Intercontinental Madrid

70 anos do icônico hotel intercontinental Madrid

De hotéis famosos e históricos a Europa está cheia. Ainda assim, é sempre um prazer imenso ter a oportunidade de desfrutar da hospitalidade desse tipo de propriedade ao viajar para o velho continente. Por isso mesmo, a minha mais recente passagem por Madri teve um gostinho especial: pude celebrar por alguns dias os 70 anos do icônico hotel InterContinental Madrid.

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O InterContinental Madrid é um hotel cheio de história. Construído no palácio pertencente ao Marquês de Mérito do século XIX, da família da duquesa de Alba, tornou-se o hotel mais badalado de Madri nos anos 40, com remodelação projetada por um dos mais prestigiados arquitetos da época – e foi o primeiro hotel de rede internacional de toda a Europa. No seu interior existe um jardim com cascatas e uma fonte da autoria do escultor D. Ángel Ferrant e até hoje se mistura com a história da cidade.

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70 anos do icônico hotel Intercontinental Madrid

O InterContinental Madrid tornou-se muito popular no início dos anos 1950, principalmente porque atraía à cidade todas as grandes estrelas de Hollywood. Foi a partir da inauguração do hotel que diversos atores e atrizes da nata hollywoodiana da época resolveram fazer da propriedade seu principal ponto de encontro internacional.

Ava Gardner, Frank Sinatra, Zsa Zsa Gábor, Sofía Loren, Gina Lollobrígida, Gary Cooper, Charlton Heston e Liz Taylor eram figurinhas frequentes por lá e alguns deles inclusive escolheram o hotel como residência permanente durante certos períodos.

Ava, aliás, teve uma história tão particular com o hotel e com a cidade – viveu ali muito tempo, ali teve seu romance com um toureiro espanhol e encerrou seu casamento com Sinatra – que a suíte na qual sempre se hospedava, a suíte 716, se converteu hoje em Suíte Ava Gardner, mantendo diversas coisas no mesmo estilo que a diva gostava. Uma suíte enorme, super clássica, quase rococó, com enormes quarto, banheiro e living, além de área de trabalho, sala de refeições, lavabo, cozinha e uma imensa varanda com vista para o Paseo de la Castellana.

A inauguração do hotel, naquela época usando outra bandeira e então o primeiro hotel de alto padrão rede internacional da cidade, do país e da Europa toda, contou com uma festa oficial de três dias que coincidiu com a assinatura do tratado de relações entre Estados Unidos e Espanha. Até hoje o relacionamento da propriedade com a embaixada americana e autoridades dos EUA em visita à cidade é tão bem-sucedido que a lenda urbana na cidade insiste que o hotel teria um túnel subterrâneo ligado diretamente à embaixada, do outro lado da avenida.

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Fora do circuito turístico principal, com serviço impecável

Localizado no Paseo de la Castellana, depois de Salamanca, já em Chamberí, a meros quinze minutos de carro do aeroporto de Barajas, o hotel não seduz geograficamente todo tipo de turista hoje. Mas há diferentes estações de metrô nas proximidades, distintas linhas de ônibus passando literalmente em frente ao hotel e a caminhada até o Museo del Prado, por exemplo, é um agradável passeio de menos de meia hora.

Faz sucesso no segmento MICE, com diversos salões de eventos, estrutura ampliada para conferências e proximidade do coração financeiro de Madri. Vem sendo bastante procurado por grupos de cruzeiro de alto padrão, que reúnem seus passageiros ali antes ou depois do itinerário marítimo ou fluvial.

Embora a rede Intercontinental não seja uma constante global em termos de qualidade de instalações e serviços, o Intercontinental Madrid entrega tudo aquilo que sua fama prega: tem a mesma excelência de atendimento e conforto de instalações que outras propriedades do grupo instaladas em edifícios históricos, como em Lyon ou Bordeaux, por exemplo.

CLIQUE aqui para conferir disponibilidade e valores do InterContinental Madrid.

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O Lobby principal, em formato circular, com uma bela cúpula luminosa e o famoso Candelabro InterContinental no teto, é o grande coração da propriedade, com amplas janelas de vidro com vista para o jardim. É ali que hóspedes e visitantes se reúnem ao longo do dia todo e também onde acontece o famoso brunch dominical. Seus espaços se confundem com os do restaurante El Jardín e o El Café.

