Vicky Cristina Barcelona

Barcelona: filmes mostram vários lados da cidade

Na semana passada, diversos países europeus começaram a abrir suas fronteiras ao turismo. Mas, por enquanto, o fluxo é permitido apenas entre países da União Europeia e Reino Unido. Os brasileiros ainda terão de esperar. Enquanto isso, dá para “viajar” por meio do cinema a uma das grandes cidades mais procuradas no verão da Europa: Barcelona, na Espanha.

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Depois das séries que mostraram filmes sobre viagem, sobre o verão europeu e alguns que permitem conhecer Londres, chegou a vez da cidade catalã. É mais comum ver Barcelona em filmes espanhóis. Porém, aqui eu saí do óbvio e selecionei alguns longas produzidos também fora da Espanha.

A lista tem diretores consagrados e premiados, como Woody Allen e Pedro Almodovar. Grandes atores também estão incluídos na seleção, que tem dramas, comédia romântica e ação.

Barcelona atrai turistas pelo seu clima litorâneo, pela arquitetura peculiar e pela agitada vida noturna. Além disso, é berço de grandes nomes da gastronomia mundial. Vamos aos filmes?

A Barcelona de Almodovar em ‘Tudo sobre minha mãe’

Este é um dos meus filmes preferidos dirigidos pelo consagrado espanhol Pedro Almodovar. Além disso, é o único da lista não tem o espanhol Javier Bardem no elenco. O longa de 1999 traz entre os destaques Cecilia Roth e uma jovem Penélope Cruz.

Após a morte do filho, Esteban, Manuela (Roth) viaja de Madri a Barcelona, para dar a notícia ao pai do garoto. Lá, retorna ao universo do teatro, do qual fazia parte na juventude, por meio da amizade com uma grande atriz – interpretada por Marisa Paredes.

Antonia San Juan e Cecilia Roth

Madri é o cenário mais comum nos filmes de Almodovar. Nessa viagem a Barcelona, ele explora diversos pontos da cidade, desde seu lado mais obscuro aos locais mais turísticos. Entre os cenários, há o Cemitério de Montjuic, com esculturas modernistas, e o Cinema Coliseum, fundado em 1923.

Nesse cinema, foi projetado o primeiro filme sonoro da Espanha. “Tudo sobre minha mãe” venceu o Oscar de melhor filme estrangeiro em 2000.

O Franco-Atirador

O filme de ação tem locações em Cidade do Cabo, na África do Sul, Londres, Barcelona e Gibraltar. Por isso, poderia ser, mais que um filme de ação, um longa de viagens.

Na cidade catalã, uma das cenas é produzida na famosa Praça Real, próxima às Ramblas. Em um restaurante na praça, ocorre o reencontro do casal protagonista (Sean Penn e Jasmine Trinca).

O desfecho é em uma praça de touros, cuja fachada é a da arena de Barcelona que hoje abriga um museu. Na cidade catalã, já não há mais touradas.

Javier Bardem, Sean Penn e Jasmine Trinca em restaurante na Praça Real

O filme também usa vinícolas nas imediações da cidade como cenários. Em uma delas, se passa a principal cena de perseguição do longa.

Embora o filme seja uma ação que não foge do convencional nem traz grandes inovações, o elenco é estrelado. Além do bicampeão do Oscar Sean Penn, há Javier Bardem e Idris Elba.

Na trama, um matador (Penn) vai à Espanha à procura de pessoas que estão tentando matá-lo. Por lá, se encontra com um ex-colega de crime (Bardem).

No entanto, o personagem de Bardem agora casado com ex-namorada (Trinca) do protagonista. O filme é dirigido por Pierre Morel.

Biutiful

Dos quatro filmes da lista, três são de diretores premiados. Este foi dirigido por Alejandro González Iñarritu, bicampeão no Oscar – por Birdman e O Regresso. Além disso, Biutiful, filme de 2010, recebeu indicações na categoria filme estrangeiro e ator (para Javier Bardem).

Javier Bardem está em três dos quatro filmes sobre Barcelona

A Barcelona de Biutiful é obscura, mais distante de locais turísticos. Mas esses lugares também estão lá. Há, por exemplo, uma cena de perseguição nas Ramblas.

Uxbal (Bardem) ganha a vida com atividades ilícitas e tem uma família disfuncional. Após sentir dores, ele descobre que está com câncer e tem poucos meses de vida.

Vicky Cristina Barcelona

Faz parte da série de filmes que Woody Allen produziu explorando o lado turístico de cidades europeias. Além de Barcelona, essa série inclui as capitais da Itália (Para Roma, Com Amor) e da França (Meia-Noite em Paris).

No longa de 2008, Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlett Johansson) são duas amigas norte-americanas que vão passar o verão em Barcelona. Lá, acabam se envolvendo com artista Juan Antonio (Javier Bardem).

Javier Bardem e Penélope Cruz em Vicky Cristina Barcelona

Além disso, a ex-esposa de Juan Antonio, Maria Helena (Penélope Cruz), também passa a influenciar a viagem das norte-americanas.

Os cenários de Barcelona são tão importantes no longa quanto a própria trama. Entre os locais visitados pelo filme estão a catedral da Sagrada Família, o bairro Gótico, a Casa Milà e o parque de Montjuic.

Mandarin Oriental Hyde Park

Mandarin Oriental é um ícone da hotelaria de luxo em Londres

Em um edifício histórico, de estilo vitoriano, há um dos grandes ícones da hotelaria de luxo de Londres, o Mandarin Oriental Hyde Park. Dentro do prédio, você pode encontrar dois restaurantes de chefs estrelados. No entorno, de um lado, um dos parques mais lindos do mundo. Do outro, o paraíso das compras de luxo.

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Pelos salões desse edifício, que surgiu no século 19, já dançaram as princesas Margareth e Elizabeth. Elizabeth, hoje também conhecida como rainha da Inglaterra. Winston Churchill, um dos heróis do século 20, passava sempre por ali, com seu inconfundível charuto entre os lábios.

Ao longo dos anos, o Mandarin Oriental Hyde Park recebeu em seus salões, quartos e suítes figuras importantes das cenas britânica e mundial. E, no decorrer das décadas, não perdeu essa aura. Pelo contrário: a aprimorou. Nem dois incêndios, um deles bem recente, foram capazes de abalar essa estrutura.

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Antes Hotel Hyde Park, o estabelecimento passou em 1996 à administração da rede de luxo asiática Mandarin Oriental. Desde então, atrai pessoas que fazem questão de experiências exclusivas – seja como hóspedes ou clientes de seus restaurantes, bares e spa.

O hotel visto a partir do Hyde Park

Difícil, no caso desse hotel, é pensar em algo de que não gostei. Tudo ali é praticamente perfeito. Ponto a ponto, venha comigo descobrir o que faz do Mandarin Oriental, que passou por reformulação em 2018, ser a referência de luxo na cidade que muitos consideram a capital do mundo – ideia que pode não agradar aos nova-iorquinos.

Localização do Mandarin Oriental Hyde Park

Se o Shangri-La (leia aqui a resenha) fica em uma área de nova efervescência, e o Sofitel London St. James (confira resenha em breve) está no centro de tudo o que é mais importante para quem vai fazer turismo em Londres, o Mandarin Oriental é o epicentro de uma zona em que exclusividade é a palavra de ordem.

Desfile da cavalaria

Vamos começar pelo Hyde Park, o imenso parque que começa, dependendo do ponto de vista, na balada Park Lane, e termina no Kensington Gardens – os jardins do palácio que é uma espécie de condômino, no qual vivem Kate Middleton e seu marido, o príncipe, entre outros integrantes da família real.

O Mandarin está logo à frente do parque. É o único hotel de Londres com acesso praticamente direto a ele. Na rua calma entre o hotel e o Hyde Park, todos os dias, pontualmente às 10h30, passa o regimento da cavalaria, a caminho do Palácio de Buckingham para a troca de guarda. Uma tradição secular, como tantas na capital inglesa.

Knightsbridge

Ao lado do Mandarin, que fica naquela que é hoje uma das ruas mais badaladas de Londres, Knightsbridge, está o One Hyde Park. O condomínio residencial inaugurado há pouco mais de cinco anos é um dos mais luxuosos do mundo.

O único pub da Sloane Street

O serviço no condomínio é fornecido pelo Mandarin. No térreo, há a concessionária da McLaren que, desconfio, é a que mais vende carros da marca inglesa do mundo.

E há razões concretas para essa desconfiança que é quase uma certeza. Londres é considerada a capital mundial dos supercarros – à frente de Mônaco e Dubai. E é nas imediações de Knightsbridge o local que mais se vê, na capital inglesa, os automóveis mais exclusivos do mundo.

Compras de luxo

O Mandarin fica também a pouquíssimos passos dos dois mais exclusivos centros de compras da cidade: a loja Harrods e a rua Sloane. Ambas reúnem as mais importantes grifes do mundo.

Loja da McLaren ao lado do hotel

Percorrendo a Sloane, não deixe de passar pelo Gloucester, que, como a própria inscrição central na porta diz, é o único pub dessa rua. O ambiente de pub tipicamente londrino destoa da atmosfera altamente sofisticado de Knightsbridge, mas não se engane – o público, essencialmente britânico, é o típico dessa região da cidade.

Sobre as atrações turísticas, Buckingham está a menos de 1 km, ou a uma estação de metrô. A propósito, a estação Knightsbridge, ao lado do hotel, está em uma das principais linhas da cidade, a azul. Tem ligação direta, sem conexões, com o aeroporto de Heathrow.

Knightsbridge vista a partir do Mandarin

Percorrendo o Hyde Park, você logo chega ao Palácio de Kesington. O bairro de Chelsea está também bem próximo do hotel, assim como alguns museus e restaurantes que estão entre os mais badalados da cidade.

Outro destaque da região é um dos museus de design e decoração mais importantes do mundo, Victoria and Albert Museum. Foi batizado em homenagem ao casal que revolucionou a história da arte e da arquitetura em Londres no século 19, entre outras realizações: a rainha Victoria e seu marido, Albert.

