Hora de fazer as malas para 2022 – o que levaremos para eSTA nova jornada?

2022 começou há pouco mais de 20 dias e já parece ter se passado um ano inteiro, tamanha intensidade do que vivemos. Ao mesmo tempo, sinto claramente que temos muito, muito a fazer.

Gosto de planejar o ano pensando nele da mesma maneira que me concentro para fazer uma mala de viagem: com empolgação, certo frio na barriga pelas experiências que estão por vir, pensando em cada detalhe que pode ser planejado e posso precisar, e, claro, pronto para os imprevistos.

Boa parte da bagagem de 2022  vem da mala que usamos em 2021. Itens que gostamos de conviver, como a força, a resiliência, a agilidade em aprender e oferecer coisas novas e a disruptividade chegaram antes mesmo do ano que acabou, mas, com certeza, serão nossos companheiros por muto tempo. E isso é ótimo!

Mas existem coisas que não têm mais espaço na mala do ano novo, mas teimam em ocupá-la. Além da COVID-19 e suas variantes, fato com o qual teremos que lidar com cautela e responsabilidade por muito tempo, temos o inesperado e inaceitável “recuo” do Ministério da Economia, nos últimos minutos de 2021 que, consequente, retirou a redução do IRRF sobre as remessas de valores ao exterior da Medida Provisória, que já estava sendo negociada há dois 2 anos,  e que, segundo representantes do próprio Ministério da Economia, é um imposto que NÃO deveria existir.

Esse IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) há anos incide sobre os altos tributos atribuídos ao setor e penaliza as agências e operadoras de turismo com uma carga tributária extra que compromete as vendas e, por consequência, os empregos de milhares pessoas. O ministério do Turismo fez outra MP, que está no Ministério da Economia desde 14 de janeiro deste ano. Sobre esse tema, aguardamos a resposta e o respeito que todo o trade merece.

Mas 2022 é um capítulo novo da nossa história e isso também é sinônimo de novos planos. Por isso, agora quero falar sobre o que estreia nesta bagagem.

Depois de um hiato de duas edições, a realização do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade 2022 está confirmada e virá diferente! Uma notícia que muito nos orgulha, já que esse tema se mostra cada dia mais imprescindível para que o desenvolvimento do turismo seja consistente e responsável. O evento vai acontecer em abril, na Serra Catarinense, junto com o SEEDS e com a Convenção Braztoa, e já conta com grandes parceiros e apoiadores, como o Conserra (Conselho de Turismo da Serra Catarinense), a Amures (Associação dos Municípios da Região Serrana), o Iberostar, a SANTUR (Agência de Desenvolvimento do Turismo de Santa Catarina) e o Ministério do Turismo.

Mudamos nosso estatuto e criamos o Programa de Experimentação, no qual operadores que tenham interesse em fazer parte da BRAZTOA, mas não conhecem seu trabalho de perto, poderão vivenciar alguns dos benefícios oferecidos, sem custo, por um período de 60 dias. Queremos, com isso, reforçar ainda mais a atuação da entidade em nível nacional e ampliar o canal de networking entre membros, um dos grandes diferenciais da associação.

Sem contar os grandes planos que temos para realizar, em março, uma edição do Encontro Comercial Braztoa, para adaptar os Boletins Braztoa, que levam dados e inteligência de mercado que auxiliam na tomada de decisão dos nossos associados e parceiros, além do Programa Experiências Incríveis que, ao lado de outras iniciativas, consolidarão ainda mais os avanços da Academia de Excelência Braztoa. Novidades estão por vir!

Entre idas e vindas, mudanças e reconstruções, viajar é algo que permanece na lista de desejos das pessoas. Aliás, vimos que nossos produtos são mais do que roteiros, mas planos que precisam surpreender as expectativas das pessoas. Fazemos isso muito bem e continuaremos fazendo com excelência. Isso nunca saiu e jamais sairá da nossa bagagem

Além disso, o papel de especialistas das operadoras de fornecer informações reais e atualizadas, além de total assessoria para os viajantes, está sendo muito valorizado, por conta das constantes mudanças de cenário desse mundo que não para.

Não posso deixar de falar da humanização das relações, única maneira de traduzir sonhos em viagens, coisas que só pessoas podem fazer por outras pessoas.

Preparem suas malas e se programem para um ano transformador, assim como as viagens que proporcionamos.

De volta às experiências

Em 2020, quando tudo parou por conta da pandemia, o que você imaginou que estaria fazendo em 2021? Mais de um ano e meio depois?

Eu não imaginaria que demoraríamos tanto para voltar a fazer coisas tão triviais, mas no decorrer dos últimos meses, também não imaginava que eu estaria vivendo o que vivi nas últimas semanas de uma maneira tão intensa.

Nós, que trabalhamos com viagens, sabemos que nosso real papel é vender experiencias e que ele ganha mais qualidade quando comunicamos ou tentamos passar as sensações de algo que realmente vivemos.

Pois é, foi o que aconteceu por aqui. Em outubro, tivemos alguns eventos presenciais, como a Abav Expo & Collab e, no final do mês, o encerramento do Movimento Supera Turismo.

Pegar um voo com objetivos profissionais, caminhar pelos corredores de uma feira, rever amigos e parceiros, fazer apresentações e networking presenciais, testar, na prática, como estão os protocolos da retomada dos eventos e do turismo. Meus  amigos, revivi tudo isso e, confesso, parte de mim renasceu de maneira imensa.

Participar da abertura da Abav Expo & Collab com plateia cheia, encontrar vários amigos, conhecidos e pessoas que simplesmente me cumprimentavam e me chamavam pelo nome, mesmo sem nos conhecermos, foram momentos de renascimento, que estavam presos no peito há, pelo menos, 20 meses.