O hotel conta com 302 acomodações, entre quartos e suítes – com destaque para a imensa Suite Real, de 400 metros quadrados de área interna e um espetacular terraço de 180 metros quadrados, construída em tempo recorde para a chegada de um príncipe árabe. Hoje, é a preferida de celebridades, com direito a banheira desenhada por Philippe Starck e paredes forradas de madrepérola. Todas as acomodações “executive” e suítes têm acesso ao excelente Club Lounge localizado no primeiro andar, com serviço completo de café da manhã, além de snacks, chá da tarde e happy hour diários.

A propriedade conta ainda como academia 24h, sala de jogos para adolescentes, kids club, e um pequeno centro de bem estar com tratamentos com produtos Natura Bissé. O serviço de café da manhã, em estilo buffet, é extremamente completo, com várias estações diferentes e menu de pratos quentes à la carte. Além disso, no restaurante El Jardín todas as crianças até 12 anos comem gratuitamente.

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O mais famoso brunch de Madri

O InterContinental Madrid tem também o mais famoso brunch de Madri aos domingos. Disponível o ano todo, funciona em sistema buffet com mais de 200 opções gastronômicas entre culinária tradicional espanhola, cozinha internacional, tábuas de queijos e charcuteria, frutos do mar, sushis e sobremesas – e oferece até lagosta e uma esquina de pratos feitos na hora. Para as crianças há pequenos workshops de culinária durante o horário do brunch. .

Com música ao vivo e espalhado por quase todo o primeiro andar do hotel, o brunch dominical custa 83 euros por pessoa, com sucos, cafés, águas, cava, vinho tinto, vinho branco e cerveja incluídos e ilimitados. Ao final do brunch, os comensais são convidados a uma “classe de mixologia” no bar anexo ao lobby. Aos 70 anos do icônico hotel Intercontinental Madrid, um belíssimo programa dominical também aberto a não hóspedes.

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Saint James Paris

Duas pérolas Relais Chateaux em Paris

Com um portfólio de mais de 550 hotéis em 63 países, a Relais & Châteaux se estabeleceu internacionalmente como uma das principais marcas hoteleiras do mercado de luxo. As charmosas propriedades desta associação de hoteleiros, chefs e donos de restaurantes podem ser encontradas dos vinhedos de Napa Valley às ilhas Seychelles. Sou fã de muitas delas, inclusive, da Espanha à Córsega. E neste março tive o prazer de conhecer duas pérolas Relais&Chateaux em Paris.

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O Saint James Paris e o Relais Christine são duas adoráveis propriedades na capital francesa – que não poderiam ser mais diferentes entre si. Ainda assim, se assemelham no alto padrão de serviços, na discrição e na alma verdadeiramente parisiense. No texto de hoje, conto detalhes da linda hospedagem nos dois hotéis neste março.

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Uma jóia chamada Saint James Paris

Parte castelo, parte propriedade familiar, o Saint James Paris é o único hotel-château e uma verdadeira jóia da hotelaria parisiense. Com arquitetura primorosa e impecáveis jardins mantidos por Xavier de Chirac, essa propriedade irretocável do portfólio Relais&Chateaux é talvez a mais discreta da capital francesa: ocupa uma mansão do século XVIII na elegante Rive Droite, bem no arrondissement mais exclusivo de Paris, o 16ème.

A localização, completamente alheia às muvucas turísticas da cidade, é um verdadeiro trunfo: é ali, com arredores genuinamente residenciais, de parisienses sendo parisienses dia e noite, que o pequeno castelo foi totalmente redesenhado por Laura Gonzalez para se adaptar aos desejos do viajante de luxo do século XXI. Mas vale saber: quando a gente quer dar um tempo no sossego, a Champs-Elysées, o Arco do Triunfo e o Trocadéro estão a apenas uma caminhada de distância.

A propriedade mantém também o Bellefeuille, o restaurante com uma estrela Michelin do chef Julien Dumas, e mais de 400 metros quadrados de um charmoso spa Guerlain. O café da manhã à la carte é conciso, mas um dos mais saborosos e caprichados, servido no próprio Bellefeuille. E tem ainda um delicioso bar-biblioteca, terraços e gazebos deliciosos.

