AFINAL, O QUE É UMA OPERADORA DE TURISMO?

Afinal, o que é uma operadora de Turismo? Uma pequena frase traz a resposta perfeita para esse questionamento: somos ESPECIALISTAS nas melhores EXPERIÊNCIAS em viagens. Temos o mundo no nosso cardápio de possibilidades e o fator humano, que é insubstituível.

Tenho uma ótima ilustração para isso. Assim como um chef experiente seleciona cuidadosamente seus ingredientes conforme a sazonalidade, define a melhor combinação de elementos e preparo, aplica técnicas únicas e personalidade, encanta na apresentação e no paladar, a operadora de turismo é quem investe em desbravar o mundo, colecionar conhecimento para promover uma curadoria minuciosa e estratégica de destinos, produtos e serviços turísticos, combinados na proporção ideal para atender ao paladar individual de cada cliente. Assim como os chefs entregam mais que uma alimentação ou um prato, as operadoras de turismo entregam uma experiência única, autêntica e memorável.

Trazendo para a nossa realidade, as operadoras combinam, organizam e contratam os diversos componentes da viagem, como, entre tantos outros, transporte — aéreo, rodoviário, terrestre, ferroviário ou marítimo — hotéis e hospedagem, restaurantes e refeições, guias locais e/ou acompanhantes, passeios e atividades. São empresas com vasto repertório, amplo conhecimento sobre o mundo e as pessoas, sempre conectados às transformações e principais tendências e com informações em primeira mão sobre viagens e destinos.

Essa expertise agrega muito valor a todo o processo, desde o desenvolvimento do roteiro até o retorno de uma experiência de viagem memorável. Aqui, nosso papel não é apenas o de escolher o melhor destino, passeio, mas também atuar na cocriação desses componentes que trarão um grande diferencial para o que oferecemos para nossos clientes.

Exemplo disso, é a Academia de Excelência Braztoa, que reúne programas de capacitação e de parcerias público-privadas para acelerar o processo de transformação dos negócios e dos destinos turísticos. O que buscamos? Entre outras coisas, almejamos auxiliar na criação de novos produtos turísticos pelos quatro cantos do país. Queremos ser parte ativa da evolução do portfolio de viagens do Brasil e do Mundo, inclusive, nossos projetos já alçaram voos mais longos que os levaram a patamares internacionais, como a BRAZTOA fez com a ProColombia.

Mas de nada adiantam produtos incríveis sem um atendimento humanizado, personalizado e especializado, oferecendo segurança e suporte — antes, durante e depois da viagem. As operadoras de turismo podem atender diretamente o público ou através do seu agente de viagens — ou mesmo através de uma combinação de ambos. E dispõe de canais de comunicação e venda presenciais, virtuais ou híbridos, para atender aos diferentes perfis de público, primando por um serviço humano e profissional.

Existem coisas que tecnologia nenhuma substitui. Essa conexão do humano e do tecnológico é um dos grandes diferenciais que a operadora de turismo agrega aos viajantes. E durante este período de pandemia, ele foi imprescindível para trazer de volta para casa, em segurança, milhares de passageiros de todas as partes do mundo, além de assumir a responsabilidade por processos de cancelamentos, postergações e substituições de viagens — preservando o tempo, as finanças e o equilíbrio emocional de seus clientes.

Poderia passar um dia todo falando sobre o papel do operador. Mas, em resumo, as operadoras de turismo são grandes vitrines, que promovem, divulgam e expõem destinos e fornecedores, atuando como verdadeiras interfaces entre esses e o viajante, contribuindo diretamente para conhecimento, consolidação e desenvolvimento do turismo.

Todo este repertório e posicionamento tornam as operadoras de turismo parceiras estratégicas na economia turística, sobretudo também pelo seu papel e posição conectando as pontas do fornecimento e do consumo, a oferta com a demanda.

Temos um imenso valor na relação com os destinos e com a ampla rede de fornecedores. Somos o elo que conecta pessoas a um mundo de possibilidades. 