Mas as experiências ganharam o mundo! No mesmo mês, embarquei para  o Egito. No aeroporto encontrei um operador associado à BRAZTOA, que estava a caminho de Dubai com um grupo. Foi muito bom ver que o normal está voltando.

Já em Dubai, aguardando minha conexão para o Cairo na sala de embarque, nos sentamos ao lado da dona de uma agência de viagens que também ia para o Egito. Segundos depois, senti um tapinha no ombro e, para minha surpresa, outro operador BRAZTOA indo para o Egito com o filho. Realmente encontrar amigos e ver o turismo vivo foi de grande alegria.

Ao chegar no Cairo, tive a oportunidade de ver e sentir como são os protocolos sanitários, que, acredito, ainda ficarão por um tempo. Tudo muito burocrático, mas que por outro lado, oferece ainda mais segurança aos viajantes. E veio uma outra certeza absoluta: o papel do especialista em viagens é, mais do que nunca, absolutamente crucial para apoiar qualquer viajante frente a este novo panorama de regras e cuidados.

Enquanto isso, na cidade, entre muitas experiências surpreendentes e agradáveis, fui surpreendido por muitas pessoas sem máscara e, dependendo do local, como o mercado All Khalili, observei aglomerações. Me senti “um estranho no ninho”, mas pude viver na pele o que tanto falamos por aqui: os protocolos dependem das ações individuais para que tenham sucesso. Eu fiz a minha parte.

Em seguida, fizemos um cruzeiro sobre o Rio Nilo, uma experiência fantástica, com início em Luxor e final em Assuan. Visitamos templos, monumentos e o Vale dos Reis.

Mas não pensem que parou por aí. A viagem foi intensa e, no dia 15 de outubro, comemorei meu aniversário em pleno Egito, sobre o Rio Nilo, com direito a bolo e Festa Egípcia surpresa, organizada pela minha operadora e pelo nosso receptivo local.

Depois, fui para Dubai e participei da EXPO, que vai até Março de 2022. Uma feira fantástica, onde 192 países apresentam o que têm de melhor e quais são os seus planos para futuras tecnologias

Minha intenção não é fazer um diário. Nós, profissionais do turismo, colocamos um pouco de nós e das nossas paixões em cada roteiro que criamos, em cada sonho de viagem que realizamos. Isso é compartilhar!!

Por isso, quis dar detalhes dessas reconquistas vividas em tão pouco tempo, mas que, além de terem sido transformadoras, me trouxeram aquele ar de que as coisas estão fluindo novamente.

Quanto mais energizados e motivados estivermos, melhor. Viver tudo isso me trouxe insights, abriu portas e trouxe luz para tudo que ainda está por vir. Eu me inspirei e quero, com isso, te inspirar.

É muito bom voltar!

Recuperação do emissivo internacional: o papel fundamental do IRRF

Atualmente, cerca de 42 países estão com restrições leves para receber brasileiros. A cada dia, semana ou mês, essa lista cresce, ganha novos nomes e traça um novo mapa das viagens internacionais.

Desde o início da pandemia, em 2020, temos acompanhado notícias sobre fechamentos e reabertura de fronteiras. Nosso papel, além de vender viagens, é realizar os desejos de muitas pessoas cujos sonhos têm destinos certos. Como empresário e como entidade do setor, reforço que a recuperação das viagens internacionais tem um papel fundamental para cada uma das empresas que operam destinos fora do Brasil.

Mas será que essa recuperação depende apenas da abertura de fronteiras? Claro, a evolução desse indicador, mesmo que a passos lentos, tem trazido cada vez mais fôlego para o tão sonhado retorno aos patamares de vendas de 2019, mas posso dizer que ele também depende de diversos outros fatores

O Boletim Mensal Braztoa de agosto apurou quais são, de fato, os principais desafios para a retomada das vendas de viagens internacionais. As restrições de circulação entre países, a retomada da malha aérea e os valores dos bilhetes aéreos estão no topo dos desafios enfrentados pelo setor. O valor e a variação cambial, além do surgimento de novas variantes da COVID-19 aparecem em seguida na lista que ainda traz como destaque a instabilidade política do Brasil e tipos de vacina aceitos pelo mundo.

A pandemia trouxe novos desafios, mas vemos que alguns pleitos e gargalos do setor veem de outros tempos. Aliás, de muito tempo atrás. Entre eles, está a busca pela publicação da  Medida Provisória que fixa a alíquota de 6% para o IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) para remessas enviadas ao exterior. Essa medida é  fundamental para que o setor não perca a competitividade e para que a evolução do emissivo internacional continue acontecendo.

Ela é urgente e necessária. Do que adianta a abertura das fronteiras se os custos de vendas de viagens ultrapassam o limite saudável de tributação? É como se, a cada venda, o custo fosse maior e os lucros ficassem cada vez mais escassos. A conta não fecha.

As viagens á Brasília e as reuniões com as autoridades competentes têm acontecido há anos. São estudos, números e dados que traduzem o real impacto dessa tributação que só acontece no Brasil.

As vendas para destinos internacionais entre os associados Braztoa saltaram de 12% m julho para 34,69% em agosto. A abertura de fronteiras, flexibilizações e a  vacinação, que segue avançando em território nacional, contribuíram para isso. Tanto que 95% das operadoras sinalizaram terem efetuado vendas para fora do país.

Em um panorama que está constantemente em mudança, a gestão torna-se cada vez mais necessária e relevante. Cada detalhe dos custos conta e precisamos que eles estejam alinhados com o que acontece ao redor do mundo e que nos ajudem nessa trajetória de força e recuperação que estamos trilhando com muito suor dia após dia.