Estilo e bares do Mandarin Oriental Hyde Park

Apesar da renovação, o Mandarin Oriental Hyde Park mantém sua essência, especialmente na entrada. Há um vestíbulo que dá acesso a uma escadaria. O salão escuro tem paredes de madeira e uma dominância de tons fortes, que remetem ao começo do século 20.

Quem vê o vestíbulo pode imaginar que vai encontrar essa temática nos demais ambientes do hotel. Mas se engana.

Ao subir as escadas, à direita há o eficiente balcão do serviço de concierge do hotel. À esquerda, a recepção cheia de elementos de decoração contemporâneos.

Atrás da recepção há um dos mais tradicionais salões de chá de Londres, o Rosebery. Apesar de o horário do chá da tarde ser às 17h, o salão também funciona como bar. Bem iluminado e com música ambiente leve, reúne muitas pessoas durante todo o dia.

O Rosebery é a parte do Mandarin que mais fará você lembrar que, antes do hotel, o prédio dava lugar a um famoso clube de cavalheiros.

Mandarin Bar

O hotel tem ainda o Mandarin Bar, para drinks à noite. Ali, o ambiente é moderno e a música ambiente, composta por vertentes leves da eletrônica. Fica aberto até 1 hora.

Restaurantes

O restaurante principal do Mandarin Oriental Hyde Park, Dinner by Heston, do badalado chef inglês Heston Blumenthal, é um dos mais sofisticados de Londres. Tem duas estrelas Michelin e está na lista dos 50 melhores do mundo da revista Restaurant.

Dinner by Heston

O Bar Boulud, mais casual, se mostrou uma ótima pedida gastronômica em Londres. Em um ambiente delicioso, com cozinha à mostra e um bar com balcão no centro, o simpático bistrô tem a assinatura de ninguém menos que Daniel Boulud.

O chef francês nascido em Lyon, capital mundial da gastronomia, acabou construindo sua maior glória em Nova York. Seu restaurante, Daniel, três estrelas no Guia Michelin, é um dos mais famosos do mundo.

Bar Boulud

Segundo a excelente equipe de atendimento do bistrô, o tartar lá servido – que experimentei e amei – segue a mesma receita do prato oferecido no Daniel.

O carro-chefe da gastronomia no restaurante é a culinária francesa e, apesar de diversas opções convencionais, eu escolhi aquele que é o prato signature do Bar Boulud: o hambúrguer. O melhor que já experimentei? Forte candidato.

O café da manhã, durante minha visita, estava sendo servido no bistrô – normalmente, é no restaurante de Blumenthal, mas ele estava, à época, fechado para uma reforma já concluída. O buffet contempla tradições de diversas partes do mundo e há muitas opções para quem tem restrições alimentares.

O bar do terraço

O Bar Boulud também é responsável pelo serviço do bar no terraço do hotel, com vista para o Hyde Park.

Chegada ao Mandarin Oriental Hyde Park

Chegamos ao hotel de táxi e nem vimos mais nossas malas até chegarmos ao quarto. Fomos recebidas por três adoráveis mensageiros, que nos levaram à recepção para o rápido check-in, no qual nos ofereceram água, sucos e toalhas umedecidas e odorizadas.

Como o quarto não estava pronto, fomos convidados a aguardar no Rosebery, para tomar um chá ou drink de cortesia. Meia hora depois fomos levados ao quarto pela mesma funcionária que fez nosso check-in, e o deslumbramento já começou nos corredores e hall de acesso aos elevadores.

Nos corredores, os destaques são fotos exclusivas de Mary McCartney, a filha de Paul. Talentosas, inclusive, as garotas do músico. Stella McCartney é hoje uma das estilistas mais conceituadas do mundo.

Em todos os andares, o hall dos elevadores é um espetáculo à parte, com poltronas, mesas e lustres sofisticados.

Quarto

Fomos recebidos com mimos incríveis: garrafa de champagne Moet and Chandon e chocolates belgas. O projeto do renovado Mandarin Oriental Hyde Park foi assinado pela designer inglesa Joyce Wang. O estilo contemporâneo sofisticado da decoração faz um casamento com elementos e escolas da primeira metade do século 20, especialmente a art deco – que se vê nas mesinhas de centro, por exemplo.

Nosso quarto era da categoria Hyde Park, com 36 metros quadrados e um pequeno hall de entrada – onde está o bar, máquina de café expresso, chaleira, etc.

O banheiro é todo revestido de mármore branco. Muito claro, iluminado, com amenidades da marca londrina Miller Harris, traz box grande, funcional e ducha com excelente pressão de água. Os espelhos têm contorno iluminado. Porém, em nosso quarto, não havia banheira.

No quarto, se destacam a cobertura cinza nos painéis de parede, a escrivaninha coberta de couro e os belíssimos e sofisticados lustres de ônix. Poltrona e cortina são em tons claros de verde e rosa – essas cores podem variar de acordo com o quarto.

Atrás das cortinas blackout, um dos grandes destaques do Mandarin Oriental: a vista para o Hyde Park.

Entre as facilidades havia secador de cabelos com excelente potência – e até prancha, ou chapinha, de ótima qualidade -, tomadas e adaptadores por todos os cantos e um fofíssimo kit de papelaria (além de chinelos personalizados e roupão).

A cama é do tipo king, adaptável ao corpo, e há menu de travesseiros.

Destaques do serviço

Meu voo era tarde da noite. Não havia disponibilidade de meu tipo de quarto para o dia da partida. Por isso, fui transferida, após o meio dia, para outra categoria de apartamento, para que pudesse contar com a facilidade do late check out gratuito. Pude deixar o hotel no horário mais conveniente para mim – às 18h, seis horas após o horário de check out.

Todas as solicitações de serviços de quarto são atendidas em minutos. E, no momento de minha irmã e companheira de viagem ir embora – ela partiu horas antes de mim -, achou interessante ir de metrô, já que a linha da estação Knightsbridge dá acesso sem conexão a Heathrow.

Como a estação não tem nem elevadores nem escadas rolantes, um mensageiro do hotel prontamente se ofereceu para ajudá-la com as malas.

O serviço de concierge sempre tem dicas ótimas a oferecer. Além disso, conseguiu para mim reservas de última hora em restaurantes muito disputados da região.

Toda a experiência é fantástica. Uma pena ter sido apenas de um dia, porque não deu tempo, por exemplo, de conhecer o renomado spa do Mandarin Oriental, com sua piscina aquecida. O hotel deixou muito claro por que é ícone do luxo em uma das cidades mais luxuosas do mundo.

O Mandarin Oriental está temporariamente fechado por causa da pandemia. Segundo a assessoria de imprensa do hotel no Brasil, não há ainda previsão de reabertura. Porém, em alguns sites de reserva, elas podem ser realizadas para datas a partir de 4 de julho – com preços que começam em 780 libras.

Teleférico de Montjuic tem belas vistas

Quatro vistas espetaculares pelo mundo

Enquanto as viagens pelo mundo ainda estão restritas, ou praticamente impossíveis, compartilhar imagens é um meio de conhecer, ou revisitar, locais espetaculares. Eu sou uma apaixonada por belas vistas, dessas que a gente só encontra no alto de edifícios, morros ou montanhas.

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Aqui, selecionei as mais legais que pude contemplar em meus últimos anos de viajante.

Santiago

Há alguns cerros, ou morros, em Santiago, que você pode explorar para ver do alto a capital do Chile. Minha vista preferida foi no restaurante cujo nome é exatamente o que oferece: Vista.

O Vista Santiago fica no Cerro San Cristóbal. É rodeado por vidros, pelos quais se observa uma vista panorâmica da cidade, e tem também uma varanda, ideal para o por do sol.

Quem vai ao Vista pode observar vários bairros da cidade, como Providência, além do edifício mais alto de Santiago, o Costanera, que se destaca na paisagem.

E, claro, por lá você também terá um belíssimo visual da Cordilheira dos Andes, que pode ser observada em diversos pontos de Santiago. Por causa da pandemia, o restaurante está fechado temporariamente. Mas vale se programar para quando pudermos voltar às viagens.

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Barcelona e suas vistas

A cidade catalã também oferece diversos locais para se ter vistas extraordinárias. Entre eles, o mais famoso é o Park Guell. Já em Montjuic, a paisagem começa a tomar forma no teleférico que dá acesso ao local.

A atração fica na avenida Miramar, número 30, mas está temporariamente fechada. Dá também para acessar o Montjuic de carro ou transporte coletivo. Por lá, há uma vista panorâmica da cidade, com destaque para os bairros litorâneos e o porto.

Quem visita Montejuic pode aproveitar para conhecer as outras atrações da região, como o Jardim Botânico e o Parque Olímpico – herança que os jogos de 1992 deixaram para a cidade.

Londres

De um lado, a famosa London Bridge. Do outro, a Abadia de Westminster, o Parlamento e a roda-gigante London Eye. Em cada ponto do hotel Shangri-La, há vistas para as principais atrações às margens do Tâmisa.

Não é preciso se hospedar no hotel, que fica no edifício The Shard, em Southwark, na margem sul do Tâmisa. Basta visitar o restaurante, ou o bar do Shangri-La.

Outro meio de desfrutar dessa vista é ir ao observatório do edifício The Shard, que fica entre os andares 68 e 72. A atração está temporariamente fechada, mas o preço dos ingressos antes da pandemia eram de 25 libras.

Cidade do Cabo

A Table Mountain é presença constante na cidade do Cabo desde o momento em que se sai do aeroporto em direção à cidade. Há vários pontos onde se pode visualizá-la. Um dos mais legais é Signal Hill.

A partir do morro, a Table Mountain pode ser observada em ângulos ainda mais belos que os vistos em outras partes da cidade. Além disso, podemos enxergar boa parte do litoral, e ver saltos de praticantes de parapente, que sobrevoam as montanhas nas imediações formando uma bela paisagem.

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El Gordo Trancoso

Trancoso: as praias, pousadas e restaurantes mais legais

O mês de junho deve marcar o início da reabertura do turismo em alguns países da Europa. Mas esse reinício será bastante restritivo e, na maioria dos países, ainda limitado a fronteiras terrestres. Para nós, brasileiros, ainda é cedo para começar a planejar uma viagem ao continente. Isso deve atrair mais pessoas para destinos dentro do País na próxima temporada de primavera e verão nacionais. Por isso, a reportagem de hoje é sobre Trancoso.

