentual 1,27% superior a novembro do ano passado. O valor configura um déficit de U$$ 728 milhões na na balança do turismo do país.

A permanência do crescimento nas despesas cambiais em novembro é ainda decorrente da variação do dólar, que apresentou aumento, fechando em R$ 3,37 em novembro. Para a receita, o ano de 2016 não foi de crescimento expressivo, com exceção dos meses de julho e agosto, quando tivemos um aumento na receita do turismo por ser o período dos Jogos Olímpicos.

No acumulado do ano, de janeiro a novembro de 2016, a receita cambial  foi de US$ 5,57 bilhões, correspondendo a um percentual de 6,10% superior ao mesmo período de 2015. A despesa cambial, nesses onze meses de 2016 foi de US$ 13,11 bilhões correspondendo a um percentual de 18,66% inferior ao mesmo período de 2015, quando a despesa foi de US$ 16,11 bilhões.

Gastos de brasileiros no exterior estouram em 42%

Os dados divulgados pelo Banco Central referentes a despesa e receita cambial do turismo nesta semana superaram as expectativas do setor: de acordo com análise, os gastos dos brasileiros no exterior dispararam no mês de outubro, sendo da ordem de U$$ 1,42 bilhão, ou seja, 42% maior do que os números do mesmo mês em 2015.

O percentual não poderia ser outra coisa, senão surpreendente: durante todo o ano de 2016 o BC tem registrado queda nos gastos dos turistas brasileiros em viagens internacionais, exceto nos meses de agosto e setembro, quando foi observado um crescimento pouco significativo de 2%.

Dentre causas como a variação do câmbio de dólar, implicações e formas de equilíbrio para a balança comercial, que permanece ainda instável, falo um pouco no vídeo abaixo sobre os números da receita e despesa cambial do turismo no mês de outubro deste ano; dados fundamentais para entendermos um pouco mais o caminho que o setor tem percorrido no Brasil e o ritmo do seu avanço. Veja: