“Me venda essa caneta!”. Sua equipe comercial faz a diferença?

Sua equipe de vendas faz mesmo a diferença no seu negócio?

Antes de responder, leia o texto abaixo…

“O Lobo de Wall Street” pode não ter ganhado o Oscar, mas ninguém saiu impassível do cinema. Além da atuação irrepreensível de Leonardo DiCaprio, que na minha opinião deveria ter levado o Oscar de melhor ator, o filme é impecavelmente bem produzido.

E entre as inúmeras cenas moralmente falidas da vida de Jordan Belford, Scorcese, que brilhou na direção, pudemos assistir momentos “únicos” (bons e ruins) sobre Técnicas de Vendas.

Na cena do bar (acima), o personagem de Leonardo tira uma caneta e pergunta para sua equipe (traficantes que ele “refina” e transforma em vendedores):

“Me venda essa caneta”.

As tentativas que se seguem são esperadas e nada originais:

“Esta é a melhor caneta porque … “

“Essa caneta é feita de… “

“Esta é a mesma caneta usada pelo presidente …

Finalmente, um membro da equipe entrega um pedaço de papel para Di Caprio e diz:

” Escreva seu nome”

Quando Di Caprio olha em volta procurando algo para escrever, o futuro vendedor responde:

“Ah, você não tem uma caneta? Aqui está…É oferta e procura, meu irmão.”

Para ver o vídeo com a cena clique AQUI.

Parece simplista? Então vamos analisar melhor o que essa cena banal pode nos ensinar, e outras perguntas para você:

1)  Identificar a (real) necessidade

Até que uma necessidade seja reconhecida, não importa o quão incrível seu produto é. As pessoas podem perder as necessidades reais de vista se sobrecarregadas com muitas responsabilidades ou decisões. E essa é uma oportunidade única para o vendedor. Essa é a base da venda consultiva. Se você não descobrir ou resolver uma necessidade/desejo durante uma conversa com seu cliente, provavelmente esse tempo foi desperdiçado. É preciso destacar o que ele tem hoje e o que ele pode potencialmente ter, oferecendo uma proposta de valor atraente.

Pergunta: Sua equipe é expert na arte de perguntar e saber ouvir?

2)  Criação da Urgência

O cliente não convencido que precisa resolver seu problema rapidamente, é uma venda que não sai do lugar.
Você pode ajudar o cliente a reconectar-se com suas necessidades, e a urgência de agir sobre elas, fazendo associações para priorizar uma decisão, e relembrar as conseqüências da indecisão ou de uma má escolha.

Pergunta: Sua equipe consegue fazer o cliente se imaginar utilizando seu produto/serviço? 

Veja o que o Sr.Belfort (o verdadeiro Lobo), que tenta pagar U$ 110 milhões de multa ao governo americano, e vive hoje fazendo palestras de vendas, fala sobre o desafio me venda essa caneta“Os vendedores medíocres falarão sobre as características da caneta, os menos piores apontarão os benefícios. Mas somente os verdadeiros vendedores responderão com outras perguntas para identificar as necessidades do potencial cliente, o que ele está procurando. Nesse momento, você passa a ter o controle da conversa.”

Vendedores médios ou novatos pensam em como vender a caneta. Um vendedor experiente pensa em como levar uma conversa de qualificação para descobrir o que o cliente precisa.

Existem somente 4 habilidades de vendas:
1)  Como você reúne informações
2) Como você reage à informação
3) Como você fornece informações
4) Como você pede algo (fechamento)

Agora pergunto novamente: Sua equipe de vendas faz mesmo a diferença em seu negócio?
Não há improviso em vendas, mas estratégia e preparo. Portanto, prepare sua equipe e boas vendas!

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Se quiser se aprofundar no assunto, leia também “Pare de Vender, Comece a Servir“.

5 Tendências da Hotelaria

Como se manter competitivo nos próximos 5 ou até 10 anos? Com o cenário ao seu redor mudando o tempo todo, é vital entender hoje como sua empresa pode ser desafiada amanhã. Por isso, a atualização sobre tendências de mercado deve fazer parte da agenda de todo profissional antenado.

