Beale Street

A Rota da Música nos EUA: Memphis é o encontro entre o blues e o rock

Esta é a segunda reportagem sobre a Rota da Música no sul dos Estados Unidos. O roteiro de cerca de 900 quilômetros entre Nashville, Memphis e Nova Orleans é uma imersão no passado e no presente de quatro gêneros musicais que incendiaram o século XX e ditaram os caminhos da arte no XXI: jazz, blues, country e rock and roll. Depois de Nashville, a capital do country, chegou a vez de Memphis, a terra do blues.

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Se Nashville é a capital do Tennessee, Memphis é a maior cidade desse Estado. As duas estão separadas por 300 km de rodovias interestaduais (chamadas nos EUA de interstates) marcadas por uma bela paisagem de montanhas e pedras, em um local também famoso por suas cavernas.

Na primeira reportagem, eu expliquei como percorrer a Rota da Música, a época melhor para visitar a região, as maneiras de voar do Brasil a esses locais e outras informações importantes para quem pretende fazer o roteiro. Aqui, você confere todos os detalhes.

Desta vez, o foco será em Memphis, que eu acreditava ser a capital americana do rock and roll, ou pelo menos a representação desse ritmo na Rota da Música. Não deixa de ser. Mas, ao chegar à cidade eu descobri que, antes de mais nada, é o blues que a domina.

A terra do blues

Você assistiu ao filme “Elvis”, de Baz Luhrman, que foi um dos grandes sucessos do cinema de 2022 e tem indicações aos principais prêmios da temporada? Bem, de Elvis, o Presley, falaremos mais tarde, pois sim, ele tem tudo a ver com Memphis. Mas, agora, o objetivo é explorar uma cena em que o artista se encontra com BB King em um bar de uma rua colorida e movimentada. Aquela é a Beale Street (ou uma representação dela, já que o longa foi gravado na Austrália).

Beale Street Memphis
Beale Street

E a alma da Beale Street é o blues. Foi lá que um dos grandes nomes do ritmo, King, se popularizou. Também na Beale Street Ike Turner fez seu nome, assim como outros artistas que representam esse gênero musical marcado por guitarras e fortes vocais.

A Beale Street, no centro de Memphis, estava em seu auge nos anos 50, mas caiu em decadência na década seguinte. Hoje, revitalizada e mantendo a atmosfera colorida e vibrante de seus anos de ouro, atrai pessoas de todo o mundo em busca dos sets de blues que dominam seus bares.

O mais famoso desses bares atende pelo nome de… BB King. Nem poderia ser outro. Diferentemente da Broadway de Nashville, em que os bares têm entrada gratuita, alguns da Beale cobram entrada, uma espécie de couvert artístico para as bandas que se apresentam.

BB King Bar Memphis
BB King Bar

Um deles é o BB King. O couvert, no entanto, não ultrapassa os US$ 10. Além dos bares, bandas e artistas solos de blues se apresentam na própria rua. Bem próximo à Beale, na Main Street, está o museu Blues Hall of Fame.

O local honra pessoas que fizeram parte da história do blues. Além do próprio King, tem nomes como Billie Holiday, Etta James, Rufus Thomas, Big Mama Thorton e Eric Clapton, um dos mais recentes introduzidos no hall.

Memphis é o berço do rock and roll?

Não é incomum o turista mais desavisado chegar a Memphis imaginando estar indo visitar a terra, ou talvez até o berço, do rock and roll. E por que não? As origens do rock and roll, tanto em relação a data quanto a locais, sempre geram controvérsia.

Porém, uma coisa é fato: mesmo com a “invasão” britânica dos anos 60, o rock and roll nasceu nos Estados Unidos. E Memphis teve uma grande contribuição nos primórdios do gênero. Não à toa: uma das vertentes do ritmo surgiu a partir da junção de country (à época, chamado de hillbilly) e Rhytm and Blues, com uma pitada de gospel.

Por isso, Memphis foi o cenário ideal dessa ebulição que começou na Sun Records. Gravadora que revelou BB King, a Sun ficou mais popular graças a nomes dos primórdios do rock, como Elvis Presley e Jerry Lee Lewis. O estúdio da Sun (Sun Studio) hoje é aberto à visitação.

A 2 km do centro, no número 706 da Union Avenue, o Sun Studio tem tours a cada 45 minutos, por US$ 15. Entre os destaques estão os estúdios de gravação, que tem entre as atrações um X indicando o local em que Elvis Presley gravou “That’s All Right Mamma”, música considerada um dos pontos de partida para o movimento que ficou conhecido como rock and roll.

Para quem não quiser fazer o tour, dá para passar pelo charmoso prédio de tijolos apenas para tirar uma foto em um dos berços do rock. Ou ainda tomar o drink no bar que fica no hall de entrada do Sun Studio. Não é necessário reservar ingressos.

A Memphis de Elvis Presley

Mesmo com a Beale Street, o Hall da Fama do Blues e o Sun Studio, é inegável que a principal atração turística de Memphis, mesmo para quem não tem sua visita focada no mundo da música, é Elvis Presley. Nascido em Tupelo, Mississippi, o maior artista da história dos EUA se mudou para Memphis na adolescência.

Graceland Memphis
Graceland

E, por mais que tenha passado bastante tempo em Los Angeles durante os anos 60, Memphis sempre foi sua casa. E Graceland, a mansão que comprou em 1957, e na qual morreu, está aberta à visitação.

Quem visita a mansão pode conhecer as salas de visitas e jantar de Presley, sua cozinha, o subsolo (com sala de TV e de jogos), os estábulos, uma quadra de racquetball e, principalmente, o cômodo conhecido como Jungle Room. Esse local serviu, em 1976, como estúdio de gravação para os últimos discos de Presley.

A sala de TV de Elvis Presley

O ingresso para visitar Graceland inclui o museu Elvis Presley Memphis, com exposição de carros, motos e os famosos ternos e macacões do Rei do Rock, além de muitas fotos, vídeos e discos de ouro e platina. Dois aviões que pertenceram ao artista também estão em exposição.

Para visitar o complexo, o ideal é tirar o dia todo. Os ingressos, que incluem o tour a Graceland (com áudio em português, inclusive) e a visita ao museu custam US$ 80. Reservar é recomendável, para evitar longas filas.

Serviço

A área mais residencial de Memphis fica em Midtown, mas a melhor opção para quem visita a cidade em busca de seu caráter musical é o centro. Afinal, a maior parte das atrações está concentrada por lá. E dá para fazer quase tudo a pé.

O Peabody (diárias a partir de US$ 203) é o hotel mais histórico de Memphis e está a poucos passos da Beale. O Indigo (US$ 165) tem um visual mais moderno e uma bem-vinda piscina para quem opta por visitar a abafada cidade no verão.

Já a Memphis de Elvis fica a cerca de 10 km do centro, em uma avenida batizada de Elvis Presley Boulevard. Para quem visita a cidade de olho apenas no legado do Rei do Rock, uma boa opção pode estar bem ao lado, no resort The Guest House at Graceland (US$ 144). Os preços foram apurados para o mês de fevereiro.

Jungle Room, em Graceland Memphis
Jungle Room, em Graceland

O churrasco e as carnes em geral são a base da culinária do Tennessee, e Memphis tem até um festival dedicado no mês de maio. São muitos os restaurantes especializados nesse produto, inclusive na Beale Street e imediações.

Mas a melhor opção do centro da cidade é o sofisticado Flight, um restaurante e Wine Bar. As carnes são o carro-chefe, mas o cardápio é bem variado e o serviço e a carta de vinhos, impecáveis. O endereço é Main Street, 39.

Fora do roteiro musical, vale dar uma volta pelas margens do Rio Mississippi, que corta a cidade e desce até a Luisiana (tema da próxima reportagem sobre a Rota da Música). Além disso, Memphis é sede do Museu dos Direitos Civis.

Broadway, em Nashville

A Rota da Música nos EUA – Nashville, a capital do country

Country, jazz e blues com um bom tempero de rock and roll. Essa é a receita que os amantes de um trecho muito especial do sul dos Estados Unidos: a Rota da Música. Ela é formada pelas cidades de Nashville e Memphis, no Tennessee, e Nova Orleans, na Luisiana.

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Na Rota da Música, o passado e o presente dos quatro gêneros musicais promovem uma imersão na história, complementada por muito conhecimento e infindável diversão. Em Nashville, impera a música country: suas origens, seu passade e seu presente.

Memphis, para surpresa de muitos, é a capital mundial do blues. Eu mesma, sem conhecimento nenhum, cheguei à cidade do Tennessee acreditando que iria encontrar um universo 100% voltado ao rock and roll.

Mas, se você prefere esse estilo, não vai se decepcionar. Em Memphis, está um dos berços do rock and roll, e parte das origens desse gênero que começou a incendiar o mundo nos anos 50, para nunca mais parar.

Restaurante The Standard: ótima gastronomia e muita história

E Nova Orleans? Eu cheguei à mais famosa das três cidades acreditando ser aquela a capital do blues. Não me decepcionei, pois há muito blues nas ruas de seu mais famoso bairro, o French Quarter. Porém, oficialmente Nova Orleans é a capital mundial do jazz.

A Rota da Música tem muitas atrações em cada uma das cidades. Por isso, vou dividir essa reportagem em três partes. Na primeira, vamos falar de Nashville.

A capital do Tennessee foi meu ponto de partida para percorrer da Rota da Música.

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Como percorrer a Rota da Música

O trecho total entre as três cidades é de 900 km. São 300 km de Nashville a Memphis e outros 600 da capital do blues até Nova Orleans. A melhor maneira de percorrer essa distância é de carro. As estradas são impecáveis.

Além disso, você ainda terá a oportunidade de ver as incríveis vias suspensas da Luisiana. Primeiro, elas estão sobre pântanos. Na aproximação a Nova Orleans, sobre o Golfo do México. Outra vantagem de ir de carro é que fazer uma road trip nos Estados Unidos é uma experiência que todo fã de viagens deveria viver. Especialmente no sul.

Johnny Cash Museum, em Nashville, na Rota da Música
Johnny Cash Museum, em Nashville, na Rota da Música

Aqueles hotéis e restaurantes de rodovias tão comuns em road movies se proliferam aos montes por todo o trajeto, em um cenário que parece nos transportar ao cinema. Porém, se a vida ao volante não é seu negócio, há grandes aeroportos nas três cidades. Dá para voar.

O ideal é começar o roteiro por Nashville ou Nova Orleans, principalmente se a escolha for percorrê-lo de carro, pois Memphis fica no meio do caminho. Não há voos diretos do Brasil para nenhuma das três. Os locais mais próximos com voos sem conexão são Miami, na Flórida, e Atlanta, na Geórgia.

Porém, com conexão todas as companhias americanas oferecem boas opções para Nashville, Nova Orleans e Memphis – além da brasileira Latam e da panamenha Copa Airlines.

Quando ir


E quanto aos preços das passagens? Depende da época. Em abril, por exemplo, os preços de São Paulo a Nashville, e vice-versa, partem de R$ 5.600 – classe econômica, de Delta, com conexão em Atlanta. E por falar em época, dê preferência aos períodos de abril a meados de junho, e entre setembro e novembro.

No inverno do Hemisfério Norte, de dezembro a março, não há grandes programações de festivais de música, gastronomia e cultura que são típicos das cidades. Já no verão (meados de junho a meados de setembro), o calor é mais forte que na maior parte das cidades do Brasil.

Na Broadway, em Nashville, na Rota da Música, festa é 24 horas
Na Broadway, em Nashville, na Rota da Música, festa é 24 horas

Nos meses de abril e, especialmente, maio e junho, também faz calor, mas não tão intenso quanto no alto verão. Já no outono do Hemisfério Norte, você pode encontrar temperaturas um pouco mais baixas, mas não como em outras regiões dos Estados Unidos. O clima nas três cidades é bem parecido com o da Flórida, mais conhecida pelos brasileiros.

No inverno, porém, pode fazer frio de verdade nas cidades da Rota da Música – e há até anos em que Memphis, por exemplo, registra neve. Não é a condição ideal para a Rota da Música, cujas atrações mais legais exigem caminhar ao ar livre.

Destaques de Nashville

Já falei do lado festivo de Nashville aqui, em uma comparação com Nova Orleans e Las Vegas. E ele é mesmo muito forte. A Broadway, rua musical do centro da cidade, tem shows de country praticamente 24 horas por dia.

Os bares, que se estendem por três quarteirões, têm entre dois e três andares, cada um com uma banda diferente. Muitos oferecem rooftops, com apelo especial para ver o por do sol e observar a brilhante e colorida Broadway, cujo estilo das construções remete às décadas de 40, 50 e 60, principalmente.

A noite na Broadway

Mas a conexão de Nashville com a música country vai muito além da festa da Broadway. Lá, estão museus dedicados a dois dos maiores nomes da história do gênero, Johnny Cash e Patsy Cline. Eles ocupam o mesmo prédio e um ingresso (US$ 20) dá acesso a ambos.

Outro programa imperdível é visitar o Hall da Fama da Música Country (Country Music Hall of Fame, fundado em 1961), também no centro. O museu tem partes dedicadas a muitos de seus 149 membros. Entre eles, estão o já citados Cash e Cline, os pioneiros Hank Williams e Jimmy Rogers, a Carter Family, Dolly Parton e até Elvis Presley.

Country Music Hall of Fame, o hall da fama da música country

O mais novo integrante do Hall da Fama da Country Music é Jerry Lee Lewis, que foi também um dos pioneiros do rock and roll e faleceu no mês de outubro, aos 87 anos.

Music Row e Opryland

Dá para combinar a visita a esse museu com a entrada no estúdio B da gravadora RCA (com apenas um ingresso), onde grandes nomes não apenas do country, mas de outros gêneros, já fizeram gravações. Quem? Elvis Presley e Dolly Parton estão entre eles.

Porém, o prédio do estúdio B da RCA não está no centro, e sim no Music Row. A simpática região é o berço das gravadoras e dos estúdios de gravação de Nashville. Por lá, as ruas têm nomes de astros do gênero.

No mesmo prédio estão os museus dedicados a Johnny Cash e Patsy Cline

Também fora do centro da cidade, em uma área chamada Opryland – a cerca de 10 km – está o Grand Ole Opry House. Vale a pena assistir a um show no local, que é sede de um concerto semanal de country (de mesmo nome) transmitido pelo rádio – trata-se do mais antigo programa de rádio dos EUA.

Fora do circuito da música, visite o descolado bairro The Gulch, a cerca de um quilômetro da Broadway. Lá, você vai encontrar muita arte de rua e bares e lojas mais sofisticados. Nashville, aliás, é um ótimo local para comprar artigos de couro, como casacos e botas.

Hotéis em Nashville

Como quase tudo acontece no centro de Nashville, este é o lugar para se hospedar. Por lá, há hotéis sofisticados como o 1 Hotel (diárias a US$ 369) e o Four Seasons (US$ 592). Os preços são sempre para o mês de abril e não incluem impostos.

Outras boas opções no centro são o Hyatt Centric (US$ 250), o Hilton (US$ 370 e o mais bem localizado para quem quer curtir a Broadway) e o descolado Dream (US$ 275).

The Gulch

No Music Row, há hotéis um pouco mais em conta que no centro, como o quatro-estrelas Hutton (US$ 180) e o Best Western (US$ 140), que já é também bem mais simples. Para quem procura sofisticação nessa área, a melhor opção é o Conrad Nashville (US$ 390).

Há ainda bons hotéis no The Gulch. Entre eles, o destaque é o badalado W Hotel, por US$ 314 a diária.

Próximo ao Grand Ole Opry, há o resort e centro de convenções Gaylord Opryland (US$ 330), além de opções mais em conta (e simples) como Quality Inn, Comfort Inn e Best Western.

Os preços desses hotéis mais simples partem de US$ 75 a diária. E, para quem está de carro, muitos têm estacionamento gratuito. No centro, os valores desses serviços, nos hotéis, são de no mínimo US$ 30 por dia.

Outras informações

Para fazer a Rota da Música com calma, apreciando a imersão cultural e histórica, o ideal são dez dias. No caso de Nashville, uma visita rápida vai exigir pelo menos duas noites.

Mas, como a Broadway é muito legal, e você provavelmente vai querer visitá-la todos os dias, vale a pena ficar três noites na capital do Tenneessee.

O bar do The Standard

Para jantar, a dica é o The Standard. Mais do que os pratos de culinária internacional com uma pegada do sul dos EUA, o que chama a atenção é o prédio que o sofisticado restaurante ocupa.

O The Standard está em um edifício que era ponto de encontro de soldados da União durante a Guerra Civil Americana. O prédio foi preservado para ser mantido praticamente como era na época. O restaurante tem diversos ambientes. O mais interessante é o nostálgico bar.