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São apenas 22 quartos e 26 suítes, todos eles planejados como quartos de hóspedes do castelo, cada um com seu layout e decoração únicos, mesclando com maestria toques art déco e contemporâneos, padrões geométricos com flores, veludos com parquets. Com muito espaço. excelente equipe de governança e amenidades Guerlain, é claro.

Cápsulas de café, chás e água filtrada servida em adoráveis garrafas de vidro antigas são gratuitos para todos os hóspedes. E possuem também algumas das melhores “good night amenities” da cidade, de frutos secos cobertos de chocolate Esprit Gourmand a tabletes e bombons Angelina.

O Saint James Paris traz novidades nesta primavera europeia: acabou de lançar novos apartamentos em uma villa separada, localizada quase ao lado da propriedade. Os hóspedes deste novo espaço têm acesso a todos os serviços do Saint James Paris.

Seja no hotel ou na nova villa, uma delícia amanhecer todos os dias longe da muvuca turística, em um bairro majoritariamente residencial, desfrutando de instalações e serviços compatíveis com um hotel palácio – mas com tarifas muito mais amigáveis.

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O charme discreto do Relais Christine

Para quem faz questão de se hospedar no frisson dos bairros mais turísticos de Paris, o charmoso Relais Christine é uma verdadeira residência parisiense – e um pequeno oásis de tranquilidade, instalado em uma ruela de Saint-Germain. Dali, bastam cinco minutos de caminhada para chegar à Pont Neuf, por exemplo, ou a alguns dos cafés mais famosos da cidade.

Como uma elegante casa de família, o Relais Christine também foi repaginado por completo pela decoradora Laura Gonzalez e também fez parceria com a Guerlain para seu spa, charmosamente instalado no subsolo, com ares de cave, com direito a abóbadas do século XIII. O ótimo serviço de concierge já estabelece contato com o hóspede antes mesmo da chegada ao hotel e o check in é convenientemente feito de maneira virtual.

São apenas 48 quartos e suítes, cada um com decoração e layout exclusivos – mas todos com muitas antiguidades, veludos e banheiros em mármore Carrara. Alguns deles têm charmosas janelas-balcão e todos contam com amenidades Diptyque, água, café e chá cortesia.

Como não possui restaurante, o café da manhã – em estilo buffet – é servido nos diferentes pequenos salões que compõem o lobby-lounge da propriedade, no térreo. É ali também que fica um bem simpático honesty bar: cada hóspede se serve do que quer, quando quer, anota o consumo em uma ficha do local e faz os acertos correspondentes no check out. Um baita achado no coração de Paris.

Clique aqui para conferir valores e disponibilidade em ambas propriedades parisienses.

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Saint James Paris
Um dos carros da Blacklane utilizados nos transfers em Paris. Foto: Mari Campos

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Dicas para Paris

Nesta estadia em Paris, usei mais uma vez os excelentes serviços de transporte da Blacklane para os trajetos entre hotel e aeroporto e também para o deslocamento entre os hotéis. A Blacklane oferece serviços de transfers executivos (tanto para viajantes quanto consultores e agências de viagem) em carros luxuosos e muito confortáveis, com motoristas super profissionais e pontuais (e facilmente acessíveis via Whatsapp), sem qualquer stress ou cobrança extra nas viagens – mesmo que os trajetos levem muito mais tempo que o previsto. Recomendo muito.

Também usei, como sempre, o chip internacional da O Meu Chip durante toda a viagem. Uso esse chip em todas as minhas viagens internacionais (há opções para o mundo inteiro) e o cupom MARICAMPOS dá pelo menos 15% de desconto em qualquer chip da marca Troco o chip ainda no avião (há opções de chip físico e eSIM, à escolha do cliente), assim já pouso literalmente conectada. E tenho internet ilimitada disponível durante toda a viagem, além de minutos para chamadas telefônicas, se quiser. Dá para espiar os chips e valores neste link aqui.

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Hotel Toriba Campos do Jordão

Hotel Toriba se aproxima dos 80 anos com novidades

Considerado um dos mais clássicos e tradicionais de Campos do Jordão, na Mantiqueira paulista, o Hotel Toriba se aproxima dos 80 anos com novidades que buscam distintos perfis de hóspedes. De novas acomodações a novos serviços, a propriedade promete celebrar o jubileu do ano que vem mais em forma do que nunca.

