Impacto da Divulgação de Documentos do Google no Turismo e Viagens

O mundo do marketing digital está agitado depois da divulgação de milhares de documentos que revelam detalhes sobre o algoritmo de classificação do Google, conforme divulgado pela SmartTravel. Este algoritmo é crucial para a visibilidade de sites de hotéis, agências de viagens e empresas de turismo nos resultados de busca. Fontes anônimas confirmaram a autenticidade desses documentos, e o Google também confirmou a veracidade. 

As revelações sobre o algoritmo do Google são uma oportunidade para empresas de turismo e viagens melhorarem seu posicionamento. A chave está em entender e aplicar estratégias adequadas de SEO, garantindo que o conteúdo seja relevante e atualizado, proporcionando uma melhor experiência ao usuário. 

Informações Relevantes para Empresas de Turismo 

Empresas de turismo devem focar em estratégias de SEO específicas para melhorar sua visibilidade online e atrair mais visitantes. Primeiro, é essencial investir em uma pesquisa de palavras-chave eficiente para identificar termos relevantes que potenciais clientes utilizam ao buscar por serviços turísticos. Otimizar o conteúdo on-page, incluindo títulos, descrições e imagens, para garantir que essas palavras-chave estejam presentes e bem distribuídas nas páginas do site.  

Além disso, a presença digital deve ser fortalecida através da otimização de perfis em plataformas como o Google Meu Negócio. Manter informações atualizadas, coletar e responder avaliações de clientes são passos importantes para melhorar a classificação local nas buscas do Google, o que é crucial para atrair turistas que estão buscando serviços em áreas específicas. Por fim, a construção de backlinks de qualidade e a colaboração com influenciadores e blogs de viagem podem aumentar a autoridade do site e melhorar o posicionamento nos resultados de busca. 

Quais as diferenças entre o que se achava antes e depois do vazamento dos dados? 

Antes do vazamento dos documentos do Google, muitos aspectos do algoritmo de busca eram objeto de especulação e teorias entre especialistas em SEO. Acreditava-se que o volume de cliques não influenciava diretamente o ranking dos sites e que o Google não diferenciava a pontuação de cliques com base em subdomínios, domínios raiz e URLs específicas. Além disso, não havia clareza sobre a importância das atualizações de conteúdo e a influência do comportamento dos usuários na classificação dos resultados de busca. 

 Após o vazamento, foi revelado que o volume de cliques, de fato, influencia o ranking e que o Google diferencia cliques bons e ruins, além de considerar a evolução do tráfego ao longo do tempo. A documentação também expôs a importância da qualidade do site, que traz dicas que podemos aproveitar para o setor de turismo, mostra que técnicas genéricas de SEO não são igualmente eficazes para todos os tipos de sites. Além disso, foi confirmado que o Google usa dados de navegação do Chrome para melhorar a classificação dos resultados, algo que não era amplamente reconhecido antes.  

Análises sobre o Impacto do Vazamento do Algoritmo do Google no Turismo Mundial e no Brasil 

 O recente vazamento de documentos do Google, que revelou detalhes do algoritmo de busca, pode ter impactos significativos para o setor de turismo, tanto mundialmente quanto no Brasil. O entendimento mais profundo dos critérios de classificação do Google permitirá que empresas de turismo ajustem suas estratégias de SEO para melhorar a visibilidade online, aumentar o tráfego orgânico e reduzir a dependência de intermediários pagos. 

 1. Transparência e Estratégia de Conteúdo: 

   Com a revelação dos métodos do Google, empresas de turismo podem ajustar suas estratégias de conteúdo para alinhá-las melhor com os critérios de classificação. Isso inclui focar na criação de conteúdos de alta qualidade que atendam às intenções de busca dos usuários, proporcionando uma experiência de usuário superior e otimizando a navegação do site. 

2. Importância dos Dados do Usuário: 

   O uso de dados de cliques e de navegação do Chrome pelo Google para influenciar as classificações sugere que as empresas devem focar em aumentar o engajamento do usuário. Melhorar métricas como taxa de cliques (CTR) e tempo de permanência pode se tornar crucial para alcançar posições mais altas nos resultados de busca. 

