Por que o brasil (e o turismo) precisa de mais mulheres no poder?

No próximo domingo, dia 6 de outubro, o Brasil realizará as eleições municipais, um momento crucial para renovar os representantes das prefeituras e Câmaras Municipais. Hoje, às vésperas de exercer meu voto me perguntei sobre o turismo e sobre as mulheres. Logo percebi que a representatividade feminina ainda é uma questão crítica tanto na política quanto no turismo. Somos a maioria da população brasileira e estamos cada vez mais presentes em vários segmentos econômicos, mas nossa participação nos espaços de poder e decisão ainda está muito longe da igualdade.

 Mulheres na Política: Um Caminho de Desafios

Nas eleições de 2020 e 2026 apenas 12% dos prefeitos eleitos eram mulheres. Vereadoras, somente16% dos eleitos foram mulheres, ainda muito distante da equidade de gênero desejada. Isso demonstra que, apesar da cota de gênero, a realidade política brasileira continua marcada por barreiras estruturais e culturais que dificultam a presença feminina.

Esse cenário de desigualdade reflete a posição internacional do Brasil em termos de representatividade feminina. Hoje, em 2024, nós estamos na 132ª posição no ranking global de mulheres no legislativo, atrás de países conhecidos por regimes autoritários, como a Coreia do Norte e a Arábia Saudita. Embora a legislação tenha sido ampliada ao longo dos anos para incluir medidas de incentivo, como a destinação de 30% dos recursos do Fundo Eleitoral para candidaturas femininas, isso ainda não resultou em uma mudança significativa no equilíbrio de poder.

 Turismo: Protagonismo Feminino, mas com Desafios

O setor de turismo é uma das áreas em que as mulheres têm uma presença considerável. Nós representamos 49% da força de trabalho na área aqui no Brasil, ocupamos diversos tipos de funções ligadas ao esteriótipo feminino de “cuidar”, “arrumar”, “servir”. Mas muito longe do “chefiar”, “liderar”.

Um estudo do World Travel & Tourism Council – WTTC, revelou que 57% das agências de viagens e operadoras de turismo são lideradas por mulheres, uma realidade que foge aos estereótipos tradicionais de gênero e merece mais investigação. Ainda assim, essas mesmas mulheres enfrentam dificuldades para ascender a cargos de liderança e obter remunerações equivalentes às de nossos colegas homens. A desigualdade salarial e a segregação de gênero no turismo são reflexos de um problema maior que também se verifica na política.

Além disso, embora nós, mulheres, tenhamos níveis de escolaridade superiores aos dos homens no setor de turismo, somos sub-representadas em cargos estratégicos e de poder, tanto nas empresas privadas quanto no governo; o que foi detalhado em estudo publicado na Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo. Esse cenário ilustra como, mesmo em um setor em que as mulheres são a maioria, as estruturas atrasadas ainda limitam nosso protagonismo.

 O Desafio da Igualdade

Para mitigar essas desigualdades, é fundamental que se promovam políticas públicas que incentivem não só a participação, mas também a permanência e ascensão das mulheres em todos os setores. No caso da política, é crucial garantir que as candidaturas femininas não sejam apenas formais, mas recebam apoio real para se tornarem competitivas. No turismo, é necessário criar condições mais favoráveis para que as mulheres possam equilibrar carreira e família, e que as empresas e governos estejam comprometidos com a promoção de igualdade de gênero. Além disso, temos que apostar na liderança feminina em cargos de empresas, entidades e associações. 

 Perspectivas Futuras

A participação das mulheres na política e no turismo no Brasil revela um panorama de avanços e desafios. Nós já conquistamos espaços, seja por meio de leis ou de nossas próprias iniciativas, mas o caminho para a equidade de gênero ainda é longo. No próximo domingo, as eleições municipais mais uma vez evidenciarão o quanto ainda é necessário fazer para garantir uma representatividade justa e inclusiva.

Para que as mulheres tenham mais protagonismo na política e no turismo, é essencial que os esforços para eliminar as desigualdades de gênero sejam constantes e eficazes. O Brasil precisa reconhecer que a inclusão feminina é vital para uma sociedade mais justa e democrática. A eleição de 2024 representa mais uma oportunidade para repensar a participação das mulheres nos espaços de poder. Somente com políticas inclusivas e o enfrentamento de preconceitos e estereótipos é que será possível garantir que as mulheres ocupem o lugar de líderes e não de coadjuvantes.

saiba como os Mercados Emergentes Redefinem o Turismo Global

O turismo global é um dos principais motores da economia mundial, influenciando o crescimento econômico, a criação de empregos e a interculturalidade. Recentemente, o setor tem mostrado uma impressionante capacidade de resiliência e inovação, após enfrentar desafios sem precedentes durante a pandemia. O retorno às viagens em massa nos últimos anos revela uma série de tendências que moldarão o futuro dos fluxos turísticos globais e sua contribuição para o desenvolvimento sustentável. Essas são as conclusões do WTTC – World Travel & Tourism Council em seu último relatório que passamos a mencionar a seguir.

A hegemonia americana e a ascensão dos mercados emergentes

Os Estados Unidos permanecem como o mercado mais poderoso no setor de viagens e turismo, com uma contribuição histórica para sua economia. No entanto, por mais que o mercado americano ainda esteja no topo, é impossível ignorar o crescimento vertiginoso de outras potências, especialmente nos mercados emergentes. A China, que antes de 2020 era vista como uma força em ascensão, reafirmou sua posição como uma das maiores potências do turismo mundial, mesmo com o impacto das restrições prolongadas de viagens durante a pandemia. Hoje, a China ocupa a segunda posição global, e projeções apontam que, nos próximos dez anos, deve ultrapassar os EUA, tornando-se o maior mercado de turismo do planeta.

Mas não é apenas a China que está mudando o cenário global. A Índia também se destaca cada vez mais no turismo, ocupando agora uma posição de destaque no top 10 mundial. Seu crescimento constante no setor reflete não apenas o aumento das viagens domésticas, mas também o crescente apelo do país como destino para visitantes internacionais. O papel desses mercados emergentes evidencia uma mudança estrutural nos fluxos turísticos, com uma redistribuição do poder econômico global.

Esses dois países, China e Índia, representam uma transformação significativa no turismo global, não apenas em termos de números, mas também na forma como moldam o futuro das viagens. O turismo, que por décadas foi dominado por destinos ocidentais, está se tornando cada vez mais multipolar, com destinos na Ásia, África e América Latina ganhando terreno.

Redescoberta de destinos tradicionais e o apelo de novos locais

Embora os destinos tradicionais como França, Itália e Espanha continuem a ser pontos de destaque no turismo global, estamos observando uma diversificação dos interesses dos turistas. Muitos viajantes estão buscando destinos menos conhecidos, impulsionados pela busca por experiências autênticas, culturais e naturais. Países como o Quênia, Egito e Colômbia, por exemplo, têm visto um aumento expressivo nos fluxos de visitantes, à medida que se posicionam como destinos únicos e autênticos, longe do turismo de massa.

A ascensão desses destinos reflete uma mudança no comportamento dos viajantes, que agora buscam não apenas conforto e conveniência, mas também conexão com culturas locais, biodiversidade e experiências que vão além do comum. Essa tendência está diretamente associada ao fortalecimento de políticas de sustentabilidade, que promovem o ecoturismo, o turismo de aventura e as viagens voltadas à preservação do meio ambiente.

Sustentabilidade como eixo central do futuro do turismo

A sustentabilidade já não é apenas uma palavra da moda no setor de viagens; ela se tornou um eixo central nas estratégias das principais economias turísticas. Com o aumento do turismo em destinos naturais e culturais, há uma preocupação crescente em proteger esses ativos, assegurando que as gerações futuras também possam desfrutar dessas experiências.

A dissociação entre o crescimento do turismo e o aumento das emissões de gases de efeito estufa é um dos objetivos mais ambiciosos do setor. Países ao redor do mundo estão investindo em infraestrutura mais verde, incluindo transportes menos poluentes, eficiência energética em hotéis e atrações turísticas, além de incentivar o turismo responsável por meio de políticas de conscientização.

Além disso, o setor também está se tornando mais inclusivo. Destinos estão cada vez mais promovendo a inclusão de comunidades locais na cadeia de valor do turismo, gerando empregos e oportunidades para grupos historicamente marginalizados, como mulheres, jovens e minorias étnicas. Essa abordagem não só ajuda a desenvolver a economia local, mas também proporciona aos viajantes uma experiência mais autêntica e significativa.

O papel da tecnologia na transformação da experiência de viagem

A tecnologia desempenha um papel fundamental na redefinição do turismo moderno. A inteligência artificial (IA), por exemplo, está transformando a forma como os viajantes planejam, reservam e experimentam suas viagens. Aplicações de IA permitem recomendações personalizadas de destinos, facilitam a logística de viagens e melhoram a experiência do cliente por meio de assistentes virtuais e serviços de concierge.