Inaugurado em 1943, o hotel conta com acomodações em quartos, chalés e também nos novos e disputados “ninhos”, além de distintas e diversas áreas sociais e de lazer, dos belíssimos jardins às trilhas que saem da propriedade, da piscina aquecida ao spa L’occitane. Possui ainda academia, saunas, quadra poliesportiva, o Toriba Kids.

Na gastronomia, são quatro restaurantes diferentes: Pennacchi, Toribinha, Estação Toriba e Bonanza Grill – além do salão Panorama, onde são servidos diariamente café da manhã e chá da tarde, e dos bares Vindima, Pinho Bravo e da Piscina.

Na semana passada, tive o prazer de finalmente me hospedar em um dos novos “ninhos” do Hotel Toriba, inaugurados em plena pandemia como parte do projeto de expansão da propriedade – e focando no turista de luxo mais exigente que visita Campos do Jordão.

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Ninhos em meio à natureza exuberante da Mantiqueira

A ideia principal dos “ninhos” do Hotel Toriba, como são chamados os belos chalés de vidro suspensos em meio à exuberante natureza do Bosque das Bromélias, extremamente diferentes das demais acomodações do hotel, foi criar a possibilidade do hóspede sentir-se realmente imerso à natureza – mas sem renunciar ao conforto, às comodidades da vida contemporânea e, muito menos, a altos padrões de serviço.

Desenvolvidos em aço e vidro e suspensos a cerca de 10 metros do solo por pilares que remetem aos troncos das árvores do bosque, os quatro ninhos praticamente integram as copas das árvores aos seus cômodos, com a paisagem exterior sempre à vista. Alguns deles ainda contam com um terraço ajardinado privativo na parte superior.

CLIQUE AQUI para conhecer mais detalhes e valores das diárias no Hotel Toriba.

Por enquanto, são apenas quatro acomodações desse tipo, cada uma com decoração exclusiva e diferente, e todas batizadas com nomes de pássaros facilmente avistados por ali. O projeto sustentável de Aref Farkouh, arquiteto e sócio-diretor do Hotel Toriba, privilegia o aproveitamento da luz natural em todos os ambientes, possui aquecimento por biomassa e produziu pouquíssimos resíduos construtivos. Os interiores, assinados por Júlio Rosa, incluem mobiliário brasileiro (como mesas do designer Paulo Alves), retratos da natureza local impressos em chapa metálica e ambientes compostos com design bastante “limpo” e elegante. 

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O charme do ninho Coruja

O ninho Coruja, onde fiquei hospedada, fica no mesmo corpo arquitetônico do ninho Cegonha e é o único que não conta com terraço ajardinado privativo. Construído em tons de grafite e com marcantes colunas redondas, tem muito espaço para sala, quarto, pequena sala de refeições com mini cozinha (com microondas), walk-in closet, banheiro com banheira e ducha e um belo terraço. Tudo com paredes de vidro com vista panorâmica para o bosque e as montanhas.

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As diárias incluem apenas um bom café da manhã, servido sem custos tanto no restaurante no prédio principal quanto na própria acomodação – e recomendo muito tomar o café no terraço dos quartos, com vista para o verde. E um bônus importantíssimo: todas as demais refeições também podem ser pedidas nas acomodações, sem custos extras pelo serviço no quarto – inclusive fondues do cardápio do restaurante Toribinha.

Assim, o hóspede que quiser fazer ali seu “turismo de isolamento“, nos ninhos o consegue sem problemas, com muito espaço privativo e remoto – e ainda com a imensa área ao ar livre do hotel para aproveitar trilhas, jardins, piqueniques etc.

Ainda no upside, os quartos são abastecidos diariamente com água filtrada servida como cortesia em grandes garrafas de vidro. No downside, o hotel faz muito uso de plástico em todos os setores, dos quartos aos restaurantes e, contrariando a tendência da hotelaria de luxo internacional há muitos anos, ainda cobra pelas cápsulas de café no quarto, mesmo com diárias acima dos R$1.000,00.

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HOTEL TORIBA SE APROXIMA DOS 80 ANOS COM NOVIDADES

Mas as novidades do Toriba não param por aí. Tem obras de arte novas chegando no hotel, novidades na extensa programação para as crianças e as novas experiências e acomodações o Aventoriba, o programa do Hotel Toriba que mescla expedições em meio à beleza natural da Mantiqueira (floresta, bosques, cachoeiras etc) com gastronomia e cultura. O Aventoriba conta agora também com um lodge com chalés privativos, todos com pequenas cozinhas, focados em auto-serviço.

