De volta às experiências

Em 2020, quando tudo parou por conta da pandemia, o que você imaginou que estaria fazendo em 2021? Mais de um ano e meio depois?

Eu não imaginaria que demoraríamos tanto para voltar a fazer coisas tão triviais, mas no decorrer dos últimos meses, também não imaginava que eu estaria vivendo o que vivi nas últimas semanas de uma maneira tão intensa.

Nós, que trabalhamos com viagens, sabemos que nosso real papel é vender experiencias e que ele ganha mais qualidade quando comunicamos ou tentamos passar as sensações de algo que realmente vivemos.

Pois é, foi o que aconteceu por aqui. Em outubro, tivemos alguns eventos presenciais, como a Abav Expo & Collab e, no final do mês, o encerramento do Movimento Supera Turismo.

Pegar um voo com objetivos profissionais, caminhar pelos corredores de uma feira, rever amigos e parceiros, fazer apresentações e networking presenciais, testar, na prática, como estão os protocolos da retomada dos eventos e do turismo. Meus  amigos, revivi tudo isso e, confesso, parte de mim renasceu de maneira imensa.

Participar da abertura da Abav Expo & Collab com plateia cheia, encontrar vários amigos, conhecidos e pessoas que simplesmente me cumprimentavam e me chamavam pelo nome, mesmo sem nos conhecermos, foram momentos de renascimento, que estavam presos no peito há, pelo menos, 20 meses.

Mas as experiências ganharam o mundo! No mesmo mês, embarquei para  o Egito. No aeroporto encontrei um operador associado à BRAZTOA, que estava a caminho de Dubai com um grupo. Foi muito bom ver que o normal está voltando.

Já em Dubai, aguardando minha conexão para o Cairo na sala de embarque, nos sentamos ao lado da dona de uma agência de viagens que também ia para o Egito. Segundos depois, senti um tapinha no ombro e, para minha surpresa, outro operador BRAZTOA indo para o Egito com o filho. Realmente encontrar amigos e ver o turismo vivo foi de grande alegria.

Ao chegar no Cairo, tive a oportunidade de ver e sentir como são os protocolos sanitários, que, acredito, ainda ficarão por um tempo. Tudo muito burocrático, mas que por outro lado, oferece ainda mais segurança aos viajantes. E veio uma outra certeza absoluta: o papel do especialista em viagens é, mais do que nunca, absolutamente crucial para apoiar qualquer viajante frente a este novo panorama de regras e cuidados.

Enquanto isso, na cidade, entre muitas experiências surpreendentes e agradáveis, fui surpreendido por muitas pessoas sem máscara e, dependendo do local, como o mercado All Khalili, observei aglomerações. Me senti “um estranho no ninho”, mas pude viver na pele o que tanto falamos por aqui: os protocolos dependem das ações individuais para que tenham sucesso. Eu fiz a minha parte.

Em seguida, fizemos um cruzeiro sobre o Rio Nilo, uma experiência fantástica, com início em Luxor e final em Assuan. Visitamos templos, monumentos e o Vale dos Reis.

Mas não pensem que parou por aí. A viagem foi intensa e, no dia 15 de outubro, comemorei meu aniversário em pleno Egito, sobre o Rio Nilo, com direito a bolo e Festa Egípcia surpresa, organizada pela minha operadora e pelo nosso receptivo local.

Depois, fui para Dubai e participei da EXPO, que vai até Março de 2022. Uma feira fantástica, onde 192 países apresentam o que têm de melhor e quais são os seus planos para futuras tecnologias

Minha intenção não é fazer um diário. Nós, profissionais do turismo, colocamos um pouco de nós e das nossas paixões em cada roteiro que criamos, em cada sonho de viagem que realizamos. Isso é compartilhar!!

Por isso, quis dar detalhes dessas reconquistas vividas em tão pouco tempo, mas que, além de terem sido transformadoras, me trouxeram aquele ar de que as coisas estão fluindo novamente.

Quanto mais energizados e motivados estivermos, melhor. Viver tudo isso me trouxe insights, abriu portas e trouxe luz para tudo que ainda está por vir. Eu me inspirei e quero, com isso, te inspirar.

É muito bom voltar!

Recuperação do emissivo internacional: o papel fundamental do IRRF

Atualmente, cerca de 42 países estão com restrições leves para receber brasileiros. A cada dia, semana ou mês, essa lista cresce, ganha novos nomes e traça um novo mapa das viagens internacionais.

Desde o início da pandemia, em 2020, temos acompanhado notícias sobre fechamentos e reabertura de fronteiras. Nosso papel, além de vender viagens, é realizar os desejos de muitas pessoas cujos sonhos têm destinos certos. Como empresário e como entidade do setor, reforço que a recuperação das viagens internacionais tem um papel fundamental para cada uma das empresas que operam destinos fora do Brasil.

