Exposições em Paris, imagem decorativa

Paris mais que nunca capital da moda

Paris capital da moda- Paris inicia 2025 com uma agenda cultural que a reafirma como capital mundial da moda. A famosa Fashion Week e os luxuosos estabelecimentos de criadores situados na avenida Montaigne “saíram de suas casinhas” e invadiram diversas salas de exposições da cidade. 

Iniciativas que devem trazer uma nova clientela para os museus, passando um espanador na visão daqueles que acreditam que neles só há coisas chatas ou simplesmente referentes ao passado. 

LOUVRE COUTURE 

O Louvre apresenta Louvre Costura, Objetos de Arte, Objetos da Moda. 

Pela primeira vez na sua história, o museu do Louvre apresenta uma exposição dedicada à moda. 

Com a presença de mais de 65 trajes e 30 acessórios criados por grandes costureiros entre os anos 1960 e os dias de hoje espalhados pelas salas do departamento de Objetos de Arte da instituição, o Louvre cria um espaço de comunicação entre diferentes expressões artísticas. 

Nos 9000 m² de exposição, peças de casas como Chanel, Dior, Yves Saint Laurent, combinam harmoniosamente com obras de arte, demonstrando claramente as ligações entre ambos os mundos. 

De 24 de janeiro a 21 de julho de 2025. 

GRAND PALAIS 

O Grand Palais apresenta a exposição Dolce & Gabbana, Do Coração à Mão

A exposição dedicada ao gênio criativo de Domenico Dolce e Stefano Gabbana apresenta mais de 200 vestidos únicos, 300 acessórios feitos à mão, 130 peças de mobiliário e antiguidades Dolce & Gabbana. Concebida como uma carta de amor aberta à cultura italiana, a exposição traça o itinerário estético de suas criações. 

Uma abordagem singular no mundo do luxo, feita de elegância e sensualidade, mas também de humor, impertinência e extravagância. 

A exposição acontece ao longo de um percurso temático e sensorial, refletindo a riqueza das inspirações da famosa casa, extraídas da história da arte italiana. 

Arquitetura, artesanato, culturas regionais, música, ópera, balé, cinema, tradições folclóricas, teatro e, claro, “la dolce vita” estão no centro das atenções. Uma verdadeira ode ao saber-fazer italiano, onde a tradição e a inovação se encontram. 

Em exibição no Grand Palais de 10 de janeiro a 31 de março de 2025. 

PETIT PALAIS 

Charles Frederick Worth, o inventor da alta costura 

Fundador de uma casa que rapidamente se tornou um símbolo do luxo parisiense, Charles Frederick Worth (1825-1895) é uma figura-chave na moda. 

À frente de um comércio localizado no número 7 da rue de la Paix em 1858, e cuja história se estende por um século e quatro gerações, o costureiro é conhecido como o inventor da alta costura. 

A exposição espalhada por 1100 m² nas galerias do Petit Palais promete ser um marco na história da moda do século XIX e início do século XX. Primeira retrospectiva dedicada a Worth em Paris, o evento reúne algumas das peças mais emblemáticas de uma casa cuja história lendária permaneceu desconhecida. 

Reunindo as criações de Charles Frederick Worth e seus herdeiros, a exposição relembrará a história da casa, suas inovações e estética, seus clientes de prestígio – de cabeças coroadas europeias a americanos ricos – bem como as personalidades dos filhos e netos do fundador e suas respectivas contribuições. 

A exposição retraça a história da moda a partir das inovações e produções da casa de Worth e relembra os critérios da alta costura estabelecidos por Worth: a implementação da sazonalidade das coleções e desfiles de moda, os métodos de atendimento aos clientes, a organização da produção, assim como a organização do comércio transatlântico. 

Petit Palais – Musée des beaux-arts de la Ville de Paris 2 avenue Winston-Churchill, Paris 8th 

De 7 de maio a 7 de setembro de 2025 Terça a domingo das 10h às 18h 

Paris capital da moda outras EXPOSIÇÕES

E isso não é tudo. Ainda sobre moda no Petit Palais, Desenho de Joias, o segredo da criação e através da capital francesa outras exposições :

As Flores de Yves Saint-Laurent

Carbon Footprint a exposição – No “Musée des Arts et Métier”: Uma abordagem sustentável sobre os temas moda e consumo.

Galeria Dior até 4 de maio exposição Dior & Peter Lindbergh. Tour virtual do endereço 30 Avenue Montaigne

Leonard da Vinci no Louvre

O evento artístico e cultural do ano

A França comemora este ano o quinto centenário da morte do artista mestre do renascimento Leonardo da Vinci.

Em sua última moradia o Clos Lucé, nos Castelos que influenciou, nas bancas de jornais, nos documentários de televisão, Leonardo é lembrado e comemorado.

Neste contexto, a exposição Leonardo da Vinci no Louvre é O evento artístico e cultural do ano na França.

Concessão de obras raras

A retrospectiva levou dez anos para ser concebida e organizada pelo museu e conseguiu reunir 162 obras do mestre do Renascimento.