Além disso, a digitalização de passaportes e vistos, a adoção de tecnologias de pagamento sem contato e a expansão do turismo virtual (com o uso de realidade aumentada e virtual) também estão alterando profundamente a maneira como as pessoas viajam. Essas inovações não apenas melhoram a eficiência e a conveniência das viagens, mas também criam oportunidades para novas formas de interação e imersão nos destinos.

A recuperação dos gastos dos viajantes internacionais

Mesmo com a retomada dos fluxos turísticos globais, os gastos dos turistas internacionais ainda estão em processo de recuperação em muitas regiões. Países como Arábia Saudita, Turquia e Quênia lideram a recuperação, com aumentos significativos nos gastos em relação aos níveis pré-pandemia. Esses números, embora impactantes, refletem uma nova era de investimentos em infraestruturas turísticas e promoção internacional, o que tem atraído visitantes de mercados diversificados.

Esse retorno é alimentado por um aumento na confiança dos viajantes e pela flexibilidade proporcionada pelos destinos, que têm trabalhado para remover barreiras às viagens, seja através da flexibilização de restrições sanitárias ou pela introdução de políticas de incentivo ao turismo.

Fique de olho

O turismo global está entrando em uma nova fase, marcada pela resiliência, inovação e mudanças nos padrões de fluxo de visitantes. A hegemonia de destinos tradicionais está sendo desafiada pela ascensão de novos mercados, e o foco em sustentabilidade e inclusão promete moldar o setor nas próximas décadas. O futuro do turismo está cada vez mais conectado com a tecnologia e o desenvolvimento sustentável, com potencial para transformar as viagens em uma força ainda mais poderosa para a economia global.

Você quer turistas em sua cidade? Por que?

Neste episódio, vamos explorar um dos temas mais debatidos na vibrante cidade de Barcelona: o impacto do turismo na economia local e na vida dos residentes. Esse é um problema dos destinos turísticos do Brasil? Como enfrentá-los desde já?

Sabemos que o turismo continua a ser visto como a principal fonte de riqueza para a cidade. No entanto, a percepção sobre seus benefícios e desvantagens tem mudado ao longo dos anos. Analisamos as diferenças de opinião entre moradores, empresários e lideranças destacando como esses grupos percebem a importância do turismo e os desafios enfrentados. Exploraremos os benefícios econômicos que o turismo traz e as críticas crescentes sobre os aspectos negativos, como o aumento dos preços e a ocupação de espaços públicos.

Quero muito ouvir sua opinião, como sua cidade tem vivido questões similares?

TURISMO SUSTENTÁVEL: UMA CONVERSA URGENTE COM A BRAZTOA


Olá, hoje trago um tema fascinante e crucial para o futuro do turismo: a sustentabilidade. Em um episódio recente do HUB Turismo, eu (Jeanine Pires) conversei com Marina Figueiredo, Presidente Executiva da BRAZTOA, sobre as iniciativas sustentáveis no setor de turismo. Vamos explorar os pontos-chave dessa conversa inspiradora e entender como a sustentabilidade está moldando o futuro das viagens.

A Importância da Sustentabilidade no Turismo

Marina destaca que a sustentabilidade é um tema fundamental e urgente. A Associação Brasileira dos Operadores de Turismo (Braztoa) incorporou a sustentabilidade como uma diretriz transversal em todas as suas decisões, buscando promover práticas sustentáveis entre seus associados e no setor de turismo como um todo. Esta abordagem visa não apenas reduzir impactos ambientais, mas também fomentar a justiça social e a viabilidade econômica.

Braztoa: Pioneirismo e Compromisso

A Braztoa, ao longo de quase duas décadas, tem liderado iniciativas que promovem a sustentabilidade. Em 2023, a entidade tornou-se 100% carbono neutro, um marco significativo que envolve não apenas seus eventos, mas todas as suas atividades. Este é um exemplo claro de como uma organização pode liderar pelo exemplo, incentivando outras empresas a seguirem o mesmo caminho.

O Prêmio Braztoa de Sustentabilidade

Uma das principais ferramentas da Braztoa para incentivar práticas sustentáveis é o Prêmio Braztoa de Sustentabilidade. Com 12 anos de existência, este prêmio é reconhecido pela Organização Mundial do Turismo (OMT) e serve como um estímulo para a cadeia do turismo adotar práticas mais sustentáveis. O prêmio visa incentivar a responsabilidade ambiental, a justiça social e a viabilidade econômica, promovendo produtos e serviços sustentáveis que podem servir de exemplo para outros.