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Paraíso das celebridades, o vilarejo no sul da Bahia tem fama de badalado, agitado e caro. Mas, fora da temporada de Ano Novo, Trancoso assume um caráter bem diferente mesmo no auge do verão. Continuam lá a ótima infraestrutura para um local tão paradisíaco, mas em uma atmosfera bem mais calma e, principalmente, com hotéis a preços bem mais acessíveis.

No próprio vilarejo ou nas imediações, Trancoso tem praias de águas cristalinas, algumas com piscinas naturais. Esse pacote paradisíaco vem acompanhada por uma série de facilidades. Por lá, você encontra ótimos clubes de praia, restaurantes de alta gastronomia e uma variedade de pousadas muito charmosas, que vão das rústicas a luxuosas.

PRAIAS

O charmoso Quadrado, com a simpática igrejinha branca ao fundo, é o epicentro do vilarejo. Por ali estão os principais restaurantes e lojas, além de algumas pousadas de Trancoso. Para quem olha em direção ao mar, à esquerda está a praia dos Nativos e à direita, a dos Coqueiros.

As duas praias mais próximas ao vilarejo têm boa infraestrutura. Porém, a não ser no período da manhã, quando a maré está bem baixa, são praias mais comuns. Têm areia branquinha e água cristalina, mas não as mesmas características excêntricas de outras na imediação.

Vamos começar pelo lado esquerdo. A praia dos Nativos é onde estão duas das principais pousadas do vilarejo, como as famosas Estrela d’Água e Tangará, ambas com clubes de praia abertos ao público.

Ao lado, em direção a Arraial d’Ajuda, você encontra a praia do Rio da Barra, boa para quem gosta de tomar banho no rio de mesmo nome. Quanto ao mar, a maré lá é um pouco mais forte do que na vizinha.

Em seguida, está a praia do Taípe. Apesar de já ser parte de Arraial d’Ajuda, é um programa tradicional para quem visita Trancoso. É famosa pelas lindas falésias e tem a água mais cristalina entre as três.

Porém, não tem clubes de praia com infraestrutura luxuosa, e sim barracas de praia menos sofisticadas. Para quem vai a Trancoso em busca de clubes inspirados nos de hot spots da Espanha, França, Itália e Grécia, passar o dia no Taípe pode não ser uma boa opção. Já conhecer a belíssima geografia da praia é imprescindível.

Taípe

Do lado direito do Quadrado, Coqueiros é a praia para a turma que vai ao vilarejo passar o dia em grandes grupos – geralmente, pessoas provenientes de destinos como Porto Seguro e Arraial d’Ajuda. Ônibus de excursões são constantes por lá, e as barracas de praia (mais comuns que clubes) ficam lotadas.

Se o objetivo é ter uma experiência mais exclusiva e longe do turismo em massa, Coqueiros é a praia a se evitar. Rode mais um pouco e vá à Rio Verde, ao lado. Por ali, há mais clubes de praia sofisticados. E, para quem está vindo do Quadrado, no finzinho dessa praia dá para encontrar algumas piscinas naturais.

Essas formações, porém, serão vistas com mais exuberância ao lado, na Ponta de Itapororoca, minha praia preferida em Trancoso. Por lá, não há estrutura nenhuma, a não ser as privadas, das casas dos sofisticados condomínios do local.

Ponta de Itapororoca

Mas vale levar a canga e passar pelo menos uma manhã na Ponta de Itapororoca. É nessa parte do dia que as piscinas naturais estão mais à vista. E mais bonitas.

As praias estão interligadas por uma estrada de terra, que ficam em uma única reta tanto a leste (Nativos) quanto a oeste (Coqueiros). Do Quadrado ao Taípe, leva-se cerca de 25 minutos,de carro. Do centro à Ponta de Itapororoca, são 15 minutos.

PRAIA DO ESPELHO

A praia do Espelho fica a 25 km do centro de Trancoso. Porém, por causa da estrada de condições ruins, leva-se quase uma hora para chegar ao local, de carro. Muito conhecida por suas piscinas naturais, que lembram espelhos, acabou virando um centro do turismo em massa, que nada tem a ver com a atmosfera do vilarejo.

Porém, ao menos para marinheiros de primeira viagem, é quase um pecado não conhecer uma das praias mais bonitas do Brasil – bem como sua vizinha, a praia dos Amores. A dica é chegar cedo, até às 9h, até para aproveitar a maré baixa, que deixa a paisagem ainda mais bela.

Praia do Espelho

Depois de caminhar pelas duas praias, o ideal é ir embora antes do meio dia. Das 11h em diante, começam a chegar diversas vãs de excursões e, dependendo da época, a praia fica bastante lotada.

Mas, para quem quer passar o dia, o Espelho tem alguns restaurantes com infraestrutura de praia, que cobram consumação de R$ 100 a R$ 150. Esse valor pode ser aproveitado para o almoço.

Porém, se for ficar até esse horário, vale mais curtir o almoço no restaurante da Silvinha, especializado em frutos do mar e muito bem conceituado.

CLUBES DE PRAIA

Na praia dos Nativos, há os clubes de praia das pousadas Estrelha d’Água – onde dá para aproveitar também o excelente restaurante – e Tangará, Dependendo da época, paga-se consumação que começa em R$ 100, e podem passar dos R$ 300. As piscinas das pousadas não estão disponíveis a não-hóspedes.

Casa Clube

Já no Rio Verde, o Casa Clube tem consumação livre, cadeiras e camas confortáveis e ótimos drinks. Também dá para aproveitar a ótima estrutura de praia da pousada Bahia Bonita.

Todos esses clubes funcionam durante o ano todo. Durante temporadas de verão, há mais opções. Entre elas, uma unidade da famosa rede Café de la Musique.

RESTAURANTES

O Quadrado concentra a maior parte das excelentes opções gastronômicas de Trancoso. Por lá, além dos restaurantes, há também alguns bares e lojas de roupas, acessórios e artesanato.

El Gordo

O restaurante da pousada El Gordo, na ponta do quadrado, tem visual inspirado em de atrações da Grécia e uma das vistas mais bonitas da cidade. Ali, o cardápio é variado. Peixes e frutos do mar são carro-chefe, mas há opções para quem prefere carnes, por exemplo.

Não deixe de experimentar o impressionante petit gateau de doce de leite. Em outra pousada do Quadrado, Capim Santo, está o restaurante de mesmo nome, com filial em São Paulo. Ingredientes tipicamente brasileiro são o carro-chefe do cardápio.

Entre as sobremesas, o brigadeiro de capim santo é imperdível. Já o Jacaré fica nos arredores do Quadrado. Os drinks são incríveis e há um bar lounge ao lado, para quem quiser estender a noite. O robalo com risoto de pupunha é o carro-chefe, e vale muito a pena.

Para quem prefere ficar totalmente ao ar livre, o Silvana e Cia tem mesas sob as árvores do quadrado. A massa com frutos do mar é um ponto alto, mas evite as carnes vermelhas.

O petit gateau de doce de leite do El Gordo

Elas são mais saborosas no Sabor da Bahia, um dos primeiros restaurantes para quem está chegando ao Quadrado, que tem preços um pouco mais em conta.

Para quem gosta, nesse restaurante há quase sempre música ao vivo, assim como no Cantinho Doce, um clássico de Trancoso.

ONDE SE HOSPEDAR EM TRANCOSO

Para quem não quer saber de pegar carro à noite, nem gastar no mínimo R$ 50 com táxis, a melhor opção é ficar hospedado no Quadrado. Mas, se estiver de carro (a melhor opção para quem visita o vilarejo), certifique-se de que o hotel tenha estacionamento. Em alguns casos, não há, e a entrada é pelo próprio Quadrado, não pela rua de trás. Isso obriga o hóspede a caminhar com suas malas na chegada e na saída, já que veículos não circulam nessa área.

Capim Santo

Uma das pousadas mais bacanas do Quadrado é a Capim Santo (R$ 381 por dia, tarifa válida para check-in em 14 de setembro e mínimo de duas diárias; fora da promoção, diária parte de R$ 750). Tem estacionamento gratuito, piscina e quartos e suítes bem iluminados, com decoração rústica chique. Algumas são de dois andares.

Já a pousada El Gordo (média diária a partir de R$ 760), na ponta do Quadrado, oferece uma das vistas mais deslumbrantes de Trancoso. Outro local com uma bela vista e muita sofisticação é o hotel boutique Bahia Bonita (parte de R$ 760 por dia), que fica fora do quadrado, mas próximo a essa área.

Nas imediações do Quadrado, há outras opções charmosas que, dependendo da época, podem sair um pouco mais em conta. Entre os exemplos estão as pousadas Mar à Vista (a partir de R$ 600 a diária) e Encantada (média parte de R$ 480 por dia).

Tangará

Na praia, as pousadas mais famosas são as luxuosas Estrela d’ Água (a diária parte de R$ 1.920) e Tangará (média a partir de R$ 1.680 por dia). Ambas ficam na praia dos Nativos e são muito badaladas. Uma opção de praia mais em conta e igualmente sofisticada é a Bahia Bonita – Praia (Rio Verde, com diárias a partir de R$ 1.100). O único problema dessa pousada é a ausência de piscina.

Para economizar um pouco e ficar confortavelmente instalado na praia, há a Casa Clube (Rio Verde, com preço diário a partir de R$ 390). A cerca de 200 metros da praia dos Nativos, há a Mata N’Ativa (diárias a partir de R$ 448), com natureza exuberante e às margens do rio Trancoso. Tem quartos muito confortáveis e espaçosos, além de um restaurante com preços baixos para o nível do vilarejo – e comida bem gostosa.

Mata N’Ativa

Vale a pena se hospedar no Club Med (a partir de R$ 2.090 por dia)? Em minha opinião, não. Por ser um resort, o hóspede vai acabar passando muito tempo por lá, e não desbravará tudo o que Trancoso tem a oferecer. Além disso, fica no Taípe, uma das praias mais distantes do centro.

Todas as cotações de preço são as mais baixas encontradas para o mês de setembro. Foram feitas por meio do site de pousadas e hotéis, e também pelo Booking.com.