Emiliano Rio prepara festa de Ano Novo em Copacabana

Para quem procura uma festa badalada de réveillon, os locais mais desejados são Trancoso (BA), Fernando de Noronha (PE), Jurerê Internacional (SC), São Miguel dos Milagres (AL) e Punta del Este, no Uruguai. Porém, o Ano Novo mais famoso do mundo sempre foi, e provavelmente sempre será, no Rio de Janeiro.

É lá que está o maior espetáculo da noite de Ano Novo: os fogos de Copacabana. Eu já estive uma vez ali nos arredores, e sinceramente não gostei. É bem lotado, e não tem nada a ver com a badalação de festas pé-na-areia dos locais acima.

Mas tudo muda quando há a possibilidade de assistir ao show de Copacabana em uma festa realizada por um dos hotéis mais luxuosos do Rio. O Emiliano, que fica no posto 6, em Copacabana, está promovendo uma grande celebração para o Ano Novo 2022/2023.

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Como será o Ano Novo do Emiliano

A festa de réveillon do Emiliano Rio será no restaurante no rooftop do hotel, que vem sendo uma alternativa ao Emile, no térreo. Por isso, a vista para o show de fogos de artifício de Copacabana está garantida.

O cardápio será assinado pelo chef Camilo Vanazzi. O open bar de bebidas inclui whisky Johnny Walker, gin Tanqueray, vodcas Ketel One e Ketel One Botanical e cerveja Heineken. A inspiração será na boemia carioca.

Como atrações, haverá show de Pretinho da Serrinha em estilo roda de samba, com participação da Portela. A noite terá ainda dois DJs: Sô Lyma para a abertura e Pachu para o fechamento.

Pacotes

A má notícia é que a festa é exclusiva para hóspedes. O Emiliano está vendendo pacotes que incluem hospedagem e a festa. Eles partem de R$ 26.400, já com dois pares de ingressos, com acomodação em apartamento Deluxe. Na Ocean Spa Suite, em que me hospedei quando estive no hotel, são R$ 71.200.

O pacote mais caro é o da Ocean Master Suite, de 120 metros quadrados. Nesse caso, o total sai por R$ 79.700. Outros serviços incluídos no pacote são café da manhã para duas pessoas, 15 minutos de massagem no spa, uma garrafa de champagne e Havaianas personalizadas pelo hotel. As reservas podem ser feitas por meio deste site.

Copacabana Palace

Para quem estará no Rio de Janeiro, mas sem planos de se hospedar em um hotel de luxo, o Belmond Copacabana Palace também terá sua festa de réveillon para a virada 2022/2023. Como no Emiliano, haverá DJs, bandas e possibilidade de acompanhar os fogos de Copacabana, embora não com uma vista tão privilegiada como a do restaurante rooftop.

Isso porque a festa do Copacabana Palace, que é bem maior (e menos intimista, portanto) que a do Emiliano, será realizada em três diferentes salões do hotel.

O réveillon do Copa também terá open bar e jantar. O tema deste ano será “White and Gold”. Os ingressos, por R$ 4.345, estão à venda no site Sympla.

Clubhouse Suite no Fasano

Fasano: por dentro do hotel de luxo ‘secreto’ (e brasileiro) de Nova York

Você não vai encontrá-lo em nenhum site de reservas de hotéis, nem conseguirá reservá-lo no próprio site do Fasano. Lá, encontrará um endereço eletrônico para tentar uma vaga na luxuosa propriedade, que este ano foi eleita uma das oito melhores de Nova York pela revista Vogue América.

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O Fasano Fifth Avenue está em um dos endereços mais badalados de Nova York. Fica na Quinta Avenida, entre as ruas 62 e 63, no bairro de Upper East Side. As vistas nos apartamentos e suítes são para o Central Park, logo em frente.

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Badalado e concorrido

Não é fácil conseguir uma reserva no Fasano Fifth Avenue. O hotel funciona como um clube, e os membros são todos convidados pelo próprio time do hotel brasileiro – cuja filial de Nova York é a segunda internacional (a primeira fica em Punta del Este, no Uruguai). São apenas oito suítes dedicadas a não membros.

Quem estiver interessado em ocupar uma delas deve procurar o serviço de concierge do Fasano. Quando tentei, não havia vagas para os próximos dois meses.

E os preços? O Fasano não os divulga, mas não ficam abaixo de US$ 1.500 (quase R$ 8.000) por dia. Isso na suíte mais simples, com 30 metros quadrados. Além dessas acomodações, que estão divididas em diversas categorias e podem chegar a 42 metros quadrados, há ainda dois apartamentos, com 330 m² cada um.

Esses apartamentos são mais usados por pessoas que querem passar não apenas um período curto de hospedagem, mas uma longa temporada no Fasano. “Há pessoas da própria cidade, que estão reformando seus apartamentos, e optam por ficar por aqui”, explica a diretora do Fasano Fifth Avenue, Andrea Natal.

Vista para o Central Park a partir do Fasano

Andrea me recebeu para um pequeno tour pela propriedade. Ela, antes de se transferir para o Fasano, comandava o lendário Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Durante a visita, fotos não foram permitidas (por isso, as que você vê aqui são de divulgação).

Privacidade é assinatura do Fasano Nova York

A razão do pedido para não produzir fotos é a privacidade, um dos destaques do Fasano Fifth Avenue. Na noite anterior à minha visita ao hotel, eu tinha um jantar agendado no restarurante Fasano Nova York. Nem me dei ao trabalho de fazer a pesquisa: fui diretamente ao hotel.

Afinal, é tradição do Fasano ter um restaurante badalado integrado ao hotel. Isso desde a inauguração da primeira empreitada do grupo no ramo da hotelaria, com a propriedade de São Paulo – hoje, há filiais no Rio, Belo Horizonte, Salvador, Porto Feliz e Trancoso.

O restaurante e café do Fasano Fifth Avenue
O restaurante e café do Fasano Fifth Avenue

Foi só ao chegar lá que descobri que o restaurante fica em outro endereço, nas imediações da Park Avenue, em Midtown. Mas há um pequeno restaurante no hotel, apenas para hóspedes. É pequeno, com decoração clássica e sofisticada.

Fui informada de que poderia jantar lá, se preferisse, mas a recomendação era de que eu fosse à Park Avenue, para desfrutar de um cardápio mais elaborado (o que acabei fazendo). E só fui bem-vinda no restaurante do hotel por ser convidada. O local não está aberto ao público.

Apartamentos são chamados de Residences

Aliás, não é permitida a entrada de não-hóspedes em nenhuma área do Fasano Fifth Avenue. Isso para garantir da privacidade dos clientes, um apelo que poucos hotéis, seja em Nova York ou em qualquer outra grande metrópole do mundo, oferecem atualmente,

O que o Fasano Fifth Avenue oferece

Além de privacidade, um sofisticado restaurante e vistas para o Central Park, os hóspedes do Fasano Fifth Avenue também contam com saune e sala de ginástica. Há ainda um jardim com área para leitura, meditação e outros passatempos. O atendimento é outro destaque.

Durante minha visita guiada por Andrea Natal, ela parou duas vezes para falar com hóspedes recém-chegados, procurando saber quais eram suas necessidades – e providenciando para que fossem atendidas. Entre esses clientes, estava um casal de alemães que não eram membros do clube, mas foram indicados por um integrante para a hospedagem no hotel.

Banheiro de um dos apartamentos do Fasano Fifth Avenue
Banheiro de um dos apartamentos do Fasano Fifth Avenue

Os outros hóspedes eram uma famosa influenciadora digital brasileira e seu marido. A recepcionista do hotel agendava para eles diversos programas que queriam fazer em Nova York, conseguindo sem dificuldades reservas em restaurantes badalados – e quase impossíveis de conseguir normalmente, da noite para o dia.

Aliás, há sempre recepcionistas que ou são brasileiros, ou falam português. Afinal, estamos falando de um hotel que, apesar do DNA italiano, é nascido e criado no Brasil.

Eu pude ver também um dos grandes apartamentos, que tem quatro quartos, e algumas suítes. Essas acomodações podem ou não ter uma sala separada, dependendo de sua área. A decoração é sóbria, mas com toques contemporâneos.

Há mimos como máquina de café e chá, minibar completo com produtos premium e controle da iluminação. Em alguns banheiros, uma janela permite ao hóspede observar o Central Park enquanto toma banho.

Fasano Nova York

Nova York: tour gastronômico por França, Espanha e Itália em um dia

Multicultural, cosmopolita, capital do mundo. Assim é Nova York. Quando o assunto é gastronomia, a cidade que tem a fama de ser aquela que nunca dorme pode levar você a diversos países em um só dia.

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Não é diferente de São Paulo, outro grande polo gastronômico mundial. Mas, se você estiver de viagem marcada para Nova York, eu vou deixar aqui um roteiro para você visitar, no mesmo dia, mesas da Itália, Espanha e França.

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Brunch em Nova York ou na França?

O brunch é uma tradição em Nova York, especialmente aos domingos, quando os moradores costumam acordar mais tarde e pular o café da manhã. As melhores opções estão nos agitados West Village e Soho, em Manhattan, que são ótimas pedidas para passear por lojas e galerias após a refeição.

Minha dica é o francês Buvette, que tem unidades também em Paris, Londres, Tóquio e Seul, entre outros locais. O ambiente é intimista, com parede de tijolos e bancos retrô de madeira no balcão.

No verão, uma ótima pedida é sentar na parte externa, para ver o agito de West Village. No cardápio, delícias francesas que não podem faltar em um brunch: croque-monsieur, croque-madame e um delicioso steak tartare, que foi minha pedida.

No cardápio de doces, tortas com frutas vermelhas, crepes e croissants. Há ainda variedade de drinks e sucos naturais com blend de frutas. É como estar na França no bairro mais descolado de Manhattan.

Tarde na Espanha

Depois do brunch, e de circular pela região baixa de Manhattan, que tal subir um pouquinho para visitar a escultura The Vessel? Nesse caso, aproveite para um happy hour no Little Spain.

Little Spain Nova York

O mercado espanhol é uma delícia, com bancas de vinhos, jamon e outras especialidades ibéricas, além de alguns bares bem descontraídos. Vale sentar no balcão de um deles e pedir uma sangria, um pão com tomate e um bolinho de jamon.

Jantar na Itália

Se você ainda não conheceu a filial de Nova York do restaurante Fasano, em Midtown Manhattan, precisa conhecer. A começar pelo ambiente sofisticado, com bar e salão principal separados por um corredor com fotos e objetos que contam a história do lendário restaurante brasileiro.

York

Os banheiros de mármore, no segundo andar, são um espetáculo à parte. Assim como a carta de vinhos, que tem obviamente como destaque sofisticados rótulos italianos.

O cardápio é italianão na mais pura essência. Desde as entradas, que incluem carpaccio, caprese e berinjela à milanesa. Variados espaguetes e lasanhas estão entre os principais.

Entre as carnes e peixes, não deixe de experimentar o escalope ao limão com purê de batata. E a panacota com frutas vermelhas é uma sobremesa para guardar na memória.

Panacota Fasano Nova York

Serviço

Buvette
Grove Street, 42 – West Village

Little Spain
Hudson Yards, 10 – Hudson Yards

Fasano
Park Avenue, 280 – Midtown
(Entrada pela 49th Street)

Não se esqueça de checar o horário de funcionamento. E, com exceção do Little Spain, é sempre recomendável fazer reserva em Nova York.

Nova Orleans

Nova Orleans x Nashville x Las Vegas: festa o dia todo

Há três cidades nos Estados Unidos em que têm em comum a principal atração turística: o ritmo de festa. Las Vegas, Nashville e Nova Orleans são diferentes na essência, mas atraem um perfil de visitante pela mesma razão: a badalação 24 horas por dia.

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Se em Vegas imperam as “pool parties” (festas à tarde na piscina) e casas noturnas com música eletrônica, em Nashville os amantes da música country encontram um ambiente perfeito. Já Nova Orleans é a capital do jazz, mas dá espaço a outros ritmos, como blues e rock and roll.

Veja qual das três cidades festeiras dos Estados Unidos faz mais seu estilo.

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Las Vegas

A cidade de Nevada é a capital mundial do entretenimento. O epicentro dessa Disney para adultos são os hotéis da avenida Las Vegas Boulevard, mais conhecida como Strip. Muitos procuram Vegas pelos espetáculos, como Cirque du Soleil, e pelos shows de grandes astros da música – alguns fazem temporadas por lá. Há quem aprecie a ampla oferta de restaurantes estrelados e, claro, os apreciadores dos jogos de azar.

Mas a juventude invade Vegas à procura de casas noturnas e, de abril a outubro, pool parties. Quase todos os hotéis da Strip têm a seu beach club, separados das piscinas destinadas aos hóspedes.

Las Vegas Boulevard, também conhecida como Strip

Por ali, a tarde comandada por DJs é uma variação de música eletrônica, pop e hip hop, entre outros ritmos que fazem a cabeça da juventude. O mesmo tipo de música domina as casas noturnas, também instaladas nos hotéis da Strip.

Emendar dia e noite é algo comum em Vegas, principalmente para a juventude. E o ambiente dos cassinos dos hotéis contrubui para essa realidade alternativa. Na maioria, não há relógios, e a iluminação é a mesma a qualquer hora.

Como diz a música “Viva Las Vegas”, que se tornou um hino da cidade, “Eu gostaria que o dia tivesse mais de 24 horas”.

VEREDITO: Las Vegas é um local construído para o entretenimento. Pode parecer meio fake, e realmente é. Por isso, é preciso entrar no clima e entender que, ali, a ordem é diversão. Esqueça cultura! Quanto à parte mais festeira da cidade, ela é mais voltada aos jovens. Mas adultos têm muitas outras formas de se divertir em Vegas.

Nashville

O Grand Ole Opry é o templo da country music norte-americana. Todos os grandes nomes da música já passaram por lá, e ainda se apresentam constantemente na casa de show. O Opry, no entanto, fica a cerca de 15 km do centro de Nashville.

E é no centro que está o clima de festa incessante da capital do Tennessee, no sul dos Estados Unidos. Por ali, o visitante vai encontrar o museu dedicado ao maior nome da country music americana, Johnny Cash. O astro surgiu em Memphis, no mesmo Estado, revelado pela lendária gravadora Sun Records (leia mais abaixo).

Broadway

Posteriormente, se mudou para a região de Nashville. No centro da cidade, também há o Hall da Fama dedicado à música country. Ao sair desses dois programas, inevitavelmente o visitante vai cair na Broadway, uma rua com construções coloridas que abrigam os mais variados bares.

Os sets começam ainda pela manhã e se estendem madrugada adentro. De bar em bar, ao longo de três quarteirões, há variações sobre o mesmo tema, e uma banda a cada andar (geralmente são três, com direito a rooftop para ver o por do sol). Do country clássico ao contemporâneao, a música ao vivo não para.

Para não dizer que não escutei nada além de country na Broadway, em um dos bares houve dois grandes hits do rock and roll (“Sweet Child O’ Mine, do Guns N’ Roses, e “Don’t Stop Believin’, da banda Journey). Tudo isso em um cenário de grande preservação histórica combinada a prédios modernos, porque o centro de Nashville respira progresso.

A entrada nos bares é gratuita. As bandas passam com um balde ao final dos sets, buscando gorjetas (e pega bem contribuir).

VEREDITO: Se Vegas é fake, Nashville é pura realidade. Um local para aprender a história da música americana, ver museus e construções seculares e, nessa imersão cultural, curtir boas apresentações de ótimas bandas.

Não deixe de conhecer o restaurante The Standard, a cerca de 1 km da Broadway. Ele ocupa um prédio histórico que era ponto de encontro das tropas da União durante a Guerra Civil Americana, no século XIX. Quanto ao público festeiro, Nashville é para todos. Há desde jovens a adultos de todas as idades curtindo música nos bares.

Nova Orleans

Dizem por aí que Nova York não é Estados Unidos. Nova Orleans também não. A cidade mais importante da Luisiana é França, Espanha e até EUA. A influência afro-americana é um ingrediente fundamental nessa miscelânia cultural, musical, artística, gastronômica e histórica.

Se Nashville é country, Nova Orleans (também conhecida como Nola) é jazz de todos os estilos, mas não apenas isso. Dá para escutar, de bar em bar, variados tipos de música, passando pelo blues, rock e até a bossa nova.

French Quarter em Nova Orleans
French Quarter

O French Quarter, com impressionante preservação histórica na arquitetura e influência francesa em todas as linhas, é o epicentro cultural de Nova Orleans. Sua principal rua – e também a mais turística – é a famosa Bourbon, mas não é apenas nela que ação acontece.

Os bares estão por toda a região, e os melhores são na parte mais alta do Quarter, especialmente na Frenchman Street. A música ao vivo não para: é literalmente 24 horas, e pode ser curtida a céu aberto também, seja em paradas nas ruas ou sets ao ar livre.