BRAZTOA 33 ANOS – TROCANDO AS ASAS COM O AVIÃO EM PLENO VOO

Os 33 anos da BRAZTOA chegaram nesta terça-feira, 31 de maio, dia no qual completo mais um ano de gestão à frente da entidade e abro caminho para outro novo ciclo por aqui. Um novo ciclo para mim e para essa grande associação. Trabalhamos muito, recalculamos rotas, evoluímos, e, mais do que isso, colecionamos novas histórias.

Muitos setores alegam que tiveram que tomar decisões cruciais sem poder parar para planejar ou se preparar, algo como “trocar o pneu com o carro andando”. No turismo, não foi diferente e podemos fazer nossa própria analogia: “trocamos as asas com o avião em pleno voo”. Uma expressão perfeita para resumir este terceiro ano da minha gestão (primeiro do segundo mandato) e dos meus pares no Conselho de Administração da Associação – e tenho certeza de que resume bem o dia a dia dessa recuperação que estamos acompanhando.

Afinal, era tudo o que queríamos: movimento, negócios e vendas estão sendo retomados gradativamente – para alguns, em ocasiões ainda diferentes – mas a tão esperada recuperação do turismo está acontecendo e isso é inegável hoje: temos R$ 7,1 Bilhões de faturamento e um volume de 7,4 milhões de embarques de passageiros atendidos por nossos associados, registrados no Anuário Braztoa 2022.

Não foi fácil chegar nesses números, a gente sabe bem.

E se houve um turbilhão de trabalho em cada um dos nossos associados para reorganizar a casa, compreender um novo panorama comercial, negociar e renegociar com fornecedores e clientes e redirecionar esforços em busca de resultados, aqui nos bastidores do mercado – onde tentamos construir um ambiente para que os negócios turísticos fluam sem problemas – não foi menos complicado. Houve muita lombada no ar.

Já vamos começar por nosso maior empecilho: o Imposto de Renda sobre Remessas ao Exterior não decolou e completou dois anos de existência no dia 22 deste mês de maio, ainda no patamar surreal de 25%. E não faltaram cobranças, reuniões, documentos, buscas de fontes compensatórias, compromissos e promessas. Mas não vamos desistir.

Mas também tivemos outras rotas vitoriosas, sejam externas – como a renovação da lei dos cancelamentos de serviços turísticos, para citar apenas uma das inúmeras pautas institucionais em que atuamos – ou internas. E estas foram várias: as novas maneiras de apresentar destinos conhecidos, como Catalunha e Colômbia; a experimentação e o ar fresco de novos associados; o alinhamento de uma Lei Geral de Proteção de Dados funcional para a operação de viagens; a retomada do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade; o reencontro pessoal proporcionado pela Convenção Braztoa.

Isso tudo em conjunto com um trabalho que acontece em paralelo, constante, que também foi essencial para ajudar a recuperação do nosso mercado: a comunicação e os números. A BRAZTOA e seus associados se empenharam muito em consolidar um acompanhamento mensal da evolução dos nossos negócios no Boletim Braztoa. Conseguimos levantar dados consistentes sobre nosso setor e projetar ainda mais a importância das operadoras, do turismo, do agenciamento de viagens em nossa economia. Continuamos sendo pauta constante e positiva na mídia – e aquele consumidor atento ou desavisado, lendo as notícias ou vendo o jornal, já sabe que pode voltar a embarcar tranquilamente conosco.

Foi ainda o ano do voo da Academia de Excelência Braztoa com o Programa Experiências Incríveis, com suas duas turmas nacionais e uma internacional com a Colômbia – que não apenas estão moldando possibilidades de negócios para quem assistiu, mas trouxe uma nova perspectiva para os diversos associados e alunos participantes: comprovou que somos todos absolutos especialistas no que fazemos. Fomos além das grandes marcas que fazem parte do nosso grupo: olhamos para o operador de turismo, o profissional que sobreviveu à pandemia e está, agora mesmo, pivotando o turismo brasileiro.

