Vivemos em tempos de Fígital: Físico + Digital!

Minha estreia neste blog não poderia acontecer em melhor momento. Prestes a completar cinco meses à frente da BRAZTOA, já não sou o mesmo Roberto. Aprendi muito nesse período e mudei muitos dos meus conceitos. Assim como o mundo e o nosso setor, as pessoas mudam o tempo todo, principalmente pelas experiências que vivem diariamente. Ainda bem!

Trago uma nova bagagem, construída pelo trabalho ativo em grandes eventos como o Braztoa Desvenda, duas edições do Experiência Braztoa, ABAV & ECB, e uma viagem de trem pela China, Mongólia e Sibéria (Transiberiano) de 20 dias que, com certeza, me trouxe grandes transformações pessoais e profissionais. Completo, agora, 80 países visitados.

Minha atuação na Braztoa não é de hoje. Fui diretor de Tecnologia desde 2011, vice-presidente, entre 2015 e 2019, até assumir a presidência do Conselho de Administração da entidade para o biênio 2019/2021.

Uso com frequência a expressão H2H, não apenas nos meus discursos, mas em todas as coisas nas quais coloco minha energia, minhas ações. É de Humano para Humano, com muitas ideias e entusiasmo, que faço meu primeiro post neste canal falando sobre o “Fígital”!

Não existe mais experiência só física ou só online, somos seres híbridos e vivemos em tempos de Fígital! Físico + Digital!

Trago alguns exemplos:

• Internet já possui 75% de penetração na população, superando até mesmo o saneamento básico (51%). (IBGE).

• Enquanto o PIB encolhia até 4%, a venda de smartphones e outros devices crescia 20% e em 2019 chegamos a 239 milhões de smartphones ativos no Brasil (FGV, 2019).

• 52% das viagens começam pelo Google, 38% do planejamento se inicia através do Youtube, que possui 50 milhões de visualizações mensais sobre o tema e crescimento mensal de 60%. Entre 2017 e 2018, o conteúdo relacionado à viagens cresceu 400% (Google Travel Brasil, 2019).

•Previsões indicam que até 2020, 70% das viagens serão marcadas com auxílio ou completamente através de smartphones (Travelport, 2018)

Mas, onde quero chegar ao citar tantos exemplos? Quero dizer que os mundos digitais e físicos são complementares, não concorrentes. Eles estão cada vez mais próximos e isso tem tudo a ver com experiência e engajamento.

As experiências que são compartilhadas, curtidas, filmadas, publicadas em inúmeras plataformas, são físicas, reais e inesquecíveis! Por isso são registradas.

Agora vem a pergunta que não deve ser calada: como está a relação do setor de viagens com tantas mudanças, tanta tecnologia?

É fato que vivemos uma disrupção, essa força global que está acelerando desenvolvimentos tecnológicos, mudanças de comportamento do consumidor e fomentando modelos de negócios inovadores que continuarão a mudar o jogo do futuro da indústria de viagens. É um movimento irrefreável.

O ambiente online não pode ser visto como prejudicial, as agências e operadoras devem explorar e aproveitar as inúmeras possibilidades que se abrem e dar vazão ao conhecimento e vivência adquiridos por tanto tempo no setor, acompanhando e se empoderando das novas tecnologias.

Quer um conselho? Pense a tecnologia como algo para simplificar suas ações, não algo que as tornem ainda mais complexas ou ainda que prejudique seu negócio. Repense o modo que as pessoas podem acessar seus ativos e serviços e estimule modelos mais abertos, de fácil assimilação e uso.

Busque sempre a geração de valor, tornando seu produto ou serviço cada vez mais interessante e desejado. É por isso que a customização da experiência é essencial. Não existe uma abordagem única para todos.

O Agente deve progressivamente (se ainda não ocorreu) se tornar um consultor para seu cliente, talvez até mais ser um curador para realizar o sonho do seu cliente. Deve oferecer a ele atividades, produtos, serviços pensados cuidadosamente. Isso não tem preço! E é dever de cada “curador de viagens” demonstrar o valor do serviço oferecido e convencer o cliente do valor da viagem, ou melhor, do sonho que está recebendo.