Seguem 5 das principais tendências da hotelaria:

1) Tecnologia Personalizada 

A indústria da hospitalidade é sobre pessoas, não tecnologia. Mesmo assim, Yotel e CitizenM são exemplos de hotéis que tornaram a tecnologia o centro da experiência do hóspede.

Por muitos anos, os hotéis de luxo viveram o estigma de ter hóspedes desfrutando de melhor tecnologia em casa do que durante a hospedagem. De acordo com estudo da Cornell University, hoje em dia, a hotelaria oferece tecnologia que as pessoas já desfrutam em suas casas há uns 5 anos. Isso não pode mais acontecer! Ao invés de calcular o custo da tecnologia, pense no risco de não tê-la.

Por outro lado, as pessoas estão menos interessadas e com menos tempo para os conteúdos digitais e entretenimento dos hotéis. Todos estão contentes com conexão wifi free, rápida e confiável, afinal, viajam com seu smartphone, laptop, sua assinatura do Netflix, Skype e jornais prediletos online.

Portanto, a grande tendência é que o hóspede possa fazer a mesma coisa no hotel que faz em casa, ou seja, trazer seus próprios dispositivos e usar o visor do hotel para projetá-los.

2) Estilo e (MUITA) Personalidade

A autenticidade local toma conta dos hotéis mais descolados. A conhecida badalação dos lobbies da W Hotels (Starwood) está dando lugar a algo mais inimista, como os  ambientes da rede Ace Hotels, frequentados por moradores do bairro. Já a marca Andaz (Hyatt) investe em espaços para leitura e exposição de artistas locais.

Mas se cultura local não é o foco, arquitetos e designers de renome agregam um estilo único às propriedades. Não é à toa que o Sofitel So contratou Karl Lagerfeld para o hotel de Singapura, e Christian Lacroix para a unidade de Bangkok. Me by Meliá trouxe Norman Foster para o seu hotel de Londres, e Zaha Hadid para Dubai (2016). Por fim, Marriott se uniu a Ian Schrager (expert em hotéis boutique) para o projeto Edition Hotels.

Não há mais espaço para ‘mais do mesmo’, e com certeza alguns hotéis precisarão de ‘terapia corporativa’ para encontrar sua personalidade.

3) Espaços Comuns e Interativos

Os espaços comuns dos hostels invadem a hotelaria tradicional. Lounges e almofadas são a aposta das grandes marcas, que investem pesado no público mais jovem. Tudo começou com redes menores, mas Element (Starwood) e Indigo (IHG) abraçaram a causa. Em breve, veremos o alto estilo e preços acessíveis da Moxy Hotels (Marriott) chegando na Europa, e com grandes planos de expansão. A moda dos ambientes interativos já pegou!

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Element Hotel  – Miami/USA

4) A Sofisticação dos Resorts All Inclusive

Seja em serviços ou amenities, propriedades all-inclusive sentiram a pressão do mercado e começaram a investir em diferenciação. O Paradisus Resorts, por exemplo, trabalha agora com amenities Thierry Mugler, e melhores opções gastronômicas. Hyatt Ziva (Los Cabos) também refinou sua fórmula com o Club Premium.

Além disso, os resorts começam a assumir seu papel, dando o ‘tom’ da consciência ambiental, uso de materiais de construção e gastronomia orgânica, na indústria da hospitalidade.

5) Coleções expandem e investem em Programas de Fidelidade

A profissionalização e maior exigência dos hotéis independentes fez com que as “soft brands” expandissem para destinos emergentes, e turbinassem seus programas de fidelidade.

A Preferred Hotel Group otimizou seu iPrefer, com help desk 24/7. Já a Design Hotels mudou seu site, e deu wifi e café da manhã para os associados através do Design Hotels Community. A Relais & Châteaux lançou 85 moradias de férias em 2013 e continua expandindo em 2014. Para continuarem atraentes, elas precisam tornar a inovação parte da cultura.

Inspire-se, tenha boas idéias, e um excelente planejamento para o futuro!

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