Impacto do Prêmio no Setor de Turismo

Marina ressalta que o prêmio não apenas reconhece as melhores práticas, mas também oferece visibilidade às iniciativas sustentáveis, inspirando outras empresas a adotarem práticas semelhantes. Ao longo dos anos, quase 1000 iniciativas foram inscritas, com 105 sendo reconhecidas e premiadas. Esse reconhecimento é fundamental para manter as empresas motivadas e engajadas na busca por soluções sustentáveis.

Casos de Sucesso e Exemplos Inspiradores

Marina compartilhou alguns exemplos de sucesso, como o de Zé Fernandes, um empresário pioneiro em práticas sustentáveis que ganhou o prêmio três vezes e agora faz parte do corpo de jurados. Outros exemplos incluem empresas como a BWT, HC Tur e a CVC, que são recorrentes em suas práticas inovadoras e sustentáveis.

Iniciativas Recorrentes e Seu Impacto

As práticas mais comuns entre os premiados incluem a neutralização de carbono, inclusão social e experiências turísticas voltadas para a sustentabilidade. Estas práticas não só ajudam a reduzir os impactos negativos, mas também promovem o desenvolvimento econômico das comunidades locais, proporcionando experiências autênticas e responsáveis para os turistas.

Ouça também o Episódio sobre a PEC DAS PRAIAS

Desafios e Oportunidades

Apesar dos avanços, Marina reconhece que o setor de turismo ainda enfrenta desafios significativos. A crise climática, por exemplo, impacta diretamente destinos turísticos e, consequentemente, a economia local. Um exemplo recente é a situação no Rio Grande do Sul, onde a crise climática afetou gravemente o turismo em Gramado, uma cidade que depende majoritariamente desse setor.

O Papel do Turismo na Agenda Climática

O turismo tem um papel duplo como vilão e herói na agenda climática, de acordo com Marina. Enquanto gera impactos inevitáveis, também possui um potencial enorme para promover práticas sustentáveis e regenerativas. A COP 30, que será realizada no Brasil, é uma oportunidade única para o país mostrar seu compromisso com a sustentabilidade e o papel do turismo nesse contexto.

Conclusão: Um Chamado à Ação

Marina conclui a conversa destacando que a sustentabilidade no turismo não é mais uma opção, mas uma necessidade. Através de iniciativas como o Prêmio Braztoa de Sustentabilidade, o setor pode continuar a avançar em direção a um futuro mais justo, viável e ambientalmente responsável.

O convite para inscrição no prêmio permanece aberto, incentivando todos os envolvidos no setor de turismo a participar e contribuir para um futuro mais sustentável. Para mais detalhes sobre o prêmio e como se inscrever, visite o site da Braztoa e acompanhe as próximas edições do HUB TURISMO PODCAST para mais discussões inspiradoras sobre sustentabilidade.


Espero que este artigo ajude a entender a importância da sustentabilidade no turismo e inspire ações concretas em direção a um futuro melhor. A sustentabilidade é uma jornada contínua, e cada passo conta!

Até a próxima! Ouça o Episódio completo abaixo:


WEF: BRASIL É 110 NO RANKING DE SEGURANÇA GLOBAL DO TURISMO

O Fórum Econômico Mundial (WEF) apresenta desde 22007 o Índice de Desenvolvimento de Viagens e Turismo (TTDI). O TTDI mede e avalia uma série de fatores e políticas que promovem o desenvolvimento sustentável e resiliente do setor de Viagens e Turismo (T&T), essencial para o crescimento econômico dos países.

Recentemente foi lançado o Relatório de 2024 com muitos dados e análises essenciais para nosso setor de turismo. A importância desse documento está em sua utilização e nos impactos que pode ter em decisões de investimentos públicos e privados, e, essencialmente, no futuro do setor. 

O TTDI tem como objetivos facilitar a comparação entre países, destacando o progresso em áreas-chave do desenvolvimento do turismo; orientar políticas e decisões de investimento; fornecer insights sobre as forças e áreas que necessitam de melhorias em cada país; oferecer uma visão abrangente da economia do turismo, incluindo facilitadores internos e externos e suas interdependências; e, servir como uma plataforma para o diálogo entre diversas partes interessadas, facilitando a formulação de políticas e ações em diferentes níveis.

PRINCIPAIS CONCLUSÕES PARA O BRASIL

Estamos em 26º. lugar no ranking global de 119 países, que resume a média de todos os pilares analisados, veja a lista abaixo:

Índice de Desenvolvimento do Setor de Viagens e Turismo 2024 – ranking geral

Nossas principais fortalezas e fraquezas

Existem muitos indicadores que são analisados, vamos destacar aqui os 5 principais fatores positivos e negativos (pontos a melhorar) analisados no relatório.

