Quanto custa?

Embora seja extremamente importante atender às necessidades de cada um dos clientes que batem à nossa porta, é fundamental que nós, agentes de viagens, também voltemos nossa atenção para questões internas, as quais muito podem contribuir para o aprimoramento e consequente valorização dos serviços que prestamos.

Ainda hoje, em pleno século XXI, é possível perceber a enorme dificuldade encontrada pelas agências em encarar a precificação – hoje à base do fee como pilar estratégico do negócio. Este avanço histórico, que nos permitiu reduzir a dependência das comissões pagas pelas companhias aéreas e pelos hotéis, entre outros tantos fornecedores da cadeia produtiva do setor, já se transformou em muito mais do que apenas uma tendência de mercado.

No entanto, esta nova realidade, que inclui a cobrança de taxa pelos serviços prestados, já amplamente vivenciada no mercado de viagens corporativas pelas agências de viagens associadas à Abracorp, não comporta mais incertezas e temores. Independente do segmento ou nicho de atuação, cabe às agências de viagens receberem justa remuneração pelos serviços prestados.

Hoje, mais do que nunca, é preciso investir em capacitações que orientem desde assistentes administrativos a consultores de viagens sobre o universo da administração financeira. É imprescindível que todos compreendam o fluxo financeiro das agências de viagens e o impacto contábil e financeiro gerado a partir da emissão de uma reserva, conhecendo também mais a fundo os impostos incidentes em cada uma das operações.

Agora eu pergunto: você sabe rentabilizar sua empresa?

Edmar Bull

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8 thoughts on “Quanto custa?

  1. Prezado Edmar
    Seria interessante a criacao de um guia inclusive para as agencias de viagem, seria uma boa forma de sustentar o conhecimento e principalmente gerar valor e confianca em cada venda.
    Abracos!
    James

    1. Olá, James:
      Agradeço sua participação e sua sugestão, lembrando que os participantes dos cursos promovidos regularmente pelo ICCABAV, em âmbito nacional, e CICTUR, no Estado de São Paulo, oferecem uma excelente grade de programação, com farto material de apoio apostilado sobre os diversos temas abordados, nas áreas de administração, comportamento, produtos e geografia.
      Abraços,
      Edmar Bull

  2. Edmar,
    Boa noite
    Parabenizo por mais este tema em seu blog.
    A questão da Precificação para todas as agências de viagens é um dos Pilares extremamente estratégicos por vários pontos de vista:
    1- Quem precifica conhece seus custos, sua produtividade, seus riscos, ou seja conhece tudo aquilo que se refere ao lado financeiro, que na grande maioria dos casos está entre o primeiro e o segundo lugar no ranking dos fechamentos de agências, operadoras, etc dos últimos anos.
    2- Quem precifica defende seus serviços e consegue mostrar ao seu cliente o seu valor como prestador de serviços e em todos os tamanhos de Clientes tem inúmeros argumentos para demonstrar ao decisor na ponta que, num país onde os custos de impostos e mão de obra são os mais altos do Mundo em desenvolvimento, terceirizar esta demanda é muito mais viável do que assumir diretamente, por exemplo.
    3- Quem precifica e vive da receita proveniente dos Clientes, não vai para a UTI a cada mudança de estratégia dos Fornecedores que em quase todos os casos reflete em redução de comissão, over, e outras formas de receita oriundas do Fornecedor.
    Este tema já não é novo no turismo. Tenho debatido, e trabalhado a favor dele há anos, desde quando fui Agente de Viagens e nos últimos anos como Consultor, Palestrante e Coaching.
    O Brasil ainda é um dos últimos países onde esta situação acontece e sinceramente eu tenho plena certeza que isso ira durar pouco tempo.
    Escuto há anos, agentes alegando que o Fee não vai vingar, porque o Cliente não vai deixar, e etc. O que acredito, porque vi acontecer entre os anos de 2000 à 2002, foi a queda do comissionamento nos EUA onde trabalhei como emissor em uma agência de viagens em Miami. O Cliente sequer teve a chance de ser consultado.
    Finalizo afirmando que o Fee é um imposição da indústria e do principal fornecedor da cadeia e irá acontecer queiram os Clientes, Agentes ou quaisquer outros que pensem contrariamente a isso.
    Depois de anos estudando isso, tenho o orgulho de anunciar, como já fora realizado no Panrotas, que o primeiro software de Precificação específico para agências de viagens, o PRICETUR, será lançado no segundo semestre deste ano, pela Capacitar. A missão deste Projeto é ajudar aos agentes como uma solução facilitadora para mais esta fase na busca pela longevidade.
    Um grande abraço
    Grato,
    Lúcio Oliveira

    1. Olá, Lúcio:
      Agradeço sua participação e endosso sem ressalvas suas considerações, lembrando que é indispensável para todas as agências de viagens realizar investimentos constantes em treinamento e na capacitação dos colaboradores, independente de quais sejam os cargos ocupados e as funções desempenhadas por eles.
      Podemos contar nos dedos de uma mão as agências de viagens que possuem mais de 50 anos de atuação ininterrupta em nosso país. Reduzida também é a quantidade de empresas do nosso setor com mais de 30 anos. Recursos humanos e tecnológicos parametrizam a longevidade e a rentabilidade do nosso negócio.
      Sucesso em mais esta empreitada!
      Abraços,
      Edmar Bull

  3. Boa tarde Edmar!
    Quero parabeniza-lo pelo texto!
    Com relação a capacitação, você tem toda razão. As pessoas são o diferencial das organizações, desde o colaborador mas simples até o de cargo mais elevado. Todos deve estar alinhados com as politicas e ações da empresa. Conhecimento é fundamental!
    Mas para isto a capacitação é de extrema importância!
    Trabalho a 18 anos em uma grande agência em Belo Horizonte (que é afiliada da Abracorp) e neste tempo me graduei, e fiz alguns cursos na área financeira (minha área de atuação), mas todos pagos integralmente por mim e em um ambiente macro. Sinto falta de treinamentos dentro da nossa área, especificos para o turismo, pois o que aprendemos acaba sendo no dia a dia, fazendo o serviço. Em nenhum momento nestes 18 anos a empresa me proporcionou um treinamento.
    É inegavel que o funcionário tem que buscar a sua própria capacitação, pois é sua carreira que esta em jogo, mas as empresas que também investem nisto ganham, e muito. Investir em capacitação não é custo ou despesa, é investimento.
    Grande abraço!
    Leonardo

  4. Sr. Edmar, eu li no blog do Arthur, que a ALAGEV esta apoiada pelo estatuto para a candidatura de um Presidente que trabalha numa TMC, mas como tudo no Brasil, é “legal”, mas é “moral” ? António

    1. Olá, António:
      É fundamental que as entidades tenham autonomia em suas decisões e sejam responsabilizadas por suas escolhas.
      Abraços,
      Edmar Bull

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