E, dentro do projeto de expansão do hotel, focando nas acomodações voltadas para o hóspede mais exigente, tem uma novidade importante que você fica sabendo primeiro por aqui, por mim, em primeira mão! No próximo ano, será inaugurada a Expresso Toriba, uma suíte de luxo de mais de 60m², inspirada no lendário trem Expresso do Oriente.

Um antigo carro ferroviário, que pertenceu à Companhia Paulista de Estrada de Ferro, está passando por um esmerado processo de restauração e será parte da novidade, que promete movimentar ainda mais as comemorações pelos 80 anos do hotel. Para ficar de olho.

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Caminho de Santiago

Hotelaria de charme na Galícia leva novo perfil de turista ao Caminho de Santiago

As diferentes rotas do Caminho de Santiago são há tempos um dos mais míticos itinerários do turismo internacional. Popularizado em diferentes livros, séries e filmes do final do século XX pra cá, ganhou ainda notoriedade entre viajantes de distintas nacionalidades e faixas etárias com a popularização das redes sociais. Mas, hoje, muito além dos mochileiros e da ampla rede de albergues públicos gratuitos nos trechos espanhóis, a hotelaria de charme na Galícia leva novo perfil de turista ao Caminho de Santiago.

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É isso mesmo: a indústria da hospitalidade cada vez mais caprichada em diferentes trechos do mítico Caminho que passa pela região espanhola da Galícia vem impulsionando sobremaneira o turismo de luxo na região. A afirmação vem do próprio departamento de turismo regional, que monitora a movimentação cada vez maior de turistas – inclusive brasileiros – na procura por hotéis de luxo, restaurantes estrelados, vinícolas e serviços privativos de guias e transportes.

Neste último maio tive o prazer de voltar a fazer parte do Caminho de Santiago desse jeito, com muito conforto e privacidade, zero muvuca, atravessando duas regiões espanholas (dá para acompanhar a viagem todinha no meu Instagram @maricampos). E as melhores surpresas hoteleiras ficaram para a sempre adorável região da Galícia, que está preparadíssima para receber turistas, peregrinos ou não, cada vez mais exigentes.

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Hotelaria de charme na Galícia

Nas últimas duas décadas, diferentes hotéis de charme começaram a despontar margeando as rotas que atravessam a Galícia – principalmente na fase final do Caminho, já quase chegando em Santiago de Compostela. E o movimento se intensificou enormemente nos últimos dez anos, não apenas com novas propriedades do nicho abrindo suas portas como com hotéis já existentes passando por amplas reformas nos anos recentes.

Um caso icônico é o do Parador de Santiago de Compostela (Hostal de los Reyes Catolicos, diárias desde 240 euros). Considerado o mais bonito dos Paradores de toda a Espanha, e considerado por muitos o hotel mais antigo do mundo, o Parador de Santiago passou por uma revitalização milionária pré pandemia. E estava mesmo precisando, dadas as constantes reclamações de hóspedes.

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Hoje, seus quartos estão mais em harmonia com os belíssimos claustros e corredores do edifício histórico. Não se trata de hotelaria de luxo, mas os quartos ficaram agora mais confortáveis (em colchões, roupas de cama etc) e os banheiros, novinhos, ficaram mesmo excelentes. O serviço não é irretocável mas é extremamente solícito, com muitos funcionários que levam décadas por ali. E a localização perfeita, de cara para a majestosa Catedral de Santiago de Compostela, em plena Praça do Obradoiro, é mesmo imbatível.

Os espaços públicos são deliciosos, o bar ganhou nova bossa e as mesinhas externas, abertas para a praça, são mesmo uma delícia nos meses mais quentes. Falta só organizar um pouquinho melhor o café da manhã: o serviço está acontecendo com hora marcada desde o começo da pandemia, justamente para controlar o fluxo de pessoas no salão. Mas, ainda assim, o buffet segue com filas quase ininterruptas, mesas bastante próximas umas das outras e demasiado ruído para degustar propriamente a refeição.