Performance do Brasil em 2024

Vamos ver nossa posição em cada Pilar no ranking global. Nesse item o que se destaca do Brasil são os recursos da atividade turística. São 4 eixos que podemos destacar como muito positivos no cenário mundial. Os recursos naturais (5ª. posição), os impactos socioeconômicos do turismo (9ª. posição), os recursos culturais (11ª. posição), e as atividades que não são de lazer.

Já os aspectos negativos são em maior número e mais impactantes. Nossa pior posição é no item segurança (110ª.), seguido da estrutura terrestre e portuária (98ª.) junto com o ambiente de negócios(98ª). Seguem depois os seguintes aspectos: priorização do turismo nas políticas públicas (79ª.), saúde e higiene (75ª), recursos humanos e força de trabalho (72ª.) junto com serviços e infraestrutura turística (72ª.); por fim o tema de preparação do ambiente de tecnologia da informação, que estamos em 63. posição.

Seguiremos nas análises em post adiante. O que você pode ajudar a analisar?

APÊNDICE:

A captura as condições gerais necessárias para operar e investir em um país e consiste em cinco pilares:

– Ambiente de Negócios: Este pilar capta a extensão em que o ambiente político de um país é propício para as empresas realizarem negócios e investirem.

– Segurança: Este pilar mede a extensão em que um país expõe locais, turistas e empresas a riscos de segurança.

– Saúde e Higiene: Este pilar mede a infraestrutura de saúde, acessibilidade e segurança sanitária.

– Recursos Humanos e Mercado de Trabalho: Este pilar mede a disponibilidade de funcionários qualificados e o dinamismo, resiliência e igualdade do mercado de trabalho, bem como o nível de proteção dos trabalhadores. Ele consiste nos subpilares Qualificação da Força de Trabalho, Dinâmica do Mercado de Trabalho e Resiliência e Igualdade do Mercado de Trabalho.

– Situação da Tecnologia: Este pilar mede a disponibilidade e uso da infraestrutura de tecnologia da informação e comunicação e serviços digitais.

Impacto da Divulgação de Documentos do Google no Turismo e Viagens

O mundo do marketing digital está agitado depois da divulgação de milhares de documentos que revelam detalhes sobre o algoritmo de classificação do Google, conforme divulgado pela SmartTravel. Este algoritmo é crucial para a visibilidade de sites de hotéis, agências de viagens e empresas de turismo nos resultados de busca. Fontes anônimas confirmaram a autenticidade desses documentos, e o Google também confirmou a veracidade. 

As revelações sobre o algoritmo do Google são uma oportunidade para empresas de turismo e viagens melhorarem seu posicionamento. A chave está em entender e aplicar estratégias adequadas de SEO, garantindo que o conteúdo seja relevante e atualizado, proporcionando uma melhor experiência ao usuário. 

Informações Relevantes para Empresas de Turismo 

Empresas de turismo devem focar em estratégias de SEO específicas para melhorar sua visibilidade online e atrair mais visitantes. Primeiro, é essencial investir em uma pesquisa de palavras-chave eficiente para identificar termos relevantes que potenciais clientes utilizam ao buscar por serviços turísticos. Otimizar o conteúdo on-page, incluindo títulos, descrições e imagens, para garantir que essas palavras-chave estejam presentes e bem distribuídas nas páginas do site.  

Além disso, a presença digital deve ser fortalecida através da otimização de perfis em plataformas como o Google Meu Negócio. Manter informações atualizadas, coletar e responder avaliações de clientes são passos importantes para melhorar a classificação local nas buscas do Google, o que é crucial para atrair turistas que estão buscando serviços em áreas específicas. Por fim, a construção de backlinks de qualidade e a colaboração com influenciadores e blogs de viagem podem aumentar a autoridade do site e melhorar o posicionamento nos resultados de busca. 

Quais as diferenças entre o que se achava antes e depois do vazamento dos dados? 

Antes do vazamento dos documentos do Google, muitos aspectos do algoritmo de busca eram objeto de especulação e teorias entre especialistas em SEO. Acreditava-se que o volume de cliques não influenciava diretamente o ranking dos sites e que o Google não diferenciava a pontuação de cliques com base em subdomínios, domínios raiz e URLs específicas. Além disso, não havia clareza sobre a importância das atualizações de conteúdo e a influência do comportamento dos usuários na classificação dos resultados de busca. 