3. Classificação Local e SEO Local: 

   As empresas de turismo no Brasil podem se beneficiar de uma melhor compreensão de como otimizar para classificações locais. Utilizar o Google Meu Negócio para manter informações precisas e coletar avaliações positivas pode ajudar a melhorar a visibilidade nas buscas locais, essencial para atrair turistas para destinos específicos. 

4. Adaptação às Preferências dos Usuários: 

   A documentação revelou que a experiência do usuário é um fator central para o algoritmo do Google. As empresas de turismo devem investir em sites responsivos, que oferecem uma boa experiência em dispositivos móveis, e garantir que o conteúdo esteja atualizado e relevante para manter e melhorar seu posicionamento. 

 Se quiser saber mais detalhes: 

O que aconteceu? 

 Em 13 de março, um bot automatizado publicou milhares de documentos no GitHub, incluindo elementos do algoritmo de posicionamento do Google. Esses documentos foram compartilhados com Rand Fishkin, cofundador do SparkToro e da Moz, que pediu a Mike King, CEO da iPullRank, para analisá-los. 

O que foi revelado? 

  1. Fatores usados para calcular a ordenação dos resultados 

Os documentos detalham 2.596 módulos com 14.014 atributos, sem especificar a ponderação dos elementos usados para calcular o ranking. Alguns módulos ajustam a pontuação dos resultados para promover a diversidade. 

2. Qualidade do site para turismo 

A qualidade do site é definida pelo módulo V1.Model.QualityTravelGoodSites, alterando o ranking e atuando como uma lista branca. Isso mostra que técnicas genéricas de SEO nem sempre são eficazes para o turismo. 

3. Sinais de comportamento e pessoais dos usuários 

Esses sinais incluem interações como “polegares para baixo” no YouTube, usados para detectar comportamentos negativos.  

4. Volume de cliques nos resultados de busca 

Contrário ao que o Google afirmou por anos, o volume de cliques influencia o ranking. Cliques positivos e negativos são contabilizados, afetando a classificação do site.  

5. Atualização de conteúdo 

A data do conteúdo é importante para o Google. Manter o conteúdo atualizado e coerente em todas as partes do site é crucial. 

6. Dados de navegação do Google Chrome 

O Google usa dados de navegação do Chrome para classificar resultados. Otimizar sites para Chrome e Android é essencial. 

Recomendações de Francesco Canzoniere 

1. Entenda as buscas que geram tráfego para seu site e melhore a experiência do usuário. Ferramentas: Google Analytics 4, Microsoft Clarity. 

2. Monitore a evolução do tráfego e intervenha antes de perder posicionamento. Ferramentas: Google Analytics 4, Google Search Console. 

3. Mantenha o conteúdo atualizado e coerente nas datas. 

4. Priorize Chrome e dispositivos Android para otimização. 

Fonte: CANZONIERE, Francesco, Filtración sobre el algoritmo de Google: Las claves para abordar tu nueva estrategia de SEO – Smart Travel News, Smart Travel News, disponível em: <https://www.smarttravel.news/filtracion-sobre-el-algoritmo-de-google-las-claves-para-abordar-tu-nueva-estrategia-de-seo/?utm_source=substack&utm_medium=email>. acesso em: 3 jun. 2024.

Artigo escrito com uso de inteligência artificial para busca de informações e traduções. Fonte: ChatGPT, Chatgpt.com, disponível em: <https://chatgpt.com/g/g-B3hgivKK9-write-for-me/c/414e6be7-8be6-4198-9193-2ea696fee5b2>. acesso em: 3 jun. 2024.

Viagens de Verão na Europa: Recuperação Completa e Novas Tendências que surpreendem

A ForwardKeys, empresa espanhola de inteligência de viagens ForwardKeys anunciou os dados para o verão europeu de 2024. As informações revelam uma recuperação robusta na demanda por viagens de verão em toda a região e um retorno completo aos níveis pré-pandemia, com mudanças relevantes nas preferências dos viajantes. O mais interessante desses dados é realmente a possível “fuga” de lugares com muita gente ou muito populares. O que podemos suspeitar com os dados a seguir é o desejo de conhecer novos lugares, ir a cidades de menor porte e pouco desbravadas. Veja os dados e as análises a seguir.

