O que virá?

Em tempos de mudanças de governos, temos percebido em nossas andanças, já há algum tempo, uma transformação na atuação dos atores públicos e nos empresários de turismo do Brasil. A sensação é de que os governos (federal, estadual ou municipal) estão cada vez menos atuantes no campo do turismo. Por uma lado há a junção da pasta com outros setores como cultura, esportes, e até cidades; por outro, diante dos déficits fiscais, há a diminuição de orçamentos dedicados ao setor. E percebemos, ainda, casos de indicação partidária com perfis totalmente inadequados para o turismo.

Nesse cenário, como fica a atuação do setor privado e das entidades de turismo? Todos em xeque. Com a dependência histórica das verbas, e das atuações descontínuas dos governos, os empresários ainda não encontraram um caminho de atuação independente e forte. Não há ações conjuntas numa indústria já fragmentada por natureza; há, muitas vezes, entidades com pouca representatividade e que não inovam na forma de fazer o associativo.

Queremos ser uma indústria forte? Queremos fazer lobby? Fica a minha reflexão, na torcida para que empresários do turismo brasileiro, dos diversos segmentos, possam liderar mais os processos ligados à promoção e comercialização de produtos e destinos turísticos.

 

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Jeanine Pires

Apaixonada pela indústria de viagens e turismo, há 31 anos atua como líder do setor no Brasil e no exterior. Já Presidiu e foi Diretora da EMBRATUR entre 2003 e 2010; é Diretora da Pires Inteligência em Destinos e, no final de 2022, entrou para a CVC Corp como Diretora de Alianças e Relações Governamentais. Jeanine foi Co-fundadora da startup ONER Travel em 2020 e já atuou como Presidente do Conselho da Fecomércio São Paulo e da WTM Latin America. Com formação e especialidade em marketing de destinos e economia do turismo, Jeanine faz palestras, cursos e consultorias.

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