COMO CHEGAR

A maneira mais comum de chegar à Trancoso é pelo aeroporto de Porto Seguro. Por lá, a sugestão é alugar um carro e ir até o vilarejo, apenas por estrada (70 km) ou usando a balsa até Arrail d’Ajuda (40 km, mas sujeito a filas em alta temporada).

Trancoso é uma cidade que não permite ao visitante andar a pé o tempo todo. As praias são distantes uma das outras e os táxis cobram caro (R$ 50 do Quadrado até a Praia dos Nativos, a cerca de 3 km do centro, e R$ 70 até o Taípe). Por isso, vale a pena ir de carro.

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Para alugar, reserve no site das locadoras. Há quiosques de diversas empresas no desembarque do aeroporto de Porto Seguro. Dá para reservar na hora, mas há o risco de não haver disponibilidade na alta temporada. Além disso, as opções online costumam oferecer descontos e condições especiais de pagamento.

Se preferir não alugar um carro, uma corrida táxi de Porto Seguro a Trancoso pode sair por R$ 400. Vale ligar para o hotel e solicitar serviço de transfer, que partem de R$ 100 por pessoa, em média.

Rocco Forte Hotel de la Ville

Na Itália, Rede Rocco Forte investe em luxo resgatando a história

Pouco conhecido no Brasil, por não ter unidades aqui ou em qualquer outro país da América do Sul, o Rocco Forte é uma das referências em hotelaria de alto luxo nas cidades em que atua – a maior parte delas, na Europa. A pequena rede reúne elementos que encantam os sentidos e a memória dos hóspedes, gerando grande fascínio e, claro, a vontade de ficar mais. E voltar.

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O charme é a marca registrada da rede, e frequentemente faz um casamento acertado com elementos históricos e design peculiar. Conheci dois hotéis Rocco Forte exatamente em seu país origem, a Itália.

Em Roma, o Rocco Forte Hotel de la Ville foi inaugurado em maio de 2019, e aposta em se tornar um grande ponto de encontro na capital italiana. O Hotel Savoy, em Florença, já está há bem mais tempo sob a bandeira da rede hoteleira de luxo.

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Porém, ganhou mais charme e exclusividade em 2018, ao passar por uma completa renovação. Em comum, além de serem representantes da rede Rocco Forte, o De la Ville e o Savoy têm muito. Ambos ocupam localizações privilegiadas em duas das mais visitadas cidades italianas.

Spa no hotel De la Ville

O hotel de Roma – segundo da rede na capital Itália, depois do De Russie – fica bem ao lado da Escadaria de Espanha. O de Florença está na charmosa Praça da República, bem próximo ao imponente Duomo di Firenze.

São também hotéis antigos, que já existiam muito antes de passarem para a administração da rede. Assim, ocupam edifícios históricos, com fachadas impressionantes. Ambos também investem em alta gastronomia.

Rocco Forte Hotel de la Ville


Minha primeira imersão no universo Rocco Forte foi o Hotel de la Ville. Antes de passar para a administração da Rocco Forte, ele era o Intercontinental de la Ville.

Reformado e inaugurado em maio deste ano, o hotel tem uma fachada histórica e uma recepção minimalista, mas extremamente sofisticada. Por trás das portas do edifício, estão móveis contemporâneos em cores vivas, mas sem exageros.

Réplicas de esculturas e quadros inspirados no Renascimento estão por todos os lados. Um elevador panorâmico é o principal acesso aos andares de quartos e suítes.

Escadaria de Espanha, ao lado do hotel

Mas não é o único. Há outros dois blocos de elevadores, e cada um deles é uma obra de arte. Eles são decorados com mosaicos. As áreas abertas do Rocco Forte de la Ville também são destaques. No verão, os hóspedes desfrutam o café da manhã em um terraço.

Nessa área, o clima mediterrâneo domina a decoração, com tons coloridos na medida certa, como o contraste entre o tom do prédio e as janelas na cor verde. Uma imagem que remete bastante ao litoral da França e da Itália.

Bares, restaurantes e spa

No sexto e sétimo andares, o bar “rooftop” (Cielo Bar) serve drinks e refeições leves com uma vista impressionante para a cidade eterna. No verão, há DJs, administrando trilha sonora que acompanha um incrível por do sol. O bar já se tornou um ponto de encontro em Roma.

Bar Cielo

O outro bar do hotel (Julep) investe em decoração inspirada no século XVII de várias capitais europeias, mas com elementos contemporâneos. Durante minha estadia, ele estava fechado, assim como o restaurante que ocupa o mesmo andar (chamado de Mosaico).

Segundo informações do De La Ville, em agosto, por causa do verão, muitos hóspedes preferem desfrutar outras opções da noite de Roma a ficar nessas duas atrações do hotel. Daí, a opção por fechar. Uma pena; perdi a oportunidade de conhecê-los.

Julep

No entanto, estava aberto o outro restaurante, voltado tanto aos hóspedes quanto a clientes não hospedados. Também um ícone do casamento de design contemporâneo e histórico, o “Da Sistina” investe em culinária italiana com toques de cozinha internacional.

Outro destaque do De La Ville é o spa, que oferece diversos tipos de massagem e tratamentos em saunas variadas e banhos de luzes, por exemplo. Os produtos são de uma das marcas do grupo, Irene Forte.

Spa

Quarto Deluxe no De La Ville


Hospedei-me em um dos quartos mais sofisticados do hotel, da categoria Deluxe, com 35 metros quadrados. Alguns apartamentos dessa categoria têm uma entrada imponente, em frente ao elevador panorâmico.

A imponente porta de tom vermelho escuro (muito usado no hotel) dá acesso a um pequeno closet. O banheiro é revestido de mármore claro e azulejo bicolor, com box imenso e funcional – não gostei muito da pressão da água da ducha, para falar a verdade.

As amenidades, que incluem até kit de costura bem completo, são da marca Irene Forte, de excelente qualidade. Os tons de decoração variam bastante.

O quarto em que me hospedei era predominantemente claro, tom que estava nas cortinas, poltronas e até nos quadros com desenhos clássicos da arte italiana. Isso favorece a ampla iluminação proporcionada pelas duas janelas, que se abrem completamente (embora esse apartamento não tenha terraço) e são totalmente à prova de som. A vista é para a Via Sistina, ao lado da famosa Escadaria de Espanha.

Os tons claro são quebrados pelo preto de alguns móveis, como armários e o rack onde estão a TV e o minibar. A cama é do tipo “king”, com lençóis de algodão egípcio e imensos e confortáveis travesseiros.

Além das cortinas, há poucos elementos clássicos na decoração, que é contemporânea sem exageros, deixando o ambiente “clean” e sofisticado.

A TV é equipada com chrome cast, permitindo aos hóspedes visualizar programação em streamings como Netflix.

Suítes


O Rocco Forte De La Ville tem diversos tipos de suítes, das tradicionais “júnior” às chamadas “signatures”, ou topo de linha.

Conheci duas, ambas com terraço. A Grand Suite tem 60 metros quadrados e três ambientes. Já a Roma é uma “signature”. Além de 80 metros quadrados em quatro ambientes, que inclui uma imensa sala com sofá, poltrona e espreguiçadeiras, tem um terraço panorâmico com vistas impressionantes de Roma.

Por ali, há mesa, sofá e diversas espreguiçadeiras, para que os hóspedes possam aproveitar o sol do verão. As réplicas de importantes bustos da arte italiana são um elemento interessante na decoração das suítes do De La Ville.

Savoy


O Savoy é mais clássico que o De La Ville, mas nem por isso abre mão de elementos contemporâneos. Renovado no ano passado, teve seus 120 apartamentos e suítes transformados em apenas 80.

O lobby e outros ambientes do hotel, como bar e restaurante, foram decorados em colaboração com a marca de alta costura Emilio Pucci, que surgiu em Florença.

Lobby

Vários elementos da grife estão em sofás, mesas e outros detalhes do hotel.

As suítes são os destaques do Savoy. Hospedei-me em uma executiva, com 50 metros quadrados separados em sala, quarto e banheiro.

Aqui, o visual é mais clássico que no De La Ville, linha evidenciada em elementos como sofás e papel de parede. As janelas, que também abrem completamente, garantem uma bela vista para a Praça da República.

Quarto da suíte executiva

O imenso banheiro é todo revestido de mármore e tem banheira e box (de tamanho médio) separados. A pia é dupla.

Cama do tipo king, travesseiros imensos e confortáveis e lençóis de algodão egípcio também fazem parte do pacote de luxo dessa suíte do Savoy.

Pude conhecer também outras suítes do hotel. A Junior Deluxe tem o mesmo tamanho da executiva, mas com uma disposição e decoração levemente mais modernas.

Sala da suíte executiva

Já a presidencial, batizada de Duomo, é um ícone da sofisticação clássica. São pelo menos cinco ambientes em 152 metros quadrados, com direito à adega em uma enorme sala de jantar, além de uma cozinha exclusiva.

Há ainda um imenso closet, lavabo e sala, além do quarto principal. Ela pode ser também integrada a um dos quartos clássicos do hotel – os únicos que têm chuveiro sobre a banheira, uma solução que não me agrada.

Banheiro da suíte executiva

Outras atrações


Diferentemente do Rocco Forte De La Ville, o Savoy não tem spa. Em contrapartida, na renovação, foi montada uma imensa sala de ginástica, equipada com modernos e variados aparelhos. Uma academia com essas proporções é rara de se ver em um hotel relativamente pequeno, de design.

O restaurante do hotel é o Irene, especializado em culinária da região da Toscana. Além do salão principal, há ainda uma área externa, em plena Praça da República. Ali, as mesas são decoradas com elementos típicos da marca Emilio Pucci.

Restaurante Irene e bar do hotel

Integrado ao restaurante está o Irene Bar, que costuma reunir hóspedes, visitantes e moradores de Florença para drinks no fim da noite.

Também chama bastante a atenção no Savoy a localização. Quase tudo está a uma “walking distance”. Ou seja: dá para ir caminhando às principais atrações de Florença, como o Duomo, o Palacio Vecchio e a Galleria Uffizzi. Além, claro, dos bons restaurantes, bares e locais de compra da cidade que é o berço do Renascimento.