Londres é o Destino Mais Procurado em Meio ao Hype das Olimpíadas de Paris

A análise das buscas de voos de janeiro a abril de 2024 mostra que Londres (com 5% da participação nas buscas de voos para a Europa) beneficia-se do maior aumento relativo na participação das buscas por viagens no verão de 2024 (+1,9 pontos percentuais). Esse fator é impulsionado pela empolgação colateral das Olimpíadas de Paris, que tem ligações de transporte facilmente disponíveis para a capital francesa. Paris, em si, mostra uma popularidade semelhante (+0,5 pontos percentuais de aumento), embora sua participação nas buscas seja ligeiramente menor, pois muitos visitantes dos Jogos planejaram viagens diretas com antecedência. Istambul (+0,4 %), Roma (+0,7 %) e Milão (+0,7 %) ganham em popularidade relativa, enquanto destinos na Espanha, Grécia e Portugal (incluindo Atenas, Lisboa, Madri, Palma de Maiorca) perdem espaço após desfrutarem de grande demanda nos anos pós-COVID – refletindo mudanças nas preferências dos viajantes europeus.

No entanto, alguns destinos estão contrariando essa tendência, incluindo Tenerife (+0,41 %) e Izmir na Turquia (+0,25 %), que estão tendo o maior aumento de buscas entre destinos de médio porte. O crescente interesse nas cidades do norte da Europa, Reykjavik na Islândia (+0,21 %) e Munique (+0,15 %) reflete a popularidade de destinos com temperaturas mais amenas durante o verão entre os turistas. Na Europa Oriental, Tirana, capital da Albânia (+0,07 %) continua a crescer em popularidade, construindo seu sucesso nos últimos anos, e é acompanhada por Yerevan, Capital da Armênia (+0,03 %) e Tbilisi, Capital da Georgia (+0,09 %) populares entre turistas europeus e russos, devido à combinação de patrimônio natural e cultural disponível a preços acessíveis.

Muzeu historik kombëtar, Tirana, Albânia

A análise dos dados de reservas antecipadas para viagens a destinos urbanos europeus em julho e agosto de 2024 revela uma mudança nas preferências dos consumidores em direção a destinos de natureza (+19%) e urbanos (+14%) em detrimento de destinos tradicionais de sol e praia (+8%). Interessante notar que a busca por lugares menores e menos populares parece ser uma tendência entre os europeus nos meses de maior movimento de turistas na região.

Viajantes Europeus Focados em Destinos Asiáticos

Mesquita Vermelha, Pettah, Sri Lanka.

As viagens de saída da Europa também estão mostrando tendências claras, com crescimento ano a ano nas viagens intra-europeias (+14%) e viagens de longa distância para uma gama diversificada de mercados asiáticos (+16%). Dados de reservas antecipadas para julho e agosto indicam que os viajantes europeus estão cada vez mais escolhendo explorar paisagens e culturas de Pequim (+132%) em particular, bem como Osaka (+66%), Bangkok, Tailândia (+21%), Colombo, Capital do Sri Lanka (+21%) e Kuala Lumpur, Malásia (+14%). Esses destinos se beneficiam de vários fatores, incluindo melhor conectividade, isenção de visto para europeus entrando na China e a taxa de câmbio favorável do euro para o iene. O crescimento moderado na demanda por mercados dos EUA, como Chicago (+14%) e Miami (+9%), também é notável.

Brasil É SEXTO EMISSOR DE VISITANTES PARA OS eua

Em 2023, cerca de 1,62 milhão de brasileiros viajaram aos EUA a turismo, um aumento de 32,7% em relação aos 1,22 milhão de 2022. Esse número, embora significativo, ainda é inferior aos níveis pré-pandemia, quando a média anual ultrapassava 2 milhões de turistas entre 2014 e 2019. O Brasil é o sexto emissor de visitantes para os EUA; os vizinhos Canadá e México lideram as viagens. 

Com a retomada gradual do turismo, há um potencial de crescimento contínuo. A reabertura dos serviços consulares e a emissão de vistos para brasileiros contribuem para essa tendência positiva. O aumento de rotas entre os dois países ajuda a aumentar a oferta. Além dos voos diretos, as escalas, como por exemplo na Cidade do Panamá, também ajudam. Os pacotes turísticos para os EUA estão frequentemente mais baratos do que destinos domésticos, oferecendo uma vantagem competitiva. 