 Após o vazamento, foi revelado que o volume de cliques, de fato, influencia o ranking e que o Google diferencia cliques bons e ruins, além de considerar a evolução do tráfego ao longo do tempo. A documentação também expôs a importância da qualidade do site, que traz dicas que podemos aproveitar para o setor de turismo, mostra que técnicas genéricas de SEO não são igualmente eficazes para todos os tipos de sites. Além disso, foi confirmado que o Google usa dados de navegação do Chrome para melhorar a classificação dos resultados, algo que não era amplamente reconhecido antes.  

Análises sobre o Impacto do Vazamento do Algoritmo do Google no Turismo Mundial e no Brasil 

 O recente vazamento de documentos do Google, que revelou detalhes do algoritmo de busca, pode ter impactos significativos para o setor de turismo, tanto mundialmente quanto no Brasil. O entendimento mais profundo dos critérios de classificação do Google permitirá que empresas de turismo ajustem suas estratégias de SEO para melhorar a visibilidade online, aumentar o tráfego orgânico e reduzir a dependência de intermediários pagos. 

 1. Transparência e Estratégia de Conteúdo: 

   Com a revelação dos métodos do Google, empresas de turismo podem ajustar suas estratégias de conteúdo para alinhá-las melhor com os critérios de classificação. Isso inclui focar na criação de conteúdos de alta qualidade que atendam às intenções de busca dos usuários, proporcionando uma experiência de usuário superior e otimizando a navegação do site. 

2. Importância dos Dados do Usuário: 

   O uso de dados de cliques e de navegação do Chrome pelo Google para influenciar as classificações sugere que as empresas devem focar em aumentar o engajamento do usuário. Melhorar métricas como taxa de cliques (CTR) e tempo de permanência pode se tornar crucial para alcançar posições mais altas nos resultados de busca. 

3. Classificação Local e SEO Local: 

   As empresas de turismo no Brasil podem se beneficiar de uma melhor compreensão de como otimizar para classificações locais. Utilizar o Google Meu Negócio para manter informações precisas e coletar avaliações positivas pode ajudar a melhorar a visibilidade nas buscas locais, essencial para atrair turistas para destinos específicos. 

4. Adaptação às Preferências dos Usuários: 

   A documentação revelou que a experiência do usuário é um fator central para o algoritmo do Google. As empresas de turismo devem investir em sites responsivos, que oferecem uma boa experiência em dispositivos móveis, e garantir que o conteúdo esteja atualizado e relevante para manter e melhorar seu posicionamento. 

 Se quiser saber mais detalhes: 

O que aconteceu? 

 Em 13 de março, um bot automatizado publicou milhares de documentos no GitHub, incluindo elementos do algoritmo de posicionamento do Google. Esses documentos foram compartilhados com Rand Fishkin, cofundador do SparkToro e da Moz, que pediu a Mike King, CEO da iPullRank, para analisá-los. 

O que foi revelado? 

  1. Fatores usados para calcular a ordenação dos resultados 

Os documentos detalham 2.596 módulos com 14.014 atributos, sem especificar a ponderação dos elementos usados para calcular o ranking. Alguns módulos ajustam a pontuação dos resultados para promover a diversidade. 

2. Qualidade do site para turismo 

A qualidade do site é definida pelo módulo V1.Model.QualityTravelGoodSites, alterando o ranking e atuando como uma lista branca. Isso mostra que técnicas genéricas de SEO nem sempre são eficazes para o turismo. 

3. Sinais de comportamento e pessoais dos usuários 

Esses sinais incluem interações como “polegares para baixo” no YouTube, usados para detectar comportamentos negativos.  

4. Volume de cliques nos resultados de busca 

Contrário ao que o Google afirmou por anos, o volume de cliques influencia o ranking. Cliques positivos e negativos são contabilizados, afetando a classificação do site.  

5. Atualização de conteúdo 

A data do conteúdo é importante para o Google. Manter o conteúdo atualizado e coerente em todas as partes do site é crucial. 

6. Dados de navegação do Google Chrome 

O Google usa dados de navegação do Chrome para classificar resultados. Otimizar sites para Chrome e Android é essencial. 

Recomendações de Francesco Canzoniere 

1. Entenda as buscas que geram tráfego para seu site e melhore a experiência do usuário. Ferramentas: Google Analytics 4, Microsoft Clarity. 

2. Monitore a evolução do tráfego e intervenha antes de perder posicionamento. Ferramentas: Google Analytics 4, Google Search Console. 

3. Mantenha o conteúdo atualizado e coerente nas datas. 

4. Priorize Chrome e dispositivos Android para otimização. 

Fonte: CANZONIERE, Francesco, Filtración sobre el algoritmo de Google: Las claves para abordar tu nueva estrategia de SEO – Smart Travel News, Smart Travel News, disponível em: <https://www.smarttravel.news/filtracion-sobre-el-algoritmo-de-google-las-claves-para-abordar-tu-nueva-estrategia-de-seo/?utm_source=substack&utm_medium=email>. acesso em: 3 jun. 2024.