CLIQUE AQUI para mais informações sobre o Parador de Santiago de Compostela

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Al Otro lado del rio

Outra opção deliciosa da hotelaria de charme na Galícia fica nos arredores da cidade de Pontevedra, quando o Caminho de Santiago já está quase tocando seu destino final: é o charmoso e romântico Torre do Rio. Com diárias desde 240 euros, a bucólica propriedade tem nada menos que 10.000 m2 de área tomada por muito, muito verde. A vegetação exuberante, cortada pelo rio Umia, é a moldura perfeita para uma antiga fábrica de tecidos do século XVIII transformada há alguns anos em um hotel de charme de apenas 14 quartos.

Cada quarto tem estrutura, tamanho, vista e decoração completamente diferentes; mas são todos bastante confortáveis, com apelo romântico na decoração. As áreas comuns são lindas, de pequenos salões internos a terraços, varandas, alpendres e jardins charmosamente mobiliados. Não espere por alguém para carregar sua mala escadaria acima até os quartos no primeiro ou no segundo andar – não existe esse tipo de serviço. O serviço no café da manhã também é limitado, um pequeno buffet e dois tipos de ovos como prato quente. O wifi raras vezes funciona e tampouco há alguém na recepção 24h para nos atender.

Mas a beleza estética e natural da propriedade, com tanto espaço e ar muito puro, e o romantismo que paira no ar, compensa. Destaque absoluto para a incrível piscina natural entre pedras, à beira do rio, que se aproveita lindamente de uma pequena cascata.

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PEQUENA JÓIA FAMILIAR

Mas meu coração acabou batendo mais forte pelo adorável A Quinta da Auga, por exemplo, é uma propriedade familiar nos arredores da cidade de Santiago de Compostela. O antigo moinho de papel do séc. XVIII foi cuidadosamente restaurado pela família proprietária para criar aquele é provavelmente o hotel mais romântico de todo o Caminho de Santiago.

Repleto de detalhes antigos e modernos que se misturam o tempo todo, a quinta tem ótimo staff, ambientes muito charmosos, um belíssimo spa e um delicioso restaurante de influências bem galegas – o impecável Filigrana, aberto também a não hóspedes (mandatório reservar para o jantar).

Tocada por mãe e filha, é difícil não se deixar seduzir por cada detalhe da propriedade. Inclusive seus espaçosos e românticos quartos, todos diferentes entre si (diárias desde 160 euros), com muita luz natural e, de longe, os melhores lençóis, colchão e roupa de banho de toda a viagem.

As áreas comuns, internas e externas, com salões, varandas e impecáveis jardins, têm capricho e aconchego na medida certa – daquele tipo que faz a gente querer pedir um café ou drink e ficar horas ali, seja namorando, confraternizando, lendo um bom livro ou simplesmente contemplando a beleza natural do local. Com tanto esmero, autenticidade e personalização de serviços, não é de se estranhar que a propriedade leve o selo Relais&Chateaux.

CONFIRA mais detalhes sobre o A Quinta da Auga aqui.

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Para ficar de olho também

A hotelaria de charme na Galícia leva novo perfil de turista ao Caminho de Santiago mesmo – mas a região não está sozinha. Na Espanha, as opções charmosas e/ou estreladas na hospitalidade estão hoje literalmente espalhadas ao longo do Caminho de Santiago – e não é nada difícil encontrar um lugarzinho especial para chamar de seu por alguns dias, seja na Galícia ou em outras regiões espanholas.

Há espaço de sobra para hotéis contemporâneos de grandes redes; mas é preciso reconhecer o trabalho incrível que muitas propriedades estão fazendo, instaladas também em fábricas, “pazos”, estâncias, conventos, mosteiros e abadias restaurados.

Além das três belas opções citadas nesta coluna, vale ficar de olho também no Gran Hotel La Perla (que já recebeu diversos hóspedes ilustres, como Hemingway, em sua longa história), o charmoso El Ciego (parte do impressionante complexo Marqués de Riscal, projetado por Frank Gehry) e a bela Abadia Retuerta Le Domaine, lindamente posicionada entre a paisagem arrebatadora dos vinhedos na Ribeira del Duero.

Você pode conferir detalhes dos hotéis citados aqui, assim como o beabá para uma viagem cheia de conforto – e zero perrengues – pelo Caminho de Santiago – no meu Instagram @maricampos

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Fazenda Santa Vitória

Fazenda Santa Vitória: fugindo do estereótipo do “hotel fazenda”

Desde a reabertura do turismo brasileiro no segundo semestre do ano passado, hotéis com grandes espaços ao ar livre têm sido especialmente procurados durante a pandemia. Muitos estão inclusive batendo recordes históricos de ocupação nos últimos meses, tão grande vem sendo a procura. É o caso da Fazenda Santa Vitória, em Queluz, SP, que vem também fugindo do estereótipo do “hotel fazenda” brasileiro.

