Reflexão comemorativa

Aqui estamos, às vésperas de mais um Dia do Agente de Viagens (22 de abril). A chegada desta data, de especial significado para nós, inspira a reflexão em torno do mesmo tema: a importância do associativismo. O velho, mas sábio ditado “a união faz a força” se enquadra – e como! – em nossa classe, às vezes poderosa, às vezes vulnerável.

A Abracorp não teria conquistado sua posição no segmento de viagens corporativas se não contasse com as agências associadas. Seu sucesso está atrelado ao papel que cada agente, esteja na empresa em que estiver, desempenhou e vem desempenhando com uma dedicação encontrada em poucos setores.

O mesmo se aplica a outras entidades, representantes de segmentos variados, mas voltadas a um mesmo objetivo: o fortalecimento de toda a cadeia produtiva do setor. Sendo assim, ainda que falemos a públicos diversos e atuemos em sentidos diferentes, é importante reconhecer – ou relembrar? – que todos nós estamos, constantemente, em torno de uma grande bandeira chamada ABAV.

A ABAV é, hoje, referência de desenvolvimento setorial no sentido mais amplo, conseguindo, sozinha, convergir diferentes interesses, trabalhar pela consolidação crescente da rede de agenciamento e distribuição de serviços turísticos e, ainda, defender a sustentabilidade no mercado, pensando no cliente, na agência de viagens e no fornecedor.

O objetivo da associação é o bem coletivo e sua força é refletida na magnitude da ABAV – Feira de Turismo das Américas. O evento congrega não apenas os profissionais do trade de turismo, mas, também, setores variados, em constante contato com os consumidores que demandam viagens: tecnologia, eventos, financeiro, de incentivo…

A menos de cinco meses da realização do evento, a feira já é um sucesso de expositores e de previsão de público, o que nos motiva a acreditar em uma grande adesão do segmento de viagens corporativas.

Deste modo, aproveitemos a data para pensar em nós mesmos, mas em um sentido coletivo, mais amplo. Vamos prezar o associativismo e, de uma vez por todas, desfrutar dos benefícios que ele nos traz.

Parabéns a todos pelo dia!

Qualificação profissional

“As pessoas são nosso principal bem. Temos de investir em sua capacitação e valorização”, disse James Hogan, CEO da Eithad Airways, companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos. A declaração consta no último post (10 de abril) do editor Artur Andrade e enfatiza algo que já salta aos olhos: a importância de contar com colaboradores qualificados no setor de viagens e turismo – e nos demais setores também. 

Sinônimo de benchmarking em gestão de viagens corporativas, a Abracorp, que atua nesta mesma direção, é protagonista desta tendência global, à medida que, em parceria com a ABAV-SP, se dedica, desde novembro do ano passado, a treinar jovens universitários, atendendo às demandas do setor. 

Com baixo custo e realizado em ambiente EAD (Ensino a Distância), o Programa de Capacitação de Profissionais seleciona colaboradores com real interesse no trade turístico e facilita a entrada no mercado de trabalho dos participantes que apresentarem um desempenho positivo. Das empresas que estiveram envolvidas na primeira fase do projeto, 45% delas se mostraram muito satisfeitas, atribuindo nota máxima à iniciativa, e 36% aos funcionários admitidos. Num cenário marcado pela carência de profissionais, os indicadores alcançados superaram todas as nossas expectativas. 

Vale a pena conferir a próxima edição do jornal PANROTAS, na qual a coluna Abracorp aborda justamente este tema. 

Agências de viagens, atuais e potenciais clientes corporativos e até mesmo os fornecedores dos mais variados elos da cadeia produtiva do setor, interessados em compartilhar práticas bem-sucedidas nas áreas de recrutamento, seleção, treinamento e encaminhamento de profissionais, podem obter informações complementares em contato com o site www.abracorp.org.br.

 

Só faltava essa!

A partir de agora teremos que ter dentro de nossas agências de viagens corporativas mais um departamento. Digo isto porque, além de cobrarem excelência de serviços, depositarem nas nossas agências a função de banco e exigirem mais prazo de pagamento, que não raro excedem a data do vencimento, querem que sejamos também uma espécie de departamento de finanças, estruturado para conferir pilhas de notas e faturas de hotéis e locadoras. Todos conhecem agências mais ou menos famosas pela agressividade competitiva adotada no quesito da flexibilidade comercial.

Somado ao peso desses dois quesitos – excelência de serviços e flexibilidade comercial –, que impactam sobre a rentabilidade das agências de viagens corporativas, é justo exigirem a criação de uma financeira ou de um departamento fiscal treinado para conferir as faturas de hotéis? Temos que recrutar, selecionar, treinar, gerenciar e dirigir equipes produtivas, comprovadamente capazes de conferir faturas de hotéis? Analisar despesas de acordo com a política de viagens de cada corporação, inclusive tendo de incluir a conferência de faturas já liquidadas, pagas diretamente pelos clientes em sistema de conta virtual?

A novidade sugere os seguintes procedimentos:

  1. Os hotéis e as locadoras deverão faturar contra o cliente final, com o CNPJ do mesmo e, contabilmente, dentro da competência do mesmo mês;
  2. As notas dos hotéis e das locadoras não poderão mais ser tiradas em nome da agência por conta do Sped (Sistema Público de Escrituração Digital);
  3. Os hotéis e as locadoras deverão emitir notas diretamente ao cliente final;
  4. O cliente final deve conferir a procedência e os dados de cada nota emitida;
  5. O cliente final deve disponibilizar aos hotéis, em suas diferentes unidades, a relação de CNPJs, identificando o tipo de cobrança correspondente. Ou seja: de terceiros;

Com isso, uma única hospedagem pode gerar para o cliente várias notas, tais como a emitida, pelo hotel, para a cobrança de uma ou mais diárias; as despesas com alimentos e bebidas do restaurante e as relacionadas a eventos, lavanderia, estacionamento, equipamentos, etc.
A irracional e também custosa complexidade operacional instalada requer sistemas de controle que garantam transparência a todos os envolvidos, sejam eles clientes, fornecedores ou agências, a quem cabe estruturar um eficiente departamento fiscal.
Conferir se o CNPJ do fornecedor poderia emitir este tipo de serviço ou se a nota pode ser aceita segundo os critérios administrativos que recomendam analisar o ramo de atividade e o objeto social de cada fornecedor, incluindo consultas na Receita, Junta Comercial e, em alguns casos, em diferentes órgãos públicos, especialmente municipais, dá trabalho. Muitas horas e espaço suficiente para acomodar o novo departamento.
Que sejam departamentos qualificados para atender a falta de padrão dos fornecedores!
Sugestões são muito bem-vindas!