Artigo escrito com uso de inteligência artificial para busca de informações e traduções. Fonte: ChatGPT, Chatgpt.com, disponível em: <https://chatgpt.com/g/g-B3hgivKK9-write-for-me/c/414e6be7-8be6-4198-9193-2ea696fee5b2>. acesso em: 3 jun. 2024.

Desastres climáticos e a chamada urgente ao turismo

Você acha que existe um entendimento daqueles que atuam nas mais diversas esferas do turismo de que sua capacidade de existir dependerá, diretamente, de sua capacidade de adotar o caminho de baixo carbono e reduzir as emissões em 50% até 2030?

Com a frequência crescente de eventos climáticos extremos, o setor de turismo enfrenta desafios complexos. Destinos em todo o mundo estão sofrendo com enchentes, secas e tempestades, o que destaca a necessidade urgente de práticas sustentáveis. Em outros momentos falamos de sustentabilidade na indústria de viagens e turismo, o que devemos aprofundar. E hoje quero conversar sobre o enfrentamento das atuais e futuras crises que afetam as pessoas e o nosso setor. 

No Rio Grande do Sul, nas últimas semanas, eventos climáticos extremos têm impactado severamente a região. Gramado, um importante destino turístico, por exemplo, está sendo diretamente afetado pela operação limitada do aeroporto de Porto Alegre, causado pelas condições climáticas adversas. Vejo as lideranças ativas e unidas, sendo solidárias, colaborando e buscando indicar o próprio setor como uma saída para a reconstrução. Somos resilientes sim!

Nosso desafio é a convivência simultânea da administração de crises imediatas e a construção de uma governança que traga soluções a longo prazo para o turismo brasileiro. Soluções para o Brasil. Soluções para o planeta. Como estamos organizados para dar nossa parcela de contribuição para a mitigação dos efeitos climáticos?

Aprender com experiências tem custado muito. Talvez colaborar para pensarmos juntos como navegamos no mar turbulento com uma previsão de tempo que sinaliza muitas tempestades pela frente.

Como você acha que podemos debater e movermos para juntas força nesse cenário?

3 Técnicas de Comunicação para Vendas no Setor de Turismo

Estratégias Práticas para Maximizar Resultados em Vendas e Parcerias

A arte da persuasão é uma ferramenta indispensável no setor de turismo, especialmente quando se trata de vendas e gestão de parcerias. Dominar as técnicas de comunicação eficaz não só impulsiona as vendas, mas também fortalece as relações com clientes e parceiros, essenciais para o sucesso sustentável neste setor competitivo.

Reciprocidade

No turismo, a reciprocidade pode transformar a maneira como interagimos com clientes e parceiros. Por exemplo, um gerente de hotel pode oferecer uma experiência exclusiva de jantar para um influenciador de viagens, esperando em troca uma avaliação positiva e cobertura nas redes sociais. Esta ação não apenas promove o hotel, mas também cria uma obrigação implícita de retribuição, potencialmente gerando mais reservas através da visibilidade aumentada.

Escassez

A escassez é outra técnica poderosa, particularmente eficaz em vendas de pacotes turísticos ou lançamentos de novas experiências de viagem. Por exemplo, limitar o número de pacotes disponíveis para uma excursão exclusiva pode criar um senso de urgência entre os consumidores, incentivando-os a agir rapidamente para não perderem a oportunidade. Este princípio de escassez motiva os clientes a tomar decisões mais rápidas, beneficiando as vendas diretas e aumentando a percepção de valor do serviço oferecido.

VALIDAÇÃO Social

Utilizar a validação social é crucial no marketing turístico. Mostrar testemunhos de clientes satisfeitos, avaliações estelares e casos de sucesso podem persuadir novos clientes a escolher sua empresa em vez de concorrentes. Por exemplo, um gerente de resort pode destacar comentários e fotos de hóspedes anteriores em suas campanhas publicitárias para transmitir confiança e qualidade. Esse método não só fortalece a reputação do resort, mas também ajuda potenciais clientes a se sentirem mais seguros em sua decisão de reserva, sabendo que outros tiveram experiências positivas.

Estas técnicas de persuasão são ferramentas de comunicação. Quando aplicadas corretamente, podem revolucionar as estratégias de vendas no turismo. Elas permitem que profissionais não apenas atendam, mas superem as expectativas dos clientes, garantindo um crescimento contínuo e relações duradouras no mercado. Implementar essas estratégias em nível gerencial pode ser particularmente impactante, pois permite liderar pelo exemplo, mostrando como uma comunicação eficaz pode conduzir ao sucesso em vendas e parcerias.