Lobby

Ao lado do Savoy, aliás, estão lojas de diversas marcas de luxo, como Gucci e Miu Miu.

Serviço


O serviço nos dois hotéis da rede Rocco Forte têm padrões semelhantes – e bastante altos. Da chegada ao check-out, os funcionários são impecáveis.

Após o check-in, há a apresentação do quarto por um funcionário da recepção. Nos dois hotéis Rocco Forte, fui recebida com simpáticas amenidades – chocolates, frutas e, no De la Ville, até garrafa de espumante.

Savoy está entre a Praça da República e o Duomo

Nota dez também para os mensageiros dos dois hotéis, especialmente em Florença. Como eu estava em uma “road trip” pela Toscana, e no centro da cidade é complicado se rodar de carro, eles providenciaram para que eu não tivesse de me preocupar com nada relacionado ao automóvel, além de me ensinarem caminhos que o GPS não conseguia identificar.

Aqui, porém, vale uma ressalva. Nem o hotel Savoy (ou nenhum outro do centro de Florença) é um ponto intermediário aconselhável para uma viagem de carro pela Toscana. As ruas dessa parte da cidade são de acesso limitado. Além disso, os estacionamentos são caríssimos – no Savoy, paguei 50 euros a diária.

Duomo de Florença

Vale também destacar, especialmente em Florença, a facilidade de comunicação com os funcionários no hotel. Todos falam inglês.

Pode parecer óbvio, mas não é. Em Roma esse problema é menos evidente, mas na região da Toscana, até mesmo em Florença, a comunicação em inglês é bastante complicada. Quase ninguém domina o idioma – e isso ocorre até mesmo em hotéis.

Filmes de viagem

Filmes de viagem para desbravar o mundo

O isolamento social está permitindo colocar em dia aquela listinha de filmes que há tempos queríamos assistir, ou rever. Como não dá para viajar, o cinema é sempre uma boa pedida para visitar lugares que gostaríamos de conhecer, ou revisitar destinos que amamos. Chegou a hora de publicar minha seleção sobre filmes de viagem que podem ser vistos em streamings.

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Nesse período de distanciamento, já fiz listas de filmes sobre o verão europeu, e de longas que nos permitem conhecer Londres. Agora, vem a lista mais óbvia: aquela que mostra histórias sobre pessoas que viajam, e os locais que elas visitam.

Nossos viajantes das telas têm motivações variadas. Há os turistas, os que viajam a trabalho, os que correm atrás de um grande amor perdido e acabam em um complicado jogo de perseguição… Tem romance, tem comédia, tem ação.

Sei que “Na Natureza Selvagem” deveria estar aqui. Ele está em qualquer lista de filmes de viagem. Mas olhe só: eu só listei longas que já assisti, gostei e recomendo.

“Na Natureza Selvagem” eu ainda não assisti. Mas, se você quiser ver, o filme de 2007 está disponível para venda nas lojas da Microsoft e Apple.

Então, escolha seu estilo, seu destino e divirta-se.

1 – A vida secreta de Walter Mitty

Quando li a sinopse do filme, não me interessei tanto. Ben Stiler viaja em busca do fotógrafo que produziu a primeira foto da revista em que trabalha, para que ela possa ilustrar também a edição de despedida da publicação. Mas acabei assistindo o longa, alguns anos atrás, por não ter nada de mais interessante para fazer.

Eu adorei. Principalmente porque “A Vida Secreta de Walter Mitty” nos leva a uns dos destinos mais inóspitos do mundo, a Groenlândia. Por lá, Minty, o personagem de Stiler, enfrenta até um vulcão.

Além de Stiler, o longa de 2013 traz no elenco Adam Scott, Kirsten Wiig e Sean Pen. Está disponível no Telecine Play e na Claro.

2 – Para Roma, com amor

Entre as décadas passada e a atual, Woody Allen fez uma série de filmes sobre cidades da Europa. O mais popular é “Vicky Christina Barcelona”, que você pode encontrar na lista de filmes sobre o verão europeu.

O melhor é Match Point, que não é sobre viagens, mas nos mostra locais incríveis de Londres. Está nesta lista aqui.

E o pior é “Para Roma, com amor”, de 2012, disponível no Amazon. Mas como estamos falando de Woody Allen, até “o pior” é um filme que vale a pena.

O longa que homenageia Roma é uma comédia divertida com vários elementos do cinema de Allen. Desta vez, não traz apenas um núcleo de personagens, mas várias histórias que não necessariamente se interligam.

O elenco é de peso: Penelope Cruz, Alec Baldwin, Roberto Benigni, Ellen Page e o próprio Allen. Em comum, todas as histórias se passam em Roma e exploram os locais mais emblemáticos da cidade eterna.

3 – Sob o sol da Toscana

Baseado na história da escritora Frances Mayes, conta um capítulo de sua vida. Abandonada pelo marido, Frances, interpretada por Diane Lane, parte em uma viagem pela Toscana, na Itália. E lá decide ficar.

As principais locações são na cidade de Cortona, próxima a Arezzo. Há ainda cenas em Positano, na Costa Amalfitana. Para lá, Frances vai ao encontro de um interesse romântico, Marcelo (Raul Bova).

O longa de 2004 está disponível no Telecine Play.

4 – A Praia

Aqui, saímos da Europa rumo à Ásia, mais precisamente a Tailândia, para contar a história de mochileiros que encontram uma comunidade em uma secreta e paradisíaca praia. Um dos mais famosos filmes de viagem, “A Praia” se perde um pouco na parte final, mas vale pelos cenários e o retrato de um estilo de vida em total conexão com a natureza.

O elenco do filme de 2000 é encabeçado por Leonardo di Caprio e as principais locações são na ilha de Phi Phi. O longa, disponível na Claro e no Telecine, mostra também cenários de Bangcoc.

5 – Última viagem a Vegas

Há muitos filmes com cenários na cidade do pecado. Este, além de ser um dos mais recentes e ter um elenco de peso (Morgan Freeman, Michael Douglas, Robert de Niro e Kevin Kline), mostra lugares muito legais da cidade. Passa, inclusive, pela Freemont Street, na antiga Vegas, antes de o coração da cidade ser transferido para a Strip, a avenida dos grandes hotéis-cassino.

Entre as locações há o hotel Aria, a fonte do Bellagio e o Stratosphere Tower, atração radical de queda livre no topo do hotel Stratosphere, na Strip. O longa também mostra alguns cenários do Brooklyn, em Nova York, e de Malibu, na Califórnia.

Quatro amigos na faixa dos 70 anos viajam a Vegas para a despedida de solteiro de um deles, o personagem de Douglas. A comédia de 2013 está disponível no Amazon Prime e no Telecine Play.

6 – Paris pode esperar

O filme traz novamente Diane Lane em uma viagem pela Europa. Desta vez, seu personagem, Anne, está em Cannes e precisa chegar a Paris. Ela pega uma carona em uma road trip com o sócio de seu marido Michael (Alec Baldwin), Claude (Arnaud Viard).

A viagem, que ela esperava ser rápida, acaba sendo lenta, com paradas em diversos locais do trajeto – na Riviera Francesa, na Provença e em Lyon. O filme é dirigido por Eleanor Coppola, mãe de Sofia e esposa de Frances Ford, ambos aclamados diretores.

Lançado em 2016, está disponível no Telecine Play e no Globo Play.

7 – Encontros e Desencontros

Aqui, saímos da França e partimos para Tóquio, no Japão, mas continuamos na família Coppola, desta vez com a direção de Sofia. Em 2004, Bill Murray, indicado ao Oscar, ficou nitidamente contrariado ao perder o prêmio para Sean Penn, que levou a estatueta por “Sobre Meninos e Lobos”.

Não sou crítica de cinema, mas considero a atuação de Penn impecável neste filme. Mas, ao assistir recentemente “Encontros e Desencontros”, realmente não sei se Murray deveria ter perdido. Ele é fenomenal como o ator entediado que vai gravar um comercial em Tóquio e acaba tendo de passar um tempo a mais por lá.

Ele conhece no hotel o personagem de Scarlett Johansson, igualmente entediada por passar horas no hotel à espera do marido, um fotógrafo que está fazendo diversos trabalhos no Japão. Unidos pelo tédio, os dois partem juntos para explorar Tóquio.

Como a maior parte dos filmes de Sofia, o longa é lento, muito reflexivo e profundo. Aqui, valem mais os sentimentos dos personagens, perdidos em suas agônias e também no choque entre as culturas norte-americana e japonesa. Você pode alugar o longa de 2003 no Google Play.

8 – Thelma & Louise

Clássico dos filmes de viagem e também dos longas sobre road trips, mostra duas mulheres comuns que decidem fazer uma viagem de carro pelo Meio Oeste dos EUA, e acabam sendo perseguidas por acusação de assassinato.

A bordo de um Ford Thunderbird conversível dos anos 60, Thelma (Geena Davis) e Louise (Susan Sarandon) percorrem cenários deslumbrantes dos EUA, como o Grand Canyon, no Arizona.

Além das duas estrelas, o filme de 1991 traz Michael Madsen, Harvey Keitel e um Brad Pitt em início de carreira. Por enquanto, só pode ser alugado na loja da Apple.

9 – O Turista

O filme de ação de 2010, que está disponível no Netflix, começa em uma viagem de trem rumo a Veneza, e explora atrações da lindíssima e inusitada cidade da Itália. Você pode não gostar do gênero mas, se quer ver detalhes da cidade, ele é imperdível.

Ex-policial, o personagem de Angelina Jolie parte para Veneza para reencontrar seu amor, um criminoso que está sendo perseguido pela polícia da Inglaterra. No caminho, conhece um turista americano interpretado por Johnny Depp, que acaba sendo perseguido junto com Elise (Angelina).

10 – Meia-Noite em Paris

Outro filme de Woody Allen ambientado em cidades europeias, mostra a Paris de hoje e de ontem. Obcecado pela década de 20 do século passado, o escritor Gil (Owen Wilson) está visitando a capital da França com a noiva Inez (Rachel McAdams).

Ele acaba conseguindo viajar no tempo e se encontra na Paris dos anos 20, convivendo com personagens famosos como Ernest Hemingway e Salvador Dali. Na aventura, conhece também Adriana, interpretada por Marion Cottilard.