A entrada nos bares é gratuita, como em Nashville, e gorjetas não são apenas bem vistas, como muitas vezes essenciais. E, a exemplo de Vegas, dia e noite se confundem. Não há a iluminação artificial dos cassinos, mas é comum ver a juventude com seus drinks pelas ruas às 8h da manhã, sinal de que a noitada ainda não terminou.

Bourbon Street em Nova Orleans
Bourbon Street

Uma curiosidade: Nova Orleans é uma das poucas cidades dos Estados Unidos que permitem consumo de bebida alcóolica nas ruas.

VEREDITO: Nova Orleans é candidata à cidade mais cultural e artística dos Estados Unidos. Há tanta história para ver e ouvir, e tanto a aprender, que farei um post exclusivo para Nola. Aqui, o objetivo foi falar apenas da festa incessante que ela oferece a seus visitantes.

Como em Nashville, o público é de todas as idades, mas os jovens parecem preferir Nola à capital do Tennessee.

Claro que Vegas, Nashville e Nola têm perfis diferentes. Mas, se eu tivesse de escolhar uma das três para festejar, não teria dúvidas: Nova Orleans.

Menção honrosa: Memphis

Memphis não é uma cidade de festa incessante, como as demais. O que, então, ela está fazendo aqui? É o seguinte: ela fica entre Nashville e Nova Orleans e, para quem está viajando de carro pela região, é obrigatório parar na capital do blues.

Beale Street

Lá, também há a rua do música, a Beale, que é um tanto decadente quando comparada à Broadway e ao French Quarter. Porém, vale visitá-la por seu papel na história da música: nomes como B.B. King já tocaram na Beale. Além disso, o local contribuiu para a formação musical de Elvis Presley.

Os sets de blues começam no fim da tarde, e terminam no início da madrugada. Vale conferir os do bar B.B. King, batizado em homenagem a um dos mais ilustres moradores de Memphis. Além do blues, a cidade tem seu lado rock and roll na gravadora Sun Records, aberta à visitação.

Além de Presley e de Johnny Cash, a Sun também revelou ao mundo Jerry Lee Lewis, Carl Perkins e Roy Orbison. E, já que você está em Memphis, não deixe de visitar Graceland, a casa de Elvis, e o museu dedicado ao artista.

Mesmo para quem não é fã de Presley a visita vale a pena – especialmente ao museu -, pois é uma aula sobre a música norte-americana do século XX.

Summit

Mirantes de Nova York viram experiências imersivas

Empire State Building, Rockfeller Center, muitos bares rooftop. Os observatórios e atrações com vistas panorâmicas sempre foram uma atração obrigatória em Nova York. Agora, elas se reinventaram: não é mais sobre subir e ver Manhattan e imediações do alto, e sim sobre viver verdadeiras experiências. O Summit One Vanderbilt e o City Climb são os principais exemplos desse fenômeno.

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O Summit One Vanderbilt ocupa o prédio mais alto de Nova York e foi em 2021. Nessa retomada do turismo à cidade, tem sido uma das atrações mais procuradas.

Já o City Climb é para desafiar os nervos de quem está disposto a viver uma grande aventura na cidade que nunca dorme – que, na minha opinião, atualmente vem dormindo sim, e muito. Mas, se Frank Sinatra cantou, em “New York, New York”, está dito para sempre.

Veja como são essas duas incríveis atrações de Nova York: Summit One Vanderbilt e City Climb.

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Summit One Vanderbilt

O One Vanderbilt fica ao lado da estação Grand Central, em Midtown Manhattan. O Summit ocupa três andares do edifício e tem vistas 360 para praticamente todos os pontos importantes de Manhattan, além de Brooklyn e Queens. Mas ele não é um observatório normal.

No Summit, os espaços são separados para promover aos visitantes experiências imersivas focadas em arte. O primeiro, Transcendence 1, é uma sala que reflete o dia como está lá fora. O espaço é todo espelhado, inclusive no chão. Por isso, recomenda-se ir usando roupas como shorts, calças ou macacão – saias não são uma boa ideia.

Em seguida, há um espaço com a obra de arte Reflect, da artista Yayoi Kusama. Ao passar pela instalação, o destaque é o barulho de vento. Mas, na minha opinião, a parte mais legal é a sala das bolas prateadas flutuantes (Affinity). Em tempos de redes sociais, esse local fará a alegria dos fãs do Instagram e do Tik Tok, pois permite a criação de lindas imagens.

O Levitation, por sua vez, tem duas caixas com paredes e chão de vidro. É outro local para tirar fotos inesquecíveis, se você tiver coragem de encarar as filas. Para quem quiser tomar um drink, há um andar extra, com bar e terraço.

Os ingressos para o Summit One Vanderbilt partem de US$ 39 para visitas diurnas e de US$ 49 para as noturnas.

No One Vanderbilt, também está o Le Pavilon, a mais nova casa do renomado chef Daniel Boulud. Como é atualmente um dos restaurantes mais badalados de Nova York, a reserva precisa ser feita com muita antecedência.

City Climb

Uma das mais novas atrações de Nova York, o City Climb fica no Edge, um dos mirantes a céu aberto mais altos do mundo. A localização é no Hudson Yards, que inclui também a escultura The Vessel e um shopping com o mercado espanhol Little Spain.

Todo esse complexo está entre as ruas 33 e 30, nas proximidades do rio Hudson, área que vem sendo revitalizada e está cada vez mais repleta de atrações.

O City Climb é uma escalada pelas paredes do Edge, a nada menos que 365 metros de altura. O ingresso custa US$ 185 dólares, que já incluem acesso do Edge e uma foto tirada durante a aventura.

Atlanta Buckhead

O que fazer em Atlanta em 24 horas

Desde “E o Vento Levou”, Atlanta tem sido cenário de muitos filmes de Hollywood e séries de TV americanas. É também lá que nasceu um dos maiores símbolos dos Estados Unidos, a Coca-Cola. A capital da Geórgia é ainda sede da gigante do jornalismo CNN.

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Atlanta é também um local de grande trânsito de pessoas em direção a outros locais dos EUA e do mundo. Seu aeroporto internacional, Hartsfield-Jackson, é o maior daquele país. É hub da Delta, que tem voos diretos a partir do Brasil.

Sede da CNN

A Copa Airlines lançou recentemente seu voo para lá – com conexão na Cidade do Panamá. A vantagem é a conexão de várias cidades do Brasil ao destino, sem necessidade de passar por São Paulo ou Rio de Janeiro. É fácil chegar à capital da Geórgia, e vale fazer um stop-over para conhecer suas atrações.

Por isso, aqui eu mostrarei a você o que fazer em Atlanta em 24 horas. Mesmo que superficialmente, dá para conhecer boa parte da cidade nesse tempo. Apesar de moderna e cosmopolita, ela não é muito espalhada, e seus três principais bairros são conectados tanto por metrô (coisa rara nos EUA) quanto por uma rodovia de trânsito rápido (Interstate, ou interestadual).

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Onde se hospedar em Atlanta

Eu passei duas vezes por Atlanta em uma longa viagem pelos Estados Unidos. Na primeira, logo que cheguei, hospedei-me em Buckhead, no norte da cidade. A área é um misto de zona de negócios e impressionantes prédios residenciais. Lá, também ficam as mais belas casas da capital da Geórgia.

World of Coca-Cola., em Atlanta
World of Coca-Cola

Para atender esse público, Buckhead é repleto de restaurantes sofisticados, além de muitos bares. Há também hotéis para todos os gostos e bolsos. Para economizar, eu recomendo o moderno Hampton Inn & Suites, por US$ 120 no mês de julho.

O três-estrelas tem quartos amplos, banheiros bem equipados e fica próximo a vários centros comerciais de Buckhead – por ali você vai encontrar tanto a popular TJ Maxx quanto a sofisticada Saks Fifth Avenue. Mas se o objetivo é explorar a noite do bairro, a melhor pedida é a área que fica a cerca de 1 km desta.

Por lá, estão a maior parte dos bares e restaurantes sofisticados de Buckhead. E também os melhores hotéis de Atlanta. Entre os destaques, há o The St. Regis (US$ 550 no mesmo período), o Thompson (US$ 330) e o Waldord Astoria (US$ 450).

Georgia Aquarium Atlanta
Georgia Aquarium

Midtown é outra boa opção de hospedagem. Se Buckhead é um bairro em que as pessoas andam bastante de carro, este é um local em que dá para circular a pé com tranquilidade. Os bares e restaurantes por lá são mais descolados.