Lembre-se: Quem é sempre capaz de aprender não fica obsoleto nunca.

Roberto Haro Nedelciu, presidente da BRAZTOA.

A Braztoa e eu….

A minha história se confunde e se mistura com a da entidade. Faz muito tempo que andamos e crescemos juntas e nesse tempo, o mundo e o Brasil mudaram, o turismo e nossos negócios também. Minha essência é a mesma, mas foram tantas mudanças, tantas conquistas. Percorri um longo caminho, mas foi  tão rápido, que às vezes, sem me dar  conta, já me transformei, e tenho que me reconhecer novamente

A primeira vez a gente nunca esquece… já tive algumas “primeiras vezes” na minha vida.

Em 2015, a Braztoa e eu fomos cúmplices, inauguramos a primeira presidência feminina da entidade. Não deveria ter sido motivo de comemoração.  Afinal, estamos no século XXI, mas foi.  Porém, sempre tive comigo que meu reconhecimento deveria ser fruto da minha capacidade e da minha autenticidade, nunca do meu gênero. E ali vivendo “mais” uma crise, um momento de quebras, de reinvenção, de desafios de toda ordem, comecei a historia desta presidência.  

Nós ousamos, fomos atrevidas… para questionar, para explicitar, sair do lugar comum, para fazermos do nosso jeito, para acharmos novas respostas para as mesmas  perguntas de sempre. Sabemos que se não tivermos coragem para colocar o dedo nas feridas do nosso setor, seremos omissas… e não podemos nos calar… nem eu e nem a Braztoa.

É…nesses 30 anos vivemos tempos extremos…muitos inocentes foram prejudicados pela corrupção, irresponsabilidade e ganância de outros.

Há os que persistem a todo custo, matando famílias e sonhos, condenando destinos turísticos e o sustento de muitos, tirando o sono de inocentes com o alarme de “mais lama” iminente… As obras de Aleijadinho não têm pernas para correr.

Não podemos permitir que nossa história fique sem manutenção, naufragando na lama… ou sendo queimada de forma irresponsável…

As tragédias se seguem: passam pelos jovens do Flamengo, pela proliferação da violência contra as mulheres, pela incapacidade das nossas cidades de absorver as águas das chuvas, os doentes em hospitais, ou mesmo os foliões que só querem brincar o Carnaval com segurança…

Não se tratam de catástrofes naturais, como furacões e terremotos. Nem de terrorismo, grande mal que atormenta outros países. Estou falando de uma crise interna, causada pela falta de planejamento e pelas omissões das autoridades para o investimento real e correto do dinheiro dos nossos impostos. Nós, que sobrevivemos até aqui, temos a responsabilidade de não achar normal, o que não é.

Ninguém pode calar a voz ou tirar da nossa gente o direito de viver em paz… de ser quem é… de usar a cor que bem entender… de não comungar de valores que não lhe respeitem.

Não é quem nos governa que vai garantir a ordem e o progresso que perseguimos. A gente não tem que lutar contra um governo ou a favor de outro. Precisamos ser nossa melhor versão e nos representar. Exigir que sejamos valorizados e respeitados como seres humanos, não permitir sermos manipulados.

O Brasil  é resultado de uma  maravilhosa mistura. Mais que isso, precisamos valorizar nossas diferenças, entendendo que não carregamos uma mácula, mas um trunfo. Somos um e não queremos ser divididos, queremos continuar nos misturando …

Conquistamos a redução do IRRF e a flexibilidade nos vistos, a nossa experiência não tem preço e nem concorrência, paguem os mesmo impostos, gerem empregos, girem a economia brasileira e vamos ver quem sai ganhando? Aposto que o Brasil.  