De 2011, pode ser visto no Amazon Prime e no HBO Play.

11 – Antes de Partir

Estrelado pelas feras Morgan Freeman e Jack Nicholson, o longa de 2007 está disponível no Netflix e no GloboPlay. É a bonita história de dois pacientes terminais que se conhecem em um quarto de hospital, e decidem aproveitar a fase final de suas jornadas em uma viagem.

A dupla visita alguns dos destinos mais inóspitos do mundo, como o Monte Everest, no Nepal. Outros cenários são a Grande Muralha da China, o Taj Mahal, na Índia, o Egito e a Tanzânia. Filme lindíssimo.

Iberia

Como é voar na classe executiva da Iberia

Na hora de escolher em qual classe executiva voar, o conforto da poltrona é o fator que mais levo em consideração. Se esta fosse a prioridade de todos, talvez a business da Iberia pudesse disputar o prêmio de melhor da Europa.

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Porém, quem paga um alto valor para voar nessa cabine espera bem mais que uma poltrona confortável. A qualidade do serviço, em solo, a bordo e na sala VIP, é primordial. E é nesse ponto que a Iberia comete alguns pecados.

A Iberia passou a voar com a nova classe executiva para o Brasil em 2015. O meu voo foi de Madri a São Paulo, noturno. A aeronave é o A330, da Airbus. A configuração é 1-2-1, que é a minha preferida. É usada também pela Air France, por exemplo.

Essa configuração garante privacidade especialmente para quem está viajando sozinho. Quem quiser ir lado a lado pode utilizar as poltronas do meio.

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Check-in e serviço em solo

Na verdade, meu check-in foi em Malpensa, aeroporto internacional de Milão (Itália). Madri foi a conexão para São Paulo – o hub da Iberia é no aeroporto de Barajas, na capital da Espanha.

O check-in preferencial no aeroporto italiano foi lento, mas não por causa de filas – havia apenas duas pessoas à minha frente. A funcionária que estava fazendo o atendimento era lenta, não sei se por causa do sistema da companhia. Talvez, tenha sido apenas um problema pontual.

Em Malpensa, há “fast track” para os passageiros de classe executiva. Isso significa fila especial, e mais rápida, para o raio-X (não havia ninguém à minha frente).

Em alguns aeroportos, há “fast track” também para imigração. Não sei se é o caso de Malpensa, pois fiz a imigração em Madri (na cidade italiana, o voo era dentro da União Europeia).

O voo em Malpensa atrasou cerca de meia hora. O embarque para a executiva é preferencial, mas formou-se uma fila na entrada do avião – algo que acabou ocorrendo também no embarque em Madri, para o voo com destino a São Paulo.

Cheguei a Madri, portanto, com um leve atraso. O desembarque foi no terminal 4, enquanto meu voo era no satélite dessa mesma área, chamado de 4S. O acesso é de trem.

O principal problema em solo ocorreu no aeroporto de Madri, e não teve nada a ver com a Iberia. Pelo contrário: a companhia até enviou um email avisando antecipadamente sobre isso, e sugerindo algumas providências para os passageiros. No meu caso, não havia o que fazer, já que eu estava em conexão.

O problema era reforma da área onde é realizada a imigração, que acabou causando a formação de uma imensa fila. Fiquei por lá cerca de 40 minutos – em Barajas, não há “fast track” para imigração.

Sala VIP da Iberia

O atraso do voo em Malpensa e a demora na imigração acabaram abreviando meu tempo na sala VIP da Iberia no terminal 4S. Mas deu tempo de aproveitar um pouco – minha conexão era de cerca de 3 horas.

Em minha opinião, o lounge da Iberia é um dos melhores destinados à classe executiva. Amplo, tem restaurante a la carte e um excelente buffet.

As áreas para sentar são variadas: mesas, poltronas confortáveis, sofás… Há ainda um espaço para dormir: pequenas camas em salinhas privativas com cortinas e uma mesinha ao lado. Excelente para quem tem conexões longas.

Iberia/Divulgação

O problema, aqui, ficou por conta dos pequenos detalhes no serviço. Cheguei e solicitei um chuveiro, para tomar banho antes de embarcar. Tive de ficar em uma lista de espera por meia hora.

Não é a primeira vez que isso ocorre na sala VIP da Iberia. Na outra ocasião em que solicitei o serviço, também tive de esperar.

Quando chegou minha vez, recebi, na recepção, um código para abrir uma das cabines de banho (que não funcionou). Recebi ajuda de uma das funcionárias que ficam no local.

Iberia/Divulgação

Porém, os amenities (xampu e sabonete) não haviam sido repostos. Havia apenas um restinho de produto.

Também senti falta de pessoas para repor comidas e bebidas no lounge.

A bordo

Para quem gosta de privacidade, o ideal é escolher as poltronas de números pares (a minha era 2). O console fica voltado para o corredor. Nas ímpares, ele fica ao lado da janela, deixando o passageiro mais exposto.

As poltronas são largas e têm várias opções de ajuste, além das pré-determinadas (pouso e decolagem, descanso, e cama). Não há um apoio para os pés na própria poltrona, apenas o a frente. Porém, como ele fica muito próximo, achei uma ótima e confortável solução.

A poltrona é flat-bed – reclina em 180° e vira cama. Nesse quesito, é uma das mais confortáveis entre as disponíveis nas companhias aéreas europeias.

Outro ponto alto é a diversidade de porta-objetos para guardar pertences. O amenity kit também é bem completo, com cremes, proteção para ouvido e olhos, meias, etc.

A tela é sensível ao toque e grande, mas tem uso um pouco confuso e demora a responder. Já a programação de filmes e séries é extensa, com opções de legendas para alguns programas e variedade de idiomas.

O serviço inclui jantar e café da manhã. No primeiro, havia três opções de entrada e três de prato principal. O que escolhi não estava muito saboroso.

No café da manhã, o omelete estava gelado, mas os pães, quentinhos. Havia muitas opções de bebida, com vinhos de boa qualidade – e rótulo de La Rioja, região em que estão as vinícolas mais famosas da Espanha.

O atendimento das comissárias e comissários é correto, sem grandes destaques.

O pior contratempo durante o voo foi o fato de apenas um dos banheiros destinados à executiva estarem funcionando. Isso acabou formando filas para utilizar a cabine, especialmente pela manhã.

Por que vale a pena

Para mim, voar na executiva da Iberia vale muito a pena. Houve contratempos, é claro, mas o conforto é destaque.

Além disso, a entrega das malas foi extremamente rápida. No quesito serviço, para mim o destaque foi este.

O principal, no entanto, é o preço. A Iberia costuma oferecer valores mais competitivos que a concorrência para quem adquire os bilhetes com boa antecedência (três meses, pelo menos). Além disso, há boas condições de parcelamento.

Vulcão Islândia

Quatro desastres naturais que enfrentei pelo mundo

Esta semana, em meu perfil no Instagram (@rafaelatborges), fiz uma brincadeira recorrente de redes sociais. O objetivo é contar dez fatos sobre você; um deles não é verdade. No meu caso, como o perfil é profissional, foquei em fatos da carreira, dos óbvios aos absurdos. Grande parte dos meus seguidores considerou mentiroso o item em que eu contava que já enfrentei quatro catástrofes naturais em viagens.

Eu disse lá no Instagram que já passei perrengues por causa de tempestada de areia, furacão, vulcão e terremoto. Mentira? Absolutamente verdade!

Embora passar por isso quatro vezes seja meio surreal, as catástrofes naturais são fatores que pode sim afetar a vida do viajante – porque, no Brasil, terremotos, furacões e vulcões são raros, ou até inexistentes.

Felizmente, o máximo que passei com as catástrofes naturais que enfrentei foram alguns perrengues. Diferentemente de muitas pessoas que, seja em viagens ou em outras situações, têm de lidar com verdadeiras tragédias ao serem surpreendidas pela força da natureza.

O pior é que, na maioria dos casos, não há nem como prever, para evitar. E como o assunto aqui é viagem, não há temporadas de vulcões e terremotos. Mas há a de furacões. No Atlântico, por exemplo, neste ano estão previstas entre junho e novembro.

Isso não impede os furacões que ocorram em outras épocas, no entanto. Aqui, conto um pouco sobre como foram minhas quatro experiências com catástrofes da natureza em minha vida de viajante.

Catástrofe natural: a assustadora tempestade de areia no Bahrein

As ilhas artificiais são lugar comum no Bahrein, e em outros locais do Oriente Médio. Em outubro de 2018 eu visitei o pequeno país que faz divisa com a Arábia Saudita. Hospedei-me no Four Seasons, que fica em uma desssas ilhas artificiais.

O hotel tem uma praia artificial que decidi conhecer em meu tempo livre. O dia estava ensolarado e bem quente. Não havia vento nenhum. Eu entrei na água, tirei algumas fotos e então me deitei em uma das cadeiras de plástico.

De repente, do nada, sem aviso, o vento ficou forte, e a areia começou a voar invadindo meus olhos e ouvidos. Em seguida, voaram guarda-sóis e cadeiras, de plástico, felizmente – algo necessário em uma região em que esse tipo de incidente é comum.

Uma das cadeiras me atingiu nas costas, em um golpe forte. Junto com outros hóspedes que estavam na praia, comecei a correr em direção ao interior do hotel, que não estava muito próximo. No caminho, uma árvore pequena caiu à minha frente.

Pessoas gritavam e disparavam em busca de refúgio, sem entender o que estava acontecendo. O barulho do vento era ensurdecedor, e a areia voava, invadindo os olhos e dificultando a missão de ver o que estava à frente.

Foto: Rafaela Borges

Eu finalmente consegui chegar ao interior do hotel. Já no meu quarto, vi pela janela por cerca de meia hora a tempestade ainda forte. Havia areia voando e um barulho de vento tão forte que, mesmo com janelas anti-ruídos, dava para ouvir nitidamente dentro do quarto.

Mais tarde, conversando com o pessoal do hotel, soube que esse tipo de tempestade de areia sem aviso é comum no Bahrein, e o país está preparado para isso. Não houve feridos, felizmente. Nem mesmo destruição.