Hospedagem em Midtown e aeroporto

Por lá, uma opção interessante é o quatro-estrelas The Georgian Terrace, recheado de história (falarei mais sobre ele abaixo). Já a hospedagem em Downtown eu não recomendo. Embora tenha algumas das principais atrações da cidade, é deserto à noite. Acessar essa área é fácil, seja de carro ou de metrô, que a conecta diretamente a Midtown e Buckhead.

Casas clássicas em Midtown Atlanta
Casas clássicas em Midtown Atlanta

Outra opção para quem quer ficar em Atlanta 24 horas é o aeroporto. Caso conhecer a noite da cidade não seja um objetivo, basta pegar o metrô para chegar às principais atrações. Eu escolhi o Renassaince Concourse (US$ 190) em minha segunda passagem, em que ficaria apenas uma noite antes de partir para Nova York.

Tive um problema de cobrança irregular em meu cartão de crédito (resolvido depois de muito debate por e-mail), mas gostei da hospedagem. O mais legal? A maioria dos quartos tem uma varanda com vista para a pista do aeroporto. Dá para ver aeronaves decolando e pousando. Não, o barulho não incomoda. Há proteção acústica nos vidros.

Gone With the Wind Museum, em Marietta

O que fazer em Atlanta

Comece a visita por Downtown. Ao descer na estação de metrô, você vai dar de cara com o Mercedes-Benz Stadium. O moderno estádio é casa do Atlanta Falcons (futebol americano) e do Atlanta United FC (futebol, que os americanos chamam de soccer).

Mercedes-Benz Stadium Atlanta
Mercedes-Benz Stadium

Alguns metros à frente está a sede da CNN. Antigamente, dava para fazer um tour pelos estúdios, mas a atração agora está permanentemente fechada. Então, a dica é só tirar uma foto em frente ao edifício.

Ao lado, está o moderno Centennial Park, com uma ampla área verde, uma roda gigante e vistas para o skyline deslumbrante de Downtown Atlanta. O parque foi construído quando a cidade foi sede dos jogos olímpicos de 1996.

Centennial Park foi construído para os jogos olímpicos de Atlanta
Centennial Park foi construído para os jogos olímpicos de Atlanta

Em seguida, você chegará à praça que concentra o aquário de Atlanta (Georgia Aquarium, com ingressos a US$ 40) e o World of Coca-Cola (US$ 20). Esta atração ao estilo Disney é muito focada no segredo da fórmula do refrigerante. A parte mais interessante é a sala de degustação de bebidas que a marca produz por todo o mundo.

Midtown e Buckhead

Em Midtown está o parque mais bonito de Atlanta, o Piedmont. Ao estilo Ibirapuera, também tem vista para o skyline de Atlanta e um belíssimo Jardim Botânico. Ao lado e em frente, um pouco da preservação histórica da cidade, que apesar de ter sido um ponto central da Guerra Civil americana, guarda muito pouco daquela época. A capital da Geórgia é pura modernidade.

Piedmont Park Midtown Atlanta
Piedmont Park

Mas rodar pelas ruas no entorno do parque é muito legal. A impressão é de ter sido transportado para a Rua Peachtree de “E o Vento Levou”. O estilo das casas é idêntico, e a trilha sonora do filme não sai de nossa cabeça durante a caminhada.

Aqui, cabe uma curiosidade. Há diversas “Peachtree” em Atlanta. Rua, avenida, alameda, rodovia. Gera uma certa confusão na cabeça do visitante. Um motorista de Uber nos explicou que a capital da Geórgia é a “Peachtree City” (cidade dos pessegueiros), mas que não tem os melhores pêssegos dos EUA. Eles estão na Califórnia.

Já Buckhead, como expliquei acima, é para compras, gastronomia e vida noturna.

A noite em Atlanta em Buckhead

Atlanta tem muitos restaurantes sofisticados, e um dos mais bem avaliados é o Aria. O ambiente é sofisticado, o cardápio é baseado em carnes nobres e há um ótimo bar. É preciso fazer reserva (no próprio site do restaurante e em “terceiras partes”, como o Open Table).

Mas cuidado. Os restaurantes em Atlanta abrem cedo (17h30) e encerram suas atividades no horário em que o paulistano, por exemplo, está saindo de casa para jantar. Dependendo do dia, varia de 20h30 a 21h.

The Iberian Pig

Outra opção sofisticada é o Atlas, que fica no hotel Saint Regis. Para algo mais casual, experimente o descolado Louisiana Bistreaux, inspirado em Nova Orleans tanto no ambiente quanto no cardápio de gastronomia cajun e creole da cidade que homenageia.

Os frutos do mar são o carro-chefe e a carta de vinhos tem boas opções da Califórnia, a preços interessantes. É um jantar para gastar menos de US$ 50 comendo muito bom e bebendo bons vinhos. Diferentemente do Atlas e do Aria, em que a conta vai passar facilmente dos US$ 100 por pessoa.

Bares

O Industry Tavern, misto de bar e restaurante, tem pratos simples, mas saborosos, e uma deliciosa jukebox, que mantém o ambiente bem animado. Mas uma das melhores descobertas foi o The Iberian Pig.

Ele fica no mesmo quarteirão do The St. Regis, que é repleto de restaurantes e bares para todos os gostos. O The Iberian Pig é um bar instalado em um ambiente muito sofisticado, com muitas diversas opções de tapas e drinks tipicamente espanhóis. O melhor momento para visitá-lo é o happy hour.

Industry Tavern  Atlanta
Industry Tavern

Para terminar a noite, escolha o bar Blue Martini, principalmente se sua passagem por Atlanta for no fim de semana. Nesses dias, há shows de música ao vivo. A cantora que se apresentou em minha passagem por lá tinha um timbre de voz muito parecido com o da diva Tina Turner.

A artista e sua banda fizeram um set de blues, R&B, country e rock com uma pitadinha de pop. Foi um dos melhores shows que vi no sul dos Estados Unidos (e isso vale muito, pois depois passei pelas capitais da música Nashville, Memphis e New Orleans). O couvert artístico custa US$ 20, mas só depois das 19h. Quem chega antes não paga.

E a preservação histórica?

Por ter desempenhado um papel tão importante na Guerra Civil e no fortalecimento dos direitos civis dos EUA, nos anos 60, eu esperava mais preservação histórica em Atlanta. Há pouca coisa com esse tema para ver.

De todas as cidades que visitei (e, além das citadas acima, houve ainda locais em Kentucky, Mississipi e Alabama), Atlanta foi a que menos preservou sua história. A cidade tomou um banho de modernidade ao longo das décadas.

The Georgian Terrace

Uma das possibilidades é visitar a casa do ativista dos direitos civis Martin Luther King, que nasceu em Atlanta. Já o parque de preservação histórica, em Midtown, estava temporariamente fechado quando passei por lá, em maio.

O jeito foi tentar encontrar algo sobre a história da cidade no filme “E o Vento Levou”. Mas também não há muito o que ver. A casa de Margareth Mitchell, autora do livro que deu origem ao longa, fica no parque de preservação histórica. Ou seja: não pude vê-la.

O hotel Georgian Terrace hospedou todo o elenco na pr-e-estreia do filme, que ocorreu em Atlanta, em 1939. Há uma placa na entrada explicando isso. Mas só. Hoje, não há nada na propriedade que remeta a esse capítulo da história.

Marietta

Por fim, fui até Marietta, a 30 km de Downtown Atlanta, para ver o “Gone With the Wind Museum”. Como estava de carro, foi um deslocamento tranquilo, de 25 minutos. O estacionamento é gratuito e a entrada custa US$ 7.

Os vestidos de Scarlett O’Hara

Lá, há a primeira edição do livro e vestidos que a atriz Vivien Leigh usou no filme (réplicas e originais), em que interpretou a protagonista Scarlett O’Hara. Outros destaques são mobiliário do teatro que sediou a pré-estreia e itens pessoais dos atores.

Esse programa, no entanto, não cabe no tempo de quem vai ficar apenas 24 horas em Atlanta. Para fazê-lo, é preciso passar um período um pouco maior na cidade.

Las Vegas Boulevard

Las Vegas: entenda como funciona para saber onde se hospedar

Na primeira vez que fui a Las Vegas, nos EUA, olhando o mapa da cidade e os hotéis da principal avenida, achei que tudo fosse perto. Ao chegar lá, me deparei com uma realidade completamente diferente. Cada quadra da Las Vegas Boulevard – a avenida dos grandes hotéis, também conhecida como Strip – tem pelo menos 1 km.