A amostra excepcional do grande artista deve-se ao empréstimo de obras muito raras e extremamente delicadas por importantes instituições tais como a Royal Collection, o British Museum, a National Gallery de Londres, a Pinacoteca do Vaticano, a Biblioteca de Milão, a Galleria Nazionale de Parme, a Galeria dell’Accademia de Venise, o Metropolitan Museum de New York, o Museu Hermitage de São Petersburgo entre outros.

A cultura venceu o obscurantismo

A iniciativa do museu, também comemorativa dos 500 anos da morte de Leonardo da Vinci, quase causou um incidente diplomático com a Itália, que durante o governo anterior, hesitou em conceder o empréstimo de obras sob pressão do político de direita Matteo Salvini. O chefe reacionário da Liga do Norte expressou seu mau humor sobre essa exposição no Louvre, lembrando que mesmo se o mestre do Renascimento viveu os últimos três anos de sua vida na França, onde ele morreu quinhentos anos atrás, ele era italiano.

Felizmente o governo italiano mudou, e a cultura venceu o obscurantismo. Em setembro a Itália e a França finalmente assinaram um acordo que selou o empréstimo de cinco obras, entre as quais o famoso Homem de Vitrúvio, e duas cópias de quadros de Leonardo da Vinci para a grande exposição do Louvre, pondo fim a meses de discussões e tensões.

importante colaboraÇão italiana

Além do Homem de Vitrúvio proveniente da Galeria da Academia em Veneza, quatro desenhos – Estudo de paisagem, Estudo da Adoração dos Magos, e dois Estudos de Paneggio – foram concedidos graças ao acordo assinado pelos ministros da Cultura francês Franck Riester e italiano Dario Franceschini. Do mesmo modo, cópias de esboços da Leda e da Batalha de Anghiari da Galeria dos Uffizi em Florença virão ao Louvre.

A estas sete obras vêm juntar-se outras treze de diversos museus italianos que aceitaram concede-las durante negociações entre os próprios museus.

Em contrapartida importantes obras de Rafael em possessão da França serão emprestadas para a Itália em 2020.

A retrospectiva Leonardo da Vinci fica no Louvre até 24 de janeiro e já conta com mais de 180 000 ingressos vendidos. Quanto a Monalisa, apesar de fazer parte da retrospectiva, a pintura continuará exposta aos detentores de bilhetes comuns.

Acesso ao louvre e a exposiÇão

No site do Louvre atualmente consta o seguinte aviso:

« Devido ao fluxo esperado, a exposição Leonardo da Vinci (24 de outubro de 2019 a 24 de fevereiro de 2020) será acessível apenas mediante reserva de um horário afim de oferecer a todos uma visita agradável.

A reserva de um horário se aplica a todos os visitantes, incluindo aqueles com acesso gratuito ou irrestrito ao museu.

As reservas on-line estão abertas desde 18 de junho no www.ticketlouvre.fr

Devido a uma demanda excepcional, o site www.ticketlouvre.fr é fortemente solicitado e o tempo de espera para fazer uma reserva às vezes é longo.

A exposição de Leonard não está completa e muitos horários ainda estão disponíveis até 24 de fevereiro, quando será encerrada.

O Museu do Louvre faz todos os esforços para restaurar a situação o mais rápido possível.

Agradecemos sua compreensão e pedimos desculpas pelo inconveniente »

Fica a dica: desejando visitar o Louvre? Prepare sua visita.

…E meus votos de uma excelente semana caro (a) leitor (a)

Praça do Corrossel

Louvre fecha bilheterias e restringe seu acesso

Assolado pelo número de turistas, o Museu do Louvre resolveu, sem aviso prévio, fechar suas inúmeras bilheterias e priorizar passageiros com bilhetes comprados antecipadamente.

De fato, alguns dias atrás eu passei pela Praça do Carrossel e notei que não havia a fila habitual na frente da pirâmide de vidro. Achei estranho, mas pensei que se preparavam para um evento privado excepcional.

Concomitantemente, tenho ouvido muitas reclamações sobre o difícil acesso a certas salas, especialmente a sala onde se encontra a Gioconda, obra de Leonardo da Vinci, recentemente relocada devido a reformas do museu.

O museu que recebe entre 30 e 50 mil passageiros por dia tomou a medida de fechar suas bilheterias ao público com intensão facilitar a visita daqueles que já tem seu bilhete comprado durante este momento de grande fluxo e férias escolares europeias.

O estabelecimento afirma que esta não é a primeira vez que isso acontece, porém no passado a noticia não chegava a se espalhar.
A administração assegura também que as obras em andamento e a compra antecipada deverão colaborar para a normalização da situação.

Além disso, o Museu estuda a criação de uma entrada que dê acesso somente a Gioconda, para aqueles que visitam o museu exclusivamente para admirar a renomada obra.

O site do Louvre não adverte quanto ao fechamento das bilheterias ou data de retorno à normalidade, mas aconselha a compra de entradas antecipada.

Como mencionado em post anterior sobre o assunto: a visita do Louvre ( assim como muitas outras atrações da capital francesa)  deve ser preparada com antecedência.

Fica a dica!