A França comemora este ano o quinto centenário da morte do artista mestre do renascimento Leonardo da Vinci.
Em sua última moradia o Clos Lucé, nos Castelos que influenciou, nas bancas de jornais, nos documentários de televisão, Leonardo é lembrado e comemorado.
Neste contexto, a exposição Leonardo da Vinci no Louvre é O evento artístico e cultural do ano na França.
Concessão de obras raras
A retrospectiva levou dez anos para ser concebida e organizada pelo museu e conseguiu reunir 162 obras do mestre do Renascimento.
A amostra excepcional do grande artista deve-se ao empréstimo de obras muito raras e extremamente delicadas por importantes instituições tais como a Royal Collection, o British Museum, a National Gallery de Londres, a Pinacoteca do Vaticano, a Biblioteca de Milão, a Galleria Nazionale de Parme, a Galeria dell’Accademia de Venise, o Metropolitan Museum de New York, o Museu Hermitage de São Petersburgo entre outros.
A cultura venceu o obscurantismo
A iniciativa do museu, também comemorativa dos 500 anos da morte de Leonardo da Vinci, quase causou um incidente diplomático com a Itália, que durante o governo anterior, hesitou em conceder o empréstimo de obras sob pressão do político de direita Matteo Salvini. O chefe reacionário da Liga do Norte expressou seu mau humor sobre essa exposição no Louvre, lembrando que mesmo se o mestre do Renascimento viveu os últimos três anos de sua vida na França, onde ele morreu quinhentos anos atrás, ele era italiano.
Felizmente o governo italiano mudou, e a cultura venceu o obscurantismo. Em setembro a Itália e a França finalmente assinaram um acordo que selou o empréstimo de cinco obras, entre as quais o famoso Homem de Vitrúvio, e duas cópias de quadros de Leonardo da Vinci para a grande exposição do Louvre, pondo fim a meses de discussões e tensões.
importante colaboraÇão italiana
Além do Homem de Vitrúvio proveniente da Galeria da Academia em Veneza, quatro desenhos – Estudo de paisagem, Estudo da Adoração dos Magos, e dois Estudos de Paneggio – foram concedidos graças ao acordo assinado pelos ministros da Cultura francês Franck Riester e italiano Dario Franceschini. Do mesmo modo, cópias de esboços da Leda e da Batalha de Anghiari da Galeria dos Uffizi em Florença virão ao Louvre.
A estas sete obras vêm juntar-se outras treze de diversos museus italianos que aceitaram concede-las durante negociações entre os próprios museus.
Em contrapartida importantes obras de Rafael em possessão da França serão emprestadas para a Itália em 2020.
A retrospectiva Leonardo da Vinci fica no Louvre até 24 de janeiro e já conta com mais de 180 000 ingressos vendidos. Quanto a Monalisa, apesar de fazer parte da retrospectiva, a pintura continuará exposta aos detentores de bilhetes comuns.
Acesso ao louvre e a exposiÇão
No site do Louvre atualmente consta o seguinte aviso:
« Devido ao fluxo esperado, a exposição Leonardo da Vinci (24 de outubro de 2019 a 24 de fevereiro de 2020) será acessível apenas mediante reserva de um horário afim de oferecer a todos uma visita agradável.
A reserva de um horário se aplica a todos os visitantes, incluindo aqueles com acesso gratuito ou irrestrito ao museu.
As reservas on-line estão abertas desde 18 de junho no www.ticketlouvre.fr
Devido a uma demanda excepcional, o site www.ticketlouvre.fr é fortemente solicitado e o tempo de espera para fazer uma reserva às vezes é longo.
A exposição de Leonard não está completa e muitos horários ainda estão disponíveis até 24 de fevereiro, quando será encerrada.
O Museu do Louvre faz todos os esforços para restaurar a situação o mais rápido possível.
Agradecemos sua compreensão e pedimos desculpas pelo inconveniente »
Fica a dica: desejando visitar o Louvre? Prepare sua visita.
…E meus votos de uma excelente semana caro (a) leitor (a)