Localizada no Vale do Paraíba, a propriedade começou a operar como parte da indústria da hospitalidade há cerca de quatro anos e meio, após os proprietários unirem quatro fazendas adjacentes da década de 1920. 

Hoje, apesar de funcionar unicamente de 5a. a domingo e feriados, o sucesso do empreendimento tem sido tão significativo que a ocupação anda beirando os 100% frequentemente – e as reservas disponíveis são para geralmente só daqui três ou quatro meses. E a sustentabilidade de suas operações é sem dúvidas seu principal atrativo.

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Fugindo do estereótipo do “hotel fazenda” brasileiro

A Fazenda Santa Vitória vem fugindo do estereótipo do “hotel fazenda” brasileiro desde sua abertura. Ali não há imensos buffets, programação diária de atividades, monitores nem qualquer tipo de entretenimento infantil. A propriedade é assumidamente muito mais pensada para e focada em adultos do que famílias com crianças e adolescentes. 

Também não se trata de um hotel de luxo. O hóspede não deve esperar excelência em serviço, mimos nem acomodações impecáveis. A proposta ali é oferecer amplos espaços ao ar livre, em um autêntica fazenda do Vale do Paraíba, para que cada um encontre na natureza e na cultura local seu espaço e diversão.

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As 18 acomodações estão espalhadas em diferentes modelos e espaços. Optando por qualquer uma delas, o hóspede tem acesso aos mesmos espaços comuns: gramados e jardins muito bem cuidados, trilhas, riacho e até cachoeira. E também ao mesmo serviço de pensão completa. Há também quadra de tênis, salão de jogos, piscina, sauna, “caldário” – e passeios à cavalo podem ser contratados à parte (mediante pagamento).

Para curtir melhor muitos dos espaços ao ar livre, tão fundamentais hoje em dia, o hóspede muitas vezes vai ter que pegar seu próprio carro e dirigir. Há bicicletas gratuitamente disponíveis para os hóspedes, mas alguns trajetos podem ficar mais “puxados” sobre apenas duas rodas. Mesmo os meros 4km que separam a sede da cachoeira, dada a topografia do terreno (acidentado e montanhoso), são definitivamente mais factíveis de carro. 

O hotel deve ganhar um spa até o final do ano e oferece ainda a possibilidade de visita à Casa do Arado, uma casinha isolada na fazenda que, em parceria com o Instituto Arado, tenta divulgar e preservar a história e a cultura regional caipira da região. 

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fazenda santa vitória: Diferentes tipos de acomodação

As 18 acomodações disponíveis na fazenda estão divididas, da mais simples à mais luxuosa, em suítes-sede, suítes-quintal, casas do pomar e casas na montanha. As linhas gerais propõem simplicidade com arquitetura de época integrada à natureza. Todas as acomodações são operadas em diárias com pensão completa, wifi e uso de todos os espaços comuns; mas as facilidades de cada tipo de acomodação mudam bastante. 

Fiquei hospedada em uma das quatro suítes da casa sede no último feriado de Independência do Brasil; mas vale o alerta de que são de longe as menos interessantes da propriedade toda. São mais simples, antigas e pequenas, sem qualquer balcão, varanda ou contato com a natureza. Na casa sede, há constante “entra e sai” de hóspedes e funcionários o dia todo, tirando qualquer resquício de privacidade dos quartos. O som vaza com facilidade de um quarto para outro e os quartos absorvem também todo o barulho e “falação”, tanto da piscina quanto da cozinha principal (logo cedo pela manhã nesse caso, inclusive). 

A minha recomendação é escolher acomodações das suítes-quintal (que têm diferença de valor ínfima em relação às suítes-sede) em diante. Todas essas são não apenas esteticamente muito mais interessantes como também mais aconchegantes e muito mais silenciosas e privadas. As suítes quintal e as casas do pomar (estas últimas inauguradas neste 2021) ficam quase anexas à sede, ao centro lazer e ao restaurante. Já as casas na montanha ficam isoladas, com vista panorâmica para a fazenda e os arredores (mas o hóspede precisa pegar o carro na hora de ir fazer as refeições ou utilizar a infraestrutura da sede).  