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E muitos complexos hoteleiros ocupam uma quadra toda. Não são simples hotéis, e sim resorts com inúmeras opções de gastronomia, vida noturna e os famosos cassinos da cidade de Nevada. Uma boa notícia sobre Las Vegas é que os preços das habitações são bem mais baixos que em outros locais dos EUA, mesmo em tempos de inflação – no país, os preços de hospedagem estão altíssimos.

Por isso, Las Vegas é uma excelente oportunidade para investir naquele hotel de luxo, pois por US$ 150 por dia já dá para encontrar opções incríveis. Por outro lado, há propriedades menos luxuosas, mas também sofisticadas, a partir de US$ 50 a diária.

Mas tome cuidado, em Vegas, é cobrada uma taxa de resort, que pode chegar a US$ 40 por dia. Esse valor inclui coisas como uso da academia e Wi-Fi. No entanto, não é opcional. O pagamento é obrigatório.

Em mina última visita, na qual consegui uma super promoção para o Westgate Las Vegas, paguei em taxa de resort e impostos o mesmo que desembolsei pelas diárias. Além disso, tome cuidado com a empolgação. Apesar dos hotéis mais em conta, tudo em Las Vegas é caríssimo. Até o tradicional hambúrguer.

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O que fazer em Las Vegas

O coração de Las Vegas é a Strip, onde estão os principais hotéis da cidade. Cada um não é apenas uma opção de hospedagem: são verdadeiras atrações turísticas. Certamente, você não ficará restrito ao local que escolheu. Visitará também os outros resorts.

Os principais programas turísticos em Vegas são eles. Não dá para passar pela cidade, especialmente em uma primeira visita, sem ver o show de águas no Bellagio, a reprodução de Roma no Caesars Palace ou as da Cidade luz e de Nova York nos resorts Paris e New York New York, respectivamente.

Isso sem contar os canais de Veneza reproduzidos no complexo formado pelo The Venetian e o Palazzo. Mas não é só de atrações de hotéis que vive Las Vegas. Um dos programas imperdíveis é visitar o Grand Canyon. De carro ou ônibus (entre uma hora e meia e duas horas de viagem), se chega à parte oeste, com opção de passar pela impressionante barragem da represa Hoover (Hoover Dam). Você pode até não saber, mas já deve ter visto muitas vezes esse local no cinema.

Caesars Palace tem inspiração italiana em Las Vegas
Caesars Palace tem inspiração italiana

Dá também para pagar o passeio de helicóptero e ir até o Grand Canyon sul, que é mais impressionante que o oeste. A formação rochosa natural fica, na verdade, no Estado de Arizona, vizinho a Nevada.

Outra boa pedida em Las Vegas é fazer compras. As lojas mais exclusivas do mundo estão espalhadas pela Strip, em locais como o shopping Crystals, o Bellagio e o complexo de resorts formado pelo Encore e o Wynn. Se alta costura e grifes europeias não são o seu objetivo, a cidade tem dois grandes outlets que valem a visita.

Festa em Vegas

Mas gastronomia e vida noturna são mesmo os destaques de Las Vegas. Restaurantes dos chefes mais renomados do mundo têm filiais espalhadas pelos hotéis da cidade, que oferecem também seus bares e casas noturnas.

Muitos investem em salas de espetáculos: o Cirque du Soleil é um clássico, e astros do pop estão quase sempre em cartaz. Outra peculiaridade de Vegas são as pool parties, as famosas festas nas piscinas dos hotéis. Ganham força entre abril e outubro, quando o clima quente é praticamente uma certeza (em outros meses, pode fazer frio na cidade).

Entendendo Las Vegas

Durante a tarde, o legal mesmo é caminhar pela Strip e ir entrando de hotel e hotel, principalmente em uma primeira visita. Você vai caminhar bastante, e o calor pode ser um sofrimento, especialmente de maio a setembro.

Por outro lado, a maior parte dos hotéis está interligada por passagens. Com isso, poucas vezes você terá de passar muito tempo caminhando pela Strip.

The Venetian em Las Vegas
The Venetian

Para se locomover em Las Vegas sem precisar andar demais, há o monorail (trem suspenso). Ele interliga os hotéis do norte ao sul da Strip, mas “pula” algumas paradas – como no Encore/Wynn e no The Venetian/Palazzo. Para não-moradores, o bilhete custa US$ 5 (cerca de R$ 25). Dá para amenizar os gastos comprando um ticket para vários dias.

Outras opções são táxi, bem abundantes em Las Vegas, e serviços de carros particulares como Uber e Lift (bem popular nos Estados Unidos). Aqui, a dica é cadastrar no app seu cartão de débito internacional (se tiver) para não pagar spread cobrado pelos bancos tradicionais e o alto IOF dos cartões de crédito.

O epicentro

Já me hospedei em vários locais de Las Vegas, e cheguei à conclusão que a melhor opção é estar no local que chamo de epicentro da Strip. É a área entre as avenidas Tropicana e Flamingo. Nela, você encontrará opções como os complexos MGM Grand/Park MGM, Planet Hollywood, Aria/Vdara/Cosmopolitan/Waldorf Astoria e Caesars/Bellagio.

Com a hospedagem no epicentro, divida seu tour pelos hotéis em dois dias. Em um deles, vá ao norte, para ver o Paris, o The Venetian, o Wynn/Encore e o Resorts World. Este é o mais novo complexo de Las Vegas. Formado por Conrad, Hilton e Crockfords, se destaca pelo luxo e as dimensões do cassino.

Bellagio e Caesars Palace em Las Vegas
Bellagio e Caesars Palace

Ao sul, há temáticos como Luxor e Excalibur, e luxuosos como Delano e Four Seasons. Outra vantagem do epicentro é a chance de, na maior parte dos dias da visita, estar mais próximo de seu quarto após o jantar, bar ou balada.

Claro que há sempre a chance de desfrutar essas atividades da vida noturna em um hotel ao sul ou norte. Porém, fica mais tranquilo ir conhecer um dos hits gastronômicos de Las Vegas, o Top of the World, no The Strat (ao norte), estando no Aria, ao centro, que no Four Seasons, no extremo sul.

Dicas sobre hotéis

Com isso em mente, ficam agora as dicas de hospedagem de acordo com o perfil e prioridades do viajante. Se o epicentro é bom para deslocamentos rápidos, não é tão legal para quem quer, por exemplo, fugir das ruas lotadas.

Então, escolha os seguintes hotéis se você:

Quer exclusividade, luxo e serviços personalizados – Waldorf Astoria, Four Seasons

Quer um hotel luxuoso com preços mais acessíveis – Hilton e Conrad (Resorts World), Caesars Palace, Nobu, The Cromwell.

Está em Las Vegas pelas compras de luxo – Complexo Aria/Vdara/Cosmopolitan/Waldorf Astoria (shopping Crystals), Bellagio, Encore/Wynn.

Wynn e Encore

Odeia hotéis temáticos – Complexo Aria/Vdara/Cosmopolitan/Waldorf Astoria, Four Seasons, Delano, Resorts World.

É fã de hotéis temáticos – Caesars, The Venetian, Paris, New York, New York, Treasure Island.

Não gosta do clima dos cassinos – Vdara, Four Seasons, Trump.

Quer aproveitar as melhores opções gastronômicas sem sair do resort – MGM Grand, Aria, Bellagio/Ceasers, Wynn/Encore, The Venetian.

Pretende passar a maior parte do tempo no cassino – Bellagio, Caesars, MGM Grand, Resorts World.

Paris Las Vegas
Paris Las Vegas

Vai a Vegas pelas baladas e pools parties – Aria, Cosmopolitan, Encore/Wynn.

Visita a cidade para um evento no centro de convenções – Westgate (tem ligação direta com o espaço), Wynn/Encore, Resorts World, SpringHill Suítes by Marriott (em frente ao pavilhão oeste).

Restaurantes que indico

Top of the World – tem vista panorâmica para a Strip e um menu de vários passos que está fazendo sucesso em Las Vegas. Fica no The Strat.

Brasserie Bardot – o melhor francês de Las Vegas. Está no Aria.

Catch – tem unidades em Los Angeles e Nova York e é conhecido pelos jantares com alta dose de agito. Também no Aria.

Joel Robuchon – o renomado chefe francês tem dois restaurantes lado a lado no MGM Grand, um casual e outro sofisticado. Ambos são muitos concorridos. Não se esqueça de fazer reserva.

Grand Canyon: passeio imperdível a partir de Las Vegas

Edge Steakhouse – No despretensioso Westgate, é um dos melhores restaurantes de carnes de Las Vegas, e oferece um steak tartare inesquecível.