 Principais Destinos  

 De acordo com o levantamento da Viva América, quase um terço dos brasileiros (29,2%) entrou nos EUA pelo porto ou aeroporto de Miami em 2023. Outras cidades populares incluem Orlando (17,1%), Nova York (12,8%), Fort Lauderdale (9%), Atlanta (4,7%) e Houston (3,9%). Durante o processo de admissão, os oficiais de imigração perguntam sobre o primeiro destino dos viajantes. Em 2023, a maioria dos brasileiros (51,1%) indicou a Flórida como destino inicial, seguida por Nova York (12,6%), Califórnia (6,9%), Massachusetts (2,8%) e Texas (2,6%). 

 O fluxo de passageiros entre Brasil e EUA totalizou 4,1 milhões em 2023, um aumento de 36,8% em relação aos 3 milhões de 2022. Além disso, mais de 450 mil americanos viajaram para o Brasil, um aumento de 38,2% comparado ao ano anterior. Esses dados destacam a recuperação contínua do turismo e a importância dos serviços consulares e das rotas internacionais na revitalização das viagens globais. 

Desastres climáticos e a chamada urgente ao turismo

Você acha que existe um entendimento daqueles que atuam nas mais diversas esferas do turismo de que sua capacidade de existir dependerá, diretamente, de sua capacidade de adotar o caminho de baixo carbono e reduzir as emissões em 50% até 2030?

Com a frequência crescente de eventos climáticos extremos, o setor de turismo enfrenta desafios complexos. Destinos em todo o mundo estão sofrendo com enchentes, secas e tempestades, o que destaca a necessidade urgente de práticas sustentáveis. Em outros momentos falamos de sustentabilidade na indústria de viagens e turismo, o que devemos aprofundar. E hoje quero conversar sobre o enfrentamento das atuais e futuras crises que afetam as pessoas e o nosso setor. 

No Rio Grande do Sul, nas últimas semanas, eventos climáticos extremos têm impactado severamente a região. Gramado, um importante destino turístico, por exemplo, está sendo diretamente afetado pela operação limitada do aeroporto de Porto Alegre, causado pelas condições climáticas adversas. Vejo as lideranças ativas e unidas, sendo solidárias, colaborando e buscando indicar o próprio setor como uma saída para a reconstrução. Somos resilientes sim!

Nosso desafio é a convivência simultânea da administração de crises imediatas e a construção de uma governança que traga soluções a longo prazo para o turismo brasileiro. Soluções para o Brasil. Soluções para o planeta. Como estamos organizados para dar nossa parcela de contribuição para a mitigação dos efeitos climáticos?

Aprender com experiências tem custado muito. Talvez colaborar para pensarmos juntos como navegamos no mar turbulento com uma previsão de tempo que sinaliza muitas tempestades pela frente.

Como você acha que podemos debater e movermos para juntas força nesse cenário?

Sobre a aviação na AMérica Latina

No coração da América Latina, a aviação está se reinventando para encarar os desafios contemporâneos e moldar um futuro promissor. A Associação Latino Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA) está à frente dessa transformação, catalisando inovações e sustentabilidade em um setor vital para o desenvolvimento econômico e a integração regional.

Os dados da ALTA revelam uma jornada de resiliência e adaptação. Em 2023, a aviação latino-americana começou a recuperar as altitudes pré-pandemia, com um aumento significativo no número de passageiros transportados. Este crescimento não apenas simboliza a recuperação do setor, mas também reflete a importância da aviação como um pilar para o turismo e a economia na região.

Contudo, o caminho para a sustentabilidade é talvez o mais desafiador e necessário. A indústria aérea está comprometida em alcançar a neutralidade de carbono até 2050, investindo em tecnologias limpas e combustíveis sustentáveis. A ALTA desempenha um papel crucial nesse aspecto, apoiando iniciativas que visam reduzir a pegada ambiental do transporte aéreo, sem comprometer sua eficácia e acessibilidade.

A América Latina, com suas vastas distâncias e topografia diversificada, depende fortemente da aviação para conectar suas comunidades e fomentar o comércio. A ALTA está consciente de que o futuro da aviação na região está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento sustentável, promovendo políticas e práticas que asseguram a prosperidade econômica aliada à responsabilidade ambiental.

