Minha experiência no fazenda dona carolina, um hotel cheio de estilo e história

Imagine um lindo casarão antigo em meio a um refúgio tranquilo, com paisagens deslumbrantes e um toque de nostalgia rural. Essa é a Fazenda Dona Carolina, um hotel com uma história interessante e muito acolhimento, em Itatiba/SP. E acredite, a atmosfera histórica é palpável assim que você pisa no terreno.

História

A propriedade onde o hotel está situado foi originalmente uma fazenda de café. José Alves Cardoso, filho de um barão do café, fez a construção de 1850 à 1872, com mão de obra escrava. O local se chamava Fazenda Jabuticabal ainda.

Na foto abaixo (esquerda) é possível ver o espelho original de sua esposa, Dona Carolina, ambos de famílias portuguesas. Na parede (entre as janelas) é possível ver através do vidro a construção original do casarão feito de taipa e barro. Paredes brancas e janelas azuis eram padrão nas mansões das famílias abastadas da época.

O casal nunca teve filhos e, quando Seu José morreu, por volta dos seus 45 anos, Dona Carolina, uma mulher corajosa e empreendedora da época, assumiu o negócio sozinha. A fazenda prosperou durante o auge da produção de café no Brasil.

Como abolicionista, libertou todos seus escravos, deu parte das terras a eles ou pagou salários. Casou novamente, mas seguiu à frente dos negócios. Faleceu em 1917 com mais de 70 anos. Aí então a Fazenda mudou para Dona Carolina, e vem sendo administrada pela 3ª geração da família até hoje.

A máquina registradora (abaixo direita) fica junto a exposição de vários registros de vendas de hortaliças, bacalhau e café, assim como documentos de comercialização e alforrias de escravos.

Curiosidade: o quarto do lado esquerdo ao fundo era o original do Seu José e Dona Carolina. Já o quarto pequeno e sem janelas na esquerda foi feito para uma futura filha, para resguardá-la, pois o andar de baixo era a moradia dos escravos solteiros. A escada que aparece na foto não existia e hoje dá para a sala de jogos.

Em 1993 decidiram transformar o local em um hotel e em 1999 todas as construções ficaram prontas, preservando a rica história e oferecendo aos visitantes uma experiência única em um ambiente rural e acolhedor.

Ambientes

Hospitalidade

Sabe aqueles lugares onde tudo funciona? Pois é. Quem é o hoteleiro sabe o quanto ficamos detalhistas, e até meio ‘chatos’ ao longo do tempo, mas confesso que não consigo lembrar de nada negativo na experiência no Dona Carolina. Imagina uma hospedagem ‘fluída’…

As suítes são amplas, tradicionais e com todo o conforto.

Ao chegar, você é recebido por uma equipe simpática e calorosa que fará você se sentir em casa imediatamente. O hotel mantém uma perfeita combinação entre o antigo e o moderno, oferecendo aconchegantes quartos decorados com móveis rústicos e uma gama de comodidades modernas para tornar a sua estadia ainda mais confortável.

Uma perfeita mistura de história, modernidade e natureza:

Festa Junina

Tive a sorte de pegar o final de semana quando aconteceu uma linda e divertida festa junina.

Atividades

Para quem curte uma aventura, a pesca esportiva, arco e flecha, tirolesa e diversas trilhas estão sempre a disposição. O Hotel Fazenda Dona Carolina é o lugar perfeito para se desconectar do mundo agitado e se reconectar consigo mesmo e com a natureza.

São 39 Km de trilhas, lagos, experiências legítimas de fazenda, duas hípicas, quadras de vôlei, futebol e tênis, tudo em meio a 100 hectares de área verde. Isso em contar os tours interessantíssimos como: Tour da Cachaça, Tour do Café, Tour Histórico, entre outros.

E não posso deixar de mencionar a comida. Dou destaque para as carnes, impecáveis, saborosíssimas. O restaurante do hotel serve deliciosas refeições caseiras, com ingredientes frescos e saborosos, muitos deles cultivados na própria fazenda. É um verdadeiro banquete para os sentidos!

É preparar a mala, desligar o celular e mergulhar nessa experiência única de hospedagem.

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O ‘novo normal’ dos processos de seleção. Qual sua posição?

Faz tempo que não temos um assunto polêmico por aqui, então vamos a ele:

Faço parte de alguns grupos de hoteleiros tanto no Brasil quanto no exterior, além de realizar muitos processos de hunting, especialmente para executivos. Recentemente, tenho notado em vários desses grupos muitos potenciais empregadores reclamando do 'famoso' apagão de mão de obra (nem se fala mais em apagão de talentos), e do quanto o processo seletivo tem mudado. 
O debate é bom, as visões são diferentes, e vai muito além de um simples choque de gerações. 
Segue abaixo um breve compilado que reuni nas últimas semanas. Ao final, deixe sua experiência em processos seletivos e sua opinião sobre o tema.
Como alguns candidatos se apresentam nas entrevistas (segundo GGs de hotéis):
• Com bonés virados para trás.
• Sem pesquisar a empresa.
• 'O candidato escondeu o baseado do lado de fora do escritório administrativo antes de entrar no prédio. Tudo gravado pela segurança do prédio.'
• Com 30 ou mais minutos de atraso.
• Com seus animais de estimação.
• Com celulares ligados. 'Uma candidata se recusou a desligar o telefone porque estava esperando uma mensagem do namorado'.
• Usando um top de biquíni (em hotel de praia)
• Esperando que o almoço seja servido.
• Atender o telefone no meio da entrevista, e falar com o recrutador de outra empresa.
• Aceitar o trabalho, e simplesmente não comparecer no primeiro dia, pois não gostou da cidade
• Com currículos com muitos erros de digitação e/ou...emojis.
• Com seu pai. Ps.: o candidato não tinha problemas de saúde que exigisse acompanhante.