É gente, fazer 30 anos dá nisso. Não queremos mais tapar o sol com a peneira…e nos recusamos a esconder as coisas debaixo do tapete. Ficamos à flor da pele… e mais emotivos com as celebrações.

Agradeço e parabenizo a cada um dos associados Braztoa. Aos presidentes que me antecederam e ao conselho de administração que divide comigo essa gestão.  Unidos estamos construindo diariamente o caminho, uma associação sustentável e reconhecida como uma das mais importantes entidades do setor.

Enfim, celebro este aniversário com orgulho da minha trajetória, da minha associação, dessa jornada emocionante e bem-sucedida.

Encerro este ciclo sendo, mais uma vez, sendo eu mesma. Quero dizer que muitas pessoas moram dentro do meu coração e muitas construíram a mulher que sou hoje. Por isso, hoje sou branca, sou negra, sou mulher e sou homem, sou pai e mãe, sou trabalhadora, sou diversa e amo a diversidade. Sou brasileira, patriota, agente de viagens com muito orgulho de mim e dos meus pares.

Termino este texto com uma das frases mais poderosas que já ouvi nos últimos anos: Ninguém solta a mão de ninguém!

       …..eu e a Braztoa!

O Turismo e a(s) fera(s)

Finalmente o presidente foi eleito! Ah, e o governador também! Não tem mais nenhuma importância se foi o meu ou o seu candidato. Eles agora são os nossos.  Nosso presidente e nosso governador. E ser a parte que os cobram, que defende e que os questionam, não significa ser a oposição, significa ser CIDADÃO.

E o turismo no meio de tudo isso? A agitação tomou conta de todos os grupos que participo, todos querendo e fazendo muito, documentos entregues, cartas ao presidente, agendas sendo incansavelmente solicitadas para estarmos presentes, para sermos ouvidos, nós somos aquela indústria que pode gerar empregos, e renda imediatamente. Nós somos aqueles que precisam de prioridade.

Portanto vamos falar mais, escrever mais, nos unirmos, contar em prosa e verso e realidade:  o que é  o Turismo. Temos que acontecer! Comecem a falar, a questionar, a brigar pelo turismo, vamos colocar um holofote gigante em cima deste TURISMO  brasileiro. Vamos brigar por isenções, investimentos e justiça para um setor PRIORITÁRIO.

Sr. Presidente Jair  M. Bolsonaro,  Srs. Governadores _  em especial Sr. João Dória, Governador eleito do meu estado _  estamos ansiosos e prontos para vocês , e esperamos que o inverso seja verdadeiro. Nos acolham, nos ouçam, cumpram suas promessas, gravadas , escritas e faladas de  que o Turismo seria de suma importância em suas gestões. Prezados, trabalhem por nós e nos deixem trabalhar com força para o Brasil, queremos muito e estamos prontos.

Vamos juntos encontrar soluções para este país, chega do mesmo ‘mimimi’! Chega de criticar sempre e sem parar. Nessa semana  saiu uma sobrecapa da revista Veja com a pergunta ‘Por que Turismo? ’. Eu adorei, parabéns publicamente a iniciativa…..mas surpresaaaaa…..Os que só criticam, claro criticaram (é saudável criticar), sou uma das pessoas mais criticas que conheço e não me preocupo de expressar minhas opiniões sempre. Mas 100% das iniciativas governamentais ou não serem sempre criticadas? NÃOOOOOOO, ACABOU  E TEMOS 4 ANOS PELA FRENTE, ACORDEM  E ‘CHEGA DE MIMIMI’.

Nossa consultoria como Especialistas em Turismo vale ouro!

Nossos documentos, preparados a varias mãos e varias mentes, têm um valor imenso. Vamos valorizar o que temos de melhor: nosso conhecimento, nossa sabedoria. Vamos torcer para que mesmo que o nosso presidente não seja o seu , que ele seja espetacular, que mude radicalmente um país que merece ser reconstruído .

Falem de turismo, todo dia, toda hora, falem muito e sempre.