Elas desconhecem suas próprias regras. Semanalmente, as agências de viagens recebem, em média, pelo menos dez comunicados enviados pelas companhias aéreas informando sobre mudanças de tarifas; alterações de regras para emissão de passagens; novos critérios e prazos para o reembolso; enfim, um verdadeiro bombardeio de instruções desencontradas.
Com isso, os procedimentos operacionais estabelecidos pelas companhias aéreas dormem de um jeito e acordam de outro, tornando cada vez mais importantes os serviços prestados pelos profissionais que atuam como consultores, supervisores e atendentes nas agências de viagens corporativas. Embora já esteja comprovado que sabemos mais a respeito dessas regras do que quem as cria, não faltam ADMs para penalizar injustamente todos aqueles que sustentam com recursos do seu próprio bolso o apetite insaciável desta inaceitável indústria de multas.
Como se não bastasse tamanha inconstância nas regras estabelecidas de maneira unilateral, que são impostas aleatoriamente pelas companhias aéreas e castigam as agências de viagens, o canal de distribuição mais barato do setor sofre também maior complexidade de conciliação quando fatores diversos e frequentes provocam mudanças dos voos.
As companhias aéreas deveriam fazer apenas o que elas sabem fazer: voar. Deveriam também ouvir com atenção quem clama pelo bom-senso, é capaz de antever os impactos negativos que são causados por todas essas mudanças, propõe padrões de excelência e não suporta mais ter que financiar a irracionalidade reinante.