Tendências do setor

Em maio,  a  Abracorp divulgou os resultados da sua primeira pesquisa trimestral de vendas. Com essa iniciativa buscamos agregar cada vez mais prestação de serviços para o setor como um todo: as próprias agências de viagens, os clientes corporativos e os diferentes fornecedores.

As estatísticas setoriais revelaram que a Gol Linhas Aéreas assumiu a liderança no mercado doméstico, totalizando R$ 414,268 milhões em vendas registradas pelas agências associadas, com 34,5% do market share Abracorp. A TAM ficou logo atrás, acumulando R$ 395,6 milhões (32,9%). Nas viagens internacionais, a TAM manteve a liderança e movimentou R$ 145.720.886,00, com a tarifa média de R$ 2.821,38.

No que concerne ao segmento hoteleiro, o valor da diária média subiu em media 38% no mercado nacional e 45% no internacional. O destaque ficou por conta dos hotéis independentes, que totalizaram movimentação recorde de R$ 201.737.630 concentrando 41,8% do market share Abracorp, à frente das redes Atlantica (R$ 42.837.441,00) e Accor (R$ 42.381.210,00), que ocuparam a segunda e terceira posição no ranking, respectivamente. Os meios de hospedagem independentes também foram os mais procurados nas viagens para o exterior, superando 61 mil room nights, com movimentação de R$ 32.068.417,00 e representação de 51% do total entre as agências de viagens associadas à Abracorp.

A pesquisa também apontou que a Localiza continua líder no setor de locação nacional, respondendo por 59,7%, com a diária média de R$ 138,94.

Para o próximo trimestre, a expectativa é que a movimentação do setor de viagens corporativas registre queda, principalmente devido à realização da Copa das Confederações. Em contrapartida, haverão mais promoções em todas as rotas.

Dados estatísticos detalhados podem ser consultados no portal www.abracorp.org.br, à partir do link http://www.abracorp.org.br/?url=estatisticas_1s_2013. Vale conferir, analisar e comentar.

Edmar Bull

Gestão e resultados

Qual é o custo por atendimento em sua agência? Essa é uma simples questão. Porém, ela exige uma resposta que é de fundamental importância para a boa gestão empresarial.
Em 2010, com a parceria de várias ABAVs estaduais e o apoio da Air France, a Abracorp fez questão de abordar o tema ao promover uma série de palestras gratuitas, conduzidas por um experiente consultor, Julio Verna, da Qualitas. Qual o motivo? O então ainda novo modelo de remuneração à base da cobrança de “service fee”.
O objetivo foi fornecer ferramentas necessárias para que cada agência de viagens pudesse tirar o melhor proveito possível, ampliando seus ganhos. O conteúdo básico incluía análise do mercado de turismo, dos conceitos de cobrança de serviços, das políticas e sistemas de remuneração e das vantagens e transparência necessárias para a cobrança de serviços, entre outros assuntos pertinentes à rotina do agente de viagens.
O primeiro curso aconteceu em São Paulo, no dia 18 de outubro de 2010. De lá para cá, além das notas de agradecimento e dos depoimentos elogiosos que recebemos dos agentes participantes de todo o Brasil, será que podemos afirmar, em maio de 2013, que nós sabemos qual é o custo por atendimento em nossa agência? Sabemos quanto precisamos de fluxo de caixa? Sabemos encontrar o resultado para a equação custo X despesas X faturamento?

As ADMs e o Papa

ADM significa Administrative Debit Memo.

Em outras palavras, ADM é uma nota de débito emitida pelas companhias aéreas para a cobrança de taxas administrativas das agências de viagens que, em tese, tenham feito reservas de vôos de forma irregular ou tenham emitido passagens aéreas em desacordo com a política do contrato e da regra tarifária do bilhete.

Duas questões se impõem diante da definição acima.

Primeira: Existe um padrão estabelecido pelas companhias aéreas quanto aos procedimentos que devem ser adotados pelas agências de viagens na emissão das passagens? A resposta é não.

Segunda: As autoridades competentes no Brasil (leia-se, por exemplo, ANAC – Agência Nacional da Aviação Civil) fiscalizam ou, ao menos, regulam os termos de tais débitos (ADMs) que se estabelecem de maneira unilateral? A resposta também é não.

Damos graças à vinda do Papa Francisco ao Brasil, na esperança de que as agências de viagens tenham a quem recorrer. Caso contrário, haverá outra alternativa? As agências de viagens continuarão obrigadas a arcar com as notas de débito para, eventualmente, serem restituídas depois?