Apenas bagunça. Um coquetel ao qual eu iria naquela noite foi transferido de uma área externa, bastante bagunçada pela tempestade, para a interna do hotel Four Seasons. E demorei pelo menos dois dias (e uma caixa de cotonetes) para conseguir tirar toda a areia de meus ouvidos.

Aquele fenômeno que veio do nada, e com o qual eu não estava acostumada, me assustou muito. Mais que o terremoto no Chile.

MAL PERCEBI O TERREMOTO EM SANTIAGO

Acho que o ano era o de 2012, e eu estava em Santiago com um grupo de pelo menos 100 pessoas, para o lançamento de um automóvel. O mês era o de maio.

Eu estava dormindo no segundo andar do hotel Sheraton quando fui despertada por um barulho estranho, de móveis batendo. Alguns gritos pareciam vir do corredor.

Levantei-me. O chão começou a balançar, como se não estivesse firme. E logo parou. Fui até o banheiro, voltei para a cama e dormi normalmente. Estava entorpecida de cansaço.

Foto: Gabriel Aguiar

Na manhã seguinte, recebi uma ligação de uma amiga que morava em Santiago. “Você ficou com medo do terremoto?” Só então percebi o que havia acontecido na madrugada.

Durante o café da manhã, esse era o único assunto do grupo de 100 pessoas com as quais eu estava. Alguns nem perceberam. Continuaram dormindo. Terremotos são sentidos com mais força em andares mais altos.

Uma amiga, que estava hospedada no décimo andar, teve total consciência do que estava acontecendo, e entrou em pânico. Já havia passado por isso antes, no Japão. Outra, cujo quarto ficava no 16º, sentiu sua cama balançar. Sem saber o que estava acontecendo, olhou debaixo dela, imaginando até que alguém pudesse estar ali, causando esse efeito.

Foi um terremoto fraco, e eu não me lembro da magnitude. E de curta duração. Não causou nenhum estrago em Santiago, mas houve certo abalo em outros locais próximos. Ali, no entanto, felizmente foi muito mais um susto.

O VULCÃO DA ISLÂNDIA

Eu nunca fui à Islândia. Ainda assim, o vulcão Eyjafjallajökull (tipo de nome que a gente tem de copiar e colar) me abalou. Foi em março de 2010. Pela manhã daquele dia, 11, eu estava na região de La Rioja, no País Basco, na Espanha.

Vi na CNN que o vulcão havia entrado em erupção no dia anterior, mas jamais imaginei que aquilo me abalaria. A Islândia, afinal, era muito distante.

Eu embarquei em um voo fretado ao meio dia para Paris, de onde partiria ao Brasil. Ao chegar ao aeroporto Charles de Gaulle, veio o aviso no balcão de check-in da Latam – àquela época, ainda Tam. Eles tentariam antecipar o voo, marcado para 22h30.

A partir das 22h daquele dia, o aeroporto estaria fechado por tempo indeterminado. As cinzas do vulcão foram tão devastadoras que, soubemos depois, levaram ao fechamento do espaço aéreo da Europa por semanas. Os voos naquele período se tornaram exceção, não regra.

Na sala de embarque, naquela noite, diversos passageiros decidiram desistir da viagem. Isso porque, até o momento de decolagem, não saberíamos se conseguiríamos ou não. Nos painéis do aeroporto, 90% dos voos estavam com status cancelado.

Eu persisti. E fiquei duas horas dentro da aeronave, em uma fila de decolagem que até hoje não sei como funcionou, mas acredito que tenha sido à velha maneira: pela ordem. O suspense persistiu até que, às 21h55, o piloto informou que nossa decolagem estava autorizada.

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Soube mais tarde que a maioria dos voos atrás do meu não conseguiram. Havia pessoas de meu grupo neles. Os passageiros passaram um belo perrengue nos dias posteriores. Não havia vagas em hotéis próximos ao aeroporto. E as companhias não informavam quando os voos voltariam a ocorrer, porque a situação mudava a cada hora.

Aos passageiros, restou ir ao aeroporto diariamente, na semana seguinte, com todas as malas, para saber se o voo partiria ou não. Alguns esperaram mais de uma semana de incertezas, até conseguirem voltar ao Brasil.

FURACÃO AMEAÇOU MIAMI

Em agosto de 2011, eu desfrutava um verão extremamente quente em Miami. Não havia nada errado. O mar estava infestado de águas vivas, e conseguíamos vê-las ainda na areia, olhando a água. Era impossível pensar em entrar no mar.

Mais tarde, houve quem associasse o fenômeno das águas vivas com o furacão que estava chegando. Eu, sinceramente, não sei se houve alguma relação.

Dois dias antes de meu voo de volta ao Brasil, surgiram informações sobre a chegada de um furacão que estava causando estragos no Caribe. A sensação de pânico foi alta e, ao menos para mim, não houve possibilidade de antecipar o voo de volta.

Foto: Rafaela Borges

As redes de TV só falavam sobre isso. A nós, só bastava aguardar as instruções de segurança do hotel às vésperas da catástrofe. Mas, na noite anterior à prevista para a passagem do furacão, radares detectaram que ele não chegaria à Miami. Ficaria no mar.

Ainda assim, poderia ter algumas consequências na cidade, como chuvas e ventos fortes. A recomendação era de que, até ter certeza da extensão dos estragos, todos ficassem no hotel.

Na manhã em que o furacão deveria chegar, houve de fato uma chuva muito forte. Mas, para quem mora em São Paulo, isso nem é motivo para se abalar. Foi mais fraca do que as tempestadas de verão de fim de tarde na capital paulista.

No meio da tarde, o sol já havia aparecido em Miami. Meu voo, naquela noite, decolou normalmente.

O quase furacão de Miami foi, na verdade, um episódio em que o terror da expectativa não se confirmou na realidade. O pior, ali, foi o medo do desconhecido. Mas há um detalhe: antes de chegar à cidade da Flórida, eu estava em Nova York.

Minha prima e companheira de viagem ficou em Nova York após eu partir para Miami. E, no dia em que deixei e Big Apple, houve um raríssimo terremoto por lá. Bem fraco, mas ainda assim um terremoto. Talvez eu seja um para-raios de catástrofes naturais.

Match Point

Filmes que levam você a Londres sem sair de casa

Na semana passada falei sobre a região de Southwark, em Londres, e prometi um texto sobre filmes que retratam bem a cidade para assistir durante a quarentena. A seleção tem nove longas: alguns ótimos, outros bons e histórias que são, pelo menos, engraçadinhas.

No Instagram: @rafaelatborges

Em comum, têm o mérito de mostrar diversos locais de Londres. Uma ótima pedida para fazer uma viagem virtual à capital da Inglaterra nesta época em que cruzar o oceano está fora de cogitação.

Sem sair de casa, você poderá conhecer locais como Convent Garden, Hyde Park, Palácio de Buckingham, London Eye e Tate Modern, entre outros.

UMA SEGUNDA CHANCE PARA AMAR

Família húngara se muda para Londres. Kate é a filha talentosa e busca uma carreira como cantora. Enquanto o sonho não se realiza, trabalha em uma loja de acessórios natalinos.

Interpretada por Emilia Clarke, Kate enfrenta uma fase ruim. Então, conhece Tom Webster (Henry Golding), um cara simpático e misterioso que mostra a ela um lado mais otimista da vida.

Engraçadinho, “Uma Nova Chance para Amar” é um filme de Natal lançado no fim de 2019 que investe em uma ótima trilha sonora, com músicas de George Michael.

A loja em que Kate trabalha fica no Convent Garden

As locações londrinas incluem o Convent Garden, onde está a loja de que Kate é funcionária, o London Eye e o teatro Savoy.

O filme está disponível para aluguel no Google Play, Apple, Locke e Now.

SIMPLESMENTE AMOR

Talvez esta tenha sido a inspiração de “Uma Nova Chance para Amar”. O filme de Natal, porém, é muito mais interessante, e tem elenco ainda mais estrelado.

Ele é liderado por Emma Thompson (também no elenco do outro filme natalino), Hugh Grant e Colin Firth, e traz uma Keira Knightley ainda em início de carreira. Tem participação do brasileiro Rodrigo Santoro.

Às vésperas do Natal em Londres, diversas histórias de amor de personagens interligados se desenrolam. Há o primeiro ministro apaixonado pela secretária, uma criança vivendo o primeiro amor, o astro do rock decadente que tenta se reerguer com um hit natalino e o escritor que vive um romance com uma garota com a qual não consegue se comunicar verbalmente. Ah, claro: faltou o cara apaixonado pela esposa do melhor amigo.

Elenco estrelado inclui Emma Thompson

“Simplesmente Amor” explora várias partes de Londres. Entre os cenários, há o aeroporto de Heathrow, os bairros de Mayfair, Notting Hill e St. John’s Wood, a famosa loja de departamento Selfridges, na Oxford Street, e um dos endereços mais famosos da Inglaterra: o número 10 da Downing Street, residência e escritório do primeiro ministro.

A comédia romântica de 2003 está disponível no Amazon Prime.

O DIÁRIO DE BRIDGET JONES

Aqui, saímos do Natal diretamente para o Ano Novo com duas figurinhas carimbadas em muitos filmes que retratam Londres: Colin Firth e Hugh Grant. O primeiro dia do ano é o ponto de partida para o triângulo amaroso entre Bridget Jones (René Zellweger), Mark Darcy (Firth) e Daniel Cleaver (Grant).

O apartamento de Bridget fica sobre o pub Globe, em Southwark

Entre as diversas locações londrinas há o pub Globe, em Southwark. O local é ponto de encontro da turma de Bridget. Além disso, a personagem vive em um pequeno apartamento acima do pub.

O filme de 2001 é uma comédia romântica inspirada no clássico “Orgulho e Preconceito”, de Jane Austen. Está disponível no Locke.

UM LUGAR CHAMADO NOTTING HILL

Um dos clássicos da locação cinematográfica londrina, o filme de 1999 colocou em evidência o cultural e boêmio bairro de Notting Hill. Mais precisamente, a Portobello Road, com suas livrarias, cafés e feirinha de roupas e acessórios.