E isso diz tudo sobre o atual momento da BRAZTOA: nosso trabalho é buscar soluções, encontrar caminhos e fazer conexões, para que nossos associados continuem sendo especialistas e referencias em seus negócios, nas suas vendas, na sua atuação. Enquanto eles, seus fornecedores e agentes de viagens distribuidores direcionam os voos, as rotas e o futuro – no sentido figurado e no dia a dia dos clientes – com a tranquilidade de que vamos trocar todas as peças que forem necessárias.

Deixo aqui meu agradecimento por todas as parcerias, vivências e vitórias a cada um que se conecta a esta rede da BRAZTOA, diretamente ou indiretamente. Que venham novos capítulos, novos ciclos e ainda mais conquistas a todos nós!

Operadores e agentes: somos peças fundamentais na engrenagem do Turismo

Nos últimos anos, você deve ter lido muito sobre linhas de produção de carros ou outros produtos que precisaram ser paralisadas por conta da falta de uma única peça, não é mesmo? Produtos e serviços são resultado da junção de várias partes interdependentes, assim como no turismo.

Trazendo esta reflexão para o escopo dos operadores e agentes de viagens, penso que somos essa peça essencial. Aquela que se não estiver presente, não tem trabalho que seja bom o suficiente. E, caso tenha sido satisfatório, com a nossa presença, poderia ser memorável.

No começo da pandemia, nosso papel foi reconhecido pelo mercado: cancelamentos, remarcações, adiamentos, informações sobre fronteiras que abriam e fechavam, vacinas exigidas, protocolos em vigor, auxílio nas repatriações. São tantos casos, que aposto que muitas pessoas conhecem alguém que tenha precisado de ajuda em algum desses contextos.

Mas, hoje, não quero falar apenas dos problemas que solucionamos. Quero falar de transformação de vidas. Que você, caro colega de profissão, tem uma infinidade de socorros prestados com competência, não tenho dúvidas. Mas te convido a buscar – e compartilhar – cases de experiências transformadoras, que tiveram a contribuição do seu trabalho, da sua curadoria minuciosamente feita para alguém muito especial: o seu cliente. Seja ele novo ou já fidelizado.

Aproveito para compartilhar um case de uma cliente minha que ganhou destaque em uma recente matéria na imprensa – e, segundo ela, tem inspirado muitas outras pessoas. Com 42 anos, Josiane não queria ir para o Jalapão. Acabou embarcando na viagem por causa da experiência oferecida e porque sentia necessidade de sair de casa e da rotina. A guia que escolhemos para os roteiros era uma professora de constelação familiar (modalidade de terapia alternativa que busca identificar causas de problemas e conflitos pessoais a partir de dinâmicas de grupo).

Ela não esperava que a identificação com o local fosse tão grande, a ponto de se emocionar várias vezes nas visitas às cachoeiras da região. Josiane voltou para casa, onde morava em Curitiba, vendeu tudo o que tinha e se mudou para o Jalapão.

É disso que quero falar. As pessoas podem reservar seus voos, hotéis e passeios? Sim! A internet é um cardápio livre e aberto a todos. Em um momento no qual tudo está a um clique de distância, dizer que nada substitui as relações humanas pode parecer clichê, mas não é nada disso.

É como no caso daquela pessoa que sabe cozinhar muito bem, mas quando quer ser surpreendida, procura a comida dos melhores chefs,  nos melhores restaurantes. EXPERIÊNCIA pura, que só é possível ser oferecida de humano para humano. 

Em 2021, contabilizamos 7,4 milhões de embarques, o que corresponde a um aumento de 124,6% em relação a 2020 (3,3 milhões de pessoas), e 14,2%, se comparado a 2019 (6,5 milhões de viajantes).  Vamos, juntos e cientes da nossa expertise e importância, elevar esses números e transformar a vida de muitas outras pessoas?