Gargalos do Setor

O mercado de viagens corporativas segue em rota de crescimento. Segundo os dados do IEVC (Indicadores Econômicos de Viagens Corporativas) calculado pela Associação Latino-Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev) e Senac-SP, com o apoio da Abracorp, e divulgados durante o LACTE 8, o setor apresentou crescimento de 12,88% em 2012, com faturamento recorde de R$ 32,31 bilhões.

Desse montante cerca de um terço concentra-se na movimentação das agências associadas Abracorp. As 31 empresas que compõem a entidade foram responsáveis por R$ 11,5 bilhões, o que mostra a sua importância, não só para o segmento corporativo, mas também para todo o setor de viagens.

Não fossem os problemas de infraestrutura, o faturamento poderia ter sido ainda maior. Mas todos sabem que ainda existem gargalos a serem superados.
Para que a curva se mantenha em alta é primordial manter a união entre os diferentes elos que compõe o setor, com constantes investimentos em capacitação de recursos humanos e tecnológicos. Assim, os serviços de gestão de viagens corporativas renovam e fortalecem, cada vez mais, a Abracorp como referência setorial. Clique aqui para conferir entrevista veiculada no Jornal das Dez, da Globo News, abordando o tema em pauta.

Ninguém merece

De acordo com dados divulgados pela Abracorp, o preço médio dos bilhetes aumentou 15% em 2012, comparado a igual período do ano passado. Detalhe: os passageiros embarcados ficam também sem opção de escolha e sofrem com serviços de bordo cada vez mais precários ou custosos.

Quem já paga elevadíssimos custos aeroportuários, considerados um dos maiores do mundo, é obrigado a financiar a recuperação do preço das passagens aéreas?

Com base neste cenário, o que todos merecem é receber ao menos assistência e consultoria qualificadas, antes, durante e após a viagem. Ou seja: serviços de pesquisa, de análise (relação preço-qualidade), de reserva e de emissão de tkts fornecidos mediante a orientação profissional das agências de viagens. Ninguém, independente da idade, do sexo, da religião, do poder de consumo, do grau de escolaridade ou de qualquer outro atributo, merece acumular também a responsabilidade de encontrar a melhor opção de compra.

Afinal de contas, até mesmo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) encontra dificuldades para monitorar e para analisar as diferentes condições tarifárias existentes, estudar regras complexas e avaliar a legalidade de penalidades e multas cobradas do consumidor.

Grito de alerta

Existem centenas de classes de tarifas à escolha de quem decide comprar uma passagem aérea do tipo ponto a ponto, sem escala. Cada companhia aérea utiliza um tipo de classificação tarifária, obrigando o comprador a degustar uma amarga sopa de letrinhas, que invade as telas dos micros, tablets, celulares e assemelhados.

Depois de chegar próximo de compreender a lógica do “yield management” e de mais alguns detalhes que compõem a complexa política tarifária das empresas da aviação comercial, campanhas promocionais surpreendem e desafiam o bom senso, com a oferta de preços irreais e de estoque desconhecido.

Diante desses fatos, que são atuais, é vergonhoso submeter o já sofrido cliente da aviação comercial a comprar uma passagem aérea dissociada do acesso à consultoria de uma agência de viagens de sua livre escolha.

A propaganda feita por empresas aéreas verdadeiramente interessadas em oferecer a melhor relação custo-benefício aos seus clientes deveria propagar um grito de alerta: prefira sempre a consultoria de agências de viagens associadas à ABAV, por exemplo. O vínculo das agências de viagens a entidades representativas do setor simboliza competência profissional recomendada para quem não teme a transparência.

Vale lembrar que todas as associadas Abracorp são também associadas à ABAV.