Dá pra conferir detalhes de toda a minha estadia por lá em várias imagens e vídeos tanto no feed quanto nos Stories do meu instagram @maricampos, sempre atualizadinho.

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Hospitalidade sustentável

O grande atrativo da Fazenda Santa Vitória é ser um hotel verdadeiramente sustentável, com iniciativas realmente interessantes que raramente são vistas em “hotéis fazenda” brasileiros. Há práticas regenerativas importantes tanto do ponto de vista ambiental quanto cultural, social e econômico.

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A propriedade, antes voltada para exploração de madeira e pecuária extensiva, hoje promove reflorestamento e manejo sustentável da terra. A pequena criação de gado é voltada para a produção local de leite e queijo para hotel e moradores. 

A equipe do hotel é quase toda composta por membros das famílias dos empregados originais da fazenda, que ainda moram ali mesmo e tiram dali o seu sustento. E em diversos aspectos tentam resgatar/preservar as referências histórico-culturais da região (da decoração à Casa do Arado, em parceria com o Instituto Arado).

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Há também painéis solares instaladas em diferentes pontos da propriedade, o hotel já é autossuficiente energeticamente e planeja construir em breve uma pequena termoelétrica para que seja capaz de gerar energia positiva – ou seja, gerar mais energia do que consome. 

Nos quartos, as amenidades Trousseau são colocadas em grandes dispensers nas paredes. Plásticos são evitados e há água filtrada cortesia generosamente abastecendo tanto um filtro à entrada da casa da sede o dia todo quanto charmosas moringas à cabeceira da cama em todos os quartos. 

A alimentação não fica de fora: boa parte do que chega à mesa do hóspede é preparado com a produção da própria fazenda, seja da queijaria, da horta ou do pomar.

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FOCO ainda maior na gastronomia

As refeições são parte importante da experiência na Fazenda Santa Vitória e os quitutes da cozinha conduzida pelo chef Vitor Rabelo estão sempre incluídos nas diárias. A propriedade deve passar a focar ainda mais no aspecto gastronômico do hotel: até o ano que vem, deve ganhar novos espaços dedicados à gastronomia, inclusive um restaurante totalmente dedicado a carnes, instalado no haras, com vista panorâmica para o vale. 

A maioria das refeições, ainda que com menu bastante enxuto (entrada e sobremesa sempre únicas, três opções para o prato principal), é à la carte. As mesas são fixas para cada quarto/hóspede/família. Mas como os slots de horário para as refeições não são muito amplos, convém chegar cedo para pegar o restaurante mais vazio.

Os pratos são muito bem apresentados e há sempre alguma opção vegetariana no cardápio. Mas vale saber que a feijoada de todo final de semana é obrigatoriamente servida em um buffet assistido.

Eventualmente, oferece-se aos hóspedes algum tipo de degustação cortesia de produtos da região durante a estadia. Nos meus dias por lá, houve degustação de cerveja artesanal em um dos almoços e de cachaça antes de um dos jantares.

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O café da manhã merece destaque: a melhor refeição da casa é todinha preparada ali mesmo, item por item, e chega com capricho à mesa. O iogurte da casa é excelente e tem também uma das melhores granolas que já provei na vida! 

É pena que a propriedade não utilize regularmente seus muitos gramados e espaços abertos para também à hora das refeições, ainda mais durante a pandemia. Apenas dois almoços são feitos ao ar livre (um nos arredores da cachoeira e outro nos jardins da casa sede); todas as demais refeições são sempre feitas dentro do restaurante e/ou em sua varanda coberta anexa.

A Fazenda Santa Vitória vai ganhar em breve também uma queijaria completa, em parceria com o queijeiro João Laura, que vai contar inclusive com espaço dedicado para degustações e um terraço aberto.

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Serviço

A Fazenda Santa Vitória fica na cidade de Queluz, SP, quase na divisa entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Viajei para lá no meu próprio carro e achei o acesso a partir da Via Dutra muito fácil e bem sinalizado, com apenas um pequeno trecho em estrada de terra. As diárias com pensão completa valem desde R$2.200,00 para duas pessoas, incluindo café da manhã, almoço, bolo com café à tarde e jantar – sempre com água filtrada cortesia à mesa. Demais bebidas são todas cobradas à parte.

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