Nobu – os fãs de culinária japonesa não podem deixar de experimentar um dos melhores do mundo. Fica no hotel de mesmo nome, dentro do Caesars.

Não recomendo – Cipriani, no Wynn/Encore. Muito famoso em Nova York, deixa bastante a desejar na qualidade dos pratos em Las Vegas. Só tem preço (alto).

Emiliano Rio

Emiliano promove experiência personalizada de bem-estar no Rio

É difícil escolher o que me impressionou mais no hotel Emiliano do Rio de Janeiro, segunda propriedade da marca nascida em São Paulo. As vistas são sem dúvidas espetaculares e a qualidade gastronômica em seus dois restaurantes, esplêndida.

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A localização também é privilegiada, especialmente para um dos principais públicos-alvos do hotel, os estrangeiros. A Suíte Ocean Spa, de 90 metros quadrados, é um capítulo à parte. A suíte tem como foco privilegiar a saúde física e mental dos hóspedes em um cenário cotidiano cada vez mais conturbado e estressante.

O Emiliano é um dos símbolos do fortalecimento da hotelaria de alto luxo no Rio de Janeiro, que vem ganhando cada vez mais espaço na capital fluminense. Junto com o tradicional Copacabana Palace e com o moderno Fasano, forma a tríade dos hotéis mais sofisticados do Rio.

Hospedei-me na suíte Ocean Spa do Emiliano no início de fevereiro e aproveitei também vários outros aspectos do hotel, como a gastronomia. Aqui, divido com vocês como foi minha experiência.

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Localização e design do Emiliano

O posto 6 é um dos mais badalados da Praia de Copacabana, o coração do Rio de Janeiro. Quando o assunto é público brasileiro, o alvo do Emiliano certamente prefere locais como Ipanema e Leblon. Copacabana já viveu dias de mais glamour, ainda não retomados.

No entanto, não é apenas a praia mais famosa do Rio, como também a do Brasil. Por isso, é o ponto mais procurado por estrangeiros que visitam o Brasil – e formavam boa parte do grupo de hóspedes do Emiliano em meu período de hospedagem.

Sala de visitas e palco de shows intimistas para os hóspedes - Hotel Emiliano
Sala de visitas e palco de shows intimistas para os hóspedes

O hotel ocupa o lugar em que antigamente havia uma casa pertencente à República da Áustria, na Avenida Atlântica (em frente à Praia de Copacabana). O imóvel original foi colocado abaixo. Por isso, o Emiliano nasceu do zero, sem preservar partes da antiga construção.

Inaugurado em 2017 e com projeto de Arthur Casas, o edifício tem a parte externa revestida por um painel branco que o arquiteto descreve como uma “pele”. O objetivo foi quebrar a continuidade dos blocos de concreto ao redor da orla, dando destaque ao Emiliano.

Morro do Pão de Açúcar é onipresente - Hotel Emiliano
Morro do Pão de Açúcar é onipresente

Por dentro, o design moderno tem inspiração na orla de Copacabana, criada por Burle Marx. Mais especificamente, em um painel do paisagista que está exposto no hotel. Na prática, o visual é contemporâneo e minimalista, seguindo o exemplo da matriz, em São Paulo.

Por todo o hotel, as vistas da praia, do Morro do Pão de Açúcar e do Forte de Copacabana estão presentes. Eles podem ser vistos em locais como as suítes e apartamentos frente mar, a piscina e a pequena academia.

Bares, restaurantes, piscina

A recepção do Emiliano Rio é bem intimista, e o atendimento personalizado começa já no estacionamento. Ao descer do carro, o funcionário do hotel já me chamou pelo nome, algo que se repetiu durante toda a estadia. Após um rápido check-in, fiz um tour pelo hotel, que tem 90 apartamentos e suítes, com o Lacerda, chefe da mordomia.

Logo na entrada há um bar de coquetéis e, atrás dele, a belíssima adega. Em seguida, está o restaurante Emile, já eleito o melhor francês do Rio de Janeiro. Em sua área externa, há um jardim vertical. Comandado pelo chef Camilo Vanazzi, tem café da manhã a la carte com seleção de pães, frutas, sucos naturais, doces e pratos quentes (R$ 120).

Restaurante Emile, no Emiliano
Emile

Também é famoso por seu brunch com vários passos (R$ 287). Durante a semana, o almoço executivo sai por R$ 85 com entrada e prato principal e vai a R$ 98 com sobremesas. Eu optei por um delicioso tartar e um peixe com aspargos (que não estava legal de apresentação, mas esplêndido de sabor).

Ainda no primeiro piso há uma sala em que os hóspedes podem receber seus convidados. Em algumas noites, funciona como bar e tem shows de música ao vivo. Já recebeu nomes como a saudosa Elza Soares.

No rooftop está um dos destaques do Emiliano, a piscina em forma de L com borda infinita e deck molhado (apenas para hóspedes). À noite, a partir das quartas-feiras, o bar da piscina se transforma em um restaurante também comandado por Vannazi, e aberto a não-hóspedes.

Restaurante no rooftop do hotel Emiliano
Restaurante no rooftop

Por ali, o investimento é a gastronomia saudável e os carros-chefes, pratos que combinam alguns elementos brasileiros a frutos do mar. Não deixe de provar a lagosta balotinada grelhada.

Suíte dentro do spa

No 12º e penúltimo andar estão a academia e o Spa Santapele, marca que também dá nome aos produtos oferecidos como amenities nos apartamentos e suítes, exclusivos do Emiliano. E as duas suítes Spa.

Elas ficam literalmente dentro do spa do hotel, e todos os tratamentos podem ser feitos sem que o hóspede saia de sua acomodação. Alguns já estão incluídos. Entre eles, um escalda-pés e uma massagem de cortesia de 30 minutos.

Caixa barra ondas eletromagnéticas de smartphones

Antes da massagem, a chefe do spa, Brisa, foi conversar comigo e fez perguntas sobre meu estilo de vida e necessidades, para decidir qual seria o tratamento ideal para mim. Enquanto isso, o chefe da mordomia desfazia minha mala e organizava meus itens no armário.

Ao entrar na suíte, já havia música ambiente e um presente concedido a todos os hóspedes do Emiliano, independente da categoria de hospedagem. No meu caso, uma bolsa de praia da Havaianas. Outro destaque é um compartimento que barra as ondas eletromagnéticas dos smartphones, um convite a deixar o aparelho de lado por um tempo e relaxar sem necessariamente se desconectar de eventuais chamadas urgentes.

O bem-estar é prioridade. Por isso, há atividades exclusivas para o hóspede. Eu escolhi uma aula de yoga, também feita dentro da própria acomodação. No balcão, havia material da pintura, outra atividade relaxante. Um convite a captar a belíssima paisagem à frente.

Outro toque incrível de atendimento personalizado vem da equipe do spa, que está à inteira disposição dos hóspedes dessas duas suítes. Eles atuam como uma segunda recepção. Ofereceram a mim participar de algumas atividades na praia disponíveis para os hóspedes: stand-up paddle, canoa havaiana e beach tennis. Escolhi a última, pois o mar não estava dos mais calmos no período.

A suíte Ocean Spa

Das duas suítes do spa, uma delas apenas é frente mar, a Ocean. As diárias são de R$ 5.750 e a vista, espetacular. Está dividida em quatro ambientes, além do balcão. O hall, com iluminação baixa, é para os tratamentos oferecidos pela equipe do spa, como massagem.

Em seguida, há uma antessala, separada do quarto por uma porta de correr – os dois ambientes têm TV. Quando o hóspede se cansa da vista, é só acionar a cortina blaclout automática.

A organização dos travesseiros verticais é uma assinatura do Emiliano, e eles são de pluma de ganso húngaro. Na cama king, os lençóis são de 400 fios, feitos com algodão egipício. Dos 90 m² da suíte, 30 m² pertencem ao quarto ambiente, o banheiro em formato retangular.

Em uma das extremidades está o box com ducha com efeito chuva e cascata, ao lado da jacuzzi. Por ali, há uma porta de vidro que dá acesso ao balcão e à mesma vista que domina todo o hotel.

Os hóspedes da suíte podem solicitar à equipe do spa a preparação de banhos aromáticos na jacuzzi. Ao lado do box, há uma pia dupla e os armários e, no fundo, uma segunda área.

Nela, o hóspede encontra um vaso sanitário japonês, outra pia e uma sauna úmida exclusiva. Na sauna, há uma segunda ducha. Se há alguma crítica a toda a experiência no Emiliano, ela fica apenas para a iluminação fraca dessa parte do banheiro.