Sei que você usa diversas estratégias similares no seu relacionamento BtoB. Traz algum exemplo para compartilhar conosco.

Vencendo o medo de falar e se fazer notar em qualquer situação

No universo profissional, poucos desafios são tão universais quanto o medo de falar em público. Este temor, que paralisa a imensa maioria, não deve ser visto apenas como um obstáculo, mas como uma oportunidade valiosa para o crescimento pessoal e profissional. Superar esse medo é possível e necessário, especialmente quando consideramos a grande importância da comunicação eficaz em todos os momentos de nossa carreira. 

Para enfrentar e superar o medo de falar em público, trago duas dicas práticas: 

1. Aceitação da Ansiedade: É fundamental reconhecer e aceitar os sinais físicos de nervosismo. Ver esses sintomas como indicadores normais e até mesmo úteis pode transformar a forma como lidamos com o medo que nos contamina. 

2. Transformar ameaça em oportunidade: Encarar cada momento como uma chance de se destacar, mais do que uma ameaça, encare como oportunidades de visibilidade e de colaboração. 

Além de superar o medo, a importância de uma comunicação eficiente no ambiente de trabalho não pode ser subestimada. Ela é a chave para o sucesso em negociações, liderança, e colaboração em equipe. A habilidade de comunicar ideias de forma clara e persuasiva é diretamente proporcional às oportunidades de avanço e reconhecimento profissional. 

 Segundo o LinkedIn Learning, no estudo sobre as habilidades mais requisitadas dos recrutadores em 2024, a Comunicação está no alto do podium. Veja a ilustração abaixo: 

Portanto, é essencial que as pessoas busquem ativamente desenvolver suas habilidades de comunicação. Isso significa praticar regularmente, seja através de cursos, workshops ou até mesmo participação em eventos. Também envolve estar sempre atento às oportunidades de falar em público, seja em reuniões, conferências ou apresentações, transformando cada momento em um exercício prático de aprimoramento. 

Ouça o HUB TURISMO PODCAST que traz esse conteúdo em detalhes à partir de minha palestra na WTM Latin America.

Estudar técnicas de comunicação e aplicá-las consistentemente prepara os profissionais para não apenas enfrentar o medo de falar em público, mas também para se destacarem em suas carreiras. A comunicação é uma competência crítica que, uma vez dominada, abre portas para inúmeras oportunidades e colaborações enriquecedoras. 

Sobre a aviação na AMérica Latina

No coração da América Latina, a aviação está se reinventando para encarar os desafios contemporâneos e moldar um futuro promissor. A Associação Latino Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA) está à frente dessa transformação, catalisando inovações e sustentabilidade em um setor vital para o desenvolvimento econômico e a integração regional.

Os dados da ALTA revelam uma jornada de resiliência e adaptação. Em 2023, a aviação latino-americana começou a recuperar as altitudes pré-pandemia, com um aumento significativo no número de passageiros transportados. Este crescimento não apenas simboliza a recuperação do setor, mas também reflete a importância da aviação como um pilar para o turismo e a economia na região.

Contudo, o caminho para a sustentabilidade é talvez o mais desafiador e necessário. A indústria aérea está comprometida em alcançar a neutralidade de carbono até 2050, investindo em tecnologias limpas e combustíveis sustentáveis. A ALTA desempenha um papel crucial nesse aspecto, apoiando iniciativas que visam reduzir a pegada ambiental do transporte aéreo, sem comprometer sua eficácia e acessibilidade.

A América Latina, com suas vastas distâncias e topografia diversificada, depende fortemente da aviação para conectar suas comunidades e fomentar o comércio. A ALTA está consciente de que o futuro da aviação na região está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento sustentável, promovendo políticas e práticas que asseguram a prosperidade econômica aliada à responsabilidade ambiental.

Este momento é de oportunidade para repensar a aviação na América Latina. Pensar além do Brasil, pensar no Continente. Encarando desafios como os altos custos de combustível e a necessidade de maior segurança jurídica, a região está no limiar de uma nova era para o transporte aéreo. Uma era que, segundo a visão da ALTA, será marcada por inovação, eficiência e, acima de tudo, sustentabilidade. O setor está decolando em direção a um futuro onde o céu é apenas o começo de suas possibilidades infinitas.

Ouça nosso podcast HUB TURISMO com José Ricardo Botelho, CEO da ALTA