Mas será que essa recuperação depende apenas da abertura de fronteiras? Claro, a evolução desse indicador, mesmo que a passos lentos, tem trazido cada vez mais fôlego para o tão sonhado retorno aos patamares de vendas de 2019, mas posso dizer que ele também depende de diversos outros fatores

O Boletim Mensal Braztoa de agosto apurou quais são, de fato, os principais desafios para a retomada das vendas de viagens internacionais. As restrições de circulação entre países, a retomada da malha aérea e os valores dos bilhetes aéreos estão no topo dos desafios enfrentados pelo setor. O valor e a variação cambial, além do surgimento de novas variantes da COVID-19 aparecem em seguida na lista que ainda traz como destaque a instabilidade política do Brasil e tipos de vacina aceitos pelo mundo.

A pandemia trouxe novos desafios, mas vemos que alguns pleitos e gargalos do setor veem de outros tempos. Aliás, de muito tempo atrás. Entre eles, está a busca pela publicação da  Medida Provisória que fixa a alíquota de 6% para o IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) para remessas enviadas ao exterior. Essa medida é  fundamental para que o setor não perca a competitividade e para que a evolução do emissivo internacional continue acontecendo.

Ela é urgente e necessária. Do que adianta a abertura das fronteiras se os custos de vendas de viagens ultrapassam o limite saudável de tributação? É como se, a cada venda, o custo fosse maior e os lucros ficassem cada vez mais escassos. A conta não fecha.

As viagens á Brasília e as reuniões com as autoridades competentes têm acontecido há anos. São estudos, números e dados que traduzem o real impacto dessa tributação que só acontece no Brasil.

As vendas para destinos internacionais entre os associados Braztoa saltaram de 12% m julho para 34,69% em agosto. A abertura de fronteiras, flexibilizações e a  vacinação, que segue avançando em território nacional, contribuíram para isso. Tanto que 95% das operadoras sinalizaram terem efetuado vendas para fora do país.

Em um panorama que está constantemente em mudança, a gestão torna-se cada vez mais necessária e relevante. Cada detalhe dos custos conta e precisamos que eles estejam alinhados com o que acontece ao redor do mundo e que nos ajudem nessa trajetória de força e recuperação que estamos trilhando com muito suor dia após dia.

Inteligência de mercado e fatores decisivos para a compra da viagem

Quero te convidar a responder rapidamente uma pergunta, antes de continuar a ler este texto, para ver se você acerta a resposta. Vamos lá: qual fator fica em primeiro lugar na hora do seu cliente decidir a compra da viagem?

Pensou?

Se você respondeu segurança ou vacina, preciso dizer: você errou. Mas, calma, esses dados são realmente surpreendentes.

Segundo o mais recente Boletim Mensal Braztoa, a abertura do destino é fator decisivo para 86% dos turistas e obter informações atualizadas é essencial para 79%. Estar vacinado é relevante para 75% dos viajantes e a flexibilização em relação aos pagamentos e remarcações estão no topo das prioridades de 74% e 75% dos turistas, respectivamente.

Analisando bem, parece uma perfeita descrição do nosso trabalho como operadores, agentes, consultores de viagem. Esses dados mostram que os nossos serviços personalizados têm se revelado fundamentais para os viajantes, agregando valor à cadeia de distribuição, principalmente em relação à qualidade e agilidade nas informações e flexibilização na relação de compra.

A segurança está na informação rápida e de fonte verídica. A segurança está em saber que você fez a melhor compra, no melhor momento, para o destino que vai te trazer experiências memoráveis. A segurança está em ter flexibilidade para remarcações e para fazer seus pagamentos da melhor forma. A segurança está no atendimento feito especialmente para você. A segurança está na disponibilidade 24 horas por dia, para o que for necessário.

Enfim, a segurança está em prover informações verdadeiras e precisas aos clientes, demonstrar que você realmente é  um especialista e sabe o que está falando. Mas não se engane, isso traz um custo a você, que deve ser valorizado pelos clientes.

Saber o que é importante para decidir se é, ou não, a hora de viajar é fundamental para que empresas, destinos e empreendedores do setor sigam um trabalho assertivo para a captação e fidelização do seu público.

Com a advento da pandemia, informações, números e pesquisas se tornaram ferramentas fundamentais para a decisões assertivas que, por sua vez, trarão segurança aos clientes. É por isso que focamos em ter mais informações e uma bom “termômetro” com as pesquisas. A evolução do Boletim Mensal Braztoa acompanha as mudanças do mercado. A cada mês, trabalhamos para obter dados inéditos e fundamentais para a tomada de decisão das operadoras e de toda a cadeia do Turismo, sempre trazendo uma linha do tempo comparativa e bem contextualizada dos fatos.

Com a contribuição dos operadores associados, que levam cerca de 20 minutos por mês para nos fornecer esse rico conteúdo (sim, poucos minutos que fazem toda a diferença) estamos trilhando nosso objetivo de gerar inteligência de mercado, o que tem elevado o nível das nossas pautas, modelos de gestão e atuação, além de reforçar o papel fundamental das operadoras e dos consultores de viagem nesse momento de reconstrução do setor.

O que vimos de melhor nesse levantamento vai além das cifras. Elas são fundamentais, claro, pois trabalhamos para que elas cresçam cada vez mais. Mas o que nos brilha os olhos é comprovar que estamos no caminho certo e que nossa atuação está sendo valorizada e se tornando cada vez mais essencial para que a experiencia da viagem seja 100% satisfatória.