“Notting Hill”, disponível no Telecine Play e no Globo Play, é uma história de Cinderela às avessas. Cara pacato e com vida para lá de sem graça, William (Hugh Grant) é dono de uma livraria na Portobello Road. Por um desses fatos raros do destino, ele acaba despertando a atenção da maior estrela de Hollywood, Anna Scott (Julia Roberts).

A livraria do Will fica no número 142 da Portobello Road. Na vida real, é uma loja de souvenirs

O bonito romance tem suas principais locações na Portobello Road, mas mostra também outros locais de Londres. Há o Nobu Restaurante, na Park Lane, e o hotel The Ritz.

Uma das cenas finais do filme mostra Anna gravando um filme épico nos jardins de uma bela residência. É Kenwood House, em Hampstead.

Já a livraria de Will fica no número 142 da Portobello Road. Na vida real, não é livraria. É loja de souvenirs.

O DISCURSO DO REI

Se tem Londres, tem realeza. O filme que deu o Oscar a Colin Firth conta a história do rei George VI e o médico que o ajudou a controlar um problema da fala, interpretado por Geoffrey Rush.

Os cenários de “O Discurso do Rei” retratam a Londres dos anos 30 e 40 do século passado. A casa original do rei, enquanto ainda era o príncipe Albert, ficava no número 145 da Piccadilly. Mas como essa residência foi destruída em um bombardeio, as cenas da fachada da residência foram gravadas no número 33 da Portland Place.

No filme de 2010 você poderá ver também o Regent’s Park, a abadia de Westminster e o Palácio de Buckingham. O longa está disponível no Amazon Prime, HBO GO e Claro Vídeo. Pode também ser alugado no Google Play.

MUITO BEM ACOMPANHADA

Após a despedida de solteiro da personagem de Amy Adams, ela e a irmã, interpretada por Debra Messing, percorrem Londres no teto solar de uma limusine, com uma garrafa de champanhe na mão. Na cena, você confere vários locais famosos da cidade, como o Piccadilly Circus e o Big Ben.

Há também uma partida de críquete que envolve quase todos os personagens do longa de 2005. Não consegui descobrir em que parque é essa sequência, mas o local se parece bastante com o belíssimo Hyde Park.

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O filme também tem locações no interior da Inglaterra, na região de Surrey. Disponível no Globo Play, “Muito Bem Acompanhada” conta a história de Kat (Messing), que vive em Nova York e tem de ir à Inglaterra para o casamento da irmã, Amy (Adams).

O problema é que o padrinho é seu ex-noivo, que rompeu o compromisso às vésperas do casamento. Desesperada, Kat contrata o acompanhante profissional Nick (Dermot Mulroney), para fingir para o ex-noivo que está em um relacionamento maduro.

CLOSER – PERTO DEMAIS

O London Sealife Aquarium, ali pertinho da roda gigante mais famosa do mundo, London Eye, é o ponto do primeiro encontro dos personagens de Julia Roberts e Clive Owen. Eles são duas partes do complicado quadrilátero amoroso que é o foco de ” Closer – Perto Demais”.

Fazem parte também desse quadrilátero os personagens de Jude Law e Natalie Portman. O filme de 2004, disponível para aluguel no Google Play e Apple, guarda semelhanças com o famoso poema “Quadrilha”, de Carlos Drummond de Andrade.

Clive amava Julia, que amava Jude, que amava Natalie, que não amava ninguém. Ou seria Natalie amava Jude, que amava Julia, que amava Clive, ou que talvez não amasse ninguém.

Essas incertezas e reviravoltas são debatidas com profundidade no belíssimo filme, que mostra uma Londres quase sempre cinzenta, talvez um reflexo da alma de seus personagens.

WIMBLEDON – O JOGO DO AMOR

Este é um filme sobre tênis e sobre o mais tradicional torneio do mundo, Wimbledon – cuja edição de 2020, aliás, foi cancelada por causa da covid. É claro, então, que a principal locação é o palco do campeonato, o All England Lawn Tennis and Croquet Club, também conhecido como All England Club.

Paul Bettany e Kirsten Dunst interpretam tenistas disputando o torneio mais tradicional do mundo

Mas há outros cenários bem conhecidos. Entre eles o tradicional hotel Dorchester, na Park Lane, em Mayfair. Por lá se hospedam, no filme, os tenistas que estão disputando Wimbledon. Entre eles, os protagonistas, interpretados por Paul Bettany e Kirsten Dunst.

Outros cenários que chamam a atenção no filme de 2004 são o Hyde Park e a London Eye. O longa está disponível para aluguel no Google Play.

MATCH POINT

O nome do filme é o usado no ponto final de uma partida de tênis. O personagem principal, Chris (Jonathan Rys Meyers) é um tenista aposentado que se transforma em professor de jovens da elite de Londres no Queens Club, que é sede de um dos torneios preparatórios para Wimbledon.

Mas “Match Point” não é um filme sobre tênis. É sobre sorte, oportunismo e o eterno duelo entre razão é emoção. Em minha opinião este é o melhor filme da lista – e também o mais incrível já dirigido por Woody Allen.

Há muitas locações conhecidas, e outras nem tanto. Entre elas, o Tate Modern, museu de arte moderna. Eu gosto muito do apartamento de Chris e sua esposa Chloe, com vista panorâmica para o Tâmisa e para o Parlamento.

Este edifício de apartamentos existe de verdade. É o Parliament View Apartments, em Lambeth, na margem sul do Tâmisa. O filme mostra ainda a Royal Opera House, em Convent Garden, e diversos restaurantes badalados da cidade.

Curiosamente, é o único da lista disponível no mais popular streaming, o Netflix. Ah, uma informação importante: o elenco traz Scarlett Johansson.

The Globe

Southwark traz londres boêmia e vibrante

Mayfair, Westminster, Park Lane, St James, Knightsbridge, Notting Hill, Abbey Road. Se você já foi, ou se interessa ao menos um pouquinho por Londres, conhece algum desses nomes. Mas será que já ouviu falar de Southwark?

No Instagram: @rafaelatborges

O local foi um dos que me hospedei em minha última visita a Londres. Eu sou uma apaixonada pela cidade. Já havia conhecido antes a capital inglesa, e adoro os filmes que a retratam (inclusive, vou preparar uma listinha com o tema nas próximas semanas). E nunca tinha ouvido o nome Southwark.

A região vem ganhando evidência nos últimos anos após um processo de revitalização. É bonita, vibrante e bem menos turística que as citadas no primeiro parágrafo. Talvez você já tenha passado por lá, mas sem saber. Ela fica às margens sul do Tâmisa, entre a London Bridge e a Tower Bridge, a ponte mais bonita de Londres.

London Bridge

Por lá, também está o famoso museu de arte moderna Tate Modern. Mas Southwark, que fica bem em frente ao centro financeiro London City, do outro lado do rio, é muito mais que as atrações turísticas conhecidas .

O bairro surgiu nos anos 60 e foi revitalizado na virada dos anos 2000. Antes disso, como ficava fora das muralhas de Londres, era palco de coisas consideradas imorais, mas também boêmias, como bordéis, bares e até rinhas.

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Southwark mantém a alma boêmia mas, após a revitalização, é uma delícia de se explorar, com seus antigos prédios industriais de arquitetura vitoriana e ruas históricas. Muitos desses prédios foram transformados em pubs, restaurantes e até cervejarias artesanais e fábricas de gin – a região tem várias, muitas abertas à visitação.

Mas o coração de Southwark é o moderno e altíssimo edifício The Shard, que tem escritórios, o hotel de luxo Shangri-La e outras atrações.

A LONDRES DOS LONDRINOS

Outro ponto importante sobre Southwark: é umas das regiões mais londrinas de Londres. A capital inglesa é uma das cidades mais cosmopolitas do mundo. Pelas ruas, você vê pessoas das mais diversas nacionalidades, em um festival de idiomas familiares, e alguns completamente desconhecidos.

Na Oxford Street, por exemplo, a impressão é de não estar na Inglaterra, e sim em alguns país da península arábica. Em Knightsbridge, os londrinos se misturam com asiáticos de todos os cantos, e muitos turistas endinheirados que fazem a festa na sofisticada loja de departamento Harrods e na Sloane Street.

Já Southwark é um reduto de londrinos. Os pubs tipicamente ingleses da região, com direito a subsolo, ficam no happy hour lotados de pessoas que trabalham nos escritórios do The Shard, e também do outro lado do rio, em London City.

Experimente o tradicional The Globe, o pub frequentado por Bridget Jones e sua turma nos filmes estrelados por René Zellweger.

O MERCADO MAIS ANTIGO DE LONDRES

Mil anos. Literalmente. Esta é a idade do mercado mais antigo de Londres, o Borough Market. Visitá-lo é primordial para quem vai a Southwark.

Por lá, você encontra produtos do mundo todo. Queijos da França e Holanda, vinhos de diversas partes, muita cerveja artesanal, pães variados, frutas… há até uma barraca argentina, com direito a doce de leite e empanadas.

Borough Market

Você nem precisa comprar. Todas as barracas oferecem degustação de seus produtos. À noite, o mercado e os restaurantes e pubs de suas imediações ficam lotados de pessoas em happy hour, um programa tão tradicional em Londres quanto em São Paulo.

O QUE FAZER EM SOUTHWARK

O The Shard oferece uma das vistas mais lindas de Londres. Basta subir ao observatório entre os andares 68 e 72. A atração se chama The View from the Shard.

Se não quiser pagar as 25 libras do ingresso, dá para ter uma boa experiência no hotel Shangri-La, tanto no restaurante quanto no bar (leia detalhes aqui). As vistas de Londres são espetaculares.

No antigo porto de Southwark, o armazém principal foi transformado em uma bela galeria de lojas e restaurantes, a Hay’s. Ao lado, está atracado o HMS Belfast. O navio, que participou da batalha da Normandia, na Segunda Guerra Mundial, está aberto à visitação.

The Shard e HMS Belfast

Às margens do Tâmisa, há áreas com muito verde, boas para a prática de exercícios. Por ali você também encontrará diversos bares e restaurantes, que ficam especialmente animados no verão.

Para chegar a Southwark, o melhor acesso é pela estação de metrô London Bridge. Vale lembrar que, por causa da covid-19, as atrações de Londres estão fechadas.