Argumentos de quem entende e apoia o 'Novo Normal' do processo de Seleção:
* A forma como gerenciamos e contratamos/mantemos uma equipe precisa mudar. Vivemos com gerações entrando no mercado de trabalho recebendo troféus de participação. É claro que o candidato acha que não há problema em ser recompensado por apenas aparecer. Isto é o que eles estão acostumados a toda a sua vida. Isso não os torna errados. Eles simplesmente, às vezes, não sabem melhor. 
* Eu entrevistaria uma pessoa atrasada, com boné virado ou biquini. Eu entendo essa coisa chamada 'vida' que todos estamos passando.
* Nós precisamos ensinar tudo. Se o candidato tem uma boa personalidade, jogue todo eu julgamento fora e transforme-os rapidamente em um 'ser corporativo'.
* Estamos no século XXI, parem de julgar pela aparência!

Argumentos de quem acha esse 'Novo Normal' absurdo e não aceita comportamentos assim:
* Não recompense o mau comportamento. Minha linha de frente é ocupada por nove pessoas que agem profissionalmente. Eles ganham porque entregam serviços.  Faça-os trabalhar para isso. Você vê o que aconteceu por causa da geração de troféus de participação. Eu não os mimo, e ainda tenho candidatos toda semana. Se queremos uma força de trabalho melhor, temos que criar uma força de trabalho melhor. Eles vão descobrir quando estiverem desempregados por muito tempo. 
* Quem acha essa atitudes normais e justifica dizendo que existem recrutadores e empresas ruins também, admite um comportamento ruim, com outro comportamento ruim. Seja Profissional! Amadureça!  
* Profissionais que demonstrem desleixo consigo mesmo, falta de compromisso, insegurança (não nervosismo comum das entrevistas) e mentira, não terão espaço no meu hotel. Ponto!
* Eu pago em dia, ofereço benefícios não obrigatórios por lei como seguro saúde, e mantenho um ambiente profissional e de respeito. Pago a média do setor, e se a empresa dá prejuízo, mantenho os salários em dia.  Portanto, comprometimento é o mínimo que exijo.
* Por que devemos diminuir os padrões que foram estabelecidos? Eles não são capazes? Talvez seja hora de reforçar o que é certo.

Entrevista no Domingo, A Saga:
Abaixo, descrevo a 'saga' de um empreendedor conhecido meu. Embora Domingo não seja um 'tabu' na nossa indústria, vai ilustrar bem as 2 visões sobre processos seletivos que estamos falando:

'Abri alguns horários no Domingo para entrevistas. Vagas em home office, e salário acima do mercado. Eles não precisam trabalhar aos domingos, mas só queria entender a real vontade dos 4 candidatos. Nenhum apareceu, e só um ligou para avisar que não vinha. Eu mesmo preferiria estar no shopping, um restaurante, ou mesmo entrar nas redes sociais e ver tudo funcionando direitinho. Adivinha? Tem gente trabalhando por trás para que nada dê errado durante meu período de lazer, inclusive equipes 24 horas. 

A história é longa, e após um looongo debate do Linkedin com mais de 1.200 comentários, houve uma divisão nas opiniões. Veja algumas:

De um lado, muita gente falando que isso é exploração, maldade:
* Isso mostra seu desrespeito com a classe trabalhadora.
* Se a entrevista é no domingo, imagina o resto. Justo em tempo de humanização das empresas...aff!
* É a era de prezar pela qualidade de vida, então não foi a melhor estratégia.
* Oferecer salário acima do mercado não é nada mais do que a sua obrigação. Bom saber que as pessoas recusaram.
* Estamos lutando por 4 dias úteis para melhorar a produtividade e reter talentos. Você esta quebrando convenções sociais/religiosas/legais, pois domingo o trabalhador precisa se dedicar a si mesmo, sua família, saúde mental, etc. 

Do outro, pessoas apoiando e entendendo a atitude: 
* Onde está a maldade? Se estamos comprometidos com algo, tudo bem abrir mão de algumas coisas para conseguir outras. Faz parte da vida!
* Fui contratada em um processo seletivo que aconteceu no sábado. Para quem quer trabalhar, o dia não importa, mas a entrega.
* Abri um processo para 23 vagas em plena Terça de Carnaval. A mobilização foi um sucesso! 35 pessoas foram e preenchemos todas as vagas. Todos que foram realmente queriam trabalhar. 
* Trabalho, assim como tudo que queremos fazer bem na vida, é dedicação.
* Combinado não sai caro.  Se confirmaram a presença, no mínimo, deveriam cumprir o acordo. Nem isso...

Final da história:
...o empresário foi uma das pessoas mais xingadas em um só post dos últimos tempos, e também recebeu mais de 300 CVs de pessoas dizendo que estão disponíveis para entrevista quando ele quiser. 
Atualização.: Uma semana após o post, ele já preencheu todas as vagas, ninguém está trabalhando aos Domingos, e todos ganhando realmente acima do mercado.

E você, qual sua opinião sobre o assunto? Lembrando que, entre as respostas, houveram comentários de pessoas de todas as idades, posições, níveis sociais e educacionais, tanto pró quanto contra o novo processo seletivo que está acontecendo. É mesmo uma questão comportamental, de visão de mundo.
Agora é com você. Vale o papo!

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