Este momento é de oportunidade para repensar a aviação na América Latina. Pensar além do Brasil, pensar no Continente. Encarando desafios como os altos custos de combustível e a necessidade de maior segurança jurídica, a região está no limiar de uma nova era para o transporte aéreo. Uma era que, segundo a visão da ALTA, será marcada por inovação, eficiência e, acima de tudo, sustentabilidade. O setor está decolando em direção a um futuro onde o céu é apenas o começo de suas possibilidades infinitas.

Ouça nosso podcast HUB TURISMO com José Ricardo Botelho, CEO da ALTA

DADOS DO TURISMO EM RESUMO E DESTAQUE

As informações do último Barômetro da ONU TURISMO (novo nome da OMT) publicado em 19 de fevereiro de 2024 trazem informações relevantes para o turismo global, que somamos aos dados do Ministério do Turismo e EMBRATUR. Veja os destaques em dados: 

DESTAQUES MUNDO 

– Cerca de 1.286 milhões de turistas internacionais viajaram ao redor do mundo em 2023, um aumento de 34% em relação a 2022

– O turismo internacional recuperou 88% dos níveis pré-pandemia até 2023 

– As receitas totais de exportação do turismo (incluindo transporte de passageiros) são estimadas em USD 1,6 trilhão em 2023, quase 95% dos USD 1,7 trilhão registrados em 2019

– Estimativas preliminares do Produto Interno Bruto direto do turismo (PIB) apontam para USD 3,3 trilhões em 2023, ou 3% do PIB global, o mesmo nível de 2019, impulsionado tanto pelo turismo doméstico quanto internacional. 

– Espera-se que o turismo internacional recupere totalmente os níveis pré-pandemia em 2024, com estimativas iniciais apontando para um crescimento de 2% acima dos níveis de 2019 em chegadas de turistas internacionais. 

DESTAQUES BRASIL 

– Os turistas internacionais que visitaram o Brasil em 2023 deixaram no país o montante recorde de US$ 6,9 bilhões (R$ 34,5 bilhões), superando em 1,5% a maior arrecadação histórica com o turismo internacional, registrada em 2014, ano da Copa do Mundo FIFA. (FONTE) 

Fonte: Portal de Dados EMBRATUR, 2024. 

– Em 2023, o Brasil recebeu aproximadamente 6 milhões de visitantes internacionais 

Fonte: Portal de Dados EMBRATUR, 2024.

 – Os dados da chegada de viajantes internacionais ao Brasil desde o período pré-pandemia até 2023 mostra em que tivemos uma recuperação mais rápida do que a média mundial e de 1% a menos que a média da América do Sul. Já nosso crescimento em 2023 comparado a 2022 foi bem superior à média da região e global, conforme demonstrado na Tabela abaixo. 

Tabela comparativa de crescimento de chegadas internacionais 2023/2019/2022 

Mundo, América do Sul, Brasil e outros países 

Região/ anos comparados 2023/ 2019 2023/2022 
Mundo -12.2% 33.8% 
América do Sul -6.2% 48.8% 
Brasil -7.3% 70.5% 
Colômbia 32.8% 22.7% 
Argentina 0.4% 94% 
Uruguai 17.5% 76.6% 
Chile -19.5% 99% 
Peru -42.3% 25.7% 
Fonte: Elaborada por Pires iTurismo à partir de dados da ONU TURISMO, 2024.  Valores aproximados até novembro de 2023. 

“Sora desafia o conteúdo em Turismo

A OpenAI, a companhia norte-americana de inteligência artificial conhecida pelo ChatGPT, apresentou uma nova ferramenta revolucionária chamada “Sora“. Essa plataforma transforma textos em vídeos realistas de alta definição, com a possibilidade de criar conteúdos de até um minuto, mantendo a fidelidade visual à descrição fornecida. A nova “Sora” não só gera vídeos a partir de imagens estáticas como também pode ampliar vídeos existentes e preencher imagens que faltam em determinado conteúdo.  

Essa evolução no campo da IA está redefinindo vários setores, inclusive o turismo, onde já se desenha um impacto significativo. Por exemplo, agências de viagens poderiam usar “Sora” para criar vídeos promocionais personalizados, mostrando as belezas naturais dos destinos e produtos com um prometido realismo e qualidade impactantes. Imagine um vídeo de um jipe atravessando a Serra do Cipó em Minas Gerais, levantando poeira e revelando paisagens estonteantes; ou ainda, um passeio virtual por galerias de arte contemporânea em São Paulo, ou sobrevoando as Cataratas de Foz do Iguaçu. 

 Além de ajudar a promover destinos, a “Sora” tem o potencial de reimaginar a forma como experiências de viagem são compartilhadas, permitindo aos usuários criar conteúdos que antes exigiriam produções de vídeo profissionais. No entanto, a tecnologia também levanta questões éticas e legais, que podem ser usados para disseminar desinformação ou para fins maliciosos. 

 A inteligência artificial, AI, ainda está em fase de testes com um grupo limitado de usuários, e já promete ser uma ferramenta valiosa para profissionais criativos, incluindo no marketing de turismo, onde vídeos autênticos e cativantes são a essência da venda.   

E isso vai dar certO?

Mesmo que a nossa nova amiga criadora de conteúdos esteja em testes e desenvolvimento, com suas possíveis dificuldades, como a simulação precisa de uma localização ou erros até ridículos, não podemos negar uma nova fase de competitividade de conteúdo. Ainda assim, o potencial para transformar a forma e a qualidade de como apresentamos e promovemos destinos turísticos é imenso, marcando um passo gigante em nessa nova era de marketing digital no turismo.  

Uma coisa é certa: a maneira como experimentamos e promovemos viagens está prestes a mudar ainda mais radicalmente. Habilidades digitais básicas e pensamento criativo serão essenciais nesse novo desafio. Vamos ficar de olho. 

Retrospectiva 23: Aviação

Nossa série sobre análises do ano de 2023 terá alguns convidados. A ideia é compartilhar as principais conclusões e desafios que marcam o “fim da pandemia”. E 2024?

Nesse papo com Jurema Monteiro, Presidente da ABEAR falamos sobre muitos temas. Está imperdível:

  1. Cenário global da aviação nesse ano de 2023 e as principais diferenças entre os mercados de aviação domésticos e internacionais
  2. O Brasil acompanha esse cenário de recuperação? 
  3. Alta de preços. Como a indústria de viagens pode lidar com essa conjuntura para estimular as viagens domésticas?
  4. Como a sustentabilidade está influenciando as operações das companhias aéreas brasileiras? Há algum avanço significativo em tecnologias mais limpas ou eficientes que você gostaria de destacar?

Acesse e assine nosso podcast HUB TURISMO em sua plataforma preferida. Aqui no SPOTIFY também.

Além do Pacote: A Arte do Marketing de Experiência no Turismo

O marketing de experiência é uma abordagem inovadora que tem revolucionado a indústria do turismo. Diferente do marketing tradicional, que foca na venda de produtos ou serviços, o marketing de experiência concentra-se em criar uma jornada emocional e sensorial para o consumidor. O objetivo é ir além da simples transação comercial, oferecendo algo que seja memorável e que crie um vínculo emocional entre o turista e o destino ou serviço turístico.

Vários autores vêm desafiando o modelo tradicional que estuda o comportamento do consumidor apenas sob uma ótica racional. Eles destacam a importância das emoções, como prazer, sonhos e diversão, na decisão de compra. Este enfoque tem sido cada vez mais adotado no setor turístico, especialmente com o advento das redes sociais, onde as experiências são compartilhadas em tempo real. Além disso, falamos muito em experiência autêntica no destino, que também distingue um lugar de outro.

No turismo, o marketing de experiência pode ser aplicado de diversas formas. Por exemplo, em vez de apenas vender um pacote de viagem que inclui voos, hotéis e passeios, as agências podem criar experiências temáticas que envolvem o turista em uma narrativa ou jornada emocional. Isso pode incluir desde experiências gastronômicas autênticas, passeios históricos guiados por especialistas locais, até atividades de aventura que liberam adrenalina.

A tecnologia também tem um papel crucial na entrega dessas experiências. Realidade virtual, aplicativos móveis interativos e plataformas de mídia social são algumas das ferramentas que podem enriquecer a experiência do turista antes, durante e após a viagem. Além disso, o uso de Big Data e Inteligência Artificial permite uma personalização mais eficaz das experiências oferecidas, tornando-as mais alinhadas com as preferências e comportamentos dos turistas.

A experiência no destino é um dos aspectos mais cruciais do marketing em turismo. Quando o viajante está fisicamente no local, a oportunidade para uma experiência autêntica e memorável é imensa. Neste momento, todos os sentidos estão engajados: o turista pode sentir os aromas locais, ouvir os sons característicos, provar a gastronomia e, claro, visualizar paisagens e monumentos. É a fase onde o “cenário” se torna “palco”, e o turista se transforma de mero espectador para protagonista de sua própria história de viagem. Empresas e destinos turísticos podem potencializar essa experiência através de interações significativas, como workshops culturais, encontros com moradores locais ou atividades que permitam ao viajante “viver como um local”. Essas experiências autênticas não só enriquecem a viagem, mas também são as que mais provavelmente serão compartilhadas, multiplicando o impacto do marketing de experiência.

Em resumo, o marketing de experiência oferece uma oportunidade única para os profissionais de turismo se diferenciarem em um mercado cada vez mais competitivo. Ao focar na criação de experiências memoráveis, as empresas não apenas aumentam suas chances de fidelizar clientes, mas também de transformá-los em embaixadores da marca, que compartilham suas experiências positivas e atraem novos turistas. É uma estratégia que beneficia todos os envolvidos e que tem o potencial de elevar o setor turístico a novos patamares.

No Voucher, No Boarding: É Hora de Repensar as Práticas?

A 123 Milhas anunciou a suspensão de sua linha promocional de pacotes e passagens aéreas. A medida afeta diretamente os consumidores que optaram por viagens da linha “Promo”, com datas flexíveis e embarques previstos entre setembro e dezembro de 2023. A empresa justificou a ação citando “circunstâncias de mercado adversas”. Este acontecimento levanta questões importantes para todos os que trabalham no setor. 

Destaco minha torcida para que a 123 consiga resolver a demanda de todos os seus clientes. Mas não tenho receio de enfrentar o debate sobre os altíssimos riscos assumidos e suas consequências para nosso mercado.

Riscos para o viajante

Ao optar por qualquer compra sem a entrega imediata de vouchers, o consumidor está comprando um produto que não existe. Não há garantia de que a viagem ocorrerá conforme planejado, especialmente se a empresa enfrentar desafios financeiros ou operacionais. Isso está claro para o cliente na hora dessa aventura? Pelas manifestações que estamos vendo parece que não.

Sabemos que não é possível comprar passagens ou hospedagens até 11 ou 12 meses adiante. Muito pelo contrário, depois de um período complexo de pandemia e de grande esforço para reconstruir o setor, os cenários estão muito nebulosos. Qualquer turbulência é péssima para a credibilidade e reconstrução.

Riscos para TODAS as empresas de viagens e turismo

Quando o cenário ainda está instável e ocorrem casos como esse da 123 e o da HURB, todo o setor enfrenta uma crise de reputação geral. Isso pode resultar em cancelamentos, reagendamentos ou até mesmo na perda total do investimento feito pelo consumidor.

A suspensão de serviços ou alterações significativas em pacotes e passagens podem prejudicar gravemente a reputação de empresas similares no mercado, tornando mais difícil atrair novos clientes no futuro. Imagina se um grande número de clientes passar a exigir reembolsos simultaneamente.

Vale destacar a matéria da Panrotas que mostra recente estudo feito pela APEX com a Futura Inteligência.

Quais empresas de Turismo são mais lembradas pelo consumidor?

De acordo com o levantamento, as marcas mais lembradas pelos entrevistados são a CVC (52%), seguida da Gol (8,2%), 123 Milhas (6,0%), Latam (3,5%) e Decolar(3,4%). Essa pesquisa também mostra que as pessoas que compram por agências o fazem com 6 meses de antecedência. Das pessoas entrevistadas que viajaram nos últimos 12 meses, 24,9% afirmam ter comprado a viagem por meio de agências (físicas ou on-line). Será que vão continuar comprando